segunda-feira, novembro 3, 2025
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Feijão enfrenta cenário crítico no Paraná



No mercado, o ambiente é de cautela


No mercado, o ambiente é de cautela
No mercado, o ambiente é de cautela – Foto: Pixabay

Produtores, agrônomos e comerciantes do Paraná foram unânimes ao relatar, nesta semana, a dificuldade em encontrar lavouras de feijão em bom estado. Segundo o Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (Ibrafe) citando dados do Departamento de Economia Rural (DERAL), a área plantada com a leguminosa nesta safra caiu 27%, e mesmo com 85% já semeado, o desenvolvimento das plantas preocupa. O retorno do frio e as temperaturas até 5 °C abaixo da média, somadas a solos encharcados, têm comprometido a germinação e tornado o crescimento das plantas lento e desuniforme.

O DERAL confirmou o quadro de baixa temperatura e umidade excessiva, com risco de perdas localizadas e necessidade de replantios pontuais. Em algumas propriedades, produtores já decidiram substituir o feijão por soja nas áreas mais afetadas. O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) prevê para novembro chuvas irregulares e períodos de calor acima da média, o que pode agravar a desuniformidade dos talhões e aumentar o risco de doenças, caso o manejo não siga as janelas adequadas de pulverização e cobertura.

No mercado, o ambiente é de cautela. Pequenos lotes recém-colhidos em São Paulo chegaram a R$ 265 por saca, reflexo da escassez do produto novo. Conforme dados do Cepea de 30 de outubro, o feijão-carioca tipo 9 em Belo Horizonte manteve-se em R$ 243,33/sc, enquanto o feijão-preto tipo 1 em Curitiba ficou em R$ 140,68/sc. A semana deve terminar com estabilidade nos preços e baixa liquidez, enquanto o setor monitora o impacto real das perdas no Paraná — fator que pode definir o rumo do mercado até o fim do ano.

 





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