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A volatilidade cambial segue como alerta
Agrolink
– Leonardo Gottems
A volatilidade cambial segue como alerta – Foto: Divulgação
O preço do café pode começar a recuar ao consumidor nos próximos meses, impulsionado pelo avanço da colheita no Brasil e pela maior oferta de grãos da variedade robusta. A avaliação é do Itaú BBA, em sua mais recente edição do relatório Visão Agro, que destaca um cenário mais favorável para a indústria após um período de alta nos custos da matéria-prima.
Segundo estimativa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a produção brasileira na safra 2025/26 deve atingir 40,9 milhões de sacas de café arábica e 24 milhões de sacas de robusta. Em relação ao ciclo anterior, espera-se queda de 6,4% no arábica e alta de 14,8% no robusta. Com isso, a indústria pode voltar a aumentar a presença do robusta nos blends, movimento limitado nos últimos dois anos pelas quebras de safra no Brasil e no Vietnã.
Com a previsão de maior disponibilidade global, a disputa pela matéria-prima entre exportadores, torrefações e indústrias tende a se reduzir. No entanto, o Itaú BBA chama atenção para a nova legislação europeia antidesmatamento (EUDR), que pode antecipar compras e afetar a dinâmica de oferta.
Nesse contexto, as informações dão conta de que a demanda interna deve se recuperar gradualmente, já que muitos consumidores migraram para cafés mais baratos após sucessivos aumentos. A volatilidade cambial segue como alerta, podendo neutralizar os efeitos da queda nos preços internacionais. Por fim, o relatório destaca que, embora os EUA tenham imposto tarifas ao Brasil, substituí-lo como fornecedor é difícil, dada sua liderança global na produção de arábica.
A Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (APROSMAT) e a Comissão de Sementes e Mudas de Mato Grosso (CSM-MT) realizaram de 08 à 11 de julho, em Cuiabá, a 2ª edição do Workshop da Rede de Laboratórios de Sementes do Cerrado, em Cuiabá (MT). O encontro foi elaborado para os responsáveis técnicos e gestores dos laboratórios de sementes do Cerrado. Nesta edição reúne representantes de 47 laboratórios, num total de 68 participantes dos estados de Mato Grosso (MT), Mato Grosso do Sul (MS), Goiás (GO), Piauí (PI), Bahia (BA), Rio Grande do Sul (RS) e Distrito Federal.
O presidente da APROSMAT, Nelson Croda, destacou que a segunda edição do workshop e a continuidade do projeto demonstra a atenção dada pela Associação em todos os níveis da produção de sementes, trazendo qualificação e o alinhamento de rotinas nos laboratórios. “Para a APROSMAT essa parceria junto com a CSM é de suma importância, onde o principal objetivo é a padronização e a utilização das boas práticas para análise de semente como um todo no Centro-Oeste brasileiro. Esse trabalho é muito importante para o desenvolvimento da cadeia de sementes do Brasil e principalmente um trabalho de excelência para o nosso consumidor final, que é o produtor, que é o objetivo principal de todos os trabalhos feitos pela APROSMAT.”, pontuou.
Nesta edição, os trabalhos ficaram a cargo novamente das especialistas, Drª. Myriam Alvisi e Drª. Maria de Fátima Zorato, que buscaram levar o máximo da parte técnica e prática sobre os principais temas para os participantes.
Para Fátima Zorato, a implantação da nova RAS podemos dizer que não se trata apenas de um instrumento normativo, mas sim de um guia vivo que vai evoluir de acordo com ciência, com práticas laboratoriais, com demanda do setor produtivo. “Ela foi atualizada de uma forma inteligente e traz para nós um caminho para novas revisões periódicas, que vai ajudar muito o setor, acompanhando de fato o que está acontecendo. Nós não estamos falando apenas de Mato Grosso, mas do Brasil, que utilizam a regra de análise de sementes, que é uma bíblia de laboratório”, disse.
Segundo a palestrante, Myriam Alvisi, as regras de análise de sementes foram alteradas para acompanhar os avanços internacionais das regras de análise de sementes da ISTA, que são regras que vigoram no mundo inteiro. “Elas têm aceitação internacional e o Brasil tem os seus métodos alinhados com essas regras e também para inovar, para incorporar os avanços do setor brasileiro. Um dos maiores avanços foi o lançamento das regras de análises no portal WIC SDA do Ministério da Agricultura, ele é de fácil acesso, qualquer pessoa pode acessar a qualquer momento, e elas podem dessa maneira, elas podem ser revisadas por capítulos individualmente sem comprometer a totalidade”, destacou.
A presidente da CSM-MT, Tanismare de Almeida, destaca a relevância da segunda edição do Workshop da Rede de Laboratórios de Sementes do Cerrado. “É muito importante para a Comissão esse trabalho junto com a APROSMAT, com essa rede de laboratórios de sementes do Cerrado, que vem justamente atualizar todos esses profissionais da área, aqui temos muitos analistas e trazendo esses profissionais para as palestras como a doutora Fátima e doutora Miriam é fundamental para que possamos capacitarmos ainda mais nessa questão da atualização das RAS.”, finalizou.
Dentro do conteúdo do workshop foram abordados temas como, estrutura atualizada das RAS 2025, interpretação técnica e identificação de pontos críticos, boas práticas laboratoriais e conformidade técnica, fundamentos legais e processo de credenciamento, responsabilidade técnica e operacionais, pilares para resultados confiáveis e tecnicamente válidos, sistema de gestão da qualidade conforme a ISO, boas práticas de amostragem e análises e Novidades nos métodos de análise e fatores que influenciam os resultados.
Perspectivas favoráveis
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A cadeia do milho vive um momento de ajustes em escala global
Agrolink
– Aline Merladete
Foto: Divulgação
A cadeia do milho vive um momento de ajustes em escala global. As últimas estimativas divulgadas pelo USDA e analisadas pela consultoria Itaú BBA mostram que os estoques finais mundiais da temporada 2025/26 foram reduzidos de 275 para 272 milhões de toneladas.
De acordo com a consultoria Itaú BBA, o Brasil teve sua produção revisada para cima, passando de 130 para 132 milhões de toneladas. O país mantém desempenho robusto, impulsionado pelo aumento na área plantada e pela recuperação da produtividade após uma temporada marcada por desafios climáticos.
O consumo doméstico também cresce no Brasil, com expectativa de alcançar 94 milhões de toneladas, puxado especialmente pelo setor de proteína animal, que utiliza o grão como base para ração. As exportações brasileiras devem permanecer estáveis em 43 milhões de toneladas.
Nos Estados Unidos, a produção foi ajustada para baixo, de 402 para 399 milhões de toneladas, refletindo condições menos favoráveis em algumas regiões produtoras. A China, por sua vez, mantém produção em 295 milhões de toneladas, reforçando sua autossuficiência parcial.
Apesar da alta na produção global, o crescimento do consumo mundial, agora estimado em 1.268 milhões de toneladas, pressiona os estoques. Isso deve manter os preços em níveis moderados e com volatilidade no curto prazo.
O Brasil se posiciona como um dos principais exportadores de milho do mundo, e a ampliação da produção é estratégica para garantir presença competitiva nos mercados internacionais. A relação entre estoque e consumo no país subiu de 1,9% para 2,6%, demonstrando leve melhora nos níveis de disponibilidade interna.
Revisões mostram a força dos dois blocos
Agrolink
– Aline Merladete
Foto: Divulgação
O cenário global do trigo vem se ajustando a uma nova realidade de oferta, com revisões positivas na União Europeia e na Rússia, que devem compensar a estabilidade em outras regiões produtoras. Os estoques finais mundiais da safra 2025/26 foram levemente reduzidos, de 263 para 262 milhões de toneladas.
Segundo análise da consultoria Itaú BBA, a produção da União Europeia foi revisada de 136,6 para 137,3 milhões de toneladas, e a da Rússia passou a contar com expectativa de exportação de 46 milhões de toneladas, um aumento em relação ao mês anterior. Essas revisões mostram a força dos dois blocos no cenário global.
No Brasil, a produção foi mantida em 8 milhões de toneladas. O país segue dependente de importações, estimadas em 6,7 milhões de toneladas. Por outro lado, as exportações brasileiras foram revisadas para cima, chegando a 2,7 milhões de toneladas, sinalizando oportunidades nos mercados regionais.
O estoque final no Brasil foi ajustado de 1,8 para 2,1 milhões de toneladas, uma alta de 16,9%. A relação entre estoque e consumo também subiu, passando de 12% para 14,1%, o que garante maior segurança interna diante das oscilações internacionais.
A demanda mundial por trigo continua em expansão, com o consumo global previsto em 806 milhões de toneladas. Ainda assim, a produção mundial, de 809 milhões de toneladas, garante leve folga, evitando cenários de escassez.
Geadas afetam lavouras de milho no Paraná
Agrolink
– Seane Lennon
Foto: Agrolink
O Boletim de Conjuntura Agropecuária, divulgado nesta quinta-feira (10) pelos analistas do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), informa que a colheita da segunda safra de milho 2024/25 já alcançou 29% da área estimada no Paraná. Esse percentual é superior à média das últimas cinco safras para o mesmo período, que era de aproximadamente 20%.
Apesar do avanço no ritmo da colheita, as condições das lavouras que ainda aguardam a colheita apresentaram nova piora. “Na semana passada, 68% das áreas estavam classificadas como boas. Agora, esse número caiu para 64%”, aponta o boletim. As lavouras em condição mediana passaram de 18% para 20%, enquanto as áreas em situação considerada ruim aumentaram de 14% para 15%.
Segundo os técnicos do Deral, a queda na qualidade das lavouras pode estar diretamente relacionada às geadas registradas no final de junho, que atingiram parte das regiões produtoras. A expectativa do setor é que as próximas semanas tragam avaliações mais precisas sobre os impactos das intempéries na produtividade do cereal.
Plantio do trigo alcança 82% da área estimada no RS
Agrolink
– Seane Lennon
Foto: Canva
O plantio da safra de trigo 2024 no Rio Grande do Sul alcançou 82% da área prevista, conforme aponta o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (10) pela Emater/RS-Ascar. Segundo o órgão, o avanço foi possível devido à melhora nas condições do solo e ao predomínio do tempo seco, o que permitiu recuperar parte do atraso causado pelas chuvas intensas de junho.
“A proporção de área semeada se aproxima da média histórica para o período, de 86%, e se iguala ao percentual registrado na safra anterior”, informou a Emater. Com a estabilidade climática, produtores também retomaram tratos culturais, como aplicação de herbicidas e adubação nitrogenada. Áreas mais afetadas por excesso de umidade passaram por replantio.
As lavouras seguem em fase de desenvolvimento vegetativo. Apesar dos impactos localizados de geadas e temperaturas negativas em regiões mais baixas, a Emater avalia que, de forma geral, não há expectativa de prejuízos significativos no Estado. “As áreas que sofreram estresse hídrico estão em processo de recuperação”, destacou a instituição.
As condições climáticas atuais, com menor umidade e maior insolação, devem contribuir para a sanidade das plantas. Mesmo assim, em algumas regiões, foi necessária a aplicação de fungicidas devido à ocorrência de doenças foliares.
A conclusão da semeadura deve ocorrer dentro do prazo previsto pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC). A estimativa é que o Rio Grande do Sul cultive 1.198.276 hectares nesta safra, com produtividade média inicial projetada em 2.997 quilos por hectare.
A cotação do boi gordo em São Paulo apresentou queda nesta segunda-feira (14), refletindo a retração das indústrias frigoríficas, que se mantiveram em sua maioria fora das compras. A informação consta na análise “Tem Boi na Linha”, da Scot Consultoria.
Segundo o relatório, a decisão de reduzir ou suspender as negociações no início da semana está relacionada à cautela diante das incertezas geradas pelo anúncio de tarifas comerciais por parte dos Estados Unidos. “Os frigoríficos ativos reduziram os valores de oferta, enquanto os que estavam fora do mercado especularam preços inferiores aos praticados na semana anterior”, informou a consultoria.
Como consequência, a arroba do boi gordo caiu R$ 3,00, enquanto a do “boi China” teve retração de R$ 4,00. As cotações da vaca e da novilha permaneceram estáveis. As escalas de abate, por sua vez, estão em média programadas para 10 dias.
No Oeste do Maranhão, o mercado iniciou a semana em estabilidade, após três dias consecutivos de queda na semana anterior. As cotações de todas as categorias permaneceram inalteradas.
No mercado atacadista com osso, apesar do aumento nas vendas impulsionado pelo pagamento dos salários, os estoques ainda elevados limitaram a reação dos preços. A carcaça casada do boi capão recuou 1,9% (R$ 0,40/kg), e a do boi inteiro caiu 1,0% (R$ 0,20/kg). As carcaças da vaca e da novilha também tiveram queda, de 1,3% (R$ 0,25/kg) e 1,0% (R$ 0,20/kg), respectivamente.
Entre as carnes alternativas, o frango médio teve leve recuo de 0,1% (R$ 0,01/kg), enquanto a carcaça de suíno especial apresentou queda mais acentuada, de 3,9% (R$ 0,50/kg).
A cadeia do algodão registra avanços relevantes para a temporada 2025/26. A produção global foi revisada para cima, alcançando 25,8 milhões de toneladas. O estoque final também subiu, de 16,7 para 16,8 milhões de toneladas, o que garante maior estabilidade ao setor.
Segundo informações da consultoria Itaú BBA, o Brasil tem protagonismo nesse avanço, com produção estimada em 4 milhões de toneladas, um crescimento de 7,4% em relação ao ciclo anterior. O aumento é reflexo da expansão da área plantada, que chegou a 2,1 milhões de hectares.
O consumo doméstico brasileiro deve atingir 800 mil toneladas, enquanto as exportações devem alcançar 3,1 milhões de toneladas, reforçando a posição do país como segundo maior exportador mundial. Esse desempenho é favorecido pela qualidade da fibra brasileira e pela valorização no mercado internacional.
Nos Estados Unidos, principal concorrente do Brasil, a produção também foi revisada para cima, de 3 para 3,2 milhões de toneladas. Já na China, principal destino da fibra, as importações foram reduzidas de 1,4 para 1,3 milhão de toneladas, sinalizando ajuste na demanda.
A relação entre estoque e consumo global segue estável, em torno de 65%, o que indica equilíbrio entre oferta e demanda no curto prazo. Esse fator deve evitar grandes oscilações de preço, apesar da volatilidade sazonal do mercado.
Com cenário de alta produtividade e forte presença no mercado externo, o Brasil consolida seu papel estratégico na oferta mundial de algodão. O desempenho da próxima safra será decisivo para manter o ritmo positivo e atender à demanda crescente por fibras naturais.