Milho oscila pouco na B3 e recua em Chicago
O mercado futuro de milho na B3 encerrou a sexta-feira (25/07) em baixa, mantendo-se dentro de uma faixa estreita de oscilação ao longo da semana. Segundo a TF Agroeconômica, apesar das perdas pontuais no dia, os contratos de curto prazo ainda sustentaram ganhos semanais modestos, enquanto os contratos de longo prazo, como os da safra 2026/27, fecharam em queda. A estabilidade observada nos preços da bolsa e do mercado físico tem como suporte o atraso na colheita no Brasil, mesmo com a desvalorização semanal do dólar (-0,47%) e a queda em Chicago (-2,20%).
O indicador Cepea recuou 0,58% no dia, mas registrou uma leve alta de 0,55% na semana. Na B3, os contratos futuros fecharam assim: setembro/25 terminou cotado a R\$ 65,64 (queda de R$ 0,14 no dia, mas alta de R$ 0,16 na semana); novembro/25 encerrou a R$ 68,58 (queda de R$ 0,20 no dia e alta de R$ 0,33 na semana); e janeiro/26 ficou em R$ 72,12 (queda de R$ 0,23 no dia e alta de R$ 0,15 na semana).
Já na Bolsa de Chicago (CBOT), o milho fechou o dia com leve alta, setembro subiu 0,82% e dezembro 0,84%, mas acumulou perda de 2,20% na semana. O mercado foi pressionado por fatores como clima favorável ao desenvolvimento da safra americana, expectativas frustradas com acordos comerciais, especialmente com o Japão, e tensões externas. Declarações do ex-presidente Donald Trump sobre a possibilidade de tarifas unilaterais ao Canadá — principal comprador de etanol dos EUA — ampliaram o pessimismo do setor.
A falta de avanço nas negociações com outros potenciais compradores da safra americana também contribuiu para o recuo semanal. Apesar de algumas compras pontuais, o mercado ignorou esses volumes e seguiu operando com tendência de baixa. A única sustentação observada no momento é a demanda, que impede quedas mais acentuadas nos preços internacionais do cereal.