Trigo: mercado segue travado
No Rio Grande do Sul, os moinhos continuam com moagem reduzida
Agrolink
– Leonardo Gottems
No Rio Grande do Sul, os moinhos continuam com moagem reduzida – Foto: Canva
O mercado de trigo no Sul do Brasil permanece em compasso de espera, com moinhos abastecidos e cautela nas compras. Segundo a TF Agroeconômica, os preços do trigo argentino spot em Rio Grande estão em US$ 272 por tonelada, nacionalizado, o que equivale a cerca de R$ 1.465,56 posto no porto, mais frete até o interior.
No Rio Grande do Sul, os moinhos continuam com moagem reduzida e alegam margens apertadas. As compras estão focadas em atender a demanda imediata, com preços variando conforme a qualidade e a localização do produto. Negócios pontuais acontecem em torno de R$ 1.300 para trigo de boa qualidade, embarque em agosto e pagamento em setembro. Já o trigo local segue sendo oferecido a R$ 1.380 posto moinho em Porto Alegre e Serra, e R$ 1.350 no centro do estado. O preço da pedra em Panambi está estável em R$ 70,00 por saca.
Em Santa Catarina, o cenário também é de lentidão. O mercado está praticamente parado, e o trigo gaúcho ainda é amplamente ofertado entre R$ 1.330 e R$ 1.360 FOB, o que impede valorização. O trigo importado via Paranaguá segue mais competitivo do que o paranaense. Na safra nova, há relatos de queda de até 20% na venda de sementes e a Conab estima redução de 6,3% na produção catarinense. Os preços da pedra variam entre R$ 72,00 e R$ 79,00 por saca, conforme a região.
No Paraná, o mercado segue travado, com moinhos pausando operações diante da demanda fraca. O trigo tipo 1 é pedido a R$ 1.500 FOB, mas compradores ofertam R$ 1.450 CIF. Trigo importado argentino e paraguaio é ofertado entre US$ 271 e 278 a depender do porto. A média de preços pagos aos agricultores subiu levemente para R$ 77,19, com margem de lucro estimada em 4,98%, acima do custo médio de produção de R$ 73,53 segundo o Deral.