domingo, julho 6, 2025

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Umidade dificulta tratos culturais na aveia



Baixa luz e chuvas impactam lavouras de aveia




Foto: Canva

O avanço da semeadura da aveia-branca no Rio Grande do Sul tem sido limitado pelas chuvas frequentes e pela decisão de parte dos produtores em priorizar o cultivo do trigo, que também enfrenta atrasos. A informação consta no Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na quinta-feira (3).

Segundo o boletim, cerca de 80% da área prevista com aveia-branca já foi implantada no estado. De acordo com a entidade, “96% das lavouras estão em fase de desenvolvimento vegetativo, enquanto 4% se encontram em floração, concentradas especialmente na Região Noroeste”.

O desenvolvimento da cultura tem sido considerado satisfatório, embora o crescimento de parte das lavouras esteja comprometido por baixa luminosidade. A Emater/RS-Ascar destacou ainda que o excesso de umidade no solo dificultou a realização de tratos culturais, especialmente o controle de plantas daninhas.

A projeção é de que a área cultivada com aveia-branca nesta safra chegue a 401.273 hectares, com produtividade estimada em 2.254 quilos por hectare.

Na região administrativa de Frederico Westphalen, 97% das lavouras seguem em fase vegetativa. A baixa radiação solar e a umidade elevada favoreceram a incidência de doenças, com destaque para o complexo de manchas foliares. Em Ijuí, apesar da coloração pálida das plantas, atribuída à pouca luz solar, o desenvolvimento segue adequado, com folhas e colmos preservados.

A Emater/RS-Ascar também observou acamamento em áreas que atingiram os estágios de emissão de panícula e floração, causado pelo excesso de chuvas. Há ainda relatos de possíveis danos por geada, cuja extensão ainda está sendo avaliada.





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Qual tipo de experiência você acha que mais atrai turistas para propriedades rurais?


Na interatividade da semana, perguntamos: Qual tipo de experiência você acha que mais atrai turistas para propriedades rurais? 

O resultado apontou que 54% dos produtores escolhem a gastronomia típica e os produtos artesanais como os principais atrativos. Em seguida, 31% destacaram a importância da história, cultura local e tradições das comunidades. Já as visitas guiadas com vivência no campo receberam 16% dos votos.

Para Priscila Vilarinho, gestora de Turismo do Sebrae Goiás, o resultado confirma uma tendência importante:

“A preferência do público por experiências ligadas à gastronomia e aos produtos artesanais mostra como o turismo rural está cada vez mais conectado com o desejo do visitante de vivenciar a autenticidade do campo por meio dos sabores e saberes locais. Isso revela uma valorização do que é feito ali, com identidade, história e afeto. Ao mesmo tempo, o interesse por aspectos culturais e pelas tradições das comunidades demonstra que o turista quer entender o território, conhecer quem vive nele e se sentir parte daquela realidade. […] O paladar, a cultura e a vivência se complementam e devem ser trabalhadas em conjunto para criar experiências únicas.”

Por que investir em turismo rural?

  • Fortalecimento da economia local
  • Diversificação da renda do produtor
  • Promoção da cultura e do patrimônio imaterial
  • Valorização da agricultura familiar
  • Participe do Porteira Aberta Empreender: envie perguntas, sugestões e conte sua história de empreendedorismo pelo WhatsApp

Toda quinta-feira tem uma nova enquete no Porteira Aberta Empreender!

Participe, envie sua opinião e ajude a construir pautas ainda mais importantes para você, micro e pequeno empreendedor rural.

A resposta da pergunta da semana vai ao ar todo sábado no canal do YouTube do Canal Rural.

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‘The Bear’ estreia última temporada e reforça a conexão entre cozinha, alimentos e paixão


A aclamada série The Bear, produzida pela FX e disponível no Star+, estreia sua terceira e última temporada em 2025, com altas expectativas dos fãs e da crítica. Desde seu lançamento, a produção conquistou prêmios, corações e paladares ao mergulhar nas emoções de uma cozinha profissional em Chicago, explorando os desafios, tensões e o amor pela gastronomia.

Criada por Christopher Storer, a série acompanha Carmen “Carmy” Berzatto (vivido por Jeremy Allen White), um jovem chef premiado que retorna para comandar a lanchonete da família após a morte do irmão. A partir daí, a série se transforma em um prato completo: drama, ritmo frenético, conflitos familiares e uma estética culinária arrebatadora. Para fãs de series, os inúmeros prêmios já deixam claro que estamos falando aqui de uma aula de direção, roteiro, fotografia e atuações impecáveis.

Foto: Divulgação/Hulu

O grande diferencial de The Bear é o realismo com que trata os alimentos. Os ingredientes não são meros coadjuvantes — eles têm papel central na narrativa. Cada prato representa mais do que sabor: é memória, cultura, conflito e reconciliação. A série faz questão de mostrar a origem dos alimentos, sua manipulação cuidadosa, o respeito pelo produtor e o valor do trabalho artesanal.

Em muitos episódios, ingredientes simples como tomate, ervas frescas, pão ou carne são tratados com a reverência de uma joia rara. Isso aproxima o espectador da cadeia produtiva alimentar, destacando a importância da qualidade da matéria-prima — algo que começa lá no campo, com o produtor rural.

Da horta ao prato: o agro na mesa dos chefs

Apesar de não ser uma série sobre o agronegócio, The Bear oferece uma oportunidade rara de refletir sobre a ligação direta entre produção agrícola e gastronomia. Cada refeição elaborada pelos personagens é resultado de uma cadeia que começa muito antes de a cozinha entrar em ação: no plantio, na colheita, na criação de animais e no transporte dos alimentos.

A valorização de ingredientes frescos e locais, mostrada na série, se alinha ao que muitos produtores rurais brasileiros vivem na prática: o esforço para oferecer alimentos de qualidade que cheguem à mesa com sabor, segurança e respeito ambiental.

O que se vê na série é o resultado de um processo que envolve milhares de famílias do campo — e que muitas vezes passa despercebido no grande centro urbano.

O cozinheiro como agricultor emocional

Em muitos momentos, The Bear mostra o chef como alguém que “cultiva” relações e emoções tanto quanto cultiva sabores. O respeito à sazonalidade dos alimentos, o cuidado com o preparo e a tentativa constante de equilibrar tradição e inovação lembram o trabalho do agricultor, que também lida com tempo, clima, paciência e dedicação.

A personagem Sydney (Ayo Edebiri), braço direito de Carmy, personifica essa sensibilidade: uma chef técnica, criativa e profundamente conectada com os ingredientes. Ela representa a nova geração da gastronomia, que busca resgatar sabores regionais, reduzir desperdícios e entender o impacto da comida no planeta.

Gastronomia como elo entre o campo e a cidade

Um dos méritos de The Bear é mostrar como a gastronomia pode ser uma ponte entre universos distintos — e o campo tem lugar privilegiado nessa travessia. A série retrata fornecedores, pequenos mercados locais e a valorização de ingredientes autênticos como elementos indispensáveis para uma cozinha de excelência.

Esse movimento reflete uma tendência crescente no mundo real: chefs renomados se aproximando de produtores rurais, feiras orgânicas, agricultura regenerativa e sistemas alimentares mais transparentes e justos. O que The Bear mostra nas telas já é realidade em muitos restaurantes brasileiros e internacionais.

A última temporada de The Bear promete ser uma despedida agridoce — com os altos e baixos de um restaurante que busca excelência, mas sem esquecer sua origem humilde. Para quem trabalha com alimentos — seja na lavoura ou na cozinha —, a série é um lembrete poderoso de que todo prato começa com uma semente.

A emoção que se vê no olhar dos personagens diante de um prato pronto também está presente no sorriso de um agricultor ao ver sua safra dar certo. A conexão entre o campo e o restaurante, entre a terra e o prato, é o ingrediente invisível que faz a diferença — e que The Bear sabe valorizar como ninguém.



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Pará: seminário reforça estratégias para fortalecer as cadeias do cacau e do açaí



De 1º a 3 de julho, Belém foi palco do Seminário de Encerramento do Programa Rural Sustentável Amazônia no Pará (PRS/PA), iniciativa que reuniu produtores, especialistas, representantes do poder público e organizações da sociedade civil. O encontro, promovido pelo Projeto Rural Sustentável Amazônia (PRS Amazônia) em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), debateu caminhos para fortalecer as cadeias produtivas do cacau e do açaí no estado.

Durante o evento, foram apresentados os principais resultados alcançados pelo projeto, além de estudos de mercado e planos elaborados com participação ativa de organizações socioprodutivas (OSPs), compostas majoritariamente por comunidades tradicionais, mulheres e jovens. As propostas mostraram a viabilidade de novos modelos de desenvolvimento que conciliam geração de renda, valorização cultural e conservação ambiental.

“A proposta foi identificar sinergias e integrar ações de diferentes parceiros, promovendo as boas práticas do ABC+ de forma eficiente até quem realmente produz”, afirmou João Crescêncio, secretário adjunto da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo. Já Pedro Xavier, coordenador de Fortalecimento de Cadeias Produtivas do PRS, destacou que o seminário foi resultado de um processo de escuta ativa com diversos atores do setor. “As propostas apresentadas enfrentam gargalos estruturais e impulsionam o acesso a mercados e a valorização da floresta em pé”, disse.

O evento contou com a presença de autoridades como o secretário estadual Giovanni Corrêa Queiroz, o coordenador do Grupo Gestor Estadual, Tiago Catuxo, e o superintendente da Ceplac (PA e AM), Raul Guimarães, além de representantes da Emater, Embrapa, UFPA, produtores rurais e entidades do setor agropecuário.

A próxima etapa do PRS Amazônia acontece em Manaus, no dia 10 de julho, com o Seminário de Encerramento do Programa no Amazonas. A nova fase focará nas cadeias da castanha-do-Brasil e do pirarucu de manejo, com a apresentação de estudos e planos de fortalecimento.

O PRS Amazônia tem como objetivo mitigar as emissões de gases de efeito estufa no bioma Amazônico, a partir da promoção de cadeias produtivas sustentáveis, incentivo à produção responsável e disseminação de conhecimento. Fruto de uma cooperação entre o Mapa, o governo do Reino Unido (DEFRA), o BID e o IABS, o projeto foi ampliado em 2025 com novos recursos voltados à elaboração de planos de negócios e aquisição de benefícios coletivos e serviços técnicos. A execução das novas ações está prevista para iniciar em setembro.



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90% das lavouras estão em fase vegetativa


As lavouras de canola no Rio Grande do Sul avançam em meio a condições climáticas adversas. Conforme o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na quinta-feira (3), cerca de 95% da área prevista com a cultura já foi semeada no estado, mas o excesso de chuvas e as recentes geadas causaram impactos variáveis no desenvolvimento das plantações.

“O tempo firme no início do período favoreceu o crescimento das lavouras, mas os volumes elevados de precipitação registrados no final de semana dificultaram a realização de tratos culturais e prejudicaram a aeração do solo”, informou a Emater.

Segundo a entidade, 90% das lavouras encontram-se em fase de desenvolvimento vegetativo, enquanto 10% estão em floração. O registro de geadas levantou preocupações quanto a possíveis danos, especialmente em áreas com cultivos mais adiantados, que permanecem sob monitoramento.

A estimativa da Emater/RS-Ascar é de que 203.206 hectares sejam cultivados com canola nesta safra, com produtividade média projetada em 1.737 kg/ha.

Na região de Bagé, dos 6.500 hectares já semeados em São Borja, 20% estão em floração. A expectativa é concluir a área inicialmente prevista de 8.000 hectares, desde que o clima se mantenha favorável. Em Manoel Viana, as chuvas causaram perdas significativas, e há áreas onde se avalia a substituição da cultura, uma vez que o período ideal de plantio, conforme o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), já se encerrou.

Em Frederico Westphalen, 75% das lavouras estão em floração. Já na região de Ijuí, os impactos das geadas ainda estão sendo avaliados. A baixa luminosidade tem limitado o crescimento das plantas, embora lavouras implantadas entre o fim de maio e início de junho apresentem bom estande.

Na região de Santa Rosa, 97% da área prevista está implantada, com 30% das lavouras em floração. A Emater alerta para possíveis prejuízos causados pelas geadas de 24 e 25 de junho, ainda sob avaliação.

Em Soledade, mesmo com altos volumes de chuva, o desenvolvimento da cultura segue dentro do esperado. As lavouras iniciam a emissão da haste floral e seguem recebendo adubação nitrogenada e monitoramento fitossanitário.

No mercado, o preço da saca de 60 quilos variou entre as regiões: R$ 107,10 em Ijuí; R$ 108,00 em Frederico Westphalen; R$ 108,74 em Santa Rosa; e R$ 94,00 em Santana do Livramento.





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Centro-Sul ganha duas variedades de mandioca altamente produtivas



Duas novas variedades de mandioca desenvolvidas pela Embrapa combinam alta produtividade no campo com elevado teor de amido. Assim, atendem aos interesses de produtores e da indústria.

Batizadas de BRS Ocauçu e BRS Boitatá, as cultivares se destacaram na região Centro-Sul. A região é responsável por 80% da produção nacional de fécula, o amido extraído da raiz da mandioca.

Avaliados desde 2011 em uma rede de experimentos, os materiais apresentam alta produtividade tanto no primeiro ciclo (colheita aos 12 meses), quanto no segundo (de 18 a 24 meses).

Segundo o pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA) Marco Antonio Rangel, que hoje atua no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), é fundamental trabalhar na interface entre esses dois setores.

“O preço unitário da mandioca é referenciado pela quantidade de amido, ou seja, quanto mais amido tiver a raiz, maior o preço. Existem variedades que apresentam excelente teor de amido, porém a produtividade por unidade de área é baixa. O alto teor de amido é bom para a indústria, mas se não tiver alta produtividade, não é bom para o produtor”, afirma o pesquisador.

Em Naviraí (MS), por exemplo, no primeiro ciclo, a BRS Boitatá e a BRS Ocauçu produziram acima de 33 toneladas por hectare de raízes. Assim, superaram em 150% a variedade padrão local (13,22 t/ha) e mostrando aptidão para colheita mais cedo. No segundo ciclo, observou-se a mesma tendência: as cultivares produziram mais de 41 t/ha, enquanto a variedade utilizada como testemunha, 25,27 t/ha.

Em relação à produtividade de amido, ambas as BRSs registraram no primeiro ciclo, respectivamente, 11,64 e 13,46 t/ha, contra 4,17 t/ha da variedade local. No segundo ciclo, o desempenho foi de 19,32 e 16,88 t/ha contra 7,97 t/ha da testemunha. 

Características diferenciadas

Um diferencial da BRS Boitatá são as raízes com a cor externa branca, característica desejada tanto pela indústria de amido quanto pelas farinheiras. Ringenberg informa que, quanto mais branca for a casca, maior a garantia de dar uma farinha de alta qualidade.

“A BRS Boitatá está entrando bem para suprir esse nicho de mercado. Como tem a casca branca, se em algum momento a casca agarrar um pouco, a farinha não escurece. Ou seja, não vai dar pigmentação nessa farinha. Apesar de as raízes da BRS Ocauçu terem cor externa marrom clara, a variedade também tem tido grande aceitação por parte das farinheiras”, afirma. 

A BRS Ocauçu se destaca por produzir bem em solos de fertilidade mais baixa. Essa é outra grande vantagem, de acordo com o pesquisador Vanderlei Santos, responsável pelo programa de melhoramento genético de mandioca da Embrapa Mandioca e Fruticultura à época da seleção das variedades.

Essa característica é impostante, tendo em vista que os solos da região onde se concentra a produção de mandioca nos estados onde os materiais estão sendo recomendados são de arenito, mais empobrecidos.

Aliado a esse atributo, Santos ressalta ainda o porte reto das hastes dos materiais, o que torna a arquitetura da BRS Ocauçu e da BRS Boitatá favorável ao plantio mecanizado. “Ambas as cultivares produzem muitas folhas, que cobrem rapidamente o solo, dificultando o desenvolvimento do mato, trazendo assim economia no que diz respeito às capinas”, explica.

O pesquisador acrescenta que, assim como as variedades já lançadas, a BRS Ocauçu e a BRS Boitatá são adaptadas ao plantio direto. O sistema confere estabilidade produtiva e conservação ambiental, e esta em expansão na região.

Considerando a bacteriose, o superalongamento e a antracnose, as principais doenças da mandioca no Centro-Sul, os dois materiais mostraram-se moderadamente resistentes. Assim conferiram bom nível de segurança para sua recomendação.

O critério relacionado às doenças é o primeiro observado no processo de seleção, como ressalta Santos. “A bacteriose, por exemplo, não é um problema relevante no Nordeste, em função do clima, mas na região Centro-Sul sim, é uma doença muito importante, por isso a necessidade de se observar esse aspecto nos ensaios”, afirma o cientista. 

Opinião do produtor

O engenheiro-agrônomo da Copasul Cleiton Zebalho conta que recebeu o primeiro lote das duas cultivares em 2022 para experimentação. Com cerca de três anos de multiplicação das variedades em área de cooperado, ele destaca como principal aspecto o fato de serem cultivares para dois ciclos. “Hoje temos dificuldade de material com potencial produtivo para dois ciclos. Torna-se uma alternativa para os nossos produtores terem uma diversificação de cultivares.”

Outra característica ressaltada por Zebalho foi que, até o momento, não se identificou o desenvolvimento de doenças. “Só o ataque de pragas, que é normal, no caso o mandarová (lagarta), principal praga da cultura. Mas com relação a doenças, nada até o momento”, pontua.

Ele ressalta também a adaptação ao plantio direto, uma necessidade da região, que sofre com a erosão. Nesse sistema conservacionista, mantêm-se a palha e restos vegetais de outras culturas na superfície, garantindo cobertura e proteção do solo, e o plantio é realizado no solo não revolvido. “É um sistema mais sustentável. Procuramos incentivar nossos produtores a utilizar esse sistema, adotando plantas de cobertura.”

Zebalho diz que os dois materiais têm potencial para altas produtividades. “Com a tecnificação do produtor, fazendo correção de solo, boa adubação de base, plantando conforme orientamos, com espaçamento adequado, fazendo todo o manejo de plantas daninhas, certamente essas duas cultivares terão grande potencial produtivo, pensando em dois ciclos”, acrescenta.

Por fim, o representante da Copasul destaca a importância da qualidade genética dos materiais. “Na minha dissertação de mestrado, desvendei quais são os fatores biofísicos de manejo que afetam a lacuna de produtividade de mandioca no Mato Grosso do Sul. E um dos pontos muito importantes foi a genética. Produtores que estavam trabalhando com determinadas cultivares, entre elas a BRS CS 01, estavam alcançando melhores produtividades”, complementa.

Garantia genética e fitossanitária

O analista Helton Fleck, do Setor de Gestão de Transferência de Tecnologia da Embrapa Mandioca e Fruticultura, salienta que a Embrapa trabalha para que as variedades desenvolvidas cheguem ao produtor com a sanidade e identidade genética preservada, além de alta qualidade e vigor.

Para isso, licenciam-se parceiros multiplicadores. “Adquirindo mudas e manivas de licenciados da Embrapa, o produtor pode iniciar sua multiplicação com confiança em bons resultados. Seguindo os devidos cuidados nas lavouras, o material se manterá por algumas gerações com a qualidade desejada”, reitera.

No caso das BRS Boitatá e BRS Ocauçu, a Copasul é, por enquanto, a fornecedora de material de plantio. Ao longo do segundo semestre, novos parceiros serão incorporados ao rol de fornecedores. 

*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo



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Senar promove conhecimento e saúde à população rural no Amazonas



O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Amazonas) promoveu, no fim de junho, uma mobilização voltada à população rural, com atendimentos de saúde e atividades de capacitação técnica. Esta iniciativa faz parte da agenda do Sistema FAEA/SENAR-AM para fortalecer o bem-estar e o desenvolvimento produtivo no interior do estado.

As atividades aconteceram de forma integrada, com a união de atendimento em saúde preventiva e ações voltadas à piscicultura. De um lado, a população teve acesso a uma série de serviços médicos e orientações de bem-estar e, de outro, produtores participaram de um Dia de Campo com foco em boas práticas na criação de peixes.

O encontro reuniu técnicos, lideranças e criadores da região, que acompanharam demonstrações práticas em três estações temáticas: gestão de indicadores e uso de aplicativo, técnicas de biometria e estratégias de sanidade. Com apoio da equipe do Senar, os participantes puderam conhecer métodos modernos para aumentar a produtividade e a eficiência no manejo.

Na área da saúde, os atendimentos ocorreram em uma unidade básica local, com oferta de consultas em clínica geral, odontologia, fisioterapia e psicologia. A comunidade também teve acesso a exames rápidos, vacinação, aferição de pressão e glicemia, além de agendamentos para procedimentos como vasectomia, laqueadura e implantação de DIU. Ao todo, foram realizados mais de 240 atendimentos, ultrapassando a meta prevista.

O presidente do Sistema Faea/Senar, Muni Lourenço, destacou que a piscicultura tem papel estratégico no Amazonas e que ações como essa reforçam o poder transformador da assistência técnica. “Estamos levando informações valiosas para o produtor rural, sempre com foco em sustentabilidade e resultados”, disse.

A programação incluiu ainda visitas técnicas a propriedades atendidas pelo Projeto ATeG Total. Um dos destaques foi o relato da piscicultora Roseína Braga, que enfrentou uma crise na criação por conta da qualidade da água. Com orientação rápida da equipe técnica do SENAR, ela conseguiu reverter o problema e recuperar sua produção de tambaqui. “Hoje minha criação está 100%”, celebrou.

As informações foram divulgadas pela Confederação da Agricultura e Pecuária Nacional (CNA).



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Preços do leite caem 2,18% em junho em Goiás



Creme a granel lidera queda no setor lácteo




Foto: Divulgação

O Boletim de Mercado do Setor Lácteo Goiano, divulgado nesta segunda-feira (30/6) pela Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), apontou retração nos preços médios dos principais produtos derivados do leite em Goiás. O levantamento foi elaborado pela Câmara Técnica e de Conciliação da Cadeia Láctea de Goiás.

Segundo o boletim, o creme a granel foi o item com maior desvalorização no período, registrando queda de 8,34% em relação ao mês anterior. Na sequência, os recuos foram verificados nos preços do queijo muçarela (-2,66%), leite UHT integral (-1,73%) e leite em pó integral (-1,10%). Já o leite condensado apresentou a menor variação negativa, com redução de 0,67%.

De acordo com a Seapa, “ao considerar os pesos relativos de cada item na composição da cesta de produtos lácteos, a variação média no mês de junho foi de -2,18%”.

O boletim está disponível no site oficial da secretaria e reúne dados utilizados para subsidiar decisões do setor produtivo e orientar políticas públicas voltadas à cadeia leiteira em Goiás.





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Três aves silvestres testam positivo para gripe aviária; espécie estava no Parque Ibirapuera



A Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo confirmou, nesta sexta-feira (4), um novo foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no Parque Ibirapuera, na Zona Sul da capital. Três Irerês (Dendrocygna viduata), espécie de ave aquática que não é residente do local, testaram positivo para a gripe aviária após análise feita pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA).

Segundo a Defesa Agropecuária, os casos não alteram o status sanitário do estado nem do país, já que envolve aves silvestres. Também não há impacto nas exportações de carne de frango e ovos, conforme as diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Ainda assim, ações de prevenção e monitoramento serão intensificadas no parque, com foco na educação sanitária dos frequentadores.

A Influenza Aviária, também conhecida como gripe aviária, é uma doença viral causada pelo vírus da Influenza Tipo A. Ela pode acometer diversas espécies de aves, tanto silvestres quanto domésticas, com maior incidência entre as aquáticas. Além de representar riscos para a saúde das aves, a enfermidade é uma zoonose de importância para a saúde pública e pode causar impactos econômicos expressivos, especialmente em regiões com produção avícola.

Como forma de prevenção, a Defesa Agropecuária orienta que a população evite qualquer tipo de contato com aves que apresentem sinais de doença ou que estejam mortas. Em caso de suspeita, é fundamental comunicar imediatamente os órgãos responsáveis. A transmissão ocorre por meio de secreções respiratórias e fecais de aves infectadas, além do contato com água, alimentos, equipamentos, roupas e superfícies contaminadas.



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Avicultura caipira garante renda e propósito para família em Uberaba



Desde 2013, a avicultura caipira transformou a vida da família de Flávia Mendes, no Sítio Figamar, em Uberaba (MG). Nascida no campo, ela viu a atividade crescer, partindo de uma granja de trato mais manual até chegar aos três galpões automatizados, com cerca de 60 mil frangos caipiras.

A atividade avícola começou num momento difícil, quando a família pensava em deixar a vida rural. Mas tudo mudou com a compra da propriedade e o incentivo de um vizinho, que convenceu o pai de Flávia a construir o primeiro galpão.

“A emoção de ver a granja cheia de pintinhos foi enorme. Era tudo manual, muito puxado, mas a gente acreditou”, relembra Flávia.

Superação marcou momentos mais difíceis da granja

Em 2020, uma chuva de pedra danificou a estrutura e quase forçou a família a desistir. Com apoio técnico e muita persistência, reconstruíram o espaço e investiram em tecnologia e automação.

A granja passou a contar com ventiladores, sensores e sistemas de ambiência para garantir o bem-estar animal e a qualidade dos frangos.

“Quando a gente entrega o lote, vem aquela satisfação de dever cumprido. A gente sempre busca reinvestir nas granjas com o objetivo de melhorar e facilitar o dia a dia”, comenta Flávia.

Vida no Campo: Toda sexta-feira, às 11h30 da manhã, tem episódio novo no Interligados

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