Umidade dificulta tratos culturais na aveia
Baixa luz e chuvas impactam lavouras de aveia
Agrolink
– Seane Lennon
Foto: Canva
O avanço da semeadura da aveia-branca no Rio Grande do Sul tem sido limitado pelas chuvas frequentes e pela decisão de parte dos produtores em priorizar o cultivo do trigo, que também enfrenta atrasos. A informação consta no Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na quinta-feira (3).
Segundo o boletim, cerca de 80% da área prevista com aveia-branca já foi implantada no estado. De acordo com a entidade, “96% das lavouras estão em fase de desenvolvimento vegetativo, enquanto 4% se encontram em floração, concentradas especialmente na Região Noroeste”.
O desenvolvimento da cultura tem sido considerado satisfatório, embora o crescimento de parte das lavouras esteja comprometido por baixa luminosidade. A Emater/RS-Ascar destacou ainda que o excesso de umidade no solo dificultou a realização de tratos culturais, especialmente o controle de plantas daninhas.
A projeção é de que a área cultivada com aveia-branca nesta safra chegue a 401.273 hectares, com produtividade estimada em 2.254 quilos por hectare.
Na região administrativa de Frederico Westphalen, 97% das lavouras seguem em fase vegetativa. A baixa radiação solar e a umidade elevada favoreceram a incidência de doenças, com destaque para o complexo de manchas foliares. Em Ijuí, apesar da coloração pálida das plantas, atribuída à pouca luz solar, o desenvolvimento segue adequado, com folhas e colmos preservados.
A Emater/RS-Ascar também observou acamamento em áreas que atingiram os estágios de emissão de panícula e floração, causado pelo excesso de chuvas. Há ainda relatos de possíveis danos por geada, cuja extensão ainda está sendo avaliada.