No artigo, Lima destacou que a COP30 – que acontece em novembro, em Belém (PA) -, será uma chance para o Brasil mostrar que é possível gerar renda mantendo a floresta em pé.
“A COP30 não pode ser apenas um palco para grandes corporações e governos. Ela precisa ser um espaço para que pequenas empresas compartilhem suas experiências e suas soluções”, afirmou Lima.
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O presidente do Sebrae citou ainda, alguns projetos que trabalham com a diversidade e sustentabilidade como em Rondônia, Meu Pé de Árvore que recupera áreas degradadas com sistemas produtivos. No Pará, o Viveiro Ardosa cuida da diversidade genética da floresta. E no Maranhão, a Memória Ancestral desenvolve produtos com base no conhecimento tradicional e na ciência.
“Mais de 32% dos pequenos negócios no Brasil já adotam práticas sustentáveis, trocando o modelo de “extrair e descartar” por um ciclo de reutilização e reaproveitamento. São iniciativas que inspiram, geram renda e fortalecem as comunidades.”
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Outro ponto de destaque é o estoque no Mato Grosso – Foto: Canva
Segundo informações do Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (IBRAFE), acompanhadas dos dados do CEPEA divulgados em 5 de junho de 2025, o mercado do feijão-carioca apresentou movimentações contrastantes entre as regiões produtoras. Apesar de ainda registrar lentidão nas negociações, o setor não está parado, e cada centavo por saca segue sendo decisivo para o produtor que abastece o prato do brasileiro.
No Noroeste de Minas, o preço subiu 1,72% no dia, chegando a R$ 207,50 por saca, mesmo com retrações semanais (-1,78%) e mensais (-1,85%). A alta pontual pode sinalizar uma disputa localizada entre compradores ou até mesmo o início de uma reversão de tendência. A oferta está em ajuste, o que torna essencial acompanhar os próximos movimentos de mercado com atenção.
Já a Metade Sul do Paraná registrou a maior queda diária do país, com recuo de 5,07%, cotando a R$ 187,01/sc. As quedas acumuladas são expressivas: -7,76% na semana e -2,91% no mês. A pressão vendedora intensa pode refletir tanto a necessidade de escoar grãos fora do padrão “top” quanto o desânimo do produtor frente ao cenário desafiador da comercialização local, que continua entre os mais frágeis do Brasil.
Outro ponto de destaque é o estoque no Mato Grosso: cerca de 200 mil sacas de Feijão-carioca da safra anterior, armazenadas em câmaras frias com 10% de umidade, estão sendo vendidas entre R$ 190 e R$ 200 com nota fiscal. Esses volumes seguem principalmente para o Nordeste e Mato Grosso do Sul. Já em Itapeva (SP), o Feijão-carioca tipo nota 9 a 10 fechou a R$ 277,22 (-1,62% no dia), enquanto na Metade Sul do PR a mesma qualidade atingiu R$ 248,75 com alta de 1,53% no dia e de 5,85% na semana.
A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgou nesta segunda-feira (9) os volumes totais, médias diárias e receitas das exportações do complexo carne brasileiro (aves, suína e bovina) nos primeiros cinco dias úteis de junho.
Enquanto os embarques das proteínas do boi e do porco subiram, as de franco caíram, decréscimo causado pelos embargos de compras de mais de 40 países em decorrência da gripe aviária identificada em granja comercial de Montenegro, no Rio Grande do Sul.
Acompanhe os números:
Exportações de carne de aves
As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 160,833 milhões em junho, com média diária de US$ 32,166 milhões.
A quantidade total exportada pelo país chega a 89,765 mil toneladas, com média diária de 17,953 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.791,7.
Em relação ao mesmo período de junho de 2024 (cinco dias úteis):
Recuo de 11,7% no valor médio diário;
Baixa de 12% na quantidade média diária;
Valorização de 0,4% no preço médio.
Embarques de proteína bovina
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 344,709 milhões em junho (5 dias úteis), com média diária de US$ 68,942 milhões.
A quantidade total exportada pelo país chegou a 64,225 mil toneladas, com média diária de 12,845 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 5.367,20.
Em relação a junho de 2024:
Alta de 60,4% no valor médio diário;
Ganho de 33,5% na quantidade média diária exportada;
Avanço de 20,2% no preço médio.
Vendas de carne suína
As vendas para destinos internacionais de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 65,296 milhões em junho (5 dias úteis), com média diária de US$13,059 milhões.
A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 24,938 mil toneladas, com média diária de 4,897 mil toneladas. O preço médio ficou em US$2.618,3.
Em relação a junho de 2024, os números foram os seguintes:
A tilápia ganhou espaço no mercado internacional e se consolidou como a única espécie de peixe com status de commodity global. Atualmente, mais de 140 países comercializam a proteína animal.
De acordo com Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR), o Brasil é hoje o terceiro maior exportador de tilápia para os Estados Unidos e deve registrar em 2025 um dos melhores desempenhos de sua história no comércio exterior.
Para o presidente da entidade, Francisco Medeiros, essa performance é impulsionada por uma série de fatores. “A tilápia é um peixe de sabor suave, preparo fácil e alto valor nutricional, o que contribui para sua aceitação mundial.”
Somado a isso, os recursos hídricos, clima propício, disponibilidade de insumos e, principalmente, empreendedores especializados em outras commodities contribuíram para a expansão da atividade no mercado brasileiro.
VBP da tilapicultura
No país, a Região Sul larga na frente na produção nacional, impulsionada pela concentração de empresas avícolas e adoção de sistema de integração.
De acordo com Medeiros, outro fator estratégico é a eticidade — que, quando bem manejada, eleva significativamente os índices de produtividade e pode facilmente ser incorporada à realidade das pequenas propriedades.
“Em números, o Valor Bruto de Produção (VBP) é estimado em R$ 6,6 bilhões por ano. Nos últimos 11, a tilapicultura cresceu mais de 10% ao ano, registrando a melhor série histórica de uma proteína no Brasil”, destaca.
Segundo ele, essa popularização favoreceu o desenvolvimento tecnológico em todas as etapas da cadeia, desde a genética e produção de vacinas até rações e equipamentos de processamento.
Para 2025, a expectativa é de crescimento contínuo, mesmo diante de oscilações no poder de compra e nos custos de insumos. “Temos um ambiente favorável, com geração de negócios em toda a cadeia produtiva. A tilápia continuará avançando nos próximos cinco anos, com destaque para as exportações e para o fortalecimento do mercado interno”, conclui Medeiros.
O mercado global de soja encerrou a primeira semana de junho em meio a fatores externos determinantes para a formação dos preços. Segundo a plataforma Grão Direto, a retomada do diálogo comercial entre Estados Unidos e China, as condições favoráveis de clima no cinturão agrícola norte-americano e a desvalorização do dólar no Brasil foram os principais vetores de oscilação no período.
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Apesar de entraves comerciais ainda presentes, o anúncio de uma nova rodada de negociações entre Washington e Pequim trouxe um tom mais otimista ao mercado, com leve recuperação nos contratos futuros em Chicago. O contrato de julho de 2025 fechou a US$ 10,58 por bushel, alta semanal de 1,54%. O vencimento para março de 2026 avançou 0,95%, encerrando a US$ 10,60 por bushel.
No entanto, a boa evolução da safra norte-americana impôs limites ao avanço dos preços. Segundo o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), 84% da área de soja já foi semeada, com 67% das lavouras classificadas como boas ou excelentes. O desempenho das plantações no Corn Belt reduziu o ímpeto comprador, mesmo em um ambiente geopolítico ainda instável.
Outro fator de contenção foi a aproximação do novo relatório de oferta e demanda global do USDA (WASDE), previsto para esta terça-feira, 11 de junho. A expectativa pelos dados gerou ajustes de posições ao longo da semana. No Brasil, os preços no mercado físico apresentaram leve valorização, acompanhando os movimentos dos contratos futuros, enquanto o dólar recuou 2,62%, fechando cotado a R$ 5,57.
Planejamento da próxima safra de soja
Com o avanço da colheita do milho safrinha, produtores brasileiros já iniciam o planejamento da soja 2025/26. O cenário, no entanto, impõe desafios. A combinação de preços pouco atrativos e custos de produção elevados pressiona as margens, especialmente em estados como Mato Grosso, Goiás, Tocantins e toda a região do Matopiba.
Em áreas de arrendamento, o quadro é ainda mais delicado, com estimativas já indicando margens negativas. Há risco de redução no ritmo de plantio, o que pode afetar a oferta, embora não haja garantia de reação imediata nos preços. A decisão sobre o tamanho da área cultivada será diretamente influenciada pelas condições climáticas e pela expectativa de produtividade.
Expectativa por avanço entre EUA e China
No cenário internacional, o mercado segue atento à possível retomada de compras chinesas. A China ainda possui posições em aberto para atender à demanda nos meses de agosto e setembro, antes da entrada da nova safra norte-americana. Um avanço nas negociações bilaterais, incluindo um encontro previsto entre Donald Trump e Xi Jinping, pode destravar novos embarques no curto prazo.
Esse fator tem sustentado uma leve recuperação técnica em Chicago, que pode ganhar força nos próximos dias, a depender dos desdobramentos diplomáticos.
Dólar em queda e impacto sobre preços
O câmbio também teve papel relevante nesta semana. A desvalorização do dólar frente ao real foi impulsionada por anúncios do governo brasileiro sobre medidas fiscais, como o fim da isenção de Imposto de Renda para LCI e LCA e a taxação de apostas. A volatilidade cambial, somada ao cenário externo, adiciona mais incertezas à formação dos preços da soja no mercado interno.
Enquanto o Brasil enfrenta um rombo fiscal crescente e se discute como conter os gastos públicos, o Congresso Nacional demonstra, mais uma vez, que prefere sacrificar o que sustenta a economia a mexer em seus próprios privilégios.
Uma consulta feita pelo O Estado de S. Paulo e destacada pela revista Veja revela as seis medidas mais apoiadas por deputados e senadores para cortar despesas. Entre elas, o Plano Safra — essencial para garantir crédito a produtores rurais — aparece como a segunda mais citada pelos deputados para ser cortada.
Sim, o mesmo Plano Safra que ajuda a colocar comida no prato dos brasileiros e que impulsiona o único setor que ainda puxa o crescimento do país: o agro.
Plano Safra na mira, privilégios intactos
É estarrecedor que, em plena crise climática no Rio Grande do Sul, onde produtores perderam lavouras inteiras e acumulam dívidas que somam mais de R$ 100 bilhões, a resposta do Congresso seja cortar crédito rural, e não propor soluções estruturantes ou emergenciais.
Enquanto isso, os salários e benefícios dos próprios parlamentares continuam intactos:
Um deputado federal custa cerca de R$ 300 mil por mês aos cofres públicos.
Um senador custa em média R$ 700 mil por mês.
O Congresso administra um orçamento bilionário de R$ 60 bilhões em emendas parlamentares por ano.
Em 2027, o governo já admite que terá que pegar dinheiro emprestado para pagar essas emendas.
Ou seja: o agro pode perder recursos que geram produtividade e renda, mas as benesses políticas e eleitorais continuam garantidas no cheque especial do Tesouro Nacional.
Cortar o que funciona, preservar o que pesa
A consulta feita pelo Estadão mostra que, para a maioria dos parlamentares, é mais fácil penalizar o setor produtivo do que rever o custo do próprio sistema político. É uma inversão de prioridades que revela a incapacidade — ou a falta de vontade — de cortar na carne do poder.
Outras propostas, como rever salários de servidores de elite, cortar penduricalhos no Judiciário ou reduzir benefícios do Legislativo, nem sequer entraram nas principais listas de corte.
O agro: o único setor que entrega, mas que apanha
O agro responde por quase 25% do PIB brasileiro, lidera as exportações e gera superávit comercial ano após ano. E o que recebe em troca?
Logística precária.
Seguro rural ineficiente.
Insegurança jurídica com invasões de terra.
Agora, ameaça de cortes no financiamento via Plano Safra.
Enquanto isso, setores que pouco produzem continuam sendo sustentados por um Estado caro, lento e, muitas vezes, ineficiente.
Conclusão: chega de sacrificar quem produz
O que está em jogo é mais do que números no Orçamento — é uma escolha de país. Vamos continuar punindo o setor que alimenta o Brasil e sustenta nossa balança comercial para manter os privilégios da política?
Se o Congresso Nacional quer responsabilidade fiscal de verdade, que comece por onde há gordura: salários milionários, auxílios desnecessários, estruturas inchadas e emendas eleitoreiras. Não pelo setor que trabalha de sol a sol, endividado e desamparado, como os produtores do Rio Grande do Sul.
O Brasil não pode aceitar que os incapazes de governar com responsabilidade exijam sacrifícios dos que ainda sustentam a economia.
Miguel Daoud é comentarista de Economia e Política do Canal Rural
O Canal Rural não se responsabiliza pelas opiniões e conceitos emitidos nos textos desta sessão, sendo os conteúdos de inteira responsabilidade de seus autores. A empresa se reserva o direito de fazer ajustes no texto para adequação às normas de publicação.
O principal produtor de milho do mundo, os Estados Unidos, está com 93% da área prevista semeada. De acordo com o Departamento de Agricultura norte-americano (USDA), 69% das lavouras se encontram com condições entre boas e excelentes.
Quanto ao mercado, após sucessivas quedas, os contratos futuros do cereal ensaiaram uma recuperação em Chicago na última semana, impulsionados por relatos de seca na China, outro importante produtor.
No Brasil, a B3 acompanhou esse movimento pontualmente, mas o mercado físico continuou travado, refletindo a cautela dos produtores e tradings. Por aqui, a a colheita da segunda safra avançou lentamente, com apenas 0,8% da área —abaixo dos 3,7% do mesmo período de 2024.
Em Chicago, o contrato de milho para julho de 2025 encerrou a US$ 4,42 por bushel, com leve recuo de 0,23% na semana. Na B3, o contrato com vencimento em julho de 2025 subiu 2,52%, encerrando a R$ 64,57 por saca.
Próximos passos do mercado do milho
A plataforma Grão Direto destaca os pontos que valem a pena ficar de olho no mercado do milho. Confira:
Demanda pressionada na 2ª safra: as estimativas de produção para o milho segunda safra no Brasil permanecem elevadas, com projeções que variam entre 105 e 108 milhões de toneladas. No entanto, apesar da perspectiva de boa oferta, o lado da demanda segue pressionado. Isso porque a indústria de proteína animal continua sendo a principal compradora, mas ainda sente os impactos dos embargos sanitários impostos após o caso isolado de gripe aviária em Montenegro (RS). O Brasil mantém restrições com cerca de 40 países, embora exista a expectativa de que o bloqueio ao estado do Rio Grande do Sul seja retirado já na próxima semana — o que pode reabrir parte da demanda externa.
Comportamento das usinas: no mercado doméstico, as usinas de etanol, tradicionalmente atuantes ao longo de todo o ano, vêm adotando uma postura mais cautelosa. Com estoques elevados e margens comprimidas, essas unidades estão comprando milho no curto prazo, em operações conhecidas como “da mão para a boca”. A Grão Direto pontua que a recente queda nos preços dos combustíveis, influenciada pela política de paridade da Petrobras e pela pressão do petróleo sobre o etanol, reduziu a competitividade do biocombustível. “Esse cenário limita o apetite das usinas e impede movimentos mais consistentes de alta nos preços do milho, mesmo com a demanda constante.”
Avanço da colheita: a colheita do milho segunda safra começa a ganhar ritmo no Centro-Oeste, apesar de chuvas pontuais que ainda podem causar atrasos localizados. A expectativa é de uma aceleração significativa dos trabalhos de campo nas próximas duas semanas. Com a entrada do milho no mercado, os preços já mostram sinais de recuo em algumas regiões. No norte de Mato Grosso — em praças como Sinop, Sorriso e Itanhangá — há relatos de negócios abaixo de R$ 40 por saca. A pressão decorre da combinação entre aumento da oferta e desalinhamento com a paridade de exportação (PPI).
Granjas estão pagando mais: enquanto em parte do Centro-Oeste a remuneração tem sido baixa, granjas do Sul e Sudeste continuam pagando valores superiores à referência de exportação, o que evidencia uma demanda ainda firme por parte da indústria de proteína animal. “Porém, no cenário externo, acordos recentes entre os Estados Unidos e países asiáticos — tradicionais clientes do milho brasileiro — elevam a competitividade no mercado internacional e tendem a pressionar ainda mais os preços de exportação do milho nacional”. Assim, mesmo com as granjas das duas regiões comprando bem, o mercado do milho segue pressionado.
“A colheita está ganhando ritmo, tem muito milho entrando no mercado e, ao mesmo tempo, as usinas de etanol estão comprando pouco. Lá fora, o Brasil está enfrentando mais concorrência de outros exportadores, o que também pesa nos preços”, resume a plataforma.
Diante de todos esses fatores, a tendência é que o produtor de milho tenha de encarar uma semana de preços mais baixos e instáveis, sem muito espaço para reação no curto prazo.
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“Oferece controle de amplo espectro e proteção contra cepas mutantes do fungo” – Foto: Aline Merladete
A empresa BASF deu início ao processo de registro do Adapzo® Active (Flufenoxadiazam), novo fungicida desenvolvido para enfrentar a ferrugem asiática da soja, uma das doenças mais severas que afetam a cultura na América do Sul. Segundo o Consórcio Antiferrugem, a doença pode causar perdas de até 90% se não controlada adequadamente. O novo ingrediente ativo foi submetido às autoridades regulatórias no Brasil e no Paraguai, com previsão de envio à Bolívia.
Desenvolvido especificamente para as necessidades dos agricultores sul-americanos, o Adapzo® Active é o primeiro inibidor de histona desacetilase (HDAC) do setor. Seu novo modo de ação contribui para o manejo da resistência de importantes doenças da soja, como a própria ferrugem e a mancha-alvo. A expectativa da empresa é que os produtos com essa molécula estejam disponíveis no mercado a partir de 2029.
“Usamos nosso profundo conhecimento da agricultura local e ouvimos cuidadosamente nossos clientes, desenvolvendo um ingrediente ativo adaptado às necessidades dos produtores de soja no Brasil, Paraguai e Bolívia”, diz Ademar De Geroni Junior, vice-presidente de Marketing Estratégico para a América Latina da BASF Soluções para Agricultura. “Com o Adapzo® Active, reafirmamos nosso compromisso com o desenvolvimento de uma agricultura sustentável, especialmente para os produtores de soja na América do Sul”, afirma.
Além de seu uso individual, o Adapzo® Active foi concebido para integrar o portfólio da BASF, potencializando resultados quando combinado com outras tecnologias. “Oferece controle de amplo espectro e proteção contra cepas mutantes do fungo, protegendo o potencial produtivo da soja”, destaca Ulf Groeger, vice-presidente de Pesquisa de Fungicidas da BASF.
Na visita do presidente Lula a França, numa entrevista ao lado do presidente Macron, este disse que precisava proteger seus agricultores para que pudessem competir em condições de igualdade nas exigências ambientais, florestais e uso de insumos.
E o presidente Lula disse que as nossas agriculturas Brasil e França não são adversárias e, sim, complementares. Mas uma das suas frases passou despercebida. “En passant”, disse: “Que os agricultores da França conversem com os do Brasil”.
Excelente. Não sei se saiu sem querer, mas aí está o ponto ótimo para este nosso comentário. Sim, sem dúvida, se os agricultores unidos tratarem de segurança alimentar, ambiental, social trazendo também suas cooperativas, sem dúvida o nível da conversa seria elevada, pois não temos um problema de competição entre os agricultores dos países, dentro deles e do mundo.
Temos, sim, desafios gigantescos de segurança alimentar para todos os povos de todas as nações, agora o alimento integrado a energia, isso com aspectos comprovados de segurança ambiental, climática, resgate de carbono, metano e de prosperidade social e econômica, com os agricultores no centro das mesas das cadeias produtivas, com os seus milhões de terroirs.
Cerca de 43% da população mundial vive em áreas rurais, e a outra parte vive em áreas urbanas dependente do que faremos no mundo com as áreas verdes e também azuis da economia do mar, as algas. por exemplo, além de como transformar as estruturas urbanas em ambientes verdes, e a mobilidade limpa.
Tem muita “filosofia” envolvendo os agricultores do mundo, e a grande maioria carregada de ideologias egologias, a imensa maioria vãs, polarizações dividindo o mundo. Palavra vã, nos fazendo lembrar do personagem Hamlet de William Shakespeare: “há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia”.
Existe a World Farmers Organisation (WFO), uma organização mundial que tem por missão reunir todos os agricultores do mundo, de todos os lugares, tamanho e com toda a sua diversidade. A sede fica em Roma e tem como missão superior “segurança alimentar com os agricultores tendo um papel vital. Os agricultores com experiências de soluções práticas trazem segurança dos alimentos, protegem pessoas e o planeta e asseguram meios de subsistência”.
De fato, num mundo dividido e polarizado, com políticos usando os agricultores como estratégia de votos, além das múltiplas vãs filosofias impulsionadas pelas redes sociais do planeta onde já temos mais celulares do que habitantes, o presidente Lula, sem querer ou não acertou: “Que os agricultores conversem entre si, franceses e brasileiros e, sem dúvida, podemos acrescentar do mundo inteiro”.
Esta visão: “agricultores do mundo reunidos farão mais pelo mundo do que as vãs filosofias, com ou sem Hamlet, Shakespeare”, mas como o prof. dr. Ray Goldberg de Harvard, criador do conceito de agribusiness nos anos 1950, me disse numa recente entrevista: “A missão mais importante dos líderes do sistema agroalimentar é reunir o mundo num só, ele está dividido e polarizado, e o alimento tem a condição de nos unir a todos”.
A World Farmers Organisation tem a brasileira Mariana Aragão pesquisadora da Embrapa e também agora com a adesão da CNA. Em novembro haverá um Summit em São Paulo da organização mundial dos agricultores, pré COP30.
Ótimo momento para colocar os agricultores do mundo resolvendo entre si as questões competitivas, pois, sem dúvida, serão estupidamente mais coooperativas do que uns contra os outros.
Agricultores do mundo com agricultores do mundo se entenderão muito melhor. WFO existe!
*José Luiz Tejon é jornalista e publicitário, doutor em Educação pela Universidad de La Empresa/Uruguai e mestre em Educação Arte e História da Cultura pela Universidade Mackenzie.
O Canal Rural não se responsabiliza pelas opiniões e conceitos emitidos nos textos desta sessão, sendo os conteúdos de inteira responsabilidade de seus autores. A empresa se reserva o direito de fazer ajustes no texto para adequação às normas de publicação.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informa que as exportações brasileiras de carne suína, incluindo produtos in natura e processados, totalizaram 118,7 mil toneladas. O volume é 13,7% superior ao registrado no mesmo período do mesmo período do ano passado, com 104,4 mil toneladas.
Em receita, houve incremento de 29,3% no comparativo mensal. Assim, a soma US$ 291,1 milhões neste mês maio, superou os US$ 225,2 milhões no mesmo período do ano passado.
No acumulado do ano dos 5 primeiros meses deste ano, os embarques chegaram a 584,8 mil toneladas. Registrando, assim, aumento de 15,4% no comparativo com o mesmo período do ano passado, com 506,6 mil toneladas.
Em receita, o saldo realizado nos cinco primeiros meses deste ano chegou a US$ 1,381 bilhão. Desempenho, então, 29,8% maior em relação ao ano anterior, com US$ 1,064 bilhão.
As exportações
Principal destino das exportações de carne suína do Brasil, as Filipinas importaram 28,2 mil toneladas em maio, desempenho 115% superior ao embarcado no mesmo período do ano passado. Em seguida estão China, com 11,9 mil toneladas (-43%), Chile, com 10,9 mil toneladas (+21%), Singapura, com 8,3 mil toneladas (+7,1%) e Japão, com 8,2 mil toneladas (+60%).
“As Filipinas avançaram em sua posição como principal destino da carne suína do Brasil, e novos mercados ganharam protagonismo no ranking dos principais importadores do nosso produto. Houve significativo aumento da capilaridade das exportações do setor no mercado internacional e a expectativa é que esse fluxo siga elevado ao longo deste ano”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
Santa Catarina segue como principal exportador de carne suína do Brasil, com 59,6 mil toneladas exportadas em maio deste ano. O que representa uma alta de 8,7% em relação ao mesmo período do ano passado para o estado. Em seguida, vem o Rio Grande do Sul, com 27,3 mil toneladas, um aumento de 15,8%. O Paraná, com 19,2 mil toneladas e aumento de 28,9%. Mato Grosso, com 3 mil toneladas registrando queda 10,2%. E, por fim, Minas Gerais, com 2,9 mil toneladas e alta de 25,1%.