quinta-feira, outubro 30, 2025

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Cautela marca mercado de cacau em outubro



Os preços do cacau voltaram a subir na semana encerrada em 24 de outubro, após um período de correção. Em Nova York, o contrato mais negociado fechou a 6.319 dólares por tonelada; em Londres, a 4.518 libras. As altas semanais foram de 7,19% e 10,03%, respectivamente, mas o movimento reflete mais um ajuste técnico do que uma mudança estrutural no mercado.

Queda nas moagens indica demanda enfraquecida

De acordo com a Hedgepoint Global Markets, parte das oscilações recentes foi influenciada pelos dados de moagem do terceiro trimestre, principal termômetro da demanda global por cacau. Na Ásia, a Cocoa Association of Asia (CAA) registrou queda de 17,08% no volume processado em relação ao mesmo período de 2024, com destaque para a Malásia, onde a retração chegou a 35%. Ainda assim, Indonésia e Singapura mostraram desempenho positivo, o que amenizou o resultado regional.

Na Europa, segundo a analista de inteligência de mercado Carolina França, da Hedgepoint, o recuo foi menor do que o esperado. “O déficit das importações líquidas vem diminuindo gradualmente, sinalizando uma leve recuperação da atividade ao longo do ano”, explica. Já nos Estados Unidos, a National Confectioners Association (NCA) registrou alta de 3,22% na moagem, impulsionada pela entrada de novos participantes e pelo aumento das importações.

Preços altos mantêm pressão sobre o setor

Apesar das variações positivas nas cotações, o cenário ainda é de cautela. França observa que os preços historicamente elevados continuam comprimindo as margens da indústria e restringindo o consumo. “Mesmo com algumas correções, os custos seguem elevados, e o impacto no consumo permanece evidente”, afirma.

O movimento mais recente de alta também foi sustentado por menor oferta da Costa do Marfim e pelas discussões sobre a Regulamentação Antidesmatamento da União Europeia (EUDR). Segundo o relatório Cocoa Barometer, apenas 40% dos grãos do país foram rastreáveis na última safra, o que aumenta a preocupação do mercado europeu com o abastecimento.

Na reta final de outubro, a alta perdeu força, e investidores ampliaram posições vendidas em Londres, reforçando o tom de prudência. A expectativa agora se volta para os resultados financeiros das principais processadoras e fabricantes de chocolate, que devem indicar o rumo do mercado no início da safra 2025/26.



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Juros altos afetam crédito rural sustentável do Plano Safra 2025/26



O crédito rural com potencial de promover ganhos de sustentabilidade na agropecuária totalizou R$ 19 bilhões no primeiro trimestre do Plano Safra 2025/26, cerca de R$ 5 bilhões a menos que o registrado no mesmo período da safra anterior. Os dados constam no boletim trimestral “Crédito Rural em Jornada de Sustentabilidade”, divulgado pela consultoria Agroicone.

Pela primeira vez desde o lançamento do estudo, a proporção desse tipo de financiamento recuou, passando de 22,8% no primeiro trimestre da safra 2024/25 para 22,6% no mesmo período deste ciclo. A queda geral no crédito vem sendo atribuída ao cenário de alta taxa de juros, ao endividamento dos tomadores e ao aumento dos custos de transação, com mais exigências de garantia real por parte do setor financeiro.

Dados do Sicor/BCB demonstram que a retração se deu de forma diferenciada entre os produtores. Considerando apenas custeio e investimento, no Pronaf a queda foi de 3,2% no primeiro trimestre entre as duas safras, enquanto no restante do crédito o decréscimo chegou a 25,6%.

Médios e grandes produtores são os mais impactados

O impacto mais severo atingiu os recursos para investimento destinados a médios e grandes produtores, que caíram pela metade, de R$ 7,2 bilhões para R$ 3,6 bilhões. No Pronaf, em contrapartida, houve leve crescimento de 1,8%, de R$ 1,58 bilhão para R$ 1,61 bilhão. A diferença reflete a manutenção das taxas de juros para a agricultura familiar, enquanto médios e grandes enfrentaram aumento nos custos de financiamento.

“Este movimento sinaliza que as intervenções com objetivos sustentáveis tiveram menos espaço no crédito rural, acendendo um alerta quanto à trajetória do financiamento climático da agropecuária”, disseram, no estudo, Gustavo Lobo e Lauro Vicari, pesquisadores da Agroicone responsáveis pelo levantamento.

Os recursos para investimento foram os mais afetados, com queda de 39,7% entre os trimestres, passando de R$ 8,8 bilhões para R$ 5,3 bilhões. Já o custeio enquadrado recuou 14,2%. O levantamento identificou ainda queda de 80% no valor contratado do produto Correção Intensiva de Solos, que passou de R$ 7,5 bilhões no primeiro trimestre de 2024/25 para R$ 1,5 bilhão no mesmo período deste ano.



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Juros altos afetam crédito rural sustentável do Plano Safra 2025/26



O crédito rural com potencial de promover ganhos de sustentabilidade na agropecuária totalizou R$ 19 bilhões no primeiro trimestre do Plano Safra 2025/26, cerca de R$ 5 bilhões a menos que o registrado no mesmo período da safra anterior. Os dados constam no boletim trimestral “Crédito Rural em Jornada de Sustentabilidade”, divulgado pela consultoria Agroicone.

Pela primeira vez desde o lançamento do estudo, a proporção desse tipo de financiamento recuou, passando de 22,8% no primeiro trimestre da safra 2024/25 para 22,6% no mesmo período deste ciclo. A queda geral no crédito vem sendo atribuída ao cenário de alta taxa de juros, ao endividamento dos tomadores e ao aumento dos custos de transação, com mais exigências de garantia real por parte do setor financeiro.

Dados do Sicor/BCB demonstram que a retração se deu de forma diferenciada entre os produtores. Considerando apenas custeio e investimento, no Pronaf a queda foi de 3,2% no primeiro trimestre entre as duas safras, enquanto no restante do crédito o decréscimo chegou a 25,6%.

Médios e grandes produtores são os mais impactados

O impacto mais severo atingiu os recursos para investimento destinados a médios e grandes produtores, que caíram pela metade, de R$ 7,2 bilhões para R$ 3,6 bilhões. No Pronaf, em contrapartida, houve leve crescimento de 1,8%, de R$ 1,58 bilhão para R$ 1,61 bilhão. A diferença reflete a manutenção das taxas de juros para a agricultura familiar, enquanto médios e grandes enfrentaram aumento nos custos de financiamento.

“Este movimento sinaliza que as intervenções com objetivos sustentáveis tiveram menos espaço no crédito rural, acendendo um alerta quanto à trajetória do financiamento climático da agropecuária”, disseram, no estudo, Gustavo Lobo e Lauro Vicari, pesquisadores da Agroicone responsáveis pelo levantamento.

Os recursos para investimento foram os mais afetados, com queda de 39,7% entre os trimestres, passando de R$ 8,8 bilhões para R$ 5,3 bilhões. Já o custeio enquadrado recuou 14,2%. O levantamento identificou ainda queda de 80% no valor contratado do produto Correção Intensiva de Solos, que passou de R$ 7,5 bilhões no primeiro trimestre de 2024/25 para R$ 1,5 bilhão no mesmo período deste ano.



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AgroNewsPolítica & Agro

Preços do boi gordo sobem em São Paulo e Pará



Preço do boi China sobe R$ 1 por arroba



Foto: Canva

De acordo com o informativo Tem Boi na Linha, divulgado nesta terça-feira (28) pela Scot Consultoria, as escalas de abate em São Paulo permaneceram curtas, com média de sete dias. De acordo com o levantamento, o encurtamento das escalas está relacionado à menor oferta de boiadas, o que levou as indústrias a elevar as ofertas de compra para garantir a matéria-prima e cumprir contratos.

Com esse cenário, a cotação do boi gordo e do “boi China” registrou alta de R$ 1,00 por arroba, enquanto os preços das fêmeas permaneceram estáveis no estado.

No Pará, as escalas de abate também encurtaram e a oferta de animais foi menor, resultando em aumento das cotações em todas as regiões. Em Marabá, o preço de todas as categorias subiu R$ 2,00 por arroba, com escalas médias de seis dias.

Em Redenção, o preço da vaca aumentou R$ 6,00 por arroba, e o da novilha, R$ 3,00 por arroba. As escalas de abate atendiam, em média, a cinco dias.

Em Paragominas, a cotação da novilha teve alta de R$ 3,00 por arroba, enquanto as demais categorias permaneceram estáveis. As escalas médias de abate foram de quatro dias.

Em Alagoas, tanto o boi gordo quanto a vaca registraram elevação de R$ 5,00 por arroba em relação ao dia anterior.





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Plantio da de soja está atrasado em MG; sojicultores esperam por chuvas



O plantio da safra 2025/26 de soja em Patos de Minas, no centro-oeste de Minas Gerais, está atrasado em relação ao mesmo período do ano passado e ainda não tem data para começar, segundo a Emater local.

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O engenheiro agrônomo Fernando José da Silva explica que os produtores de Patos de Minas já estão com as áreas preparadas para o cultivo nos 33 mil hectares previstos, mas a ausência de chuvas regulares impede o início da semeadura. Há expectativa de precipitações no fim de semana, o que pode permitir o avanço dos trabalhos.

Caso as condições climáticas melhorem, a expectativa é de que a produtividade média fique em torno de 3.900 kg/ha, desempenho semelhante ao da safra anterior.

Projeção para a soja em Minas Gerais

O levantamento da Safras & Mercado aponta que o plantio de soja em Minas Gerais deve alcançar 2,41 milhões de hectares na safra 2025/26, um aumento de 1,3% em relação aos 2,38 milhões de hectares da temporada passada.

A produção total mineira é estimada em 9,54 milhões de toneladas, crescimento de 1,8% sobre as 9,38 milhões de toneladas colhidas em 2024/25. O rendimento médio esperado é de 3.980 kg/ha, ligeiramente acima dos 3.960 kg/ha da safra anterior.

Segundo o último levantamento da Conab, a semeadura no estado está em 11,6%.



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produtores aguardam mais chuvas para o desenvolvimento da safra



Os produtores de café estão à espera de mais chuvas para garantir o pegamento e o desenvolvimento dos chumbinhos da safra brasileira 2026/27 de arábica. Isso é o que apontam os levantamentos do Centro De Estudos Avançados Em Economia Aplicada (Cepea).

Por enquanto, pesquisadores afirmam que as condições climáticas têm favorecido esta etapa inicial da temporada de café, com maior umidade e temperaturas amenas ao longo de outubro, diferentemente do observado em anos recentes. 

Segundo colaboradores do Cepea, floradas expressivas foram abertas nas principais regiões produtoras de arábica na primeira quinzena deste mês. Embora a última precipitação volumosa em boa parte do estado de São Paulo e no Sul de Minas Gerais tenha sido observada há pouco mais de uma semana, o que vem deixando produtores preocupados,  há previsão de chuvas para os próximos dias no Sudeste do Brasil.

*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo



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Preços do algodão são os menores em cinco anos



Com novas quedas, os preços do algodão em pluma já operam nos menores patamares nominais desde outubro de 2020. Isso é o que apontam os levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

Segundo o instituto, os recuos estão atrelados à expectativa de maior oferta da pluma, ao avanço no beneficiamento da safra 2024/25 e à pressão exercida por compradores.

Além disso, os baixos valores externos do algodão também dificultam uma reação doméstica. Nesse cenário, conforme colaboradores consultados pelo Cepea, muitos agentes estão afastados do spot nacional, esperando momentos mais atrativos para negociar, atentos apenas ao carregamento dos contratos a termo.

Vendedores com necessidade de capitalização ou de liquidar lotes acabam sendo flexíveis nos valores, enquanto alguns compradores ofertam cotações ainda menores.

*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo



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Plano Clima pode punir produtores e enfraquecer agricultura de baixo carbono, diz especialista



Criado em 2008, o Plano Clima foi o primeiro documento a reunir políticas de mitigação e adaptação do país. A proposta atualizada, em discussão no governo, deveria integrar as estratégias de diversos setores. Porém, segundo autoridades e entidades ligadas ao agronegócio, o plano não cumpre esse papel e atribui culpa ao produtor rural.

Para o diretor-geral da Agroicone, Rodrigo Lima, a entrega do documento na COP30, em Belém, é equivocada. Isso porque o plano não traz base técnica sólida e pode atribuir ao campo emissões que não correspondem à realidade do setor.

“Na teoria, faz sentido associar emissões por uso da terra ao setor agropecuário. Mas, na prática, o Brasil não tem uma base de dados confiável para delimitar essas áreas. Isso pode distorcer os números e gerar interpretações equivocadas sobre o papel do agro”, afirma.

Falta de integração entre planos setoriais

Outro ponto de atenção é que se o novo Plano Clima for aprovado da forma como está, a agenda de agricultura de baixo carbono construída nos últimos anos pode ser enfraquecida.

“O Plano Clima precisava ser o guarda-chuva que organiza e dá coerência às ações de todos os ministérios. No entanto, o que se vê é uma soma de intenções sem base metodológica comum”, avalia Rodrigo Lima.

Ele lembra que o Brasil já possui instrumentos robustos, como o Programa ABC+, voltado à agricultura de baixo carbono, e o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm). “O ideal seria alinhar o Plano Clima a essas políticas já existentes, em vez de criar novas estruturas sem coordenação”, pontua.

Produtor rural em risco

A forma como o Plano Clima redistribui as emissões também preocupa o setor. Segundo Lima, incluir todo o desmatamento ocorrido em imóveis rurais como responsabilidade da agropecuária é uma distorção.

“O produtor pode ser penalizado por emissões de áreas que não estão sob sua gestão direta, como assentamentos ou terras públicas. Isso traz insegurança e pode afetar o acesso ao crédito rural”, explica.

Para ele, a política ambiental deve continuar sendo conduzida por órgãos especializados, como o Ibama e o Ministério do Meio Ambiente, e não pelo Ministério da Agricultura. “O Mapa não tem atribuição legal para fiscalizar desmatamento. Criar essa expectativa é deslocar o papel das instituições e sobrecarregar o produtor”, afirma.

Plano ainda incompleto e sem definição de custos

Outro ponto sensível é o estágio de elaboração do plano. O especialista destaca que as estratégias de monitoramento e financiamento ainda estão em consulta pública. “Estamos discutindo um documento sem ver a parte que explica como ele será implementado, quem vai pagar a conta e quais incentivos econômicos estão previstos”, diz Lima.

Neste sentido, o governo corre o risco de apresentar um plano incompleto antes da COP30, em 2025, apenas para demonstrar avanço político. “É importante ter ambição climática, mas ela precisa vir acompanhada de realismo técnico. Sem isso, o plano pode perder credibilidade”, alerta.

Avanços do agro devem ser reconhecidos

Além disso, Lima defende que o Brasil adote uma abordagem mais equilibrada, reconhecendo os avanços já alcançados pelo agronegócio em sustentabilidade.

“O setor rural brasileiro tem papel fundamental na redução de emissões, seja pela recuperação de pastagens, pela integração lavoura-pecuária-floresta ou pelo uso racional de insumos. O Plano Clima deveria fortalecer essa agenda, e não tratá-la como problema”, afirma.

Para ele, reforçar políticas como o Plano ABC+ e ampliar o acesso a financiamento verde seriam passos mais eficazes para alcançar as metas de 2035. “O caminho não é punir quem já está fazendo o certo, mas estimular quem quer seguir nessa direção”, conclui.



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AgroNewsPolítica & Agro

Novas metas de emissão reduzem em 17% impacto no clima


As atualizações das metas de emissão de gases do efeito estufa apresentadas por 64 países participantes do Acordo de Paris, juntas, são capazes de diminuir em 17% os impactos na mudança do clima, na comparação com as emissões em 2019. Na projeção para 2030, a redução é de 6%, em relação ao que havia sido proposto nas metas anteriores.

As informações foram divulgadas nesta terça-feira (28) no Relatório Síntese das Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC na sigla em inglês), publicado pelo secretariado da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês).

O documento é uma das ferramentas de avaliação do Acordo de Paris sobre o avanço das ações climáticas nas 198 nações que integram o tratado internacional, mas foi elaborado com base nas metas atualizadas por menos de um terço (64) dos países entre janeiro de 2024 e setembro de 2025.

De acordo com o relatório, se as novas NDCs forem plenamente cumpridas até 2035, serão capazes de reduzir as emissões em 13 bilhões de toneladas de gás carbônico equivalente (CO2e).

O documento destaca também que as ambições apresentadas mostram etapas claras para trajetórias de redução em longo prazo e objetivo de alcançar neutralidade nas emissões, “embora ainda seja necessária uma aceleração das ações”, destaca.

O relatório aponta ainda que as NDCs estão mais completas, indo além de ambições para mitigação ao incluírem elementos sobre adaptação, financiamento, transferência de tecnologia, capacitação e abordagem de perdas e danos e, ainda, refletindo de forma mais abrangente sobre o Acordo de Paris.

“As novas NDCs mostram uma progressão em termos de qualidade, credibilidade e cobertura econômica, com 89% das Partes comunicando metas para toda a economia”, destaca o relatório.

Na avaliação da presidente do Instituto Talanoa, Natalie Unterstell, as metas ficaram mais sofisticadas, mas o principal problema permanecerá.

“Estamos gerindo uma crise sem a urgência de uma crise. Há algo de profundamente equivocado em celebrar uma queda de 17% nas emissões quando a ciência diz que precisamos de 60%”, critica.

Para o líder de mudanças climáticas do WWF-Brasil, Alexandre Prado, o cenário é preocupante e indica que as ações climáticas continuam sendo adiadas e empurradas para as gerações futuras. Por outro lado, a integração de medidas de adaptação das cidades aos planos de redução das emissões pode ser considerada uma decisão promissora.

“Especialmente em ações baseadas na natureza, como a conservação de manguezais e florestas. Essas soluções reduzem custos, aumentam a resiliência das comunidades e trazem benefícios que vão muito além do carbono, como a manutenção da biodiversidade, da água e do equilíbrio climático”, explica.

Entre os países que apresentaram as novas NDCs, 75% incluíram a necessidade de soluções inovadoras e do fortalecimento da cooperação internacional para o desbloqueio de um financiamento climático capaz de viabilizar a implementação das metas nos países em desenvolvimento.   

Para o diretor sênior de políticas públicas e incentivos da Conservação Internacional, Gustavo Souza é essencial garantir que mecanismos como os mercados de carbono de alta integridade, o REDD+ e o Tropical Forest Forever Facility (TFFF) ofereçam financiamento previsível para aqueles que protegem a natureza.

“Apesar de uma maior ambição, as novas NDCs também destacam que persistem lacunas de financiamento para ações climáticas baseadas na natureza. As florestas representam um terço da solução global para as mudanças climáticas, mas recebem apenas 3% do financiamento climático. Esse desequilíbrio precisa ser corrigido”, reforça.

Desde que o Brasil foi escolhido como sede da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), a presidência brasileira que conduzirá a próxima rodada de negociações, tem se empenhado em incentivar a entrega das atualizações dos compromissos pelos países.

O Brasil foi o segundo país a entregar a NDC antes mesmo do primeiro prazo para entrega, em fevereiro, ser prorrogado para setembro.

Os 64 países incluídos no relatório foram os que entregaram dentro do novo prazo e não incluem os compromissos de grandes emissores como China e Índia.

“O mundo ainda aguarda dois terços das novas NDCs esperadas e, a menos de duas semanas da COP30 em Belém, mais países precisam submeter suas NDCs para sinalizar que a ambição coletiva está aumentando e que as metas do Acordo de Paris continuam ao nosso alcance”, destaca Gustavo Souza.





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Exportações brasileiras somam US$ 282,8 bilhões em 2025



A balança comercial brasileira acumulou superávit de US$ 50,4 bilhões entre janeiro e a quarta semana de outubro de 2025, com exportações somando US$ 282,8 bilhões e importações de US$ 232,4 bilhões. A corrente de comércio atingiu US$ 515,2 bilhões, segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Na quarta semana de outubro, o saldo comercial foi de US$ 1,767 bilhão, resultado de exportações de US$ 6,803 bilhões e importações de US$ 5,036 bilhões. No mês, as exportações chegaram a US$ 25,019 bilhões, enquanto as importações somaram US$ 20,09 bilhões, com superávit de US$ 4,929 bilhões.

Crescimento da corrente de comércio

Em comparação com outubro de 2024, a média diária das exportações até a quarta semana de outubro de 2025 avançou 4,4%, passando de US$ 1.331,86 milhões para US$ 1.389,94 milhões. Já as importações tiveram queda de 2,6%, caindo de US$ 1.145,89 milhões para US$ 1.116,09 milhões.

A média diária da corrente de comércio totalizou US$ 2.506,03 milhões, um aumento de 1,1% em relação ao mesmo período do ano passado. O saldo diário médio foi de US$ 273,85 milhões.

Desempenho por setor

O setor de Agropecuária registrou crescimento de 20,2% na média diária das exportações, somando US$ 51,53 milhões a mais que em outubro de 2024. A Indústria Extrativa avançou 8,1%, enquanto a Indústria de Transformação recuou 2%.

Nas importações, a Agropecuária subiu 2,2%, enquanto a Indústria Extrativa caiu 31,5%. A Indústria de Transformação teve leve queda de 0,8% no período.



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