quarta-feira, outubro 29, 2025

News

News

pecuarista que enfrentou invasão do MST investe em inovação e sustentabilidade



Pioneira em um setor historicamente masculino, a pecuarista Cláudia Irene Tosta Junqueira, de Ituverava (SP), construiu uma trajetória marcada por coragem, inovação e resultados no agronegócio. Em entrevista ao programa A Protagonista, do Canal Rural, ela contou como superou o medo durante as invasões de terra no Pontal do Paranapanema, enfrentou o MST de cabeça erguida e transformou um momento de conflito em impulso para crescer e inspirar outras mulheres no campo.

“Daqui eu não saio, porque essa fazenda é produtiva e está dentro da lei. Enfrentei invasões, ameaças e incêndios, mas continuei trabalhando”, relembra Cláudia, emocionada.

Do conflito à oportunidade

O episódio aconteceu quando Cláudia estava à frente de uma fazenda modelo, com escola, serraria e laboratório de embriões. Em meio à tensão dos conflitos fundiários na região, ela decidiu permanecer no local, mesmo diante da pressão e do risco.

“Foram anos difíceis, mas nunca pensei em desistir. A gente descobre a força que tem quando é testado”, afirma.

A produtora também conta que buscou o diálogo como caminho para a paz. Em um gesto que surpreendeu até os vizinhos, ela procurou pessoalmente o líder do movimento, José Rainha, para negociar uma trégua.

“Fui na casa dele, sem medo. Fizemos um pacto de respeito. Foi um risco, mas trouxe tranquilidade para a região e me permitiu continuar produzindo.”

Cláudia conta que acabou ajudando integrantes do movimento. “Eu ajudava as famílias acampadas. Mandei cobertores, carne, remédios. As crianças não têm culpa. A mulher tem esse olhar empático que muda tudo.”

Com o tempo, as terras do Pontal do Paranapanema foram regularizadas e valorizadas, e a fazenda de Cláudia se consolidou como exemplo de produtividade e gestão sustentável.

Inovação e pioneirismo no campo

Após o conflito, Cláudia consolidou sua reputação como uma das pecuaristas mais inovadoras do país. Foi a primeira mulher a ter uma fazenda certificada em São Paulo e participou do primeiro leilão de prenhezes de embriões no Brasil, quando a técnica ainda era novidade.

“Ninguém acreditava que uma vaca preta pudesse parir um bezerro branco. Era uma revolução”, brinca. “Hoje o Brasil é líder mundial em transferência de embriões, e isso mostra a força de quem acredita em tecnologia.”

Cláudia também acompanhou de perto o avanço da cogeração de energia a partir do bagaço de cana, tecnologia que ajudou a transformar a matriz energética do país.

“Na época da seca, quando as hidrelétricas produzem menos, entra a energia gerada pela cana. Isso mostra como o agro é essencial para o Brasil.”

A força da mulher e o legado familiar

Filha e neta de pecuaristas, Cláudia cresceu entre o gado e as plantações. Mesmo formada em Letras, decidiu escrever sua própria história na terra.

“Desde pequena eu dizia que queria ser fazendeira. Sempre gostei de bicho, de cavalo, de boi. Era uma paixão natural.”

Hoje, ela é testemunha da transformação feminina na gestão rural, especialmente nas sucessões familiares.

“Muitas mulheres assumiram os negócios depois de verem problemas em partilhas e heranças. A mulher é detalhista, cuidadosa e humilde para aprender. Quando começa a mostrar resultado, todos passam a respeitar.”

Com sua forma empática e firme de liderar, Cláudia acredita que o futuro do agro passa pela presença feminina.

“O homem é mais direto; a mulher negocia, conversa, busca um preço melhor. E no dia a dia da fazenda, ela tem empatia. Isso muda tudo.”

Resiliência e inspiração

Décadas depois, Cláudia continua à frente dos negócios da família e segue inspirando novas gerações de mulheres rurais.

“As mulheres estão mostrando resultado e é isso que faz a diferença. No agro, ninguém acredita em conversa: o que vale é o resultado.”

Para ela, protagonismo é unir tradição, gestão e paixão. “O agro me ensinou que mesmo nas maiores adversidades é possível rir, seguir e prosperar. Porque quem trabalha com amor nunca desiste.”

Veja a íntegra da entrevista concedida por Cláudia Junqueira ao programa A Protagonista, do Canal Rural:



Source link

News

Propriedade rural em Mato Grosso do Sul é invadida por indígenas



Produtores rurais de Caarapó, em Mato Grosso do Sul, tiveram a Fazenda Ipuitã invadida e parcialmente incendiada por cerca de 50 indígenas da etnia Guarani-Kaiowá no último fim de semana. Segundo a Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), o grupo ateou fogo e destruiu maquinários agrícolas, além de destruir toda a estrutura da propriedade rural.

A Polícia Militar de Mato Grosso do Sul e o Corpo de Bombeiros foram acionados. Em nota, a PM informa que foi “restabelecida a tranquilidade” na propriedade. Os indígenas retornaram à aldeia e o policiamento permanece na região. Não há registro de novos incidentes desde sábado passado.

Em nota oficial, divulgada no último domingo (26), a Famasul e outras entidades do setor classificaram o ato como criminoso e ressaltaram a gravidade da violação do direito de propriedade. “Quando uma fazenda é incendiada, não se destrói apenas uma estrutura produtiva, mas o sustento de famílias e a garantia de empregos”, diz o comunicado.

Além dissso, as entidades alertam para a necessidade de medidas urgentes para prevenir novos conflitos, destacando que a omissão das autoridades alimenta a insegurança jurídica. Apesar do alerta, a nota reforça que atos como esse não são regra.

“É importante não generalizar: os criminosos que promovem atos violentos — muitas vezes manipulados como massa de manobra — não representam a maioria dos povos originários”.

Contexto do conflito

O território reivindicado pelos Guarani-Kaiowá teve seu reconhecimento como área indígena anulado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2014, segundo a tese do marco temporal. Desde então, a região enfrenta retomadas e longos processos judiciais.

As entidades pedem que a Justiça identifique e responsabilize os autores do ataque, garantindo segurança jurídica e proteção à produção no campo.



Source link

News

Suplementação no horário certo pode garantir maior desempenho do gado na seca; saiba mais



A suplementação do gado na seca é uma estratégia fundamental para garantir o desempenho e evitar perdas de peso. A dúvida sobre o horário ideal para fornecer a ração reflete um ponto crucial no manejo de sistemas de semiconfinamento.

Ao programa Giro do Boi, o zootecnista Edmar Peluso explica que o horário em que o animal recebe o suplemento tem uma influência direta no consumo total de matéria seca e, consequentemente, no ganho de peso final.

O especialista aponta que o horário ideal para fornecer a suplementação (em um nível de 0,9% a 1% do peso vivo) é entre as 10h e 14h, ou seja, o período mais quente do dia.

O principal motivo dessa recomendação é maximizar o consumo total do gado. Ao fornecer a ração na hora em que o animal naturalmente estaria descansando (fugindo do calor), o pecuarista evita a competição com o pastejo, que é mais intenso nas horas frescas (início da manhã e final da tarde). Essa estratégia garante que o gado consuma tanto o suplemento quanto a forragem.

Confira:

O impacto do trato no período da tarde no desempenho

Para o pecuarista que, por logística, trata o gado apenas uma vez ao dia, por volta das 16h, a suplementação ainda é benéfica e deve ser mantida. No entanto, Peluso alerta que o desempenho, nesse caso, será um pouco menor do que o potencial máximo que o rebanho poderia alcançar.

O principal motivo para essa redução é o condicionamento do gado. Ao receber a ração no final da tarde, o animal tende a ficar esperando o trato. Esse comportamento faz com que ele deixe de lado o pastejo do final da tarde, resultando em um consumo total de matéria seca mais baixo ao longo do dia.

Embora o trato às 16h ainda garanta o benefício da suplementação, o produtor deve ter consciência de que o ganho de peso ficará abaixo do potencial máximo.

Pastagem e água: os pilares da eficiência alimentar

A suplementação do gado na seca é a solução para a falta ou baixa qualidade do pasto, mas ela só será eficiente se o produtor mantiver a atenção rigorosa em dois pilares cruciais para a eficiência alimentar. São eles:

  • Forragem: é fundamental que haja uma oferta minimamente boa de forragem. Mesmo com um alto consumo de ração (próximo a 4 kg de suplemento), a maior parte da dieta do gado ainda virá do pasto. A suplementação deve ser um complemento, e não um substituto.
  • Água: o fornecimento de água limpa, de qualidade e em volume suficiente é essencial. O consumo de água está diretamente ligado ao consumo de matéria seca e, por consequência, à digestibilidade. Sem água de qualidade, o desempenho de todo o sistema de suplementação será comprometido.

Em resumo, a escolha do horário de suplementação é um detalhe que, se bem ajustado (entre 10h e 14h), maximiza a rentabilidade ao otimizar o consumo total de matéria seca.



Source link

News

Cinco animações de terror para assistir nesta sexta-feira (13)


O Halloween está chegando e, com ele, a hora de preparar pipoca e se divertir com animações que combinam sustos e aventuras assustadoramente divertidas. Confira a lista de desenhos e animações que vão conquistar crianças, adolescentes e adultos, garantindo um clima perfeito para curtir esta sexta-feira (13).

Scooby Doo – Fazenda Perigosa

Neste episódio de Scooby-Doo, a equipe da Mistério S/A investiga o caso de uma antiga fazenda assombrada. Segundo a lenda, um fazendeiro construiu sua fazenda sobre um antigo cemitério e acabou dominado por forças sobrenaturais, sendo transformado em uma criatura demoníaca conhecida como Fazendeiro Demônio, que retorna ao local em busca de vingança.

O Estranho Mundo de Jack (1993)

Jack Skellington, o Rei das Abóboras do Halloween, sente-se entediado com a rotina de sustos da Cidade do Halloween. Ao descobrir outro mundo e a magia do Natal, ele tenta trazer essa festa para o seu mundo. A história combina fantasia sombria, humor e a luta de Jack para equilibrar suas ambições com as consequências de seus próprios atos.

Historietas Assombradas (2013 – 2016)

Pepe é um garoto de 11 anos que vive com sua avó, uma bruxa poderosa que vende produtos mágicos online. O garoto enfrenta aventuras sobrenaturais, lutando contra monstros e espíritos junto com seus amigos e seu cachorro Ramirez. A série animada brasileira mistura elementos de terror e humor em histórias que exploram o folclore e o sobrenatural, muitas vezes em florestas.

Coragem, o Cão Covarde (1999–2002)

Na série, um cão chamado Coragem vive em uma fazenda isolada, com seus donos, Eustácio e Muriel, localizada em um lugar fictício chamado “Lugar Nenhum”.

É nesse ambiente rural, quase abandonado, que acontecem os eventos sobrenaturais e as visitas das criaturas bizarras que Coragem precisa enfrentar.

A cada episódio, criaturas estranhas, fenômenos sobrenaturais e mistérios inexplicáveis aparecem para ameaçar a tranquilidade do lar. Mesmo tomado pelo medo, Coragem enfrenta monstros, espíritos e vilões para proteger sua família, sempre com criatividade, humor e muita coragem.

Imagem: reprodução/YouTube

Coraline e o mundo secreto (2009)

Coraline é uma menina curiosa e que ama explorar o mundo ao seu redor, principalmente no Palácio Rosa, sua nova casa em uma região isolada em Oregon, nos Estados Unidos. Seus pais, que quase nunca tem tempo, trabalham escrevendo sobre plantas para um catalogo de jardinagem.

O jardim da casa é parte importante do filme. É revelado que entre um dos principais motivos para eles se mudarem, principalmente para uma casa com o jardim tão grande é que os pais de Coraline gostariam de se dedicar mais à floricultura. O curioso é notar que o jardim misteriosamente tem o formato do rosto da menina.

Após encontrar uma passagem secreta que a transporta para outro mundo, quase igual, mas com um ar sombrio, Coraline precisa tomar uma decisão importante que coloca sua vida em risco nas garras da sua própria mãe, ou melhor “outra mãe”.



Source link

AgroNewsPolítica & Agro

Solo seco e nutrição desequilibrada ameaçam o café



Na prática, o processo envolve análise química do solo, calagem, e reposição


Na prática, o processo envolve análise química do solo, calagem, reposição equilibrada de macro e micronutrientes
Na prática, o processo envolve análise química do solo, calagem, reposição equilibrada de macro e micronutrientes – Foto: Sheila Flores

A cafeicultura brasileira vive um momento de atenção. Segundo relatório da Reuters, entre 2002 e 2023, cerca de 737 mil hectares foram desmatados em áreas destinadas ao café, e em algumas regiões a umidade do solo caiu até 25%. Essa combinação de solo seco e desequilíbrio nutricional ameaça o rendimento da safra, exigindo manejo mais técnico e preciso para garantir produtividade e qualidade.

O preparo do solo com estrutura adequada e correção da acidez é essencial para que o café alcance seu potencial produtivo. A adoção de fertilizantes de alta performance e o suporte técnico especializado são hoje diferenciais estratégicos no campo, pois proporcionam maior eficiência e segurança na reposição dos nutrientes.

Na prática, o processo envolve análise química do solo, calagem, reposição equilibrada de macro e micronutrientes e o uso de fertilizantes líquidos ou solúveis, com absorção mais eficiente. Essas medidas são especialmente importantes nas fases de florescimento e formação dos grãos, quando o estresse hídrico pode reduzir o rendimento.

Com o solo bem preparado e a nutrição ajustada, a lavoura ganha resiliência mesmo sob condições climáticas adversas. Em um país que responde por mais de um terço da produção mundial de café, práticas de manejo e fertilização equilibrada deixaram de ser um diferencial e se tornaram fundamentais para manter a competitividade e a sustentabilidade do setor.

“Um solo bem preparado, com estrutura adequada, nutrientes disponíveis e correção de acidez, é condição básica para que a planta de café expresse seu potencial produtivo”, afirma Leonardo Sodré, CEO da GIROAgro.

 





Source link

News

quatro décadas de avicultura e superação em família



A avicultura mudou a história da família Flizicoski em Fazenda Rio Grande, região metropolitana de Curitiba (PR). Em 1986, dona Reni e seu Odemir levantaram o primeiro galpão, ainda no tempo da ração no balde e do aquecimento a tambor. Quase quatro décadas depois, a granja opera com quatro aviários climatizados e capacidade total de 166 mil aves por ciclo.

A virada nasceu da coragem e do trabalho diário. O filho mais velho, Éder — o Nego —, lembra que tudo começou na lavoura, até a oportunidade do aviário aparecer. “A gente acreditou e não desistiu”, conta. A técnica evoluiu, a escala cresceu e a união familiar manteve a engrenagem de pé.

A trajetória também guarda episódios marcantes. Num inverno de frio extremo, com neve na região, os pintinhos se amontoaram e começaram a morrer. O técnico Sérgio correu para a granja, revedou laterais, reativou aquecimento e salvou o lote. O ensinamento ficou: preparo e resposta rápida fazem diferença.

Nos anos 80, tudo pesava no braço: ração puxada em balde, silo de madeira e telha removida para receber caminhão. Hoje, painéis de ambiência, ventilação, aquecimento e silos automáticos garantem precisão e constância. O manejo segue o comportamento das aves, e o produtor atua como gestor de processo, olhando dados, corrigindo rotas e antecipando riscos.

A expansão veio com planejamento e parceria. A integradora aprovou o projeto e a família ergueu quatro galpões climatizados, migrou o núcleo antigo e padronizou ambiência. Resultado: capacidade multiplicada por dez em relação ao aviário convencional da era inicial.

A rotina distribui funções. Nego mora ao lado da granja e acompanha alojamentos e carregamentos. A irmã Ana domina o painel e o marido cobre o outro galpão. Dona Reni, perto dos 80, segue firme: “Eu amo o que faço. Ajusto comedouro, água e temperatura. O tempo voa dentro do aviário.”

A sucessão não chegou por decreto; nasceu do exemplo. A mãe puxa a fila, os filhos respondem e os netos observam. “Quando a gente pensa em desistir, a mãe já está lá”, diz Ana. O técnico resume: a expansão só foi possível porque a família construiu competência antes de crescer.

Com organização, a granja opera dois núcleos e padroniza rotinas: vazio sanitário, cama, água, ventilação, luz e nutrição. A cada ciclo, a equipe revisa indicadores e busca melhor conversão e menor mortalidade. A meta é simples e desafiadora: “entregar melhor que o lote anterior”.

A governança também evoluiu. A família controla finanças, planeja compras, agenda manutenção e confere estoques. Treinamentos com a assistência técnica alinham manejo e bem-estar animal. O foco na ambiência reduz estresse térmico e protege desempenho.

Apesar do crescimento, a base não mudou. “Humildade, honestidade e trabalho” seguem como regra da casa. Nego define: “Moro numa casinha simples, ao lado da granja, e sou feliz assim. Aqui é o meu paraíso.”

Dona Reni, que iniciou tudo em 1986, resume o orgulho:

“Foi sofrido, mas olha onde chegamos. Mais que os bens, vale a família junta.”

Essa visão orienta as próximas decisões: investir com prudência, manter a equipe unida e seguir aprendendo sempre.

Para quem olha de fora, a granja da família Flizicoski mostra que tecnologia sem gente não se sustenta. E que gente sem método também não. Quando tradição, gestão e inovação caminham lado a lado, o resultado aparece no lote, no bolso e, sobretudo, na mesa farta de quem produz o alimento do Brasil.

*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo


🧡 O Interligados – Vida no Campo já percorreu vários estados brasileiros para contar histórias de quem vive no campo. Agora, qual será a nossa próxima parada? Pode ser justamente aí, na sua propriedade!🔗Clique aqui e preencha o formulário e tenha a chance de receber nossa equipe na sua granja. Queremos te conhecer!



Source link

News

Brasil amplia exportações de carne suína e incomoda EUA e União Europeia, avalia analista



O Brasil exportou 151 mil toneladas de carne suína em setembro, um volume 25% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado, gerando uma receita acima de US$ 300 milhões. O avanço reforça o protagonismo do país no mercado internacional e tem gerado preocupação entre outros grandes produtores, como Estados Unidos e União Europeia.

A avaliação é do analista de mercado Fernando Iglesias, que declarou em entrevista ao programa Interligados: “A carne suína do Brasil vem ganhando tração no mercado global. A Ásia continua sendo nosso principal destino, mas o país tem expandido as vendas para o México e outros mercados importantes, o que tem incomodado tanto os norte-americanos quanto os europeus”.

Mercado em evolução

Segundo Iglesias, o Brasil tem conquistado fatias de mercado que antes pertenciam à União Europeia e aos estados Unidos. O momento é favorável à proteína brasileira, especialmente diante da crise na produção de carne bovina norte-americana, que leva os EUA a priorizarem o abastecimento interno.

“Com os preços da carne bovina em alta, a demanda dos estados Unidos migra naturalmente para carne suína e de frango. Esse redirecionamento interno abre espaço para o Brasil crescer nas exportações”, explicou.

Iglesias também destacou a importância da recente retomada do pré-listing pela União Europeia, que autoriza e habilita estabelecimentos brasileiros para exportar carne suína ao bloco.

“O pré-list é uma lista que habilita o Brasil a exportar em maior volume. A Europa é um grande produtor e um mercado difícil de penetrar, mas a expectativa é de avanços graduais até o fim da década”.

Oportunidades no exterior

Embora a abertura total ainda dependa de negociações sanitárias, Iglesias acredita que a decisão fortalece o diálogo comercial e prepara o Brasil para uma presença mais consistente no continente. Enquanto isso, a carne suína enfrenta barreiras, o frango brasileiro já se consolidou no mercado europeu. O Brasil é fornecedor de grandes volumes para países Baixos e deve ampliar embarques nos próximos meses, segundo o analista.

“A carne de frango tem um potencial enorme na Europa. O Brasil já tem boa participação e deve crescer ainda mais nesse segmento”, afirmou. Iglesias também comentou a missão oficial do governo brasileiro à Indonésia e à Malásia, que resultou na revisão de protocolos sanitários e na retomada das exportações de carne de frango para esses países.

“O mercado brasileiro tem totais condições de atender à demanda da Indonésia e da Malásia. São países com grande potencial de compra, e a perspectiva é muito favorável para o aumento das exportações”, afirmou.

Perspectivas promissoras

Com resultados recordes e novos mercados se abrindo, Iglesias vê um cenário promissor para o setor. “O Brasil consolida cada vez mais sua posição de fornecedor global confiável. Temos competitividade, estrutura e sanidade para continuar crescendo”.

Assista à entrevista completa :

Com informações de: interligados.canalrural.com.br.

Publicado com auxílio de inteligência artificial e revisão da Redação Canal Rural.



Source link

News

Furacão Melissa avança e pode influenciar o clima no do Brasil



O furacão Melissa, que atingiu nesta terça-feira (28) a categoria 5, o nível mais alto da escala Saffir-Simpson , avança em direção à Jamaica com ventos que já ultrapassam 295 km/h. O fenômeno, descrito por especialistas como um dos mais intensos da história do Caribe, já provocou ao menos três mortes e deixou centenas de desabrigados, segundo informações da imprensa local.

Autoridades jamaicanas decretaram estado de emergência, determinaram o fechamento de portos e aeroportos e orientaram a evacuação de áreas costeiras. “Não se pode apostar contra o Melissa”, afirmou o ministro do Governo Local, Desmond McKenzie, destacando a força destrutiva da tempestade.

Pressão atmosférica recorde e ventos extremos

De acordo com o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC), o olho de Melissa estava, às 15h (UTC) de segunda-feira (12h em Brasília), a apenas 60 km da Jamaica e cerca de 380 km de Cuba. A pressão atmosférica no centro da tormenta chegou a 892 hPa, o que coloca Melissa entre os três furacões mais intensos já registrados na bacia do Atlântico Norte.

Chuvas catastróficas e destruição no Caribe

As projeções indicam acumulados de 500 a 750 milímetros de chuva na Jamaica em apenas 48 horas, volume comparável ao que causou a tragédia de São Sebastião (SP) em 2023, com 680 mm em 24 horas.

O NHC alerta para enchentes, deslizamentos de terra e destruição em massa, especialmente em Cuba, Haiti e República Dominicana, países que já enfrentam fragilidade estrutural e dificuldades econômicas.

Efeitos interligados: Caribe, Colômbia e Norte do Brasil

Embora os impactos diretos se concentrem no Caribe, o furacão Melissa também deve afetar o clima em parte da América do Sul.

A Climatempo explica que a combinação entre o aquecimento anômalo do Atlântico Tropical e o fenômeno La Niña, no Pacífico, cria uma rede de instabilidades atmosféricas interligadas, com reflexos sobre a Colômbia, Venezuela e o Norte do Brasil.

Essas anomalias fortalecem a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), faixa de nuvens que regula as chuvas na Amazônia, Amapá, Roraima e Pará.

Como resultado, as próximas semanas devem ter chuvas mais intensas e frequentes, além de ventos fortes e ressacas no litoral norte brasileiro, especialmente nas áreas mais próximas da foz do Amazonas.

“Enquanto o Caribe enfrenta a força direta do furacão, o norte da América do Sul deve lidar com reflexos indiretos, aumento das tempestades e reforço da umidade na região amazônica”, explica a equipe meteorológica da Climatempo.

Monitoramento e tecnologia meteorológica

Com o avanço do sistema sobre águas excepcionalmente quentes do Atlântico, a Climatempo mantém monitoramento contínuo por satélite e modelos de alta resolução para prever os impactos de Melissa em toda a região.

O objetivo é antecipar riscos climáticos e orientar setores estratégicos, como energia, agricultura, transporte e infraestrutura no Brasil e países vizinhos.

Você quer entender como usar o clima a seu favor? Preparamos um e-book exclusivo para ajudar produtores rurais a se antecipar às mudanças do tempo e planejar melhor suas ações. Com base em previsões meteorológicas confiáveis, ele oferece orientações práticas para proteger sua lavoura e otimizar seus resultados.



Source link