quinta-feira, outubro 30, 2025

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Acordo entre ministérios busca ampliar consumo de pescado na merenda escolar



Para ampliar a oferta e o consumo de pescado na alimentação escolar, o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), o Ministério da Educação (MEC) e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) avançam na execução do Acordo de Cooperação Técnica entre as instituições.

Como parte da iniciativa, foi enviado um formulário aos nutricionistas de todo o país para mapear o cenário atual do consumo de peixes nas escolas.

O acordo tem como objetivo implementar ações que estimulem o consumo de peixes nas escolas, com foco no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). A iniciativa busca fortalecer a segurança alimentar e impulsionar os setores da pesca e da aquicultura.

A iniciativa inclui a capacitação de pescadores artesanais, a qualificação de nutricionistas e cozinheiras, além de orientações sobre processamento e regularização sanitária. Também está prevista a criação de catálogos regionais com espécies e produtos adequados à compra pública.

Segundo o diretor do Departamento de Inclusão Produtiva e Inovações do MPA, Diogo Nunes, o acordo já avançou na etapa de diagnóstico sobre a inserção do pescado artesanal na merenda escolar.

“Estamos investigando quais são os desafios, a forma como os pescados chegam, a qualidade deles, se são peixes, moluscos ou crustáceos e se há fornecedores no território. O formulário vem para entendermos melhor esse cenário. A ideia é aumentar a oferta e a diversidade de pescados, para não ficar só no peixe branco, ampliando a variedade do cardápio”, afirma.

Próximos passos

Após o diagnóstico que busca compreender o cenário atual, a iniciativa vai identificar ações para aproximar o saber tradicional das legislações vigentes. Serão elaborados documentos técnicos para subsidiar prefeituras e secretarias estaduais de educação.

O acordo também prevê o desenvolvimento de diretrizes técnicas para a aquisição de pescados, o fortalecimento e a promoção do consumo, além do monitoramento da implementação por meio de encontros e relatórios técnicos.



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Agritechnica 2025 destaca 4 tendências em máquinas agrícolas que devem ganhar espaço no Brasil



Com clima tropical, diversidade de solos e extensas áreas produtivas, o Brasil é um terreno fértil para soluções que aumentem a eficiência e reduzam custos na agricultura. E é justamente esse tipo de inovação que será o foco da Agritechnica 2025, a maior feira de máquinas e tecnologias agrícolas do mundo, que ocorrerá entre 9 e 15 de novembro, em Hannover, na Alemanha.

Mais de 2.700 expositores de 52 países já estão confirmados, ocupando 23 pavilhões totalmente lotados. O evento deve atrair 430 mil visitantes profissionais, consolidando-se como a principal vitrine global de inovação no campo. Segundo Timo Zipf, gerente de projetos da Agritechnica, a feira é um amplo espaço de demonstração de novas tecnologias e tendências.

“A edição 2025 mostra que o futuro da mecanização agrícola passa pela automação inteligente, pela aplicação precisa de insumos e pelo uso de dados em tempo real”, afirma Zipf.

Inovações aplicáveis ao agro brasileiro

Entre as tendências que devem ganhar destaque, quatro se mostram especialmente promissoras para o agronegócio brasileiro.

1. Aplicação de fertilizantes e chorume com precisão

O uso de adubação líquida (chorume) está sendo aperfeiçoado com máquinas mais leves e sistemas automatizados que reduzem perdas e otimizam o uso dos nutrientes. A aplicação de taxa variável e o controle por seções garantem maior eficiência e menor impacto ambiental.

“No Brasil, o fertilizante representa um dos maiores custos da produção. A automação na aplicação é um avanço fundamental para reduzir despesas”, diz Brena Baumle, representante no Brasil da DLG, organizadora do evento.

2. Semeadura com apoio de IA e sensores

As novas máquinas combinam várias etapas em uma única passada — semeadura, adubação e capina — e contam com sensores e inteligência artificial (IA) que ajustam automaticamente profundidade, espaçamento e densidade conforme as condições do solo.

“O agricultor brasileiro já domina a agricultura de precisão. O próximo passo é integrar dados e IA para ganhos diretos em eficiência e sustentabilidade”, destaca Baumle.

3. Irrigação automatizada e de precisão

Com sensores de umidade e modelos climáticos, a irrigação automatizada calcula momento e volume ideais de aplicação, economizando água e energia. Essa tendência é vital em regiões com déficit hídrico e crescente pressão por uso racional dos recursos.

“Irrigar de forma eficiente é questão de sobrevivência econômica. As novas tecnologias tornam esse processo previsível e sob controle do produtor”, reforça a representante da DLG.

4. Sistemas autônomos de capina e controle de ervas

A automação no controle de plantas daninhas será um dos pontos altos da feira. Robôs autônomos, pulverização seletiva e controle a laser prometem reduzir a dependência de herbicidas e a necessidade de mão de obra.

“Além de reduzir custos, essas tecnologias atendem às exigências ambientais dos mercados mais exigentes”, comenta Baumle.

Encontro global pela eficiência inteligente

Com o tema “Touch Smart Efficiency”, a Agritechnica 2025 reforça o papel da digitalização no campo. A programação inclui o Digital Farm Center, dedicado à agricultura inteligente, além de cinco palcos técnicos, três áreas de demonstração DLG Spotlights e uma vitrine exclusiva para startups do agronegócio.

O evento contará também com o Systems & Components, um mercado B2B voltado à indústria global de fornecedores agrícolas.

“A Agritechnica é mais do que uma feira — é um espaço de conexão entre tecnologia, ciência e campo, onde se define o futuro da agricultura mundial”, diz Timo Zipf.

Agritechnica Hanover 2025

📅 9 a 15 de novembro de 2025
📍 Pavilhão de Exposições de Hannover – Messegelände, Alemanha
🌐 www.agritechnica.com



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o que fazer para proteger o caixa da fazenda e evitar prejuízos?



Com a taxa Selic mantida em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom), o produtor rural enfrenta um cenário de crédito mais caro e acesso reduzido a financiamentos.

A alta taxa de juros torna o custeio e as Cédulas de Produto Rural (CPR) inviáveis, uma vez que a taxa final ao produtor pode ultrapassar 20% ao ano. Esse impacto já é visível: o volume de crédito rural concedido no início do segundo semestre de 2025 caiu 31% em relação ao ano anterior.

Em entrevista ao Giro do Boi, o advogado e contador Marcos Pelozato alertou que, diante da taxa elevada, a proteção do patrimônio é a prioridade máxima para o produtor.

Segundo ele, a principal desorientação que deve ser evitada é dar a propriedade rural como garantia em negociações de alongamento de dívidas, pois isso torna o produtor extremamente vulnerável a execuções.

Confira:

O produtor precisa de uma estratégia inteligente e resiliente para atravessar o período de juros altos. A lei ampara o produtor rural, permitindo buscar taxas de juros mais justas e prazos mais longos para reorganizar o fluxo de caixa.

A orientação do especialista foca em dois caminhos legais:

  • Alongamento administrativo: tentar negociar o alongamento da dívida diretamente com a instituição financeira, mas, enfaticamente, sem fornecer a propriedade rural como garantia.
  • Via judicial: caso o banco se recuse a negociar administrativamente, o alongamento pode ser buscado no judiciário. O grande benefício é a possibilidade de recorrer às taxas reais do crédito rural (5% a 8% ao ano), e não as taxas de mercado, que são significativamente maiores.

A agilidade no judiciário é um fator de alívio: uma liminar suspendendo a cobrança da dívida pode ser emitida em 15 a 30 dias. O processo pode durar até um ano, dando um fôlego de até três anos de carência para o produtor iniciar o pagamento em até 10 anos.

Recuperação judicial e gestão de contratos

A recuperação judicial não deve ser a primeira medida. O produtor deve, primeiramente, alongar os compromissos financeiros na justiça para garantir um fluxo de caixa positivo e se reorganizar.

A recuperação judicial (para concursos de credores) só deve ser avaliada posteriormente, pois ela permite reduzir a dívida pela metade e obter longos prazos de pagamento.

A defesa do produtor depende diretamente da gestão documental e da organização financeira:

  • Laudo contábil: o contador deve elaborar um laudo que detalhe a quebra de safra, o problema de mercado ou a dificuldade real, para subsidiar a decisão judicial.
  • Planilhamento de contratos: é crucial planilhar os contratos de financiamento. Essa gestão ajuda a reaver valores de seguros e taxas equivocadas e permite rediscutir juros, especialmente se o alongamento foi feito com uma taxa de mercado.

O alerta do advogado é enfático: o produtor tem a lei a seu favor. O momento exige ser resiliente e buscar mecanismos legais para evitar o colapso emocional e financeiro e proteger o patrimônio da fazenda.



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AgroNewsPolítica & Agro

Cientistas desenvolvem banana imune a fungo



A aprovação regulatória da QCAV-4 representa um marco histórico


A aprovação regulatória da QCAV-4 representa um marco histórico
A aprovação regulatória da QCAV-4 representa um marco histórico – Foto: Divulgação

Em uma pequena plantação no Território do Norte, na Austrália, um grupo de bananeiras da variedade Cavendish tem desafiado as probabilidades. Há mais de sete anos, essas plantas crescem saudáveis em um solo contaminado pelo fungo Fusarium oxysporum, causador da temida doença do Panamá TR4, responsável por devastar lavouras de banana em diversos países. Segundo a Australian Broadcasting Corporation (25/10/2025), a diferença está em seu DNA: trata-se da QCAV-4, a primeira banana geneticamente modificada do mundo aprovada para cultivo comercial.

Desenvolvida por cientistas da Universidade Tecnológica de Queensland (QUT), a variedade recebeu um gene de resistência oriundo do bananal silvestre Musa acuminata ssp. malaccensis. Esse gene permite que as células da planta detectem rapidamente o fungo e ativem mecanismos de defesa semelhantes ao sistema imunológico dos mamíferos, impedindo a propagação da infecção. O resultado é uma planta capaz de sobreviver por anos em solos onde bananeiras convencionais morrem em poucos meses.

A aprovação regulatória da QCAV-4 representa um marco histórico. O cultivo experimental, realizado na fazenda Darwin Fruit Farms, em Humpty Doo, demonstrou que as bananas mantêm o mesmo sabor e aparência das Cavendish tradicionais. Embora a tecnologia prometa revolucionar o setor, ainda há cautela entre produtores e consumidores. Pesquisas da Food Standards Australia e Nova Zelândia (FSANZ) indicam que quase metade dos australianos ainda demonstra receio em relação a alimentos transgênicos.

Mesmo assim, a aceitação pode ser apenas uma questão de tempo. Ensaios já estão sendo realizados no norte de Queensland e nas Filipinas, um dos maiores polos produtores do mundo. Se comprovada sua eficácia em larga escala, a QCAV-4 poderá garantir o futuro de uma das frutas mais populares do planeta — e inaugurar uma nova era para a biotecnologia agrícola.

 





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Congresso muda LDO e libera isenção permanente do Imposto de Renda



O Congresso Nacional aprovou, nesta quinta-feira (30), o projeto que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025 e abre caminho para que a faixa de isenção do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) tenha validade por tempo indeterminado. A proposta também autoriza o governo a trabalhar com o piso da meta fiscal, e não com o centro do intervalo, como defende o Tribunal de Contas da União (TCU).

O Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) 1/2025 foi aprovado de forma simbólica na Câmara e no Senado, sem votação nominal. Apenas o partido Novo registrou posição contrária.

Isenção permanente do IR

A atual LDO estabelece que todo benefício tributário deve ter duração máxima de cinco anos. Para contornar essa limitação, o governo propôs uma exceção específica para a isenção do Imposto de Renda, alegando que a medida busca reforçar a progressividade do sistema tributário — ou seja, fazer com que quem ganha mais pague proporcionalmente mais.

O projeto foi encaminhado em março, no mesmo dia em que o Executivo apresentou o PL 1087/2025, que eleva para R$ 5 mil o limite de renda mensal isento de tributação. Esse texto já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e deve ser votado pelo Senado na próxima semana.

Mudança na meta fiscal

Durante a tramitação, parlamentares incluíram no texto um trecho que autoriza o governo a perseguir o piso da meta fiscal de 2025. Na prática, a medida dá mais flexibilidade à equipe econômica na execução do orçamento, reduzindo o risco de questionamentos do TCU.

A relatora do projeto, senadora Dorinha Seabra (União-TO), argumentou que a mudança garante segurança jurídica ao processo orçamentário. Segundo ela, o texto apenas confirma a regra já adotada em anos anteriores, ao considerar o limite inferior do intervalo de tolerância da meta fiscal para definir cortes e limitações de despesas.

Regras para emendas de parlamentares

O projeto também define o tratamento das emendas individuais de parlamentares que perderem o mandato por decisão judicial. Caso as emendas já tenham sido empenhadas, elas continuam vinculadas ao autor original. Se ainda não tiverem sido executadas, passam para o novo ocupante da cadeira.

A alteração, segundo Dorinha, busca dar previsibilidade à execução orçamentária e evitar disputas administrativas sobre a destinação dos recursos.



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Moagem de cana tem leve alta na primeira quinzena de outubro



As usinas do Centro-Sul do Brasil moeram 34,037 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na primeira quinzena de outubro da safra 2025/26 (abril de 2025 a março de 2026), em comparação com 33,937 milhões de tonelada em igual período da temporada anterior, alta de 0,30%. As informações são do levantamento quinzenal da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), divulgado nesta quinta-feira (30).

Na primeira quinzena de outubro, operavam 255 unidades produtoras na região Centro-Sul, das quais 234 unidades com processamento de cana, dez empresas que fabricam etanol a partir de milho e 11 usinas flex. No mesmo período da safra anterior, 258 unidades produtoras estavam em operação.

Conforme levantamento da Unica, nos primeiros quinze dias de outubro, 12 unidades encerraram a moagem. No acumulado desde o início da safra, 18 unidades já concluíram o processamento da cana, ante 12 usinas no mesmo período do ciclo anterior.

Açúcar produzido no período

A produção de açúcar nos primeiros quinze dias de outubro totalizou 2,484 milhões de toneladas, alta de 1,25% ante a safra anterior (2,454 milhões de t). Na primeira quinzena de outubro, a proporção da matéria-prima direcionada para a fabricação do adoçante recuou 3 pontos porcentuais, passando de 51,3% para 48,2%. O resultado é ainda mais expressivo nos Estados de São Paulo e Paraná, cujos índices recuaram 3,4 e 9,1 pontos porcentuais, respectivamente, destacou a Unica.

Segundo o diretor de Inteligência Setorial da Unica, Luciano Rodrigues, “desde o início de setembro, nota-se uma tendência de recuo na proporção de cana direcionada à fabricação de açúcar. Inicialmente esse movimento esteve concentrado nas unidades produtoras dos Estados da região Centro-Oeste, mas agora também se intensificou em importantes polos de produção do adoçante, como São Paulo e Paraná”.

Fabricação de etanol

Na primeira metade de outubro, a fabricação de etanol pelas unidades do Centro-Sul atingiu 2,01 bilhões de litros, dos quais 1,24 bilhão de litros de etanol hidratado (-5,61%) e 771,72 milhões de litros de etanol anidro (+6,93%).

Do total de etanol obtido na primeira quinzena de outubro, 18,41% foram fabricados a partir do milho, registrando produção de 370,56 milhões de litros neste ano, em comparação com 353,13 milhões de litros no mesmo período do ciclo 2024/2025 – aumento de 4,94%.

Em relação à qualidade da matéria-prima, o nível de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) registrado na primeira quinzena de outubro atingiu 158,78 kg de ATR por tonelada de cana-de-açúcar, contra 160,32 kg por tonelada na safra 2024/2025 – queda de 0,96%.



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AgroNewsPolítica & Agro

Estratégias de adubação em cobertura elevam produtividade



O nitrogênio estimula o crescimento do pasto


O nitrogênio estimula o crescimento do pasto
O nitrogênio estimula o crescimento do pasto – Foto: Bing

A adubação de cobertura é uma etapa fundamental no manejo de pastagens, pois garante o suprimento de nutrientes necessários ao crescimento e vigor das plantas forrageiras. Segundo o engenheiro agrônomo, consultor e pecuarista Wilson Tofano Espigarol, essa prática tem o objetivo de manter a produtividade do solo e favorecer o desenvolvimento equilibrado do pasto, refletindo diretamente no desempenho animal e na sustentabilidade do sistema produtivo.

De acordo com o especialista, existem duas estratégias principais de adubação em cobertura: a de manutenção e a de intensificação. Na adubação de manutenção, o foco é repor os nutrientes extraídos pelas plantas, com base nos resultados da análise de solo. Nesse caso, podem ser utilizadas formulações completas, como 20-10-10+7%S, ou nutrientes isolados, como o potássio e o fósforo, ajustando as doses conforme as condições de cada área.

Já na estratégia de intensificação, recomendada para propriedades com solos bem corrigidos, prioriza-se o uso de fertilizantes nitrogenados. O nitrogênio estimula o crescimento do pasto e possibilita aumento na taxa de lotação animal, otimizando a produção por hectare. Espigarol ressalta que o sucesso da adubação depende do equilíbrio entre reposição e intensificação, sempre considerando o planejamento nutricional do solo, o regime de chuvas e o manejo do rebanho. 

O especialista consegue afirmar ainda que essa visão técnica contribui para maior eficiência e sustentabilidade na pecuária moderna. As informações foram divulgadas em seu perfil oficial na rede social LinkedIn.

 





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Novembro com La Niña deve ser marcado por frio fora de época e muita chuva; confira


O mês de novembro de 2025 promete ser um dos mais chuvosos do ano em boa parte do país. Segundo a meteorologista Josélia Pegorim, da Climatempo, o La Niña — fenômeno caracterizado pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico Equatorial — está favorecendo a passagem de frentes frias mais intensas pelo Sul e Sudeste do Brasil. Algumas delas poderão trazer ar polar com força suficiente para causar resfriamento atípico no Centro-Sul do país.

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Além disso, o La Niña estimula a formação de corredores de umidade, que transportam o ar quente e úmido da Amazônia em direção ao Centro-Oeste e Sudeste, aumentando as condições para chuvas volumosas e persistentes.

“Durante novembro há chance de formação de pelo menos um evento de Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que costuma provocar chuva intensa por vários dias consecutivos”, afirma Josélia Pegorim.

Chuvas acima da média e temporais isolados

As projeções indicam volumes de chuva acima da média no Paraná, Sudeste, Centro-Oeste, Bahia, extremo norte e em grande parte do Amazonas. Regiões como Belo Horizonte (MG) e Brasília (DF) podem registrar acúmulo superior a 300 mm ao longo do mês.

No Rio Grande do Sul, são esperados alguns temporais localizados, mas o volume total de precipitação deve ficar ligeiramente abaixo da média. Já o Nordeste, especialmente o interior da região, segue com pouca chuva, comportamento típico para esta época do ano.

Temperaturas abaixo do normal no Centro-Sul

As temperaturas devem ficar um pouco abaixo da média em grande parte do Centro-Oeste, do Paraná e da região Sudeste. O motivo é a combinação de muitos dias nublados, chuvas frequentes e a entrada de massas de ar frio vindas do sul do continente.

“A chance de onda de calor em novembro é baixa, mas novos episódios de frio fora de época podem se repetir, como ocorreu em outubro”, reforça Pegorim.

No centro-norte do país e no extremo sul, as temperaturas devem variar de dentro da média a ligeiramente acima, enquanto o Nordeste tende a ser a região mais quente do Brasil neste mês, com vários dias acima de 40 °C no interior.

Novembro serpa mês de contrastes climáticos

O cenário climático de novembro será marcado por forte contraste entre o excesso de chuva no Centro-Sul e o calor intenso no Nordeste. O avanço das frentes frias e os corredores de umidade sustentados pelo La Niña devem manter o solo úmido e as temperaturas mais amenas em boa parte do país.

Para o produtor rural e os setores que dependem do clima, o alerta é para monitorar o risco de temporais e enchentes localizadas.



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EUA anunciam que China comprará 12 milhões de toneladas de soja norte-americana



Em atualização ao cenário de reaproximação entre China e Estados Unidos, o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, afirmou que o país asiático concordou em comprar 12 milhões de toneladas de soja norte-americana durante a atual temporada. O anúncio ocorre após a reunião entre os presidentes dos dois países, que sinalizou uma retomada do diálogo comercial.

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Segundo informações da consultoria Safras & Mercado, as compras devem ocorrer até janeiro. Além disso, a China também se comprometeu a adquirir 25 milhões de toneladas por ano nos próximos três anos, como parte de um acordo comercial mais amplo com Washington.

Bessent acrescentou que outros países do sudeste asiático concordaram em comprar mais 19 milhões de toneladas de soja americana, embora não tenha especificado o período em que essas aquisições serão realizadas.

Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), o mercado reagiu positivamente às declarações. Após operar em queda devido às incertezas sobre o acordo, a sessão eletrônica passou a registrar altas para o grão e para o farelo, enquanto o óleo de soja recuou.

A Safras & Mercado avalia que a notícia reverteu o humor negativo do mercado e sustenta os preços internacionais no curto prazo.



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China e EUA se reaproximam, mas e o Brasil?



A estatal chinesa Cofco realizou, nesta quarta-feira (29), a compra de soja dos Estados Unidos, encerrando um intervalo de quase cinco meses sem aquisições do país norte-americano. Os embarques somam cerca de 180 mil toneladas, com entrega prevista entre dezembro e janeiro, e marcam as primeiras compras da nova safra americana.

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O movimento reacendeu as expectativas de um novo entendimento comercial entre Pequim e Washington. O analista de agronegócio Carlos Cogo avalia que um acordo é o “caminho natural” após a recente aproximação entre os dois países.

“A China tem duas opções. Pode repetir o que fez na fase 1 do acordo com o governo Trump, firmando compromissos de compra em cotas ou volumes, ou reduzir a tarifa de importação, hoje em 34% sobre a soja americana. Se essa tarifa cair para 10% ou 3%, como paga o Brasil, todos os exportadores voltam a competir em condições semelhantes”, explicou Cogo.

Preços futuros e prêmios no Brasil

Segundo o analista, os preços futuros em Chicago já reagiram à expectativa de um novo acordo, acumulando alta média de 5% desde sexta-feira. Caso as negociações avancem, os preços devem seguir firmes, enquanto os prêmios brasileiros tendem a cair e podem ficar negativos no primeiro semestre de 2026, movimento considerado normal para o período.

Mesmo com a reaproximação entre os dois países, o Brasil deve continuar como principal fornecedor da China. “Os Estados Unidos terão uma janela curta, novembro, dezembro e parte de janeiro, para embarcar soja à China.

Em janeiro, o Brasil inicia a colheita e retoma a competitividade, com prêmios mais baixos. A dinâmica muda um pouco, mas o protagonismo brasileiro se mantém”, avaliou o analista.



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