sábado, julho 26, 2025

Autor: Redação

AgroNewsPolítica & Agro

Exportação de hortigranjeiros cresce 28% no semestre


A maior oferta de produtos como cenoura, batata, cebola e folhosas nos principais mercados atacadistas do país contribuiu para a queda dos preços médios em junho. A avaliação consta no 7º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado nesta terça-feira (22) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

De acordo com o levantamento, o movimento de queda foi observado em hortaliças e frutas. “Depois de um movimento de alta desde o início do ano, os preços da cebola em junho apresentaram reversão”, aponta o boletim. A maior retração percentual ocorreu em Pernambuco, com 26,37%. Apenas em Santa Catarina os preços subiram. A Conab explica que esse comportamento está relacionado ao aumento da produção em estados como São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Bahia, o que eleva a oferta e reduz os custos logísticos.

Para a batata, a intensificação da safra de inverno impulsionou a queda nos preços, com destaque para as regiões produtoras de Araxá (MG), São João da Boa Vista (SP) e Cristalina (GO). A maior redução foi registrada no Rio de Janeiro. Já no caso da cenoura, mesmo com menor oferta em junho, o volume disponível nas Centrais foi suficiente para pressionar os preços para baixo.

A alface também apresentou redução nos preços médios. A Conab atribui essa queda à “diminuição da demanda, normal nessa época do ano, motivada por temperaturas inferiores”. Em relação ao tomate, o mercado teve comportamento irregular: enquanto Fortaleza registrou alta de 36,2%, Rio Branco teve queda de 17,56%. Segundo a Conab, “a maturação mais lenta do tomate, por causa das baixas temperaturas ou até geadas nas principais regiões produtoras, reduziu a oferta”. Ao mesmo tempo, o frio também impactou negativamente a demanda.

Nas frutas, banana, laranja, mamão e melancia apresentaram retração nos preços. A banana nanica teve maior volume comercializado durante o mês, o que levou à redução das cotações. Apenas no final de junho os preços começaram a subir. Já a banana prata, com menor oferta, manteve-se mais cara ao longo do período.

O boletim também destaca que a laranja teve nova queda de preços “em quase todas as Ceasas”, com aumento na oferta de variedades precoces e tardias. A demanda retraída, associada à concorrência com a mexerica poncã, contribuiu para a desvalorização. A melancia seguiu a mesma tendência, com queda nas cotações impulsionada pela combinação de frio nos centros consumidores e boa oferta.

O mamão teve redução na disponibilidade das variedades papaya e formosa. Ainda assim, a média ponderada de preços teve variação negativa de 1,7%, “devido à menor procura pela fruta”. Por outro lado, a maçã foi a única entre os itens analisados a registrar aumento de preços. “Mesmo com demanda baixa, vários mercados reagiram com elevação de preços, por conta do controle de oferta executado pelas classificadoras e do aumento das importações”, explica o boletim.

No primeiro semestre de 2025, o Brasil exportou 559,84 mil toneladas de hortigranjeiros, alta de 28% em relação ao mesmo período de 2024. O faturamento foi de US$ 646,2 milhões (FOB), valor 16% superior ao registrado no mesmo intervalo do ano passado. Os principais estados exportadores foram Rio Grande do Norte, Ceará, São Paulo e Pernambuco. Já os principais destinos foram Bélgica, Países Baixos, Estados Unidos, Reino Unido e China.

A edição de julho do boletim também trouxe destaque para o projeto “Ceasa Verde”, iniciativa voltada à destinação correta dos resíduos gerados nas Centrais de Abastecimento, alinhada aos princípios da economia circular.

Os dados do Prohort são coletados nas Centrais de Abastecimento de São Paulo e Campinas (SP), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES), Curitiba (PR), São José (SC), Goiânia (GO), Recife (PE), Fortaleza (CE) e Rio Branco (AC), responsáveis por grande parte da comercialização dos hortigranjeiros no Brasil.





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Para Instituto Aço Brasil, aumento tarifário dos EUA pode inviabilizar a exportação de aço e alumínio


A diretora de assuntos institucionais do Instituto Aço Brasil, Cristina Yuan, avaliou nesta quinta-feira (10) que a decisão do presidente norte-americano, Donald Trump, de impor uma nova tarifa de 50% sobre produtos brasileiros “inviabilizará a exportação de aço e alumínio”. Ela discutiu o tema em reunião da Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados.

Yuan disse que ainda não está esclarecido se a tarifação é cumulativa. Se for o caso, o setor de aço e alumínio, que já paga tarifa de 50%, arcaria com mais 50%.  “O que dobra a nossa preocupação literalmente, porque se 50% já era uma tarifa elevadíssima e praticamente impeditiva de exportação, a de 100% inviabilizará a exportação do aço e alumínio”, reforçou a executiva, frisando que o faturamento anual da indústria do aço é da ordem de R$ 169 bilhões.

Balança comercial

Ela destacou que, ao contrário do que alegou Trump, a balança comercial Brasil e Estados Unidos é superavitária para os norte-americanos. Em 2024, conforme a executiva, o Brasil exportou 2,3 bilhões de dólares em produtos de aço e importou dos Estados Unidos 1,4 bilhão de dólares em carvão e 3,9 bilhões de dólares em máquinas e equipamentos.

Desvio de comércio

Outro efeito da guerra tarifária, segundo Cristina Yuan, é o desvio de comércio, que pode resultar no escoamento do aço chinês a preços abaixo da média mundial para o mercado brasileiro. “Isso vai matar a indústria siderúrgica nacional, porque não vamos conseguir competir com preços subsidiados”, afirmou.

Atualmente, a China responde por mais de 66% das importações de aço do País.

Ao ressaltar a competitividade chinesa na cadeia produtiva do aço, Yuan frisou que a produção anual de aço no Brasil equivale a 12 dias de produção de aço na China.

Falta de clareza

O representante do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Herlon Alves Brandão, apontou “falta de clareza” no anúncio das novas tarifas. Ele estima que o aumento tarifário vai reduzir em 40% o valor das exportações de aço e alumínio aos Estados Unidos.

As tarifas, explicou, alcançam 350 mercadorias abrangendo desde aço semimanufaturado até latas de cerveja, utensílios domésticos e peças para aviões e automóveis.

Acesso a mercados

O representante da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), Pedro Henrique Macêdo, apontou queda nas exportações para o mercado norte-americano de 25% de produtos de alumínio, se comparado ao primeiro semestre de 2024. Dentre esses produtos, os laminados de alumínio, principal item exportado, foi o mais impactado com queda de 50% no volume de exportação.

“Ainda não sabemos se as novas taxas serão cumulativas ou não, mas é fato que a indústria já vem sofrendo no atual cenário”, disse. Ele reforçou que o setor conta com a atuação do governo para garantir as melhores condições de acesso dos produtos brasileiros ao mercado internacional.

Lei da Reciprocidade

A deputada Jack Rocha (PT-ES), que solicitou a audiência, defendeu o uso da Lei da Reciprocidade Econômica, que permite ao governo brasileiro adotar contramedidas em resposta a medidas unilaterais adotadas por país ou bloco econômico que impactem negativamente a competitividade internacional brasileira.

“Acredito que o governo, assim como esta Casa, diante da gravidade do tarifaço, tem que se debruçar sobre uma saída que não venha a prejudicar as empresas e sobretudo os trabalhadores”, disse.

 





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Congresso reage a tarifas dos EUA em defesa da economia



Motta e Alcolumbre defendem diálogo, equilíbrio e firmeza


Foto: Pixabay

Os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, deputado Hugo Motta e senador Davi Alcolumbre, afirmaram em nota conjunta à imprensa que o Congresso Nacional está pronto para agir com equilíbrio e firmeza em defesa da economia brasileira, do setor produtivo e da proteção dos empregos, diante das tarifas impostas aos produtos brasileiros pelos Estados Unidos.

Para eles, a decisão dos Estados Unidos deve ser respondida com diálogo nos campos diplomático e comercial. “O Congresso Nacional acompanhará de perto os desdobramentos. Com muita responsabilidade, este Parlamento aprovou a Lei da Reciprocidade Econômica. Um mecanismo que dá condições ao nosso país, ao nosso povo, de proteger a nossa soberania”, diz a nota.

Leia a nota na íntegra:

A decisão dos Estados Unidos de impor novas taxações sobre setores estratégicos da economia brasileira deve ser respondida com diálogo nos campos diplomático e comercial.

O Congresso Nacional acompanhará de perto os desdobramentos. Com muita responsabilidade, este Parlamento aprovou a Lei da Reciprocidade Econômica. Um mecanismo que dá condições ao nosso país, ao nosso povo, de proteger a nossa soberania.

Estaremos prontos para agir com equilíbrio e firmeza em defesa da nossa economia, do nosso setor produtivo e da proteção dos empregos dos brasileiros.”

Davi Alcolumbre

Presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional

Hugo Motta

Presidente da Câmara dos Deputados

 





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15º Ciclo de Conscientização no RS reúne 880 participantes e segue para SC e PR


 Com grande participação e engajamento do público, os dois primeiros seminários do 15º Ciclo de Conscientização sobre saúde e segurança do produtor e proteção da criança e do adolescente reuniram 880 pessoas nos municípios de Gramado Xavier e Vale do Sol, no Rio Grande do Sul, nos dias 22 e 23 de julho. Promovido pelo SindiTabaco e empresas associadas, com apoio da Afubra, o evento agora segue para Paraná e Santa Catarina na próxima semana.

Voltado a produtores de tabaco, agentes de saúde, educadores, conselheiros tutelares e lideranças locais, o ciclo promoveu reflexões sobre trabalho decente no campo, uso seguro de defensivos agrícolas, cuidados durante a colheita e, principalmente, a proteção da infância e da adolescência nas propriedades rurais.

“O Ciclo de Conscientização, iniciado há 15 anos, tem como objetivo reforçar a orientação que as empresas associadas transmitem aos seus produtores integrados, com o objetivo de cumprir a legislação vigente, mas também para atender às exigências dos nossos clientes internacionais. Seguimos alinhados com a representação dos produtores para manter a produção sustentável que, junto com a qualidade do nosso produto, fez do Brasil o maior exportador de tabaco dos últimos 30 anos”, afirmou Valmor Thesing, presidente do SindiTabaco.

De maneira lúdica e interativa, os temas foram abordados através do podcast encenado “Vida no Campo”, da Companhia de Teatro Espaço Camarim, que transformou o conteúdo técnico em informação acessível e envolvente para os participantes, a grande maioria produtores de tabaco.

“O fumicultor, quando convocado, ele se apresenta e está sempre aberto para aprender, para, cada vez mais, melhorar a sua propriedade. É na casa do produtor que começa a qualidade do tabaco brasileiro. Mas, qualidade não é somente a folha do tabaco cultivada com todos os cuidados; mas também, é a responsabilidade com as crianças e adolescentes e sua educação, com os cuidados com a saúde e segurança do produtor e sua família e com o trabalho decente. E estes ciclos são fundamentais para nos trazer as informações que fazem da cadeia produtiva do tabaco tão organizada”, disse o presidente da Afubra, Marcilio Drescher.

PRÓXIMOS ENCONTROS

29 de julho, 8h – Ipiranga (PR)

Local: Clube Asdecope

30 de julho, 8h – Imbituva (PR)

Local: Centro de Eventos Rufinos

31 de julho, 8h – Irineópolis (SC)

Local: Sociedade Recreativa e Cultural de Irineópolis

1º de agosto, 8h – Mafra (SC)

Local: Espaço Álamos





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Chuva retorna ao Paraná após mais de 20 dias de seca


As temperaturas subiram gradativamente no Paraná na última semana. De acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), nesta quarta-feira (23), até as 13h, em todo o Estado elas estavam entre 18°C e 29°C. Por conta do aumento da umidade e do calor, áreas de instabilidade se formarão nesta quinta-feira (24), trazendo chuva para regiões onde não caiu um pingo de água há mais de 20 dias.

Não se trata de uma frente fria seguida de massa de ar frio, como ocorreu várias vezes ao longo do inverno. Desta vez há previsão de chuva fraca a moderada na metade sul do Paraná, do extremo Oeste ao Leste, incluindo a parte sul da região Noroeste. Apenas no Oeste e Sudoeste há possibilidade de incidência de raios, mas sem um acumulado expressivo de chuva.

Não há previsão de temporais, e a temperatura no período da tarde ficará mais baixa do que nos últimos dias. Na sexta (25) ainda pode ter registro de chuva ocasional na madrugada. O tempo seca durante o dia e as temperaturas aumentam. No sábado (26) o tempo permanece seco, mas no domingo (27) o tempo volta a ficar instável em todas as regiões.

“O ar quente e úmido vem da região Amazônica, passando pelo Centro-Oeste na direção do Sul do país, mas não atua de maneira uniforme. Por isso não teremos chuvas persistentes”, ressalta Reinaldo Kneib, meteorologista do Simepar.

ALÍVIO – Vários municípios estavam sem chuva há um período entre 20 e 24 dias. Passaram por um mês de junho de 2025 com chuvas acima da média, e em julho tiveram pouco ou nenhum acumulado até o momento. A situação muda nesta semana, trazendo um pouco de alívio principalmente no período da tarde, que vinha registrando umidade relativa do ar abaixo de 50% em muitas cidades ao longo do mês.

Em Guaíra choveu 6,2 mm em 26 de junho e teve garoa nos dias 27 e 30 de junho. Depois disso não choveu mais. Em junho de 2025 choveu 114,8 mm e a média histórica é de 78,7 mm. Já em julho a média é de 57,6 mm e ainda não choveu.

Em Jaguariaíva choveu 6,8 mm em 30 de junho e garoou nos dias 1 e 2 de julho. Depois a cidade não registrou chuva nos pluviômetros. Em todo o mês de junho de 2025 choveu 167,8 mm e a média histórica para o período é de 93,5 mm. Já em julho, a média histórica é de 76,4 mm e até o momento o acumulado não chega nem a 1 mm.

Em Cascavel os últimos registros de chuva foram de 33,4 mm em 26 de junho e apenas 2,6 mm no dia 27. Em todo o mês de junho de 2025 choveu 242,6 mm e a média histórica para o período é de apenas 124,8 mm. Porém, em julho, a média é de 76,9 mm e ainda não choveu.

Em Guarapuava, os últimos registros de chuva foram de 4,6 mm em 30 de junho, e de garoa nos dias 1 e 2 de julho. Em junho de 2025 choveu na cidade 263,2 mm, e a média histórica para o período é de 159 mm. Já em julho, a média histórica é de 104,1 mm e choveu apenas 1,4 mm até o momento.

As últimas chuvas em Ponta Grossa foram de 6,6 mm em 1 de julho e garoa em 2 de julho. Em todo o mês de junho de 2025 choveu 123,2 mm, próximo da média histórica para o período que é de 103,2 mm. Já em julho a média é de 89 mm e choveu apenas 7,6 mm.

SEM CHUVA – No Norte do Estado ainda não há previsão de chuva até sexta-feira. Em Londrina, nos dias 21, 22 e 23 de junho os pluviômetros na cidade registraram menos de 7 mm de chuva. Em 26 e 27 de junho houve garoa. Depois destes dias, não choveu mais. Em todo o mês de junho de 2025 choveu 125,2 mm em Londrina, sendo que a média histórica é de 86 mm. Já em julho, a média é de 68,1 mm e ainda não choveu nada.

Em Apucarana, em 22 de junho, choveu 12,4 mm. No dia 23 teve garoa, nos dias 26 e 27 do mesmo mês choveu menos de 3 mm, e o último registro de chuva na cidade foi novamente de garoa, em 7 de julho. Em todo o mês de junho choveu 95,4 mm e a média histórica é de 81,7 mm. Em julho a média de chuvas é de 74 mm, mas até o momento choveu apenas 1,2 mm.

Em Maringá choveu 9,2 mm em 22 de junho, teve garoa em 23 de junho, e choveu 3 mm no dia 26 e no dia 27 de junho. Depois disso, não choveu mais na cidade. Em todo o mês de junho choveu 154 mm, muito acima da média histórica de 83,3 mm. Em julho, entretanto, a média é de 66,5 mm e neste mês de 2025 ainda não choveu.

“Em julho já é comum registrarmos vários dias sem chuva e o volume médio mensal ser atingido em poucos episódios. Em 2025 tivemos, também, um bloqueio atmosférico no Sul da América do Sul, que impediu que as frentes frias, que ocasionam chuvas nesta época do ano, se formassem na nossa região. Isso favoreceu maior atuação de massas de ar seco”, explica Kneib.





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Alckmin conversou com secretário de Comércio dos EUA e reforçou necessidade de negociação



Em coletiva de imprensa após reuniões com representantes da federação das indústrias de Minas Gerais e da Taurus nesta quinta-feira (24), o vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin disse que conversou com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, no sábado (19) à tarde.

Segundo ele, durante a ligação, foi reiterada a disposição do Brasil em negociar os termos para adiar ou evitar as tarifas de 50% que o presidente Donald Trump quer impor aos produtos vendidos pelo Brasil ao país a partir de 1 de agosto, ou seja, daqui a oito dias.

Segundo Alckmin, a conversa “foi boa”, durou 50 minutos e foi “importante” e destacou “o interesse do Brasil na negociação”.

“Na fábrica da Taurus no Rio Grande do Sul, 90% é para exportação e 87% é para os Estados Unidos”, disse.

“Estamos trabalhando com todo o setor produtivo para demovermos essa medida que não tem nenhuma justificativa para ser implantada”, disse Alckmin, sobre as reuniões.

“O presidente Lula tem orientado negociação, não ter contaminação política, nem ideológica, mas centrar na busca de solução para a questão comercial. Ao invés de ter um perde perde, com inflação nos EUA e diminuição das nossas exportações para o mercado americano, nós invertermos isso, resolvermos os problemas, aumentarmos a complementaridade econômica, integração produtiva, investimentos recíprocos, discutirmos não-bitributação, enfim, avançarmos numa agenda extremamente positiva.”

Alckmin disse que também conversou com os senadores que vão aos Estados Unidos tentar negociar o tarifaço com o setor privado e o governo norte-americano.

“Temos uma relação de 200 anos com os Estados Unidos, não há nada que se justifique. As conversas são reservadas, mas esse é o empenho do governo brasileiro”, disse Alckmin, sem dar mais detalhes sobre a conversa com o representante norte-americano.

Alckmin disse que o setor minerário tem uma longa pauta que poderá ser explorada nas negociações e reflete o superávit que os Estados Unidos têm no comércio com o Brasil, já que o setor importa mais do que vende ao país do hemisfério Norte.

O ministro também anunciou que o comitê permanente fará pronunciamentos diários à imprensa, às 11h, a partir de segunda-feira (28).

Alckmin também anunciou a lei do “Acredita Exportação”, que será promulgada na próxima segunda-feira (28), às 16h, pelo presidente Lula, e já foi aprovada por unanimidade pela Câmara e pelo Senado. O vice-presidente disse que a lei tem o objetivo de estimular as exportações de pequenas empresas.

“Nós tínhamos, há alguns meses atrás, antes da tarifa, um projeto de lei que eu chamaria de ‘Reintegra de transição’. Por que depois de implantada a reforma tributária, acaba o crédito tributário, a chamada cumulatividade de crédito. Mas isso só se completará em 2032. Então, até lá, nós estamos fazendo um reintegra de transição, com a devolução imediata de 3% do valor exportado, para o exportador. Como isso tem impacto fiscal, nós estamos fazendo para pequenas empresas”, contou.



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Adeus à dermatofitose: este é o guia completo para proteger seu rebanho


Pecuaristas, a sanidade do rebanho é um pilar fundamental para a produtividade na atividade de cria. Um problema comum e que exige atenção é a dermatofitose em bovinos, uma doença de pele de origem fúngica que pode se espalhar rapidamente por toda a fazenda. Assista ao vídeo abaixo.

Médicos-veterinários e produtores de diversas regiões do país frequentemente buscam soluções para essa enfermidade.

Nesta quinta-feira (24), o médico-veterinário e consultor Guilherme Vieira trouxe a resposta para essa dúvida no quadro “Giro do Boi Responde” do programa Giro do Boi.

Ele explicou a origem, a transmissão, os sinais clínicos, o diagnóstico e, principalmente, as formas de tratamento e prevenção para combater a doença.

Entendendo a dermatofitose em bovinos

Bovinos com dermatofitose. Foto: Acervo de Guilherme VieiraBovinos com dermatofitose. Foto: Acervo de Guilherme Vieira
Bovinos com dermatofitose. Foto: Acervo de Guilherme Vieira

A dermatofitose, também conhecida como dermatomicose, é uma doença de pele altamente contagiosa causada por fungos dermatófitos.

Os principais responsáveis são os gêneros Microsporum, Trichophyton e Epidermophyton. Ela pode atingir bovinos (tanto de corte quanto de leite), equinos e, de modo geral, todos os animais da propriedade.

A contaminação ocorre principalmente pelo contato direto entre os animais, o que é muito comum em confinamentos ou entre bezerros que permanecem juntos com suas mães ou outros bezerros.

Além disso, o ambiente também se configura como uma importante fonte de contaminação: bebedouros, comedouros, estábulos e currais podem estar contaminados, especialmente em locais fechados ou com alta concentração de animais.

A epidemiologia da doença revela que, embora apenas 25% a 30% do rebanho apresente lesões visíveis, muitos animais são portadores assintomáticos dos fungos.

Isso significa que eles carregam a doença sem manifestar os sinais clínicos, mas são capazes de transmiti-la, servindo como fontes de infecção.

Sinais clínicos, diagnóstico e fatores de risco

Bovinos com dermatofitose. Foto: Acervo de Guilherme VieiraBovinos com dermatofitose. Foto: Acervo de Guilherme Vieira
Bovinos com dermatofitose. Foto: Acervo de Guilherme Vieira

As lesões causadas pela dermatofitose são bastante características, facilitando a suspeita inicial:

  • Manchas circulares: Observa-se a presença de alopecia (queda de pelo) em formato circular, muitas vezes com aspecto enegrecido.
  • Outras características: As lesões podem apresentar pápulas (pequenas elevações na pele), crostas e descamação (caspas).
  • Localização: Geralmente, as lesões aparecem na tábua do pescoço, cabeça e nas paredes laterais do tórax. Contudo, dependendo da intensidade da infecção e da carga fúngica no ambiente, a doença pode evoluir e cobrir toda a pele do animal, chegando à parte posterior do corpo.

O diagnóstico preciso da dermatofitose é realizado por um médico-veterinário por meio de exames microscópicos de pelos e raspados cutâneos das lesões.

Esses exames são essenciais para um diagnóstico diferencial com outras doenças de pele que podem apresentar sinais semelhantes, como a dermatofilose.

Um fator importante que contribui para o surgimento e a proliferação da dermatofitose é a imunossupressão dos animais.

Bezerros, animais em fase de crescimento ou no período pós-desmama são mais suscetíveis, pois tendem a ter a imunidade mais baixa, o que os torna alvos fáceis para esses fungos oportunistas.

Tratamentos e prevenção para proteger a cria

O tratamento da dermatofitose pode ser realizado de forma tópica (diretamente nas lesões) ou sistêmica (com medicamentos que agem no organismo do animal).

Guilherme Vieira sugere algumas opções de tratamentos tópicos que podem ser utilizados:

  • Iodo 10% ou iodo povidona: Aplicado diretamente sobre as lesões.
  • Solução de água sanitária: Preparada na proporção de quatro colheres de sopa para cada 1 litro de água. Essa solução deve ser usada para lavar as áreas atingidas.
  • Solução de sulfato de cobre: Utiliza-se 150 gramas de sulfato de cobre para 5 litros de água.

Além do tratamento, a prevenção é fundamental para controlar a doença na cria e evitar sua disseminação:

  • Higiene do ambiente: Realize a limpeza e desinfecção regulares de bebedouros, comedouros, estábulos e currais, reduzindo a carga fúngica ambiental.
  • Isolamento de animais doentes: Separe imediatamente os animais que apresentarem lesões para evitar a transmissão do fungo para o restante do rebanho.
  • Manejo que minimize estresse: Adote condições de manejo que ajudem a manter a imunidade dos bezerros elevada, especialmente em fases críticas como o pós-desmama, quando eles estão mais vulneráveis.

A atenção a esses detalhes e a ação rápida no diagnóstico e tratamento são cruciais para acabar com o problema da dermatofitose e garantir a saúde e a produtividade dos seus bezerros.



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Números para a soja do USDA ficam abaixo e fechamento de mercado detalha dados



O mercado brasileiro de soja registrou pouca oferta ao longo desta segunda-feira (24), em um cenário marcado por cotações mistas e pouca oscilação. Segundo o analista Rafael Silveira, da consultoria Safras & Mercado, a sessão apresentou volatilidade contida na Bolsa de Chicago e pouca movimentação nos portos.

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No spot, os negócios para julho praticamente cessaram, com as melhores indicações já voltadas para embarques a partir de agosto. No interior, o ritmo também foi lento e a indústria apresentou poucas indicações. Por outro lado, a ponta vendedora manteve uma postura firme, com pedidas mais altas, mas com foco no curto prazo voltado principalmente para a comercialização de milho. “O contexto geral foi de um mercado com poucos negócios reportados e cotações mistas, mas com variações limitadas”, conclui.

Preços de soja

  • Passo Fundo (RS): manteve em R$ 132,00
  • Santa Rosa (RS): manteve em R$ 133,00
  • Rio Grande (RS): manteve em R$ 139,00
  • Cascavel (PR): caiu de R$ 132,00 para R$ 131,00
  • Paranaguá (PR): subiu de R$ 137,00 para R$ 138,00
  • Rondonópolis (MT): manteve em R$ 120,00
  • Dourados (MS): manteve em R$ 122,00
  • Rio Verde (GO): manteve em R$ 122,00

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira em alta predominante. O mercado foi sustentado após a notícia de que a China pretende reduzir sua produção de suínos e buscar alternativas ao farelo de soja na formulação da ração animal. Os ganhos do petróleo complementaram o quadro positivo.

Em meio a esse cenário, um comprador chinês firmou nesta semana um contrato para importar 30 mil toneladas de farelo de soja da Argentina, aproveitando os preços mais competitivos na América do Sul, segundo informaram três fontes comerciais à Reuters. Apesar do impulso, o clima favorável nas regiões produtoras dos Estados Unidos limitou um maior avanço na sessão.

As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2024/25, com início em 1º de setembro, ficaram em 160.900 toneladas na semana encerrada em 17 de julho. A Holanda liderou as importações, com 116.800 toneladas.

Temporada 25/26

Para a temporada 2025/26, ficaram em 238.800 toneladas. Analistas esperavam exportações entre 400 mil e 900 mil toneladas, somando-se as duas temporadas. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Contratos futuros de soja

Os contratos da soja em grão com entrega em agosto fecharam com baixa de 1,50 centavo, ou 0,14%, a US$ 10,04 1/2 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 10,24 1/4 por bushel, ganho de 1,50 centavo ou 0,14%.

Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 2,5 ou 0,87%, a US$ 283,10 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 56,35 centavos de dólar, com avanço de 0,48 centavo ou 0,85%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,05%, sendo negociado a R$ 5,5199 para venda e a R$ 5,5179 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,5121 e a máxima de R$ 5,5391.0000



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AgroNewsPolítica & AgroSafra

Etanol/Cepea: Indicadores encerram junho em alta


Os preços dos etanóis no mercado spot do estado de São Paulo encerraram junho em alta, apontam levantamentos do Cepea. Entre 23 e 27 de junho, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado fechou em R$ 2,6099/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), aumento de 1,57% sobre o período anterior. Para o anidro, a elevação foi de 2,84% em igual comparativo, com o Indicador CEPEA/ESALQ a R$ 2,9962/litro, valor líquido de impostos (sem PIS/Cofins). Segundo o Centro de Pesquisas, o suporte esteve atrelado a chuvas, geadas em alguns estados, à aprovação do aumento da mistura obrigatória de anidro na gasolina, de 27% para 30%, e ao maior volume negociado de hidratado nas usinas.

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Guaraná em pó e osso processado: Brasil abre novos mercados



O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou duas novas aberturas de mercado ao Brasil: exportação de guaraná em pó para a Malásia e ossos processados para o México.

Listado entre os produtos da biodiversidade brasileira com maior demanda do mercado internacional, o guaraná em pó é nativo da região amazônica e naturalmente rico em cafeína, taninos, saponinas e catequinas, que contribuem para efeitos estimulantes, antioxidantes e anti-inflamatórios.

“Por essas características, tem ganhado espaço nas indústrias de bebidas energéticas e suplementos. O Brasil lidera a produção global de guaraná e é o principal exportador do insumo”, ressalta a pasta, em nota.

A Malásia possui mais de 34 milhões de habitantes e uma indústria alimentícia em expansão. Em 2024, importou do Brasil mais de US$ 1,27 bilhão em produtos agropecuários, com destaque para o complexo sucroalcooleiro, fibras e produtos têxteis, cereais, farinhas, café e carnes.

Quanto aos ossos processados, o governo do México aprovou o modelo de certificado internacional que viabiliza a compra do produto brasileiro.

Esse tipo de matéria-prima é usada na indústria de alimentação animal, produção de gelatina, colágeno e fertilizantes, setores com demanda crescente no mercado mexicano, país com quase 130 milhões de habitantes.

Segundo o Mapa, em 2024, o país importou do brasil mais de US$ 2,9 bilhões em produtos agropecuários, com destaque para complexo soja, proteína animal, café e produtos florestais.

Com estes anúncios, o agronegócio brasileiro alcança 397 aberturas de mercado desde o início de 2023.



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