quarta-feira, julho 30, 2025

Autor: Redação

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Dia travado para a soja; confira os números no Brasil e em Chicago



O mercado brasileiro de soja registrou negócios mais escassos ao longo do dia, tanto nos portos quanto nas regiões industriais. Segundo Rafael Silveira, analista da consultoria Safras & Mercado, a queda na Bolsa de Chicago (CBOT) aliada à desvalorização do dólar influenciou o recuo dos formadores de preços no mercado físico.

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Apesar da firmeza nos prêmios de exportação, os valores praticados nos portos recuaram. No interior, as ofertas de compra chegaram a superar a paridade, mas os produtores seguem buscando preços mais firmes, concentrando-se também na venda do milho safrinha. Esse cenário resultou em um mercado travado, com poucos negócios durante o dia.

Soja no Brasil:

  • Passo Fundo (RS): caiu de R$ 133,00 para R$ 132,00
  • Santa Rosa (RS): caiu de R$ 134,00 para R$ 133,00
  • Rio Grande (RS): caiu de R$ 140,00 para R$ 138,00
  • Cascavel (PR): manteve em R$ 132,00
  • Paranaguá (PR): caiu de R$ 139,00 para R$ 137,00
  • Rondonópolis (MT): manteve em R$ 121,00
  • Dourados (MS): caiu de R$ 121,00 para R$ 120,00
  • Rio Verde (GO): caiu de R$ 122,00 para R$ 120,00

Oleaginosa em Chicago

Os contratos futuros da soja na Bolsa de Chicago fecharam com preços mais baixos na terça-feira, refletindo um cenário de ampla oferta global e arrefecimento da demanda pelo produto americano. As condições das lavouras nos Estados Unidos seguem muito boas, sinalizando uma safra cheia que se soma ao volume recorde da soja sul-americana.

No âmbito financeiro, a valorização do dólar frente a outras moedas afeta a competitividade dos produtos agrícolas americanos, pressionando os contratos futuros para baixo.

USDA

Dados recentes do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicam melhora nas condições das lavouras: até 27 de julho, 70% estavam em boas a excelentes condições, contra 68% na semana anterior.

Contratos futuros de soja

Os contratos da soja em grão para entrega em agosto fecharam com baixa de 7 centavos de dólar, a US$ 9,81 3/4 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 10,09 1/2, com perda de 2 centavos.

Nos subprodutos, o farelo para setembro caiu US$ 3,00, a US$ 266,40 por tonelada. Já o óleo com vencimento em agosto fechou em 57,54 centavos de dólar, com alta de 0,99 centavo.

Câmbio

O dólar comercial encerrou o dia em queda de 0,39%, cotado a R$ 5,5700 para venda e R$ 5,5680 para compra. Durante a sessão, oscilou entre R$ 5,5588 e R$ 5,6043.



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Produtores de MT lançam campanha para valorizar produção brasileira



Em meio ao debate global sobre proteínas alternativas e carnes cultivadas em laboratório, um grupo de pecuaristas de Mato Grosso lançou a campanha “A carne do futuro é animal”. O objetivo é destacar que a carne bovina produzida nos pastos brasileiros é sustentável, rastreável e competitiva frente aos novos modelos de produção de proteína que ganham espaço no mercado.

A iniciativa é liderada pelo Canivete Pool, coletivo de produtores que aposta na inovação e na valorização da pecuária nacional. O movimento pretende mostrar, com dados técnicos e histórias reais, que é possível unir alta produtividade, bem-estar animal e redução das emissões de carbono na criação de bovinos, reforçando a importância da carne como alimento fundamental para a segurança alimentar global.

A campanha está sendo amplamente divulgada nas redes sociais e em eventos do setor. A proposta é aproximar o consumidor urbano da realidade do campo, quebrando mitos e mostrando como práticas modernas de manejo e tecnologias de rastreabilidade garantem qualidade, sustentabilidade e competitividade internacional para a carne brasileira.

Além da narrativa sobre produção sustentável, o movimento também quer contribuir para que o Brasil mantenha protagonismo no mercado global de carne bovina, explorando vantagens como o uso de pastagens naturais, a adoção de sistemas integrados de produção e o avanço de certificações socioambientais reconhecidas mundialmente.

No Programa Planeta Campo desta terça-feira (29), o produtor rural Luciano Resende, falou sobre como a campanha está sendo realizada e quais as principais metas. Confira!



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Seminário discutirá os desafios da liderança brasileira no mercado mundial de soja



O VII Seminário “Desafios da Liderança Brasileira no Mercado Mundial de Soja” acontece nos dias 19 e 20 de agosto de 2025, na Embrapa Soja, em Londrina (PR). O evento é gratuito e reunirá pesquisadores, agentes governamentais e produtores para discutir os desafios e oportunidades que mantêm o Brasil na liderança global da produção da oleaginosa. Inscreva-se neste link.

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Promovido pela Embrapa em parceria com diversas entidades do agronegócio, o seminário abordará desde a evolução da produtividade até questões comerciais e regulatórias, com foco em qualidade do grão, farelo, óleo, biocombustíveis, sustentabilidade e tecnologia. O programa inclui palestras, painéis e debates que refletem a complexidade e relevância do mercado mundial do grão.

Entre os destaques estão discussões sobre o mercado chinês, barreiras fitossanitárias, normas para exportação geneticamente modificada e a geopolítica global da soja, com análises do protagonismo brasileiro frente à China e União Europeia. O evento é gratuito e aberto a todos os interessados, com opções de hospedagem e dicas de logística para os participantes.



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Pecuária de alta performance: os pilares da fazenda de gado mais rentável do país


Pecuaristas, o sucesso na pecuária brasileira exige cada vez mais gestão e comparação de resultados. A Fazenda Olhos d’Água, controlada pela LM Pecuária e localizada em Aquidauana, no estado de Mato Grosso do Sul, é o grande exemplo disso. Assista ao vídeo abaixo e confira esta história na íntegra.

A propriedade foi a campeã da última safra do programa Fazenda Nota 10, o maior projeto de gestão e comparação de resultados da pecuária brasileira.

Nesta terça-feira (29), o programa Giro do Boi trouxe um especial de encerramento e início de safra, com Antônio Chaker, diretor do Instituto Inttegra, Rodrigo Gennari, líder de projetos do Fazenda Nota 10, e Júnior Oliveira, gerente da Fazenda Olhos D’Água.

Eles revelaram os segredos que levaram a propriedade ao topo da rentabilidade no país.

O poder da comparação e da gestão por números

Antônio Chaker destaca que “quem se compara, evolui”. O programa Fazenda Nota 10 permite que propriedades de cria, recria, terminação e confinamento comparem seus desempenhos com outras fazendas em todo o Brasil.

Ver outras fazendas atingindo retornos de 9% sobre o valor da terra, antes impensáveis, gera perspectiva e motivação para os produtores que buscam aprimorar seus negócios.

A Fazenda Olhos D’Água mergulhou profundamente nesse conceito e, ao basear suas decisões em números e dados concretos, alcançou resultados impressionantes em diversas áreas:

  • Redução de quase 12% na arroba produzida no confinamento, indicando maior eficiência na engorda.
  • Redução de mais de 30% na perda pré-parto na atividade de cria, um avanço significativo na taxa de sobrevivência de bezerros.
  • Aumento de 5% no peso à desmama, resultando em animais mais pesados e valorizados ao final dessa fase.
  • Aumento de quase 12% nos quilos desmamados por vaca exposta, um dos principais indicadores de performance na cria, refletindo a eficácia do manejo reprodutivo.
  • Redução da perda de prenhez ao desmame e da taxa de mortalidade em quase 8%.

Chaker reforça que um avanço de apenas 1% na taxa de desmame pode aumentar em 5% o resultado da fazenda, e 50 gramas a mais no Ganho Médio Diário (GMD) podem impactar em mais de R$ 200 por hectare.

Isso demonstra que pequenas variações e melhorias nos índices de produtividade podem gerar grandes impactos econômicos e na rentabilidade geral da propriedade.

Os pilares do sucesso da Fazenda Olhos D’Água

Júnior Oliveira, gerente da Fazenda Olhos D’Água, humildemente atribui o resultado a um esforço coletivo e à dedicação de toda a equipe. Mesmo com problemas de áudio durante a entrevista, sua paixão por “resolver problemas” e por buscar a melhoria contínua ficou evidente em suas palavras.

Antônio Chaker desvenda os pilares que sustentam o sucesso da Fazenda Olhos D’Água, transformando-a em um modelo de gestão:

  • Visão clara do objetivo: A equipe sabe exatamente para onde está indo e quais metas precisam ser alcançadas.
  • Liderança com autonomia: Júnior possui liberdade para atuar e tomar decisões, mas com plena responsabilidade sobre os resultados alcançados.
  • Investimento na equipe: A fazenda investe no desenvolvimento profissional e pessoal de seus colaboradores, e quem se alinha à cultura de alta performance permanece e cresce junto.
  • Intolerância ao baixo desempenho: Não há espaço para o mediano ou o ruim. A busca por excelência é uma constante em todas as operações.
  • Foco na solução de problemas: A equipe enxerga os problemas não como obstáculos, mas como oportunidades claras para implementar melhorias e inovações.

Júnior confirmou que a participação no programa Fazenda Nota 10 foi fundamental para que eles percebessem onde precisavam avançar, levando a investimentos estratégicos em pastagem, nutrição, pessoas e, sobretudo, em gestão.

Esses investimentos culminaram nos resultados de sucesso alcançados. O segredo, segundo Chaker, não está em grandes novidades revolucionárias, mas em fazer o básico bem feito, usar os números de forma inteligente e focar em gente, gestão e produção de maneira integrada.

Reconhecimento e o futuro da pecuária

Foto: Acervo/Fazenda Olhos D'ÁguaFoto: Acervo/Fazenda Olhos D'Água
Foto: Acervo/Fazenda Olhos D’Água

A Fazenda Olhos D’Água foi a campeã na categoria “Top Gestão (Top Rentáveis)” do Fazenda Nota 10, demonstrando que a disciplina, o engajamento e a busca contínua por conhecimento levam a resultados exponenciais. Outras fazendas também foram reconhecidas por sua excelência em diferentes categorias:

  • Top Educação: Fazenda Valência (Aquidauana, no estado de Mato Grosso do Sul – Ouro), Fazenda Caruru (Nova Andradina, no estado de Mato Grosso do Sul – Prata), Fazenda Alabama (Nova Xavantina, no estado de Mato Grosso – Bronze).
  • Top Disciplina: Fazenda Rainha (Nova Andradina, no estado de Mato Grosso do Sul – Ouro), Fazenda Nossa Senhora de Lourdes (Conceição do Rio Verde, no estado de Minas Gerais – Prata), Fazenda Jandaia (Anaurilândia, no estado de Mato Grosso do Sul – Bronze).

Júnior Oliveira, apesar do sucesso alcançado, mantém-se com a certeza de que “satisfeito nunca”, sempre buscando novas melhorias e desafios.

A pecuária é um setor que exige disciplina e a busca contínua por conhecimento, e a Fazenda Olhos D’Água se consolida como um farol de como a gestão de ponta pode transformar a atividade, garantindo lucratividade e um futuro promissor para o agronegócio brasileiro.



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AgroNewsPolítica & Agro

Agroquímicos viram moeda estratégica em pacto EUA-UE



“O que antes era técnico, tornou-se político”



"O  que antes era técnico, tornou-se político”
“O que antes era técnico, tornou-se político” – Foto: Canva

Em 27 de julho de 2025, Estados Unidos e União Europeia anunciaram um acordo comercial que estabelece uma tarifa geral de 15% sobre a maioria das importações europeias, mas, segundo Anderson Nacaxe, CEO da Oken.Finance, alguns agroquímicos europeus foram isentados dessa cobrança na categoria de “Produtos Especiais”. Essa decisão reflete a complexa interdependência econômica entre as duas regiões, já que a UE é grande importadora de commodities agrícolas dos EUA, enquanto os americanos dependem das biotecnologias e insumos químicos europeus produzidos por gigantes como Bayer e BASF.

“A decisão final de isentar agroquímicos pelos europeus da tarifa, se confirmada, resulta da clara interdependência econômica e geopolítica existente hoje entre EUA e Europa. Embora a Corteva tenha fortalecido a autonomia produtiva americana, a realidade tecnológica permanece clara: boa parte da biotecnologia agrícola e dos insumos de alta complexidade ainda provém das fábricas europeias”, comenta.

Durante as negociações, Bayer e BASF pressionaram para evitar interrupções no fluxo desses insumos essenciais, enquanto o conglomerado americano Corteva Agriscience exerceu contrapressão, ameaçando tarifas mais severas. O acordo revela que agroquímicos deixaram de ser simples commodities industriais para se tornarem ativos estratégicos e peças-chave na segurança alimentar global.

“A grande lição estratégica do acordo EUA-UE para o agro é que os insumos químicos deixaram definitivamente o campo técnico e migraram para o centro da mesa geopolítica. Produtores, investidores e empresas precisarão, daqui para frente, acompanhar muito de perto esses movimentos de bastidores. O que antes era previsível tornou-se dinâmico, e o que antes era técnico tornou-se político”, conclui.





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Mais de 1.300 litros de bebidas irregulares são apreendidos pelo Ministério da Agricultura



Operação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) entre os dias 22 e 24 de julho apreendeu 1.368 litros de bebidas alcoólicas irregulares, incluindo cachaças, coquetéis e licores artesanais, em Morretes, na Região Metropolitana de Curitiva, Paraná.

A ação foi conduzida pelo Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Sipov/PR), com apoio da Prefeitura Municipal, e teve como alvo os produtores e os pontos de venda.

No comércio local, principalmente em feiras livres, foram identificadas bebidas sem origem conhecida, sem nota fiscal e com rotulagem fora dos padrões exigidos pela legislação.

De acordo com o órgão do Mapa, a operação flagrou algumas garrafas reutilizadas, sem qualquer controle de higiene, colocadas à venda.

Já entre os estabelecimentos produtores, dois foram autuados: um deles clandestino, sem registro no Mapa, e em condições precárias de higiene e estrutura; o outro, mesmo registrado, foi interditado por falhas sanitárias e uso de embalagens inadequadas. Em ambos os casos, os responsáveis foram autuados e responderão às medidas cabíveis.

O chefe do Sipov/PR, Fernando Mendes, conta que os produtos foram apreendidos cautelarmente. A Prefeitura de Morretes, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, atuará como depositária e, com acompanhamento da equipe do Mapa, será responsável pelo descarte ambientalmente adequado, a ser realizado conforme prevê a legislação vigente.

Segundo ele, a operação reforça a importância do controle sanitário e da valorização dos produtores que atuam de forma regular. “Nosso objetivo é proteger o consumidor, garantir a segurança dos alimentos e fortalecer a reputação da cachaça artesanal local”, afirmou.



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Sem citar Brasil, EUA estudam não aplicar tarifas para café, cacau, manga e abacaxi



O presidente dos EUA, Donald Trump, estuda aplicar tarifa zero para os alimentos que não são produzidos no país. A afirmação foi dada pelo secretário de Comércio norte-americano, Howard Lutnick, em entrevista à CNBC Internacional.

Para ilustrar o tema, ele citou café, cacau, abacaxi e manga. A afirmação pode ser vista como um alívio aos produtores brasileiros, visto que esses produtos estão entre os que o Brasil mais exporta aos EUA, tarefa que pode ser inviável com a implementação do tarifaço de 50% sobre as exportações brasileiros a partir de 1 de agosto.

No caso da manga, conforme a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas (Abrafrutas), o Brasil vende cerca de 2.500 contêineres anualmente ao mercado norte-americano. Já quando o assunto é o café, 33% de tudo o que os norte-americanos consomem saem das lavouras de estados como São Paulo e Minas Gerais.

Apesar de não ter citado a laranja, o Brasil é o maior exportador de suco da fruta aos EUA, país que mais consome a bebida e cujo polo produtor, o estado da Flórida, não dá conta de suprir a demanda por ter tido a produção substancialmente reduzida nos últimos anos devido a problemas climáticos e ao enfrentamento do greening.

“O presidente incluiu que se você cultivar algo e nós não cultivarmos, isso pode chegar a zero. Portanto, se fizermos um acordo com um país que cultiva manga ou abacaxi, eles podem entrar sem tarifa. O café e o cacau seriam outros exemplos de recursos naturais”, comentou Lutnick.

Classificados como produtos naturais pelo secretário, ele reafirmou que a taxa de entrada aos EUA pode chegar a zero caso um acordo com os parceiros comerciais seja firmado. Durante a entrevista à CNBC, o membro da Casa Branca falou que o país fechará todos os acordos tarifários até sexta-feira, dia em que as tarifas entrarão em vigor.

Mesmo não tendo citado o Brasil, Lutnik ressaltou que o 1 de agosto vale para todos os países, exceto para a China, visto que as negociações com os asiáticos acontecem de forma separada.

“Para o restante dos países, as coisas precisam ser definidas até sexta-feira. E sexta-feira não está muito longe”, enfatizou.

De acordo com ele, nesta seara, Trump fez apenas um pedido para fechar os acordos comerciais: ter os “mercados totalmente abertos”.

Economistas criticam as tarifas voltadas ao Brasil, país que os EUA mantém superávit comercial. Apenas no 1º semestre de 2025, a relação entre os dois países pendeu positivamente em US$ 1,7 bilhão para os norte-americanos, aumento de cerca de 500% em comparação com o mesmo período de 2024, conforme levantamento da Amcham Brasil.



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Terras raras podem ser trunfo brasileiro nas negociações sobre o tarifaço



Em meio ao anúncio do tarifaço por Donald Trump, os norte-americanos sinalizaram interesse nas jazidas brasileiras de terras raras, um grupo de minerais essenciais para a produção de tecnologias avançadas e sustentáveis.

Segundo o engenheiro ambiental e professor da Universidade Estácio, Robson Costa, esses elementos são considerados estratégicos e despertam o interesse de grandes potências justamente por sua aplicação em setores como energia limpa e defesa.

“São 17 elementos com propriedades magnéticas, ópticas e térmicas que os tornam fundamentais para a fabricação de baterias, motores de carros elétricos e turbinas eólicas. Eles são a base dos chamados “minerais verdes”, ou seja, matérias-primas essenciais para a transição energética e para o desenvolvimento sustentável”, explica o professor.

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Costa destaca que o Brasil detém uma das maiores reservas de terras raras do mundo, mas ainda depende de outros países, principalmente da China, para o processamento desses minerais.

“Temos cerca de 18% das reservas mundiais de terras raras, mas apenas 1% é processado aqui. Hoje, quase tudo que extraímos é enviado para a China, que responde por 85% do processamento global. Isso mostra como ainda somos exportadores de matéria-prima, com pouco valor agregado”, afirma.

Para ele, esse cenário precisa mudar com políticas públicas que incentivem não só a mineração, mas também o processamento e a industrialização local desses materiais.

“Não podemos continuar como uma colônia exportadora. É preciso agregar valor aos nossos recursos naturais. O Brasil precisa investir em tecnologia e criar condições para dominar a cadeia produtiva das terras raras”, defende Costa.

O interesse dos EUA nas reservas brasileiras ocorre em um contexto de disputa comercial com a China, que hoje domina a produção e o processamento global desses minerais. Para Costa, esse fator pode ser usado como carta estratégica nas negociações envolvendo o tarifaço.

“Os EUA têm pressionado o Brasil para ter acesso a essas jazidas justamente porque buscam diversificar fornecedores e reduzir a dependência da China. Isso pode ser um ponto de vantagem para o Brasil nas conversas sobre o aumento de tarifas sobre nossas exportações” avalia.

Sustentabilidade

Apesar do potencial econômico e estratégico, a exploração de terras raras exige cuidados rigorosos devido aos impactos ambientais que pode causar.

” Esses minerais, apesar de essenciais, possuem um grau de radioatividade. Sua extração envolve o uso de ácidos fortes, como sulfúrico e clorídrico, que podem contaminar lençóis freáticos e causar poluição atmosférica, incluindo chuva ácida. O passivo ambiental pode ser elevado se não houver controle”, alerta Costa.

Ele ressalta que o país precisa avançar em tecnologia e legislação ambiental para garantir uma exploração sustentável.

” É fundamental que o Brasil desenvolva tecnologias limpas, tenha uma legislação rigorosa e adote práticas responsáveis. Precisamos garantir que os impactos da extração não recaiam somente sobre nós. É preciso mitigar os danos e fazer uma exploração coerente e ambientalmente correta”, afirma.

Reservas

Atualmente, as principais jazidas de terras raras no Brasil estão localizadas na região Nordeste, especialmente no estado do Piauí.

“A maior concentração está no Piauí, mas também há reservas em Minas Gerais e, recentemente, foram identificadas áreas próximas ao litoral do Rio Grande do Sul. Há ainda indícios na bacia amazônica, embora a extração ali seja mais limitada”, informa Costa.




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Richard Rasmussen estreia programa sobre o agro no Canal Rural e BR IN TV


O biólogo e comunicador Richard Rasmussen estreia, no dia 5 de agosto, uma nova fase na TV com o programa Agro: A Verdade. A atração será exibida gratuitamente nas TVs conectadas por meio das plataformas Fast do Canal Rural e do BR IN TV, marcando a chegada do apresentador a esse novo modelo de distribuição de conteúdo.

Conhecido nacionalmente por séries como Aventura Selvagem e Mundo Selvagem, Rasmussen agora volta seu olhar para o agronegócio brasileiro. Em seu novo programa, ele apresenta a força do campo com reportagens que revelam curiosidades, inovações e os bastidores da produção agropecuária. A proposta é mostrar o setor de forma próxima, humana e envolvente, valorizando quem vive e trabalha na terra.

Os episódios reúnem uma seleção das principais reportagens realizadas pelo apresentador sobre agricultura e pecuária, explorando a relação entre natureza e produção de alimentos. A linguagem direta e o estilo aventureiro de Rasmussen prometem atrair tanto o público rural quanto o urbano.

A escolha das plataformas Fast (Free Ad-supported Streaming TV) segue uma tendência crescente de consumo de conteúdo gratuito e sob demanda em smart TVs. O programa será exibido nas TVs Samsung, LG e TCL, com sinal disponível nos seguintes canais:

“A chegada do Richard Rasmussen é um marco em nossa estratégia de valorizar as TVs Conectadas”, afirma Jaqueline Silva, diretora de Programação do Canal Rural e do BR IN TV. “Estamos vivendo uma revolução na forma de consumir conteúdo, e queremos oferecer produções premium, informativas e conectadas com o agronegócio brasileiro”, complementa.

Além do novo programa de Rasmussen, o BR IN TV vem ampliando seu portfólio de conteúdos. Nas últimas semanas, estreou Contando Histórias, com André Marques, e transmitiu ao vivo os festejos juninos de Caruaru e Aracaju, dois dos maiores do país.

Confira a programação de estreia, no dia 5 de agosto:

  • No Canal Rural – 10h30 e 16h30
    Onde assistir em Fast: TVs Samsung (2081), LG (136) e TCL (3375)
     
  • No BR IN TV – 8h30, 16h30 e 23h30
    Onde assistir em Fast: TVs Samsung (canal 2080), LG (canal 137) e TCL (canal 3380)

Agro: A Verdade terá episódios inéditos às terças e sextas-feiras, com reprises diárias nas plataformas Fast.



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Ajuda do governo federal aos setores impactados por tarifaço deve ser limitada e durar pouco



O governo federal finalizou um plano de contingência para apoiar empresas brasileiras que poderão ser impactadas pelo aumento tarifário imposto pelos EUA, previsto para entrar em vigor na próxima sexta-feira (1º).

Para o economista Silvio Campos Neto, é fundamental que tanto o governo federal quanto os governos estaduais adotem medidas para mitigar os efeitos do tarifaço. No entanto, ele ressalta que essas ações têm impacto limitado e de curta duração.

“É importante que os governos tenham planos de contingência para, ao menos, reduzir temporariamente os efeitos da tarifa. Mas, seja qual for a medida adotada, ela será paliativa. Estamos falando de um mercado extremamente relevante e, para alguns setores, insubstituível, seja pelo mercado interno ou por outros países. A solução efetiva, se vier, será por meio de negociações capazes de reverter esse cenário”, afirmou.

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Campos Neto também destacou que a capacidade do governo brasileiro de oferecer ajuda financeira a setores afetados é limitada, devido à fragilidade fiscal do país.

” A situação fiscal do Brasil é muito delicada. Não há espaço no orçamento para medidas que exijam grandes volumes de recursos. Em casos pontuais e extraordinários, até é possível recorrer a créditos especiais para atender demandas emergenciais. Mas não há margem para gastos com subsídios ou qualquer tipo de apoio mais duradouro e abrangente”, explicou o economista.

Busca por novos mercados

Uma das alternativas estudadas pelo setor produtivo diante da taxação imposta pelos EUA é a diversificação de mercados. No entanto, segundo Campos Neto, essa tarefa é complexa, especialmente em setores com alta dependência do mercado norte-americano.

“Alguns segmentos, especialmente os ligados à indústria e ao agronegócio, já devem estar em busca de novos mercados, o que é positivo. Diversificar a demanda reduz a exposição a choques como esse. Mas sabemos que isso não é simples. Para produtos como suco de laranja e café, por exemplo, os EUA são o principal comprador. Redirecionar essas exportações para outros países ou absorvê-las no mercado interno será uma tarefa difícil”.

Segundo o economista, no curto prazo, setores exportadores podem enfrentar queda de preços e terão de fazer ajustes na produção caso a taxação se concretize e não haja solução negociada.



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