domingo, julho 27, 2025

Autor: Redação

News

pode um ministro do STF ser sancionado por Trump?


A discussão sobre a possível sanção ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pela chamada Lei Magnitsky dos Estados Unidos, ganhou força nos últimos dias com o apoio de parlamentares aliados de Donald Trump. A medida, se adotada, teria impactos jurídicos, diplomáticos e institucionais inéditos na relação Brasil–EUA.

Mas, afinal: o que significa essa lei? Pode ela realmente ser usada contra um magistrado brasileiro? E o que isso acarretaria na prática?

Criada em 2012 e ampliada em 2016, a Lei Magnitsky permite que o governo dos EUA imponha sanções unilaterais contra pessoas acusadas de corrupção, violações de direitos humanos ou abusos de poder, independentemente de sua nacionalidade.

As sanções incluem:

  • Congelamento de ativos em dólares;
  • Proibição de transações financeiras com empresas americanas;
  • Cancelamento ou bloqueio de vistos para entrada nos EUA.

É um instrumento político poderoso, utilizado contra autoridades da Rússia, Venezuela, Nicarágua, China e outros países. Nunca, porém, foi usado contra um membro da Suprema Corte de um país democrático aliado dos Estados Unidos.

Setores ligados à família Bolsonaro, como Eduardo Bolsonaro, e influenciadores conservadores vêm pressionando autoridades americanas para que sanções sejam impostas contra Alexandre de Moraes, alegando abuso de poder, censura e perseguição política no Brasil.

Trump, que retomou a ofensiva contra o governo Lula, estaria sensível à demanda por conta de sua aliança com a direita brasileira. Há indícios de que o Departamento de Estado avalia a inclusão do ministro na lista de sanções, o que incluiria restrições de visto e congelamento de bens sob jurisdição americana.

Se confirmada a aplicação da Lei Magnitsky contra Moraes, as principais consequências seriam:

  1. Isolamento internacional do ministro
    O bloqueio de bens e a proibição de entrada nos EUA seriam simbólicos, mas causariam um enorme constrangimento institucional ao Brasil, sinalizando uma quebra de confiança diplomática entre os países.
  2. Precedente perigoso
    Seria a primeira vez na história que um magistrado de uma democracia ocidental seria sancionado por outro país com base em alegações políticas. Isso abriria margem para retaliações recíprocas e fragilizar as instituições internacionais.
  3. Reação do governo brasileiro
    Lula e o Itamaraty provavelmente reagiriam com firmeza, podendo:
  • Convocar o embaixador americano para esclarecimentos;
  • Reforçar medidas de soberania institucional;
  • Suspender negociações comerciais e diplomáticas em andamento.

Embora a pressão política exista, a aplicação da Lei Magnitsky depende de critérios técnicos e jurídicos dentro do Departamento do Tesouro dos EUA. Os riscos diplomáticos e jurídicos de uma ação contra um membro do STF tornam essa hipótese improvável, mas não impossível em um governo Trump mais radicalizado.

Analistas internacionais avaliam que:

  • A medida teria forte carga simbólica para o público interno de Trump;
  • Mas poderia gerar reação negativa do Congresso americano e de aliados comerciais dos EUA;
  • E desgastaria a imagem internacional de Washington como defensor das instituições democráticas.

Mais do que um episódio isolado, o debate sobre a aplicação da Lei Magnitsky a Alexandre de Moraes ilustra o uso crescente de instrumentos legais internacionais como armas políticas em disputas ideológicas. É também um alerta: o Brasil precisa reforçar sua soberania jurídica e diplomática diante de um mundo cada vez mais fragmentado.

Apesar do barulho político e da retórica inflamada, a aplicação da sanção é tecnicamente complexa, juridicamente frágil e diplomática e institucionalmente arriscada. Não há precedente semelhante e seria necessário justificar, com provas consistentes, que Moraes violou direitos humanos nos moldes exigidos pela lei, o que, para muitos analistas jurídicos, é altamente questionável.

Por isso, embora o tema sirva como munição política em ano eleitoral nos EUA, sua aplicabilidade concreta é improvável, mas os danos diplomáticos da simples ameaça já são reais e perigosos.

Miguel DaoudMiguel Daoud

*Miguel Daoud é comentarista de Economia e Política do Canal Rural


Canal Rural não se responsabiliza pelas opiniões e conceitos emitidos nos textos desta sessão, sendo os conteúdos de inteira responsabilidade de seus autores. A empresa se reserva o direito de fazer ajustes no texto para adequação às normas de publicação.



Source link

News

quais são os pontos que podem te beneficiar para conseguir crédito?



Na interatividade da semana, perguntamos: quais são os pontos que podem te beneficiar na hora de conseguir crédito? A maioria dos produtores que participaram, 51% destacou as práticas sustentáveis como prioridade no momento de buscar financiamento agrícola via Plano Safra.

Em seguida, o uso de tecnologia no campo apareceu com 33% dos votos, enquanto o trabalho com segurança alimentar foi apontado por 16% dos participantes. Esses resultados, portanto, reforçam a importância de adotar estratégias que estejam alinhadas com a responsabilidade socioambiental e, ao mesmo tempo, com o aumento da produtividade no campo.

De acordo com o analista econômico Miguel Daoud, os números revelam que o produtor rural está cada vez mais atento às exigências do mercado, das instituições financeiras e da sociedade. “O produtor está consciente de que seu trabalho precisa ser feito com sustentabilidade. Boa parte do crédito rural hoje está focada nisso e até com juros mais baixos”, afirma Daoud.

  • Participe do Porteira Aberta Empreender: envie perguntas, sugestões e conte sua história de empreendedorismo pelo WhatsApp

Na visão do analista, os investimentos em tecnologia também desempenham um papel essencial para garantir tanto a produtividade quanto a viabilidade econômica do negócio. “Sem tecnologia, não há produtividade. Sem produtividade, não há rentabilidade. E sem rentabilidade, o negócio não se sustenta”, conclui.

Por fim, ele destaca que a segurança alimentar continua sendo um compromisso estratégico do agro brasileiro. Para Daoud, a pesquisa oferece um direcionamento claro: a sustentabilidade será cada vez mais decisiva no acesso ao crédito rural.



Source link

AgroNewsPolítica & Agro

Por que o algodão é o futuro da moda consciente?


A cada julho, o mundo volta seus olhos para o impacto silencioso – e persistente – do plástico em nossas vidas. O movimento Plastic Free July, iniciado na Austrália em 2011, propõe um desafio direto: repensar hábitos, reduzir excessos e buscar alternativas sustentáveis. Embora normalmente ligado a canudos, sacolas e embalagens, o problema vai muito além — está, literalmente, no tecido das roupas que usamos.

Boa parte do que vestimos hoje é feita de fibras sintéticas como o poliéster, resultado direto da indústria do petróleo. Essas fibras se escondem sob nomes técnicos, mas o dano que provocam é visível: todos os anos, bilhões de microplásticos são liberados nos rios e oceanos apenas com a lavagem das roupas. Invisíveis, eles invadem os corpos de peixes, tartarugas, aves e — mais recentemente se descobriu — até os nossos próprios órgãos.

Diante desse cenário, a escolha de tecidos passa a ser uma decisão ética. O algodão, uma fibra vegetal que se decompõe naturalmente, ganha protagonismo como alternativa viável e responsável. Não se trata de nostalgia ou idealismo: trata-se de dados. Segundo o International Cotton Advisory Committee, o algodão perdeu espaço no mercado global de fibras nos últimos anos, enquanto os sintéticos continuam crescendo em ritmo acelerado. O custo ambiental dessa curva é alarmante.

No Brasil, onde 80% da safra de algodão é certificada socioambientalmente, a Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão) vem liderando esforços para reverter essa lógica. Através de movimentos como Sou de Algodão, a associação busca conscientizar consumidores e estimular escolhas mais alinhadas com um futuro de baixo impacto. “Ninguém quer vestir petróleo”, afirma Gustavo Piccoli, presidente da Abrapa. “Quando escolhemos algodão, escolhemos um material que respeita o ciclo da vida.”

Além de biodegradável e renovável, o algodão cultivado no Brasil utiliza irrigação mínima e segue protocolos que priorizam o equilíbrio entre produção, meio ambiente e responsabilidade social. É um exemplo de que moda e consciência não precisam andar em lados opostos.





Source link

AgroNewsPolítica & Agro

Paraná apresenta ações contra o efeito estufa em conferência nacional


O Governo do Estado, por meio do Instituto Água e Terra (IAT) e do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), participou nesta quinta-feira (24), em Curitiba, da 1ª Conferência Brasileira de Inventariação de Gases de Efeito Estufa. Organizado pelo grupo Sinergia Engenharia de Meio Ambiente, o encontro reuniu os setores público e privado para debater como contabilizar o volume emitido a fim de planejar maneiras de proteger o meio ambiente.

Os gases de efeito estufa são o ator principal do aquecimento global. E sua emissão é causada, na maioria das vezes, pelas ações humanas. No Paraná, já existem diversos programas que contribuem para a redução de gases do efeito estufa, como RenovaPR, de apoio e incentivo à transformação energética do campo, e o Paraná Mais Verde, de expansão do plantio de novas mudas. O Estado também implementou o Prosolo Paraná, com foco na mitigação dos processos erosivos do solo e da degradação dos cursos d’água; e a Rede Paranaense de Agropesquisa e Formação Aplicada, que tem como meta a expansão da pesquisa e a integração da academia aos novos processos produtivos sustentáveis.

Na sua palestra, José Amorim Vialich, do IAT, citou o Selo Clima, que reconhece, incentiva e valoriza práticas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. Ele também destacou a Portaria IAT 42/2022. Ela estabalece a exigência que, ao requerer licenciamento ambiental, empreendimentos enquadrados, por lei, na necessidade de providenciar Estudos de Impacto Ambiental, apresentem o Diagnóstico Climático.

MONITORAMENTO AMBIENTAL – O representante do Simepar, Bernardo Lipski, citou projetos da instituição que são voltados para o monitoramento ambiental e para sustentabilidade e que auxiliam na construção de políticas públicas. O VFogo monitora focos de calor, alertando a Defesa Civil para tomada de ações de combate ao incêndio; o Infohidro é uma interface de monitoramento de variáveis hidrológicas e meteorológicas em tempo real; o IrrigaSIM, braço do IrrigaParaná do Governo do Estado, vai mapear áreas aptas para irrigação sustentável, instalar equipamentos e desenvolver uma plataforma de inteligência artificial para integrar e analisar dados de diversas fontes.

O Simepar também está gerando uma definição de “estoque de florestas”. Se uma empresa ou instituição precisa realizar uma recuperação de área degradada, mas não tiver espaço, não precisa fazer na sua propriedade. Ela poderá fazer em outra área já mapeada e compensar o prejuízo causado. Já através do projeto Pro Biodiversidade, o Simepar realiza um inventário de carbono das Unidades de Conservação e estimativas de carbono dos remanescentes florestais.

Especificamente com relação ao clima, o Programa Paranaense de Mudanças Climáticas (Paranaclima) foi desenvolvido pelo Simepar em parceria com a Sedest e estuda a emissão e o impacto dos gases de efeito estufa no Paraná. No site https://paranaclima.simepar.br/ toda a população pode ter acesso ao cenário histórico de 1850 a 1900, o cenário depois do período pré industrial, o cenário de 2014 até o momento, e projeções de vulnerabilidade à ocorrência de desastres em cada município do estado até 2100.

O Simepar também oferece apoio ao Governo do Paraná nos mapeamentos, parametrização dos dados e informações que são utilizadas no ICMS Ecológico. É um instrumento de política pública criado no Paraná em 1991, para repasse de recursos financeiros aos municípios que abrigam em seus territórios unidades de conservação ou mananciais para abastecimento de cidades vizinhas. O município que ajuda, é compensado com recursos tributários.

“O Simepar auxilia na proteção do meio ambiente olhando para o passado, traçando dados históricos; no presente, através do monitoramento em nowcasting; e no futuro, traçando a previsão do tempo e os boletins climáticos. São vários os projetos no âmbito público e privado que são importantes para observar e agir na proteção da população às mudanças climáticas”, ressalta Lipski.

INFLUÊNCIA HUMANA – Os principais gases de efeito estufa são o dióxido de carbono (CO2), o metano e o óxido nitroso. O CO2 representa mais de 70% das emissões. Como muitas atividades humanas emitem uma grande quantidade desses gases, isto desequilibra o balanço de radiação da atmosfera terrestre, o qual mantém a temperatura média global dentro dos padrões aceitáveis para a manutenção dos ecossistemas e da vida.

Juliana Ferreira, diretora executiva e cofundadora do grupo Sinergia, explicou que a intensidade do efeito de cada fator sobre o clima é medida através do conceito de forçante radiativa, que quantifica a influência do fator no balanço energético do sistema terrestre. Todas as ações humanas emitem gases de efeito estufa e hoje a influência humana é a principal causa do aquecimento global”, alertou Juliana.

Segundo ela, há um consenso entre os cientistas de que a temperatura da terra está aumentando por conta de efeitos antrópicos. A última década foi a mais quente em 140 anos de medição, e o problema maior é o rápido aumento, em um curto espaço de tempo. O volume de emissões também foi maior recentemente: 52,4% delas ocorreram nos últimos 30 anos.

A temperatura no mundo está 1,36°C acima da média. Se a emissão de gases de efeito estufa continuar assim, até 2100 o planeta terá dois graus de temperatura a mais. Caso as emissões radiativas aumentem, em um cenário mais extremo, a temperatura pode subir até 4,8°C.

Por este motivo, várias políticas públicas foram criadas para incentivar a população e as empresas a agirem para mudar o cenário. O Brasil adotou o Protocolo de Kyoto em 1998, primeiro protocolo internacional com metas para controlar a missão de gases. Em 2009 foi instituída a Política Nacional sobre Mudança do Clima, e em 2015 o Brasil assinou ainda o Acordo de Paris.

Todas as metas estabelecidas nestes documentos foram atualizadas ao longo dos anos. O Sul do Brasil é a região pioneira no estabelecimento de planos estaduais determinando boas práticas para atingir as metas definidas nacionalmente.

ESCOPOS – Processos industriais, atividades agrícolas e grupos que fazem uso de combustíveis fósseis como um todo podem adotar medidas de descarbonização para ajudar a reduzir este impacto. Ações sugeridas são o uso de veículos híbridos ou elétricos, de geradores a GNV, compra de energia renovável do mercado livre, implantação de placas solares, substituição de lâmpadas convencionais por LED, além de compostagem ou uso de biodigestores.

Para saber o quanto emitem e que políticas podem adotar, cada uma das empresas ou setores públicos pode inventariar os gases de efeito estufa, identificando as fontes de emissão para coleta de dados e cálculo. Os resultados são úteis para o registro público de emissões e relatório de sustentabilidade, que possibilitam a proposição de políticas públicas para descarbonização, ou adaptação a vulnerabilidades climáticas, e ainda inclusão no modelo de mercado de carbono brasileiro. 

Quem não conseguir zerar as emissões, poderá compensar as emissões da empresa ou instituição pública comprando créditos de carbono: certificados que representam a redução de uma tonelada de gases de efeito estufa. A venda de créditos de carbono é uma forma de gerar receita para projetos que reduzem as emissões, como por exemplo projetos de reflorestamento ou eficiência energética.





Source link

AgroNewsPolítica & Agro

Plataforma ajuda empresas a mapear riscos climáticos



A importância de soluções como essa se reflete nos impactos já observados



A importância de soluções como essa se reflete nos impactos já observados
A importância de soluções como essa se reflete nos impactos já observados – Foto: Arquivo

Organizações públicas e privadas no Brasil agora contam com uma nova ferramenta para avaliar a exposição a eventos climáticos extremos, como alagamentos, ondas de calor, secas e vendavais. A solução, chamada Climate Spotlight Core, permite que empresas insiram dados de localização de até 100 unidades ou comunidades e recebam uma análise detalhada dos riscos presentes e futuros, com base em diferentes cenários de aquecimento global projetados até o ano de 2100.

O lançamento é da Zurich Seguros, por meio da unidade Zurich Resilience Solutions (ZRS), especializada em consultoria de riscos. Segundo a empresa, a plataforma utiliza uma base robusta de dados construída a partir de mais de 150 anos de experiência em gestão de riscos. O sistema gera relatórios rápidos e interativos, podendo apoiar decisões estratégicas em diversos setores e níveis de governo, em um contexto de intensificação das mudanças climáticas.

Além do Climate Spotlight Core, a Zurich oferece também o Climate Spotlight Expert, versão que permite análises mais profundas, métricas personalizadas e acompanhamento técnico por engenheiros de risco. A ferramenta é voltada à elaboração de planos de adaptação e mitigação, com capacidade de avaliar localidades ilimitadas.

A importância de soluções como essa se reflete nos impactos já observados: segundo a Confederação Nacional de Municípios (CNM), desastres ambientais causaram perdas de R$ 732 bilhões no Brasil entre 2013 e 2024. Já um estudo da Deloitte aponta que as mudanças climáticas podem gerar perdas de até US$ 17 trilhões na América do Sul até 2070.





Source link

AgroNewsPolítica & Agro

Cobertura viva evita agroquímicos na soja



Já a área com azevém apresenta competição natural



Já a área com azevém apresenta competição natural
Já a área com azevém apresenta competição natural – Foto: Agrolink

Duas áreas de terras baixas avaliadas no litoral Sul de Santa Catarina, ambas com o mesmo histórico agrícola, soja na safra 2023/24 e arroz em semeadura direta na 2024/25, demonstram diferenças significativas no controle de plantas daninhas durante a entressafra. A análise é do engenheiro agrônomo Júlio Catoni. Segundo ele, após a colheita da atual safra, ambas as áreas foram dessecadas com glifosato para controle do rebrote do arroz. No entanto, apenas uma delas contou com a semeadura de azevém durante os últimos três invernos.

Mesmo com a aplicação de herbicidas hormonais para o controle da buva, a presença dessa invasora é mais evidente na área sem azevém. As plantas, originadas de áreas marginais e disseminadas pelo vento, encontram ambiente mais favorável para germinação onde há ausência de cobertura vegetal viva. Já a área com azevém apresenta competição natural mais eficiente, dificultando o estabelecimento da buva e reduzindo a necessidade de novos manejos químicos. 

Catoni ressalta quatro pontos importantes: a presença de água no verão não impede a germinação de sementes de buva; a cobertura viva no inverno cria um ambiente menos propício a invasoras; áreas de arroz bem conduzidas podem sim ser aproveitadas no inverno com semeadura direta; e cada oportunidade de manejar sem herbicidas deve ser valorizada. Por fim, o agrônomo propõe uma reflexão aos produtores: o investimento feito na pós-colheita de terras baixas deve ser contabilizado como custo da safra de verão ou transformado em renda produtiva durante o inverno? As informações foram divulgadas no seu perfil na rede social LinkedIn.

   





Source link

AgroNewsPolítica & Agro

Microrganismos melhoram sabor e saúde do café



Além disso, o uso dessas soluções biológicas permite reduzir a aplicação de químicos



Além disso, o uso dessas soluções biológicas permite reduzir a aplicação de agroquímicos
Além disso, o uso dessas soluções biológicas permite reduzir a aplicação de agroquímicos – Foto: Sheila Flores

O cultivo de café está passando por uma revolução impulsionada pelo uso de microrganismos benéficos, que vêm transformando a produção dessa bebida tão apreciada mundialmente. O emprego de bactérias e fungos, como Trichoderma e Bacillus, tem se mostrado eficiente no controle natural de doenças, além de estimular o crescimento das raízes e otimizar a absorção de nutrientes essenciais, como Fósforo e Potássio.

Segundo Mário Emilio, empreendedor e desenvolvedor de produtos, é possível dizer que esses microrganismos desempenham um papel crucial não apenas na saúde das plantas, mas também na fermentação controlada dos grãos. Esse processo contribui para o desenvolvimento de cafés com aromas e sabores mais complexos, elevando a qualidade da bebida. Além disso, o uso dessas soluções biológicas permite reduzir a aplicação de agroquímicos, protegendo o solo, a saúde dos agricultores e preservando o sabor autêntico do café.

De acordo com ele, essa abordagem alia sustentabilidade e tecnologia natural, respeitando o meio ambiente e promovendo uma produção mais responsável. Ao mesmo tempo, os consumidores podem desfrutar de cafés com perfis sensoriais aprimorados, resultado do equilíbrio entre práticas agrícolas inovadoras e respeito ao ecossistema.

O uso de microrganismos no cultivo do café representa, assim, um avanço significativo na agricultura moderna, trazendo benefícios econômicos, ambientais e sensoriais para toda a cadeia produtiva e para quem aprecia essa tradicional bebida. As informações foram divulgadas no perfil de Emilio na rede social LinkedIn.

 





Source link

AgroNewsPolítica & Agro

Brasil impulsiona empreendedorismo no Paraguai



A localização estratégica e a familiaridade cultural também favorecem



A localização estratégica e a familiaridade cultural também favorecem
A localização estratégica e a familiaridade cultural também favorecem – Foto: Divulgação

O Paraguai vem se consolidando como um polo atrativo para o empreendedorismo brasileiro. Segundo estimativas de entidades empresariais e câmaras binacionais, cerca de 70% das novas empresas abertas no país vizinho têm origem brasileira. A informação é de Eduardo Ponticelli, cofundador da Illec International Limited, que acompanha de perto esse movimento de internacionalização empresarial na região.

Entre os principais atrativos está a carga tributária simplificada: o Paraguai adota alíquota unificada de aproximadamente 10% tanto para pessoas físicas quanto jurídicas, contrastando fortemente com o sistema tributário brasileiro, marcado pela complexidade e altos custos. Além disso, os custos operacionais são significativamente menores — energia elétrica subsidiada pela Usina de Itaipu, aluguéis acessíveis e mão de obra com encargos reduzidos tornam o ambiente mais competitivo.

Outro diferencial é o Regime de Maquila, que permite a instalação de indústrias estrangeiras com isenção de impostos sobre importações e exportações. Sob esse regime, paga-se apenas 1% sobre o valor agregado local, fator que tem atraído diversos segmentos da indústria brasileira, como o têxtil, metalúrgico, eletrônico e alimentício.

A localização estratégica e a familiaridade cultural também favorecem a migração de empresas. Cidades paraguaias como Ciudad del Este e Assunção estão próximas à fronteira com o Brasil e mantêm forte presença do idioma português. Além disso, o processo de abertura de empresas no país é menos burocrático e mais ágil — em alguns casos, é possível operar legalmente em menos de 30 dias, tornando o Paraguai uma alternativa viável e eficiente para o empresário brasileiro.

 





Source link

News

A força da Agricultura familiar no desenvolvimento do país



A agricultura familiar é uma das maiores potências do Brasil. Responsável por cerca de 70% dos alimentos que chegam à mesa da população, ela movimenta a economia, mantém viva a tradição no campo e promove o desenvolvimento sustentável em milhares de comunidades, especialmente nos pequenos municípios.

Neste 24 de julho, Dia da Agricultura Familiar, o momento é de valorização. Afinal, são milhões de produtores e produtoras que, todos os dias, colocam a mão na terra, enfrentam desafios e seguem firmes no propósito de alimentar o país com diversidade e qualidade.

“A agricultura familiar brasileira é a 8ª maior produtora de alimentos do mundo. Isso significa diversidade de produção, geração de empregos e desenvolvimento das comunidades”, afirma Adriano Michelon, representante de uma cooperativa de crédito. Ele também destaca que o espírito coletivo está no centro desse modelo produtivo. “A agricultura familiar preserva essa essência do coletivo, do bem comum, que é muito alinhada ao cooperativismo”, conclui Michelon.

Com base nesse perfil colaborativo, a agricultura familiar vem ganhando cada vez mais apoio de instituições que acreditam no seu potencial. O Sebrae, por exemplo, atua diretamente com os produtores, oferecendo capacitação, incentivo à inovação, acesso a mercados e apoio na gestão dos negócios. Tudo isso fortalece as cadeias produtivas e amplia as oportunidades para quem vive da terra.

Além disso, iniciativas como o cooperativismo, o acesso ao crédito e a oferta de soluções personalizadas têm contribuído para que os agricultores familiares avancem em produtividade e qualidade de vida.

Assim, o Dia da Agricultura Familiar vai muito além de uma data comemorativa. Ele representa o reconhecimento a quem, com dedicação, transforma o campo em um espaço de crescimento, dignidade e futuro



Source link

News

Ciclone, frente fria e chuva neste fim de semana: veja onde



O tempo segue instável no sábado e domingo e no início da próxima semana no Sul do Brasil. De acordo com a Climatempo, uma combinação de sistemas meteorológicos vai favorecer o cenário chuvoso e o risco de temporais.

Você quer entender como usar o clima a seu favor? Preparamos um e-book exclusivo para ajudar produtores rurais a se antecipar às mudanças do tempo e planejar melhor suas ações. Com base em previsões meteorológicas confiáveis, ele oferece orientações práticas para proteger sua lavoura e otimizar seus resultados.

Um sistema de baixa pressão atua sobre os três estados da região e, posteriormente, se desloca para o oceano, dando origem a um ciclone extratropical.

“A formação desse ciclone impulsionará uma frente fria que ajudará a manter a chuva entre o sábado (26) e a segunda-feira (28)”, diz a empresa.

As condições devem ser mais severas no Rio Grande do Sul. Por lá, a Defesa Civil emitiu alerta para todo o final de semana devido ao potencial de chuva moderada a forte, acompanhada de raios, rajadas de vento e eventual queda de granizo.

Alerta para o Rio Grande do Sul

Veja como será o tempo no estado ao longo dos três próximos dias:

  • Sábado (26): as pancadas de chuva se intensificam. Há risco de temporais com ventos que podem atingir até 70 km/h, principalmente nas regiões oeste, centro e noroeste. Os acumulados devem variar entre 10 e 20 mm/dia, podendo chegar aos 50 mm/dia na Campanha, Costa Doce e centro.
  • Domingo (27): a instabilidade se mantém, e a chuva pode ser ainda mais persistente e volumosa. Os acumulados previstos variam de 20 a 60 mm/dia e podem ultrapassar 80 mm/dia em áreas como Costa Doce, Região Metropolitana de Porto Alegre, Vales e Missões. Rajadas de vento podem superar 80 km/h em regiões como oeste e Missões.
  • Segunda-feira (28): a formação do ciclone no oceano e o avanço de uma frente fria mantêm o tempo instável na metade leste do estado, com chuva fraca a moderada e rajadas de vento acima de 60 km/h. Os acumulados ficam entre 10 e 25 mm/dia, podendo chegar a 40 mm/dia no norte, serra, litoral norte e Região Metropolitana.

Ao final do evento, espera-se um acumulado de 30 a 90 mm, com possibilidade de atingir 110 mm em pontos da Costa Doce, Região Metropolitana e Fronteira Oeste.

Situação em Santa Catarina e Paraná

Nos estados vizinhos, a chuva também será significativa, mas com volumes mais moderados que no Rio Grande do Sul:

  • Santa Catarina: os acumulados mais expressivos devem ocorrer na faixa central e oeste, variando entre 30 e 40 mm até o fim do domingo.
  • Paraná: a chuva se concentra no oeste, sudoeste e sul, com acumulados também na faixa de 30 a 40 mm. Nas demais regiões, as pancadas devem ser mais isoladas e de menor intensidade.



Source link