Canola se destaca no inverno gaúcho
Contudo, a canola exige maior atenção em nutrição e manejo
Agrolink
– Leonardo Gottems
Contudo, a canola exige maior atenção em nutrição e manejo – Foto: Pixabay
A canola vem ganhando espaço no Rio Grande do Sul como uma alternativa promissora às culturas tradicionais de inverno. Com mais de 151 mil hectares cultivados e produção estimada em 226 mil toneladas na safra de 2024, segundo a Emater/RS, a oleaginosa se consolida especialmente na região Noroeste do Estado, onde produtores já acumulam experiência significativa com a cultura.
Entre os principais atrativos da canola estão seu alto teor de óleo — até 45%, superando em até 30% o da soja — e a crescente demanda da indústria. O baixo custo de produção, a menor incidência de doenças e a tolerância a graminicidas favorecem o manejo e o controle de plantas daninhas resistentes, como o azevém. Embora a média de produtividade ainda seja de 25 sacas por hectare, há registros de lavouras que alcançaram até 50 sacas/ha.
Contudo, a canola exige maior atenção em nutrição e manejo, principalmente em relação ao fornecimento de enxofre e nitrogênio, fundamentais para a formação de óleo e proteína. A cultura também é vulnerável ao mofo branco (Sclerotinia sclerotiorum), sendo necessário o uso de biofungicidas à base de *Trichoderma*, como o Tribalance, que atua no controle biológico do patógeno.
Outro ponto crítico é o fornecimento de boro, nutriente essencial para o florescimento e a polinização. Produtos como o Humicbor, que combinam boro com extrato de algas e substâncias húmicas, têm mostrado bons resultados em produtividade. Com o apoio da pesquisa e da indústria, a canola tende a se firmar como uma cultura estratégica para a sustentabilidade e diversificação agrícola no Sul do Brasil.