sábado, novembro 1, 2025

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Indústria de máquinas cresce 11% em setembro


O desempenho da indústria brasileira de máquinas e equipamentos apresentou sinais de recuperação em setembro de 2025, após a retração de 5,1% registrada em agosto. Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (29) pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), o mês foi marcado por melhora nas receitas líquidas de diversos segmentos, tanto no mercado interno quanto nas exportações.

A receita líquida de vendas do setor atingiu R$ 27,2 bilhões, alta de 11,2% em relação a setembro de 2024. No acumulado do ano, entre janeiro e setembro, o crescimento foi de 10,8%, mantendo estabilidade em relação ao resultado até agosto (10,7%). No mercado doméstico, as vendas somaram R$ 20 bilhões, avanço de 18,2% sobre setembro de 2024 e de 1,4% frente a agosto de 2025.

De acordo com a Abimaq, o desempenho superou as expectativas, embora o cenário econômico continue afetado pela política monetária contracionista, com a taxa básica de juros em 15% ao ano, o maior nível desde julho de 2006.

O consumo aparente nacional de máquinas e equipamentos também cresceu, totalizando R$ 35,6 bilhões — alta de 9,6% em relação a setembro de 2024 e de 3,7% sobre agosto de 2025 (ou 10,6% com ajuste sazonal). O avanço compensou parte das perdas do mês anterior (-14,9%) e refletiu maior dinamismo nas compras internas de bens produzidos no país.

As exportações alcançaram US$ 1,325 bilhão, aumento de 5,1% em relação a agosto e de 1,8% frente a setembro de 2024. No acumulado do ano, o setor manteve o mesmo patamar de 2024, mesmo com a queda de 2,2% nos preços internacionais e a redução de 8,2% nas compras dos Estados Unidos. Segundo a Abimaq, o crescimento no volume físico exportado (2,8%) e o aumento nas vendas para a América do Sul (18,5%) compensaram as perdas no mercado norte-americano.

No caso dos Estados Unidos, as aquisições de máquinas e equipamentos brasileiros recuaram 10% em relação a agosto de 2025 e 13,1% na comparação com setembro de 2024. O comportamento entre os segmentos foi desigual. Houve quedas expressivas nas exportações de componentes (-28,9%), máquinas agrícolas (-20,6%), máquinas para a indústria de transformação (-18,5%) e máquinas para infraestrutura (-14,8%).

O único grupo setorial com desempenho positivo foi o de máquinas para construção civil, que registrou alta de 5,4% nas exportações.

As importações totalizaram US$ 2,783 bilhões em setembro, crescimento de 8,1% em relação a agosto e de 8,4% na comparação com setembro de 2024. No acumulado do ano, somaram US$ 23,97 bilhões, o que representa aumento de 9% e o maior valor desde o início da série histórica, em 1999.

Segundo a Abimaq, a redução de 3% nos preços médios das máquinas importadas contribuiu para o aumento do volume físico adquirido (+11,9%), apesar das dificuldades de competitividade enfrentadas pelo setor nacional.

Com esses resultados, o saldo da balança comercial de máquinas e equipamentos apresentou déficit de US$ 14,3 bilhões entre janeiro e setembro de 2025, crescimento de 15,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A entidade destacou que, após a expansão de 15,1% no primeiro semestre, o ritmo de crescimento perdeu força no terceiro trimestre, refletindo os efeitos da política monetária restritiva. “A resiliência de segmentos menos sensíveis às taxas de juros, como a indústria extrativa, a infraestrutura e os setores exportadores, mitigou parcialmente os impactos da restrição monetária sobre os investimentos produtivos”, informou a Abimaq em nota.

No mercado externo, a associação observou que as tarifas adicionais de 40% impostas pelos Estados Unidos sobre os produtos brasileiros tiveram impacto menor do que o previsto, o que levou à revisão positiva das projeções de exportações e de receita total para o setor. A expectativa para o mercado doméstico, no entanto, foi mantida.





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VBP mineiro deve alcançar R$ 168,6 bilhões


O Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária de Minas Gerais deve alcançar o recorde de R$ 168,6 bilhões em 2025, crescimento de 14,2% em relação ao ano anterior, segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa). O indicador, calculado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), utiliza informações do IBGE, da Conab e do Cepea/USP, e representa a estimativa de geração de renda no meio rural.

De acordo com a Seapa, o bom desempenho é impulsionado pelo segmento das lavouras, que deve atingir R$ 113,8 bilhões, alta de 17,6% no ano e equivalente a 67% do faturamento total do setor agropecuário mineiro. De acordo com a assessora técnica da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Amanda Bianchi, “entre as culturas que contribuíram para essa alta no rendimento, o destaque é o café, que registrou alta de 48,2% e tem o VBP estimado em R$ 59,2 bilhões”.

Entre os produtos agrícolas, a soja deve registrar R$ 18,5 bilhões em VBP, com crescimento de 10% sobre 2024. O milho também apresentou avanço expressivo, com alta de 19,9%, alcançando R$ 7,9 bilhões.

Por outro lado, alguns cultivos apresentaram retração. A cana-de-açúcar deve fechar o ano com queda de 3,7%, enquanto a banana (-18,8%), a batata-inglesa (-55,3%), o feijão (-30,1%), a laranja (-5,1%), a mandioca (-24,8%) e o arroz (-28,9%) registraram redução nos valores de produção.

O segmento pecuário também deve contribuir positivamente para o resultado geral, com previsão de R$ 54,9 bilhões e crescimento de 7,6% em 2025. Todos os produtos dessa área devem apresentar expansão, com destaque para o leite, cujo faturamento está estimado em R$ 18,4 bilhões (+3%), e para a carne bovina, que deve alcançar R$ 18 bilhões, com alta de 13,3%.

O frango deve atingir R$ 8,2 bilhões (+3%), enquanto a carne suína está projetada em R$ 7,4 bilhões, representando aumento de 6,8% em relação ao ano anterior.

Segundo a Seapa, o desempenho reforça a relevância do agronegócio mineiro na economia nacional e evidencia a recuperação de importantes cadeias produtivas, tanto nas lavouras quanto na pecuária.





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Dívida Pública Federal cai 0,28% em setembro


De acordo com a Agência Brasil, o vencimento de títulos vinculados aos juros levou à redução da Dívida Pública Federal (DPF) em setembro. Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (29) pelo Tesouro Nacional, o montante passou de R$ 8,145 trilhões em agosto para R$ 8,122 trilhões no mês seguinte, uma queda de 0,28%.

Em setembro, o indicador havia superado pela primeira vez a marca de R$ 8 trilhões. Conforme o Plano Anual de Financiamento (PAF), revisado no mesmo mês, a previsão é de que o estoque da DPF encerre 2025 entre R$ 8,5 trilhões e R$ 8,8 trilhões.

A Dívida Pública Mobiliária Interna (DPMFi) também registrou retração de 0,31%, passando de R$ 7,845 trilhões em agosto para R$ 7,82 trilhões em setembro, informou o Tesouro à Agência Brasil. No mês, o governo resgatou R$ 100,06 bilhões em títulos a mais do que emitiu, especialmente papéis vinculados à taxa Selic. Essa redução foi parcialmente compensada pela apropriação de R$ 75,77 bilhões em juros.

O Tesouro explicou que, por meio da apropriação de juros, o governo reconhece mensalmente a correção dos rendimentos que incidem sobre os títulos e incorpora o valor ao estoque da dívida. Com a Selic mantida em 15% ao ano, esse processo pressiona o nível de endividamento público.

No mês de setembro, foram emitidos R$ 157,298 bilhões em títulos da DPMFi. Entretanto, os resgates superaram as emissões, somando R$ 257,354 bilhões, segundo dados da Agência Brasil.

Já a Dívida Pública Federal Externa (DPFe) teve alta de 0,43%, passando de R$ 300,23 bilhões em agosto para R$ 301,53 bilhões em setembro. O principal fator para essa variação foi a queda de 1,99% no dólar durante o mês, após a diminuição das tensões geradas pelo tarifaço implementado pelo ex-presidente Donald Trump, conforme observou o Tesouro Nacional.





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Qual é o papel do Brasil na disputa entre EUA e China?


Os Estados Unidos e a China anunciaram uma trégua na guerra comercial, prometendo reduzir tarifas e ampliar o comércio agrícola. À primeira vista, parece o retorno da diplomacia ao mundo dos negócios. Mas, por trás da foto oficial e das palavras cautelosas, o que se vê é uma pausa estratégica, não o fim de uma disputa que define o século XXI.

Uma trégua tática em uma guerra estrutural

O acordo entre as duas maiores economias do planeta não representa reconciliação, mas gestão temporária da rivalidade. Desde que a China ultrapassou os EUA em produção industrial e se aproximou em inovação tecnológica, Washington deixou de ver Pequim como parceira e passou a tratá-la como adversária.

As tarifas são apenas um sintoma. A raiz da disputa está em quem controlará o futuro, a inteligência artificial, os semicondutores, as rotas marítimas e as cadeias de abastecimento. É um duelo de modelos políticos e econômicos, em que ambos querem ser a força dominante do planeta.

Trump aposta em um retorno industrial movido a protecionismo e corte de impostos. Mas essa estratégia tem se mostrado cara, ineficiente e isolacionista. Boa parte da produção americana já migrou para o território chinês nas últimas três décadas, um movimento difícil de reverter com decretos ou bravatas.

Enquanto isso, a China joga o jogo longo, investe pesado em tecnologia, energia limpa e infraestrutura global, da Ásia à África e à América Latina. Sua estratégia é de hegemonia paciente, não de explosões momentâneas.

Alimentos, o calcanhar de Aquiles chinês

No entanto, há uma vulnerabilidade estrutural que a China ainda não conseguiu superar: a comida. O país pode dominar a robótica, os chips e o 5G, mas depende do mundo, e, sobretudo, do Brasil, pois é confiável e preparado para produzir o alimento que precisa. 

Com uma população de 1,4 bilhão de pessoas e terras agrícolas limitadas, Pequim traçou uma meta de autossuficiência apenas para arroz e trigo. Soja e milho, essenciais para sua gigantesca indústria de ração e proteínas, são importados em larga escala. E, nesse campo, o Brasil é insubstituível.

Em 2025, cerca de 65% da soja comprada pela China veio do Brasil. Em alguns meses, essa fatia passou de 80%. Além disso, o país asiático se tornou  maior comprador de carne bovina e de frango brasileiros, consolidando uma parceria estratégica que resiste a crises e discursos políticos.

Mesmo quando Pequim alterna compras dos Estados Unidos, por razões diplomáticas, o fluxo sempre retorna ao Brasil. A soja brasileira é mais competitiva, está livre de tensões militares e vem de um fornecedor que não impõe condições geopolíticas.

Esse cenário coloca o Brasil em uma posição estratégica singular. Num mundo em que as duas potências brigam por chips, satélites e armas, quem garante comida tem poder.
Mas esse poder só se sustenta com credibilidade sanitária, eficiência logística e estabilidade interna.

O país precisa reforçar a vigilância contra pragas e doenças, manter acordos fitossanitários e ampliar a infraestrutura de portos, ferrovias e armazenagem. Cada falha, um surto de gripe aviária, um embargo logístico, pode abrir espaço para concorrentes ou provocar perdas bilionárias.

Além disso, o Brasil deve aprender a transformar grão em valor. Exportar soja é importante, mas exportar proteína animal, biocombustível e derivados é o caminho para blindar margens e criar empregos. O mundo paga mais por inteligência e sustentabilidade do que por toneladas brutas.

A atual trégua entre EUA e China pode durar meses,. Mas o confronto por hegemonia global vai continuar, na tecnologia, na moeda, no comércio e na influência política.

No entanto, a fome não tira férias. E é aí que o Brasil entra como o fornecedor confiável de alimentos que a China não pode dispensar, país com dimensão continental que produz o ano todo

Se o país souber preservar sua estabilidade institucional e sua imagem de produtor seguro, essa dependência se tornará um ativo estratégico, não apenas econômico, mas geopolítico.

Enquanto Estados Unidos e China disputam quem comanda o mundo, o Brasil tem a chance de se consolidar como quem o alimenta.

Miguel DaoudMiguel Daoud

*Miguel Daoud é comentarista de Economia e Política do Canal Rural


Canal Rural não se responsabiliza pelas opiniões e conceitos emitidos nos textos desta sessão, sendo os conteúdos de inteira responsabilidade de seus autores. A empresa se reserva o direito de fazer ajustes no texto para adequação às normas de publicação.



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Fundação apresenta orientações sobre metas climáticas e mercado de carbono ao agro



A Fundação Dom Cabral apresentou aos ministérios do Meio Ambiente e Mudança do Clima e da Agricultura um conjunto de recomendações do agronegócio para as metas climáticas brasileiras e para o mercado de carbono.

O documento foi elaborado em parceria com o Instituto Clima e Sociedade e contou com a colaboração de mais de 60 organizações do setor agropecuário.

Segundo o professor da Fundação Dom Cabral, Fábio Marques, o estudo identificou cinco eixos prioritários para implementação das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) que incluem métricas e metodologias de incentivo à agricultura regenerativa tropical, mitigação das emissões de metano, ampliação de financiamentos verdes e fortalecimento da pesquisa e inovação público-privada.

Marques destacou ainda a importância da capacitação de produtores rurais em práticas de mensuração de emissões e remoções de carbono, reforçando que “quem não mede, não gerencia”.

Para ele, a adequação das metodologias permitirá ao produtor enxergar as mudanças climáticas não como ameaça, mas como oportunidade de diferenciação e valorização no mercado global.

Incentivos a praticas no campo

Segundo Marques, a transição do agro para uma economia de baixo carbono deve ser encarada como uma “abordagem de portfólio”, com diferentes medidas aplicadas conforme o contexto de cada atividade.

Entre as ações propostas estão linhas de financiamento com juros diferenciados, melhores condições de garantia, além do fortalecimento do mercado de carbono regulado, que pode gerar receita adicional a partir da redução de emissões.

O documento também sugere aperfeiçoamento dos seguros rurais para uma gestão de risco mais equilibrada e o avanço em questões regulatórias, como a regularização fundiária.

De acordo com Marques, essas medidas, quando implementadas de forma coletiva e coordenada, têm potencial para impulsionar a transição climática do agro brasileiro, reduzindo passivos ambientais e valorizando seus ativos naturais no cenário global.



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São Paulo facilita crédito para aquisição de tratores



Governo paulista investe na produtividade do campo



Foto: Canva

O Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA-SP), informou que já apoiou a aquisição de 850 tratores e implementos para produtores rurais desde 2023. Segundo a secretaria, a meta é atingir mil máquinas até o final de 2025.

A SAA-SP destacou que o Programa Pró-Trator se consolidou como uma política de modernização da frota agrícola e de incentivo à produtividade no campo. Com a subvenção dos juros pelo Estado, os produtores têm acesso a financiamentos com taxas muito abaixo das praticadas no mercado, o que torna o crédito mais acessível e acelera o desenvolvimento das propriedades rurais.

Podem ser beneficiados pelo programa produtores rurais paulistas, pessoas físicas enquadradas como beneficiárias do FEAP/BANAGRO.

O Pró-Trator financia a aquisição de tratores novos de até 125 cv, de fabricação nacional, e implementos compatíveis, com limite de uma unidade por beneficiário. A secretaria explicou que os prazos, garantias e condições seguem as normas de cada cooperativa de crédito parceira.





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Fundação apresenta orientações sobre metas climáticas e mercado de carbono ao agro



A Fundação Dom Cabral apresentou aos ministérios do Meio Ambiente e Mudança do Clima e da Agricultura um conjunto de recomendações do agronegócio para as metas climáticas brasileiras e para o mercado de carbono.

O documento foi elaborado em parceria com o Instituto Clima e Sociedade e contou com a colaboração de mais de 60 organizações do setor agropecuário.

Segundo o professor da Fundação Dom Cabral, Fábio Marques, o estudo identificou cinco eixos prioritários para implementação das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) que incluem métricas e metodologias de incentivo à agricultura regenerativa tropical, mitigação das emissões de metano, ampliação de financiamentos verdes e fortalecimento da pesquisa e inovação público-privada.

Marques destacou ainda a importância da capacitação de produtores rurais em práticas de mensuração de emissões e remoções de carbono, reforçando que “quem não mede, não gerencia”.

Para ele, a adequação das metodologias permitirá ao produtor enxergar as mudanças climáticas não como ameaça, mas como oportunidade de diferenciação e valorização no mercado global.

Incentivos a praticas no campo

Segundo Marques, a transição do agro para uma economia de baixo carbono deve ser encarada como uma “abordagem de portfólio”, com diferentes medidas aplicadas conforme o contexto de cada atividade.

Entre as ações propostas estão linhas de financiamento com juros diferenciados, melhores condições de garantia, além do fortalecimento do mercado de carbono regulado, que pode gerar receita adicional a partir da redução de emissões.

O documento também sugere aperfeiçoamento dos seguros rurais para uma gestão de risco mais equilibrada e o avanço em questões regulatórias, como a regularização fundiária.

De acordo com Marques, essas medidas, quando implementadas de forma coletiva e coordenada, têm potencial para impulsionar a transição climática do agro brasileiro, reduzindo passivos ambientais e valorizando seus ativos naturais no cenário global.



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Retenção de animais e movimentos de China e EUA influenciam mercado do boi gordo



O mercado do boi gordo encerrou nesta quinta-feira (30) com viés positivo, impulsionado pela melhora nas condições das pastagens e pelo aumento gradual da demanda no mercado interno. De acordo com Isabela Ingracia, analista da Datagro , o indicador Datagro do Boi Gordo fechou nesta quinta-feira (30) a R$ 318,58 por arroba na praça de São Paulo, refletindo um movimento de sustentação nos preços nas últimas semanas.

Segundo a analista, o cenário de chuvas mais regulares nas principais regiões produtoras durante a segunda quinzena de outubro tem levado à maior retenção de animais, o que reduz a oferta imediata de boi pronto para o abate. “Essas precipitações têm favorecido as pastagens e permitido ao produtor segurar um pouco mais o gado, diluindo os lotes que estavam concentrados”, explicou.

No lado da demanda doméstica, o mercado começa a sentir os efeitos da sazonalidade de fim de ano, com expectativa de aquecimento do consumo em novembro e dezembro, impulsionado pelas festas e pelo pagamento do 13º salário.

Além disso, o mercado externo segue aquecido, com o Brasil renovando recordes de exportação de carne bovina na parcial de outubro. “O cenário internacional continua construtivo. Seguimos atentos apenas às discussões sobre taxações com os Estados Unidos e às negociações entre os presidentes Trump e Lula, que podem influenciar o ritmo do comércio nos próximos meses”, observou Ingracia.

A analista destacou ainda que a China mantém uma demanda firme, embora o setor acompanhe com cautela a investigação da salvaguarda que ainda está em andamento no país asiático.

“O conjunto de fatores, menor oferta, chuvas, melhora do consumo interno e boas exportações, tende a sustentar os preços do boi gordo neste início de novembro”, diz Ingracia.

Veja abaixo a cotação do boi gordo nas principais praças:

São Paulo: de R$ 318,58

Goiás: de R$ 308,52

Minas Gerais: de R$ 305,94

Mato Grosso: R$ 306,01

Mato Grosso do Sul: de R$ 320,12

Pará: de R$ 302,71

Rondônia: de R$ 287,10

Tocantins: de R$ 302,93

Bahia: de 302,68



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Seguro para gado? Entenda como proteger sua fazenda de prejuízos



O seguro de gado consolidou-se como uma ferramenta de gestão de riscos fundamental para proteger o patrimônio e o alto investimento do pecuarista. Em um setor tão sujeito a intempéries, doenças e variações climáticas, a apólice não se limita à vida do animal, mas abrange todo o ciclo produtivo da fazenda.

Ao quadro ‘A Protagonista’, no Giro do Boi, a empresária Karen Matieli, da Denner Seguros de Animais, explicou que o seguro é uma garantia essencial contra perdas financeiras em bovinos de corte, rebanhos de leite e, principalmente, em animais de genética com alto valor agregado.

“Nós atendemos a bovinocultura em todas as suas fases e em todas as modalidades”, afirma Matieli. No caso de suínos e aves, o seguro se estende também à estrutura que protege a vida desses animais.

Confira a entrevista completa:

Coberturas essenciais e fatores de precificação no campo

O seguro de gado bovino oferece uma cobertura ampla e indispensável para mitigar perdas no campo. A apólice ampara a vida do animal em decorrência de eventos imprevistos e cruciais para a operação. Confira:

  • Sanidade: doenças e acidentes (incluindo picada de cobra e raio);
  • Manejo: insolação e ingestão de corpo estranho;
  • Reprodução: complicações no parto e aborto;
  • Casos extremos: cobertura de eutanásia determinada por razões humanitárias.

A precificação do seguro é altamente específica e não se baseia apenas no número de cabeças. Segundo a empresária, no caso do rebanho de leite, é necessário considerar o índice de mortalidade da propriedade, a raça envolvida, o sistema de criação e, sobretudo, a produtividade do plantel. A regra é clara: quanto menor a mortalidade e mais eficiente a gestão da fazenda, melhores serão as condições da apólice.

Gestão de risco integral: protegendo toda a estrutura da fazenda

A gestão de riscos não deve cobrir somente o gado. Karen Matieli reforça a importância de proteger o ciclo completo, estendendo a apólice para a gestão de risco de toda a estrutura que suporta a produção. O pecuarista deve garantir a proteção de:

  • Estruturas: barracões de confinamento ou de leite;
  • Equipamentos: máquinas e tecnologias;
  • Patrimônio: a própria propriedade rural contra eventos climáticos.

A cobertura estrutural ampara a fazenda contra eventos como vendaval e danos elétricos. Dessa forma, o seguro de gado e a gestão de riscos na propriedade funcionam como uma apólice completa, mitigando perdas que, isoladamente, poderiam ser catastróficas para o patrimônio e a continuidade do negócio.



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