quarta-feira, outubro 29, 2025

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Solo seco e nutrição desequilibrada ameaçam o café



Na prática, o processo envolve análise química do solo, calagem, e reposição


Na prática, o processo envolve análise química do solo, calagem, reposição equilibrada de macro e micronutrientes
Na prática, o processo envolve análise química do solo, calagem, reposição equilibrada de macro e micronutrientes – Foto: Sheila Flores

A cafeicultura brasileira vive um momento de atenção. Segundo relatório da Reuters, entre 2002 e 2023, cerca de 737 mil hectares foram desmatados em áreas destinadas ao café, e em algumas regiões a umidade do solo caiu até 25%. Essa combinação de solo seco e desequilíbrio nutricional ameaça o rendimento da safra, exigindo manejo mais técnico e preciso para garantir produtividade e qualidade.

O preparo do solo com estrutura adequada e correção da acidez é essencial para que o café alcance seu potencial produtivo. A adoção de fertilizantes de alta performance e o suporte técnico especializado são hoje diferenciais estratégicos no campo, pois proporcionam maior eficiência e segurança na reposição dos nutrientes.

Na prática, o processo envolve análise química do solo, calagem, reposição equilibrada de macro e micronutrientes e o uso de fertilizantes líquidos ou solúveis, com absorção mais eficiente. Essas medidas são especialmente importantes nas fases de florescimento e formação dos grãos, quando o estresse hídrico pode reduzir o rendimento.

Com o solo bem preparado e a nutrição ajustada, a lavoura ganha resiliência mesmo sob condições climáticas adversas. Em um país que responde por mais de um terço da produção mundial de café, práticas de manejo e fertilização equilibrada deixaram de ser um diferencial e se tornaram fundamentais para manter a competitividade e a sustentabilidade do setor.

“Um solo bem preparado, com estrutura adequada, nutrientes disponíveis e correção de acidez, é condição básica para que a planta de café expresse seu potencial produtivo”, afirma Leonardo Sodré, CEO da GIROAgro.

 





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quatro décadas de avicultura e superação em família



A avicultura mudou a história da família Flizicoski em Fazenda Rio Grande, região metropolitana de Curitiba (PR). Em 1986, dona Reni e seu Odemir levantaram o primeiro galpão, ainda no tempo da ração no balde e do aquecimento a tambor. Quase quatro décadas depois, a granja opera com quatro aviários climatizados e capacidade total de 166 mil aves por ciclo.

A virada nasceu da coragem e do trabalho diário. O filho mais velho, Éder — o Nego —, lembra que tudo começou na lavoura, até a oportunidade do aviário aparecer. “A gente acreditou e não desistiu”, conta. A técnica evoluiu, a escala cresceu e a união familiar manteve a engrenagem de pé.

A trajetória também guarda episódios marcantes. Num inverno de frio extremo, com neve na região, os pintinhos se amontoaram e começaram a morrer. O técnico Sérgio correu para a granja, revedou laterais, reativou aquecimento e salvou o lote. O ensinamento ficou: preparo e resposta rápida fazem diferença.

Nos anos 80, tudo pesava no braço: ração puxada em balde, silo de madeira e telha removida para receber caminhão. Hoje, painéis de ambiência, ventilação, aquecimento e silos automáticos garantem precisão e constância. O manejo segue o comportamento das aves, e o produtor atua como gestor de processo, olhando dados, corrigindo rotas e antecipando riscos.

A expansão veio com planejamento e parceria. A integradora aprovou o projeto e a família ergueu quatro galpões climatizados, migrou o núcleo antigo e padronizou ambiência. Resultado: capacidade multiplicada por dez em relação ao aviário convencional da era inicial.

A rotina distribui funções. Nego mora ao lado da granja e acompanha alojamentos e carregamentos. A irmã Ana domina o painel e o marido cobre o outro galpão. Dona Reni, perto dos 80, segue firme: “Eu amo o que faço. Ajusto comedouro, água e temperatura. O tempo voa dentro do aviário.”

A sucessão não chegou por decreto; nasceu do exemplo. A mãe puxa a fila, os filhos respondem e os netos observam. “Quando a gente pensa em desistir, a mãe já está lá”, diz Ana. O técnico resume: a expansão só foi possível porque a família construiu competência antes de crescer.

Com organização, a granja opera dois núcleos e padroniza rotinas: vazio sanitário, cama, água, ventilação, luz e nutrição. A cada ciclo, a equipe revisa indicadores e busca melhor conversão e menor mortalidade. A meta é simples e desafiadora: “entregar melhor que o lote anterior”.

A governança também evoluiu. A família controla finanças, planeja compras, agenda manutenção e confere estoques. Treinamentos com a assistência técnica alinham manejo e bem-estar animal. O foco na ambiência reduz estresse térmico e protege desempenho.

Apesar do crescimento, a base não mudou. “Humildade, honestidade e trabalho” seguem como regra da casa. Nego define: “Moro numa casinha simples, ao lado da granja, e sou feliz assim. Aqui é o meu paraíso.”

Dona Reni, que iniciou tudo em 1986, resume o orgulho:

“Foi sofrido, mas olha onde chegamos. Mais que os bens, vale a família junta.”

Essa visão orienta as próximas decisões: investir com prudência, manter a equipe unida e seguir aprendendo sempre.

Para quem olha de fora, a granja da família Flizicoski mostra que tecnologia sem gente não se sustenta. E que gente sem método também não. Quando tradição, gestão e inovação caminham lado a lado, o resultado aparece no lote, no bolso e, sobretudo, na mesa farta de quem produz o alimento do Brasil.

*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo


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Brasil amplia exportações de carne suína e incomoda EUA e União Europeia, avalia analista



O Brasil exportou 151 mil toneladas de carne suína em setembro, um volume 25% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado, gerando uma receita acima de US$ 300 milhões. O avanço reforça o protagonismo do país no mercado internacional e tem gerado preocupação entre outros grandes produtores, como Estados Unidos e União Europeia.

A avaliação é do analista de mercado Fernando Iglesias, que declarou em entrevista ao programa Interligados: “A carne suína do Brasil vem ganhando tração no mercado global. A Ásia continua sendo nosso principal destino, mas o país tem expandido as vendas para o México e outros mercados importantes, o que tem incomodado tanto os norte-americanos quanto os europeus”.

Mercado em evolução

Segundo Iglesias, o Brasil tem conquistado fatias de mercado que antes pertenciam à União Europeia e aos estados Unidos. O momento é favorável à proteína brasileira, especialmente diante da crise na produção de carne bovina norte-americana, que leva os EUA a priorizarem o abastecimento interno.

“Com os preços da carne bovina em alta, a demanda dos estados Unidos migra naturalmente para carne suína e de frango. Esse redirecionamento interno abre espaço para o Brasil crescer nas exportações”, explicou.

Iglesias também destacou a importância da recente retomada do pré-listing pela União Europeia, que autoriza e habilita estabelecimentos brasileiros para exportar carne suína ao bloco.

“O pré-list é uma lista que habilita o Brasil a exportar em maior volume. A Europa é um grande produtor e um mercado difícil de penetrar, mas a expectativa é de avanços graduais até o fim da década”.

Oportunidades no exterior

Embora a abertura total ainda dependa de negociações sanitárias, Iglesias acredita que a decisão fortalece o diálogo comercial e prepara o Brasil para uma presença mais consistente no continente. Enquanto isso, a carne suína enfrenta barreiras, o frango brasileiro já se consolidou no mercado europeu. O Brasil é fornecedor de grandes volumes para países Baixos e deve ampliar embarques nos próximos meses, segundo o analista.

“A carne de frango tem um potencial enorme na Europa. O Brasil já tem boa participação e deve crescer ainda mais nesse segmento”, afirmou. Iglesias também comentou a missão oficial do governo brasileiro à Indonésia e à Malásia, que resultou na revisão de protocolos sanitários e na retomada das exportações de carne de frango para esses países.

“O mercado brasileiro tem totais condições de atender à demanda da Indonésia e da Malásia. São países com grande potencial de compra, e a perspectiva é muito favorável para o aumento das exportações”, afirmou.

Perspectivas promissoras

Com resultados recordes e novos mercados se abrindo, Iglesias vê um cenário promissor para o setor. “O Brasil consolida cada vez mais sua posição de fornecedor global confiável. Temos competitividade, estrutura e sanidade para continuar crescendo”.

Assista à entrevista completa :

Com informações de: interligados.canalrural.com.br.

Publicado com auxílio de inteligência artificial e revisão da Redação Canal Rural.



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Furacão Melissa avança e pode influenciar o clima no do Brasil



O furacão Melissa, que atingiu nesta terça-feira (28) a categoria 5, o nível mais alto da escala Saffir-Simpson , avança em direção à Jamaica com ventos que já ultrapassam 295 km/h. O fenômeno, descrito por especialistas como um dos mais intensos da história do Caribe, já provocou ao menos três mortes e deixou centenas de desabrigados, segundo informações da imprensa local.

Autoridades jamaicanas decretaram estado de emergência, determinaram o fechamento de portos e aeroportos e orientaram a evacuação de áreas costeiras. “Não se pode apostar contra o Melissa”, afirmou o ministro do Governo Local, Desmond McKenzie, destacando a força destrutiva da tempestade.

Pressão atmosférica recorde e ventos extremos

De acordo com o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC), o olho de Melissa estava, às 15h (UTC) de segunda-feira (12h em Brasília), a apenas 60 km da Jamaica e cerca de 380 km de Cuba. A pressão atmosférica no centro da tormenta chegou a 892 hPa, o que coloca Melissa entre os três furacões mais intensos já registrados na bacia do Atlântico Norte.

Chuvas catastróficas e destruição no Caribe

As projeções indicam acumulados de 500 a 750 milímetros de chuva na Jamaica em apenas 48 horas, volume comparável ao que causou a tragédia de São Sebastião (SP) em 2023, com 680 mm em 24 horas.

O NHC alerta para enchentes, deslizamentos de terra e destruição em massa, especialmente em Cuba, Haiti e República Dominicana, países que já enfrentam fragilidade estrutural e dificuldades econômicas.

Efeitos interligados: Caribe, Colômbia e Norte do Brasil

Embora os impactos diretos se concentrem no Caribe, o furacão Melissa também deve afetar o clima em parte da América do Sul.

A Climatempo explica que a combinação entre o aquecimento anômalo do Atlântico Tropical e o fenômeno La Niña, no Pacífico, cria uma rede de instabilidades atmosféricas interligadas, com reflexos sobre a Colômbia, Venezuela e o Norte do Brasil.

Essas anomalias fortalecem a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), faixa de nuvens que regula as chuvas na Amazônia, Amapá, Roraima e Pará.

Como resultado, as próximas semanas devem ter chuvas mais intensas e frequentes, além de ventos fortes e ressacas no litoral norte brasileiro, especialmente nas áreas mais próximas da foz do Amazonas.

“Enquanto o Caribe enfrenta a força direta do furacão, o norte da América do Sul deve lidar com reflexos indiretos, aumento das tempestades e reforço da umidade na região amazônica”, explica a equipe meteorológica da Climatempo.

Monitoramento e tecnologia meteorológica

Com o avanço do sistema sobre águas excepcionalmente quentes do Atlântico, a Climatempo mantém monitoramento contínuo por satélite e modelos de alta resolução para prever os impactos de Melissa em toda a região.

O objetivo é antecipar riscos climáticos e orientar setores estratégicos, como energia, agricultura, transporte e infraestrutura no Brasil e países vizinhos.

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Embrapa lança aplicativo e participa de painel sobre liderança feminina durante AveSui 2025



A AveSui 2005 ocorre de 28 a 30 de outubro, em Cascavel, no Paraná



Foto: Pixabay

A Embrapa Suínos e Aves (Concórdia/SC) lança nesta semana, durante a AveSui 2025, o aplicativo EcoPiggy, que tem como objetivo fortalecer a assistência técnica remota a produtores familiares de suínos em todo o Brasil. Desenvolvido em parceria com a ManejeBem – Assessoria em Agricultura Sustentável Ltda., o aplicativo conecta em tempo real, via chat, técnicos, suinocultores, e organizações envolvidos na gestão ambiental da produção. O lançamento oficial ocorre no dia 29, às 16h30, no estande institucional da Embrapa na feira.

Além da apresentação do EcoPiggy, a Embrapa levará um pouco da sua trajetória institucional nos últimos 50 anos, com destaque especial para aplicativos e soluções tecnológicas para gerenciamento econômico, ambiental e sanitário em granjas de suínos e aves. Entre estes aplicativos, está o BiosSui, lançado em junho durante a solenidade de aniversário da instituição. Os visitantes do estande ainda poderão conferir informações sobre o Custo Fácil, Sistema de Gestão Ambiental da Suinocultura – SGAS e a Calculadora ABC+ Calc – também lançada neste ano em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária – Mapa e Instituto 17.

Outro destaque da Embrapa na AveSui será a participação da pesquisadora Janice Zanella na condução do painel “Liderança Feminina: mulheres que inspiram”, no dia 28. Com ela, estarão Sula Aves, da  ABPA; Andrea Ianni, da FaBene; Eliana Renúncio, da Aurora Cop; e Betriz Orso, do Sindicato Rural de Cascavel.

A AveSui 2005 ocorre de 28 a 30 de outubro, em Cascavel, no Paraná. 





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Setor de pescados espera avanço nas negociações entre Brasil e EUA



A Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (Abipesca) espera que as conversas entre Brasil e Estados Unidos resultem em avanços na redução ou eliminação de tarifas aplicadas ao pescado brasileiro. O tema voltou à pauta após o encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o norte-americano Donald Trump, realizado no fim de semana, na Malásia.

Setor busca reduzir barreiras tarifárias

Os Estados Unidos são o principal destino das exportações brasileiras de pescado, mas o setor enfrenta restrições que encarecem o produto no mercado internacional. Segundo a Abipesca, as taxas aplicadas dificultam a competitividade das empresas nacionais, especialmente as que atuam na exportação de peixes congelados e enlatados.

O presidente da entidade, Eduardo Lobo Naslavsky, avaliou que o diálogo direto entre os dois governos é um passo importante para reaproximar as relações comerciais. Ele destacou que o setor vê com otimismo a possibilidade de retomada de um ambiente mais favorável ao comércio bilateral.

Potencial do pescado brasileiro

O Brasil exporta uma variedade de espécies de pescado, com destaque para tilápia, camarão e peixes de captura oceânica. A Abipesca ressalta que o país tem condições de ampliar a oferta ao mercado norte-americano, desde que haja um ambiente tarifário mais equilibrado.

Neste sentido, Naslavsky defendeu que um acordo entre os governos poderia restabelecer condições “justas e equilibradas” para o setor, favorecendo a geração de empregos e renda nas regiões produtoras.

“O pescado brasileiro é reconhecido internacionalmente pela qualidade e sustentabilidade. A remoção de barreiras é essencial para que volte a ocupar seu espaço nos Estados Unidos”, afirmou.



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Brasil deve embarcar até 7 milhões de toneladas de soja em outubro



As exportações brasileiras de soja em grão devem atingir 7 milhões de toneladas em outubro, segundo levantamento semanal da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). No mesmo mês do ano passado, os embarques ficaram em 4,435 milhões de toneladas, enquanto em setembro deste ano somaram 6,973 milhões de toneladas.

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Segundo a consultoria Safras & Mercado, na semana encerrada em 25 de outubro, o Brasil embarcou 1,347 milhão de toneladas. Para o período entre 26 de outubro e 1º de novembro, a Anec estima exportações de 1,832 milhão de toneladas.

Farelo de soja

No caso do farelo de soja, a previsão de embarques para outubro é de 2,079 milhões de toneladas, contra 2,455 milhões de toneladas no mesmo mês de 2024. Em setembro, as exportações somaram 1,962 milhão de toneladas. Na semana passada, os embarques de farelo ficaram em 451,508 mil toneladas, e a expectativa para a semana atual é de 485,870 mil toneladas.



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