terça-feira, outubro 28, 2025

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ABIEC leva carne bovina à Anuga 2025 na Alemanha


A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC) participa na próxima semana da Anuga 2025, uma das maiores feiras de alimentos e bebidas do mundo, realizada de 4 a 8 de outubro no centro de exposições Koelnmesse, em Colônia, na Alemanha. A ABIEC estará presente em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), à frente do estande do projeto Brazilian Beef, vitrine da carne bovina nacional no mercado mundial.

O evento, de caráter bianual, reúne empresas, especialistas e formadores de opinião para apresentar tendências, inovações e tecnologias que estão moldando o futuro do setor. Em sua última edição, em 2023, a Anuga contou com 7,9 mil expositores de 118 países e recebeu mais de 140 mil visitantes de 200 nações, movimentando negócios estimados em US$ 530 milhões.

A ABIEC marcará presença com um estande de mais de 830 metros quadrados (Hall 6.1 – E070A), onde promove o tradicional churrasco brasileiro. Serão servidos cerca de uma tonelada de carne bovina em cortes premium, como picanha, filé mignon e bife ancho, para degustação de importadores, compradores e demais visitantes.

Este ano, o espaço contará com a participação de 28 empresas associadas, quase dez a mais do que a edição anterior, reforçando a representatividade da carne bovina brasileira no mercado internacional. Estarão presentes: Astra, Barra Mansa Alimentos, Best Beef, Better Beef, Boi Bras, Boi Brasil, Comesul, Cooperfrigu, Estrela Alimentos, Frialto, Frigol, Frigon, Frigosul, Frisa, Iguatemi, LKJ Frigorífico, Masterboi, Mercúrio Alimentos, Minerva Foods, Naturafrig, Plena, Prima Foods, Ramax, Rio Maria, RXM, Sudambeef, Supremo e Zanchetta.

A abertura oficial do estande do Brazilian Beef ocorrerá no dia 4 de outubro, por volta das 13h, com a presença de autoridades locais, representantes do governo brasileiro e lideranças empresariais. A missão contará também com a participação do Presidente da Abiec, Roberto Perosa.

Na edição anterior, a participação da ABIEC resultou em cerca de US$ 340 milhões em negócios imediatos e expectativa de US$ 2,8 bilhões nos 12 meses seguintes.

Europa como mercado estratégico

A União Europeia é um dos destinos mais tradicionais e exigentes da carne bovina brasileira. Em 2024, o bloco esteve entre os quatro maiores mercados da carne bovina do Brasil, atrás de China, Estados Unidos e Emirados Árabes, com a importação de aproximadamente 82,3 mil toneladas, que geraram receita de US$ 602 milhões. Entre janeiro e agosto de 2025, as exportações para a União Europeia somaram 69 mil toneladas, com vendas de US$ 551 milhões.

“O mercado europeu é estratégico para o Brasil, não apenas pelo volume, mas também pelo perfil de consumo, que valoriza cortes nobres e exige altos padrões de qualidade e sustentabilidade. A Anuga será uma oportunidade de mostrar a evolução da pecuária brasileira e reafirmar o compromisso do setor com a oferta de um produto seguro, sustentável e de excelência”, destaca Roberto Perosa, presidente da ABIEC.

 





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Plantio de soja avança e atinge 34,4% no Brasil, aponta Conab



O plantio da safra 2025/26 de soja atingiu 34,4% da área estimada no Brasil, segundo relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) com dados até 25 de outubro. Na semana anterior, a semeadura estava em 21,1%.

No mesmo igual período do ano passado, a semeadura atingia 37,7% da área, enquanto a média dos últimos cinco anos para a época é de 42,5%.

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Plantio de soja pelo Brasil

O levantamento mostra o estado de Mato Grosso na liderança, com 62,1% da área plantada, seguido por Mato Grosso do Sul (54%) e Paraná (52%). São Paulo registra 45%, Bahia 20%, Tocantins 18%, Goiás 16%, Minas Gerais 11,6% e Santa Catarina 7%. Maranhão, Piauí e Rio Grande do Sul aparecem com 1% cada.



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o que isso significa para a soja brasileira?



O recente encontro entre o presidente Lula e Donald Trump acendeu um debate sobre os rumos do mercado global de soja. A possibilidade de que a China volte a ampliar as compras do grão dos Estados Unidos preocupa o agronegócio brasileiro, que teme perda de espaço nas exportações.

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De acordo com o comentarista Miguel Daoud, do Canal Rural, uma reaproximação comercial entre China e Estados Unidos pode alterar o equilíbrio global do setor. “Se a China voltar a comprar mais dos Estados Unidos, o Brasil perde espaço temporariamente. Os chineses buscam diversificar fornecedores para reduzir riscos, e isso impacta nossas exportações”, afirmou.

Daoud pondera, porém, que o cenário não aponta para uma queda imediata nos preços internos. “O que vai definir o comportamento das cotações é o contexto global. Os estoques norte-americanos estão elevados, e Trump tem como objetivo fortalecer o produtor americano. Com o dólar em queda, a soja dos EUA ganha competitividade no mercado internacional”, explicou.

O analista reforça que o Brasil deve encarar o momento como um sinal de alerta para fortalecer sua cadeia produtiva. “Precisamos agregar valor, investir em biocombustíveis e aumentar a eficiência. Se a China voltar a priorizar os Estados Unidos, o Brasil tem de olhar para dentro e se tornar mais competitivo. O desafio é reduzir custos e ampliar a rentabilidade com produtos de maior valor agregado”, concluiu.



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Crise do metanol completa um mês; 15 pessoas morreram



Em 30 dias, a intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas resultou em 58 casos confirmados e 15 mortes. O problema levou autoridades a reforçar fiscalização e acelerar protocolos de detecção.

Desde o primeiro registro, em 26 de setembro, hospitais-polo foram preparados para atender pacientes mesmo fora das regiões mais afetadas. Os Centros de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) lideraram a detecção, enquanto vigilâncias sanitárias e polícias atuaram nos pontos de venda. O tempo de análise laboratorial foi reduzido para agilizar o diagnóstico de intoxicações.

A contaminação teve origem na falsificação de bebidas, que utilizou álcool combustível adulterado com metanol. Postos responsáveis pelo fornecimento do combustível foram identificados em 17 de outubro, após ligação com casos graves em hospitais da capital paulista. “O primeiro ciclo foi fechado. Continuaremos a identificar a origem de todas as bebidas adulteradas”, afirmou o delegado-geral Artur Dian.

Investigação e tecnologia

O Instituto de Criminalística de São Paulo confirmou que a concentração de metanol era muito acima do normal em processos de destilação. O estado conta com centros de referência, como o Ciatox de Campinas e o Laboratório de Toxicologia Analítica Forense (Latof) da USP em Ribeirão Preto.

Pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco desenvolveram o “nariz eletrônico”, capaz de detectar metanol em bebidas a partir de apenas uma gota. “O nariz eletrônico transforma aromas em dados que alimentam inteligência artificial para reconhecer cada amostra”, explicou o professor Leandro Almeida.

Impacto e ações legislativas

O consumo de bebidas caiu até 5% em setembro, segundo a Abrasel. Em São Paulo, uma CPI investigará a atuação das autoridades, e na Câmara dos Deputados o PL 2307/07 pode tornar crime hediondo a adulteração de alimentos e bebidas.

Até o último boletim, em 24 de outubro, 50 casos permaneciam em investigação e nove óbitos ainda não confirmados. Foram descartadas 635 notificações de suspeitas e 32 mortes que estavam sob análise.



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Encontro entre Trump e Xi Jinping está confirmado e já tem data marcada



O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou que irá se encontrar com o líder da China, Xi Jinping, na próxima quinta-feira (30), na Coreia do Sul. Em declaração durante jantar com empresários no Japão, Trump afirmou que a reunião “ocorrerá bem”.

Além disso, o republicano também disse que pensou no secretário do Tesouro norte-americano, Scot Bessent, para assumir a chefia do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos. Segundo Trump, a escolha se justifica porque Bessent “acalma os mercados”.

Reunião com Xi: o que esperar?

Antes do encontro entre os dois líderes, entretanto, as negociações entre Estados Unidos e China seguem à todo vapor. Em Kuala Lampur, na Malásia, foram dois dias de discussões e o clima, segundo notícias internacionais, é de otimismo para ambos os lados.

No último domingo (26), Bessent afirmou que as conversas evoluíram. Na avaliação dele, foi uma “discussão construtiva”.

Trump e Fed: relação conturbada

Não é segredo que a relação de Donald Trump com o Federal Reserve tem sido marcada por críticas públicas e tentativas de interferência política. Trump já chegou a se referir ao presidente do Fed, Jerome Powell, como “incompetente”, além de fazer duras críticas à política de juros conduzida pela entidade monetária.



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Missão brasileira na Ásia encerra com abertura de 6 novos mercados



O Brasil concluiu missão oficial à Indonésia e à Malásia com avanços significativos para o setor agropecuário. A agenda, realizada entre 23 e 28 de outubro, resultou na abertura de seis novos mercados, revisão de protocolos sanitários e assinatura de acordos de cooperação técnica e científica. Desde o início do governo, o país contabiliza 466 mercados abertos.

“Trabalhamos para abrir mercados, fortalecer laços diplomáticos e garantir oportunidades para os produtores brasileiros. Seguimos ampliando a presença do agro do Brasil no mundo”, disse o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, em nota.

Novos mercados e retomada de exportações

Em Kuala Lumpur, foram conquistados novos canais de exportação para pescados extrativos e de cultivo, gergelim, ovo em pó, melões do Ceará e do Rio Grande do Norte, e maçãs do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Além disso, o comércio de carne de frango com a Malásia foi retomado, com atualização do protocolo sanitário que reduziu de 12 para três meses o período de suspensão em casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade.

A antecipação da auditoria para habilitação de novos frigoríficos de carne suína também foi confirmada, abrindo caminho para ampliação dos negócios brasileiros no país.

Cooperação científica e tecnológica

Um acordo de cooperação técnica foi assinado entre o Mapa, a Embrapa e o Instituto de Pesquisa Agrícola da Malásia (MARDI). O documento prevê desenvolvimento de projetos em biotecnologia e nanotecnologia, além de intercâmbio técnico nas cadeias produtivas de sorgo, soja, milho e coco.

O governo brasileiro recebeu ainda a confirmação da retomada do pré-listing para exportações de carne de frango à União Europeia, suspenso desde 2018. O mecanismo permite que frigoríficos cumprindo normas sanitárias exportem sem auditorias individuais, representando avanço para o setor avícola.

Avanços na Indonésia

Na Indonésia, as negociações para ampliação do mercado de carne bovina avançaram, com nova auditoria prevista ainda este ano para habilitação de plantas exportadoras. O país asiático é o quarto maior mercado agropecuário mundial. Também foi firmado acordo de cooperação com a autoridade quarentenária local, estabelecendo equivalência sanitária, fitossanitária e certificação eletrônica.

Para Fávaro, os resultados reforçam a segurança técnica e a confiança mútua entre os países, garantindo novas oportunidades para o agro brasileiro.



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Monitoramento via satélite reduz inadimplência no crédito rural



O uso de tecnologia via satélite para acompanhamento de propriedades e safras tem ampliado o acesso ao crédito rural e reduzido a inadimplência em operações agrícolas. Sistemas digitais permitem análises de risco mais rápidas e precisas, acelerando a concessão de financiamento sem comprometer a segurança do processo.

Com monitoramento completo das áreas cultivadas, produtores de diferentes portes podem acessar linhas de crédito com mais agilidade, enquanto os financiadores obtêm informações detalhadas para decisões mais confiáveis e eficientes.

Cobertura total das propriedades e safras

Antes da implementação da tecnologia, apenas uma parte da carteira de crédito agrícola era monitorada, concentrando-se em contratos de maior valor. Com a adoção de sistemas de monitoramento remoto, agora é possível acompanhar 100% das propriedades e das lavouras, com alertas automáticos sobre clima, produtividade, início e fim da colheita e confirmação das culturas plantadas.

Marcelo Pimenta, head de agronegócio da Serasa Experian, explica: “A tecnologia gera dados analíticos que tornam o crédito rural mais transparente. O credor avalia melhor o risco e o produtor aumenta suas chances de financiamento, fortalecendo a economia do agronegócio brasileiro”.

Estratégicas para decisões mais precisas

O monitoramento integra dados sobre o produtor, a propriedade e a safra, permitindo avaliação do histórico financeiro, conformidade socioambiental, acompanhamento de contratos e garantias, além de métricas sobre área cultivada e desempenho produtivo.

Bernardo Viana, CEO da AgroCPR, destaca que “mais de 170 contratos estão sob monitoramento, abrangendo 450 mil hectares e R$ 800 milhões em crédito. A tecnologia trouxe governança, eficiência na recuperação de capital e valorização das carteiras”.

O avanço digital mostra que a combinação de monitoramento remoto e análises detalhadas pode democratizar o acesso ao crédito no campo, reduzir riscos e aumentar a escalabilidade das operações, beneficiando produtores e financiadores.



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Prefeitura de SP abre inscrições para acelerar projetos de agricultura urbana



A Prefeitura de São Paulo abriu as inscrições para a terceira edição do programa Sampa+Rural: Acelerando Hortas, que vai apoiar 30 iniciativas ligadas à agricultura urbana, periurbana e rural. Cada projeto selecionado receberá até R$ 30 mil em materiais e serviços, além de orientação técnica e acompanhamento de um plano de negócios. As inscrições ficam abertas até 24 de novembro no site adesampa.com.br/acelerandohortas.

Apoio à produção sustentável

O programa é voltado a iniciativas que já adotam ou estão em transição para práticas orgânicas e agroecológicas. Podem participar hortas comunitárias, unidades produtivas familiares, agroindústrias, grupos logísticos e espaços de comercialização. Também são aceitas atividades em áreas públicas, como escolas e parques, e nas Terras Indígenas Jaraguá e Tenondé Porã.

Conforme a Prefeitura, os projetos devem se enquadrar em pelo menos um dos sete eixos de atuação: tecnologias sustentáveis, comercialização e logística, produção de mudas ou insumos, beneficiamento de produtos naturais, certificações sanitárias, turismo de vivência e implantação de novas hortas.

Segundo Rodrigo Goulart, secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, o objetivo é fortalecer a agricultura local e apoiar empreendedores do campo e da cidade. “Já impulsionamos 58 iniciativas com o Acelerando Hortas. Agora, mais 30 projetos vão receber suporte técnico e qualificação para expandir suas atividades”, afirmou.

Estrutura e execução do programa

O Acelerando Hortas é operado pela ADE SAMPA (Agência São Paulo de Desenvolvimento) e integra o programa Sampa+Rural, coordenado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, em parceria com o Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento (CPCD).

Entre as metas estão o fortalecimento da agricultura de base sustentável, o aumento da geração de renda, o estímulo à educação ambiental e a segurança alimentar. A ação também busca incentivar o uso de tecnologias sociais que possam ser replicadas em outras comunidades.

Para participar, os projetos devem ter dois proponentes maiores de 18 anos, residentes na capital e responsáveis ou autorizados pelo uso do imóvel. Os selecionados não podem ter pendências em edições anteriores do programa.

Atualmente, o Sampa+Rural conta com três Casas de Agricultura Ecológica (CAEs), nas zonas Sul, Leste e Norte da cidade, que oferecem assistência técnica e extensão rural. Essas unidades atendem produtores locais e apoiam a criação de novos espaços de cultivo em diferentes regiões do município.



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Página do programa Monitora Milho SC está de cara nova


A cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) é uma das principais pragas que afetam a cultura do milho. Responsável por transmitir as viroses do mosaico estriado e do raiado fino, além das bactérias dos enfezamentos pálido e vermelho, estes insetos, quando não controlados, podem causar danos severos à produção. Durante as safras de 2020/21 e 2021/22, Santa Catarina registrou perdas significativas de produção, com queda superior aos 20%. Os prejuízos foram provocados pela combinação entre os efeitos da cigarrinha e a estiagem, que impactaram diretamente as lavouras. 

Desde que o Estado experimentou um aumento populacional significativo do inseto, a Epagri tem atuado para diminuir seus efeitos e encontrar soluções mais eficientes para os produtores. Pensando nisso, surgiu em 2021 o programa Monitora milho SC, iniciativa do Comitê de Ação contra cigarrinha-do-milho e Patógenos Associados, composto pela Epagri, Udesc, Cidasc, Ocesc, Fetaesc, Faesc, CropLife Brasil e Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária.

Ao longo de quase cinco anos, pesquisadores da Epagri produziram uma série de publicações que procuram compreender a dinâmica do inseto e desenvolver estratégias eficientes para o setor produtivo. Agora, todas essas informações estão reunidas em um único espaço, na página do programa Monitora Milho SC. Na página, basta acessar o botão ‘Contribuição da Epagri para o desenvolvimento do conhecimento sobre o patossistema da cigarrinha-do-milho’ para acessar artigos, informes técnicos, vídeos e conhecer as principais linhas de pesquisa. 

Segundo Maria Cristina Canale, pesquisadora da Epagri/Cepaf, responsável pelo Monitora Milho SC, esta é uma forma de visibilizar o trabalho desenvolvido pela Epagri e seus parceiros na investigação sobre o controle dos enfezamentos e viroses do milho. No mesmo sentido, o gerente do Centro de Pesquisa para Agricultura Familiar (Epagri/Cepaf), Vagner Miranda Portes, avalia que esta mudança reflete um desejo de apresentar à sociedade todo o esforço dos últimos cinco anos. “A Epagri tem se posicionado como um referência nos estudos sobre cigarrinha-do-milho e nosso objetivo é disponibilizar essas informações de forma acessível e centralizada”, diz.

Outra atualização importante é a disponibilização dos boletins informativos das semanas anteriores. Antes, os produtores tinham acesso apenas ao boletim mais recente, o que dificultava o acompanhamento da evolução do problema ao longo do tempo. Agora, os boletins anteriores ficam disponíveis em um só lugar, facilitando a consulta do histórico da safra. 

O programa Monitora Milho SC emite semanalmente, durante o período de safra, informes sobre a média estadual de cigarrinhas, monitoradas por meio de armadilhas instaladas em 55 lavouras em todas as regiões de Santa Catarina. Um dos diferenciais do programa, segundo Maria Cristina, é a realização do exame de PCR nas amostras para atestar a presença dos patógenos que causam as viroses e os enfezamentos do milho. Deste modo, os produtores conseguem acompanhar a evolução do problema e receber informações atualizadas com orientações específicas para o manejo mais adequado a cada cenário. Os produtores catarinenses encontram os boletins atualizados também no aplicativo Epagri Mob, que pode ser baixado gratuitamente em celulares Android e IOS.

 





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por que concorrer não é o mesmo que torcer contra


Quando se fala em Argentina, o agro brasileiro costuma reagir com desconfiança. E com razão, somos concorrentes diretos em grãos, carnes e derivados. Disputamos os mesmos mercados, China, Europa e Oriente Médio, e sofremos juntos com o sobe e desce das commodities. Mas há um ponto estratégico que muita gente ignora: a Argentina é, ao mesmo tempo, o maior comprador dos produtos industriais do Brasil.

No agronegócio, somos rivais. Na indústria, somos aliados naturais. Essa combinação explica por que torcer para a Argentina dar certo é também torcer pela economia brasileira.

Relação em números

Em 2024, o Brasil exportou mais de US$ 2,5 bilhões em veículos e milhares de toneladas em autopeças e químicos para o mercado argentino, produtos de alto valor agregado que sustentam empregos nas fábricas brasileiras. Sem uma Argentina estável, essas exportações despencam, e com elas, a atividade industrial no Sul e Sudeste.

Do lado de lá, o governo de Javier Milei tenta reconstruir uma economia devastada. O plano é duro: cortar gastos, equilibrar o orçamento e conter a inflação. Os resultados começam a aparecer, o país registrou superávit fiscal pela primeira vez em 14 anos e a inflação mensal está em desaceleração. Se o ajuste se firmar, o consumo argentino volta, e com ele, a demanda por produtos brasileiros.

No agro, uma Argentina estável não precisa ser uma ameaça. Concorrência saudável é melhor que colapso vizinho. Quando o país quebra, o Mercosul enfraquece, o comércio regional perde força e o Brasil fica isolado entre potências comerciais como EUA, China e União Europeia.

Competição tem que ser saudável

O desafio é equilibrar os papéis: competir no campo, cooperar na indústria. O Brasil precisa manter acordos automotivos, garantir crédito às exportações e facilitar o comércio de bens industriais, sem deixar de disputar mercados agrícolas com eficiência e tecnologia.

No fim das contas, o sucesso argentino pode significar mais estabilidade política e comercial para todo o Cone Sul. A economia é um jogo de soma variável: quando o vizinho melhora, o Mercosul todo ganha valor. Concorrer não é o mesmo que torcer contra.

Miguel Daoud

*Miguel Daoud é comentarista de Economia e Política do Canal Rural


Canal Rural não se responsabiliza pelas opiniões e conceitos emitidos nos textos desta sessão, sendo os conteúdos de inteira responsabilidade de seus autores. A empresa se reserva o direito de fazer ajustes no texto para adequação às normas de publicação.



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