domingo, julho 6, 2025

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Óleos essenciais são aliados não só para pele e cabelo, mas também contra fungos em frutas


Os óleos essenciais, muito utilizados em cuidados da pele e do cabelo, também podem ser grandes aliados da fruticultura. Estudos realizados pela Embrapa Meio Ambiente (SP) e pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) mostraram que extratos de algumas plantas podem inibir, com grande eficiência, fungos responsáveis por perdas pós-colheita no mamão e na laranja.

Altamente perecível, o mamão pode perder até 50% da produção devido a doenças fúngicas que se manifestam após a colheita, especialmente durante o transporte e o armazenamento.

No caso das laranjas, as perdas chegam a 40%, segundo os pesquisadores. Frente à limitação dos fungicidas sintéticos que vêm perdendo eficácia com o uso continuado das mesmas moléculas, além de levantarem preocupações ambientais e de saúde, os óleos essenciais aparecem como solução promissora.

Excelente para salvar o mamão de fungos

De acordo com a doutoranda da Unicamp Adriane da Silva, os testes revelaram que quatro desses óleos apresentaram forte ação inibitória contra os principais fungos associados à deterioração do mamão, são eles:

  • orégano
  • canela em casca
  • alecrim-pimenta
  • manjericão-cravo

O destaque ficou para o óleo de alecrim-pimenta, que inibiu completamente o crescimento de todos os patógenos, mesmo em concentrações baixas. O orégano e o manjericão-cravo também mostraram excelente desempenho, embora com menor controle sobre o Fusarium solani.

Além da triagem inicial, os pesquisadores buscaram compreender quais compostos químicos estavam por trás da ação antifúngica dos óleos mais promissores. Por meio de análises, foram identificados os principais componentes responsáveis pela atividade: carvacrol, timol, ρ-cimeno e eugenol — todos já conhecidos por suas propriedades antimicrobianas.

O pesquisador Daniel Terao afirma que a combinação de carvacrol, timol e eugenol em proporções semelhantes às encontradas nos óleos naturais resultou em efeitos sinérgicos, potencializando o efeito antifúngico.

“Além de eficazes, os óleos essenciais apresentam vantagens ambientais e sanitárias importantes: são biodegradáveis, de baixa toxicidade e muitos já são considerados seguros para uso alimentar por agências reguladoras”, destaca Terao.

Óleos essenciais
Foto: Daniel Terao

Potencial de produção mais sustentável de alimentos

O uso de óleos essenciais na conservação de alimentos não é inédito. Diversos estudos anteriores já apontavam o potencial de óleos contra fungos que atacam laranja, abacate, melão, uva e morango. A novidade agora é a demonstração sistemática da eficácia contra fungos específicos do mamão.

Para os pesquisadores, o próximo passo envolve o desenvolvimento de formulações comerciais e testes em escala real, incluindo avaliações em frutos armazenados sob condições de mercado. “Os óleos essenciais e seus compostos majoritários têm potencial para compor uma nova geração de conservantes naturais, com impactos positivos para produtores, consumidores e o meio ambiente”, afirmam os autores.

Com base nesse avanço, o estudo abre caminho para a aplicação prática dos óleos essenciais no setor de frutas tropicais, contribuindo para uma agricultura mais limpa, eficiente e conectada às demandas por sustentabilidade e segurança alimentar.

Fungos provocam perdas de até 40% em laranjas

No caso da laranja, outra pesquisa recente revelou que extratos de plantas como orégano, canela casca, alecrim pimenta e manjericão-cravo foram eficazes contra dois fungos responsáveis por prejuízos consideráveis na cadeia produtiva de citros: Penicillium digitatum, causador do mofo verde, e Geotrichum citri-aurantii, agente da podridão azeda.

As doenças fúngicas que atacam laranjas após a colheita estão entre as maiores responsáveis por perdas, chegando a comprometer até 40% da produção.

Além de testarem os óleos em sua forma integral, os pesquisadores também avaliaram misturas elaboradas a partir dos três principais constituintes químicos de cada óleo.

Entre os compostos investigados estavam o cinamaldeído (presente na canela casca), carvacrol (orégano), timol (alecrim pimenta) e eugenol (manjericão-cravo). Quando combinados, esses compostos mostraram um efeito sinérgico, ou seja, o resultado conjunto foi superior à ação individual dos componentes.

As análises estatísticas apontaram diferenças significativas entre os tratamentos, confirmando o potencial antifúngico dos óleos essenciais e de suas formulações combinadas.

Para os pesquisadores, os resultados reforçam o potencial dos óleos essenciais como substitutos naturais aos fungicidas sintéticos, contribuindo não só para a redução das perdas pós-colheita, mas também para a adoção de práticas agrícolas mais sustentáveis.

“A aplicação desses compostos naturais pode representar um avanço significativo na conservação de frutas, especialmente em um contexto de crescente demanda por alimentos livres de resíduos químicos”, afirmam os autores.

O próximo passo, segundo os cientistas, é testar a eficácia das formulações à base de óleos essenciais em condições reais de armazenamento e transporte das frutas, a fim de avaliar sua viabilidade para uso comercial em larga escala.

*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo



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AgroNewsPolítica & AgroSafra

Trip Cafezal: conexão da Região do Cerrado Mineiro com mercado europeu de…


Carlos Eduardo Bitencourt e a equipe da Cafezal Milano, eleita a melhor cafeteria da Itália em 2025, compartilham conhecimentos em palestras e cursos

A cidade de Patrocínio, na Região do Cerrado Mineiro, será palco de um evento que promete reforçar a conexão entre a tradição cafeeira brasileira e o mercado europeu, nos dias 9 e 10 de julho. A Federação dos Cafeicultores do Cerrado, em parceria com o Sebrae Minas, receberá, durante a Trip Cafezal, Carlos Eduardo Bitencourt, fundador e CEO da Cafezal Milano e sua equipe para uma série de palestras e cursos abertos ao público e ao setor cafeeiro.

A Cafezal Milano Specialty Coffee, reconhecida como Melhor Cafeteria da Itália 2025 pelo prestigiado prêmio BarAwards, é a maior marca independente de café de especialidade do país em número de lojas, destacando-se como referência em sustentabilidade, modelo de negócios inovador, excelência em qualidade e hospitalidade. Em setembro, a Cafezal se tornará a primeira marca italiana de café especial a expandir para outro país, com a inauguração de uma nova loja em Lisboa.

Segundo Juliano Tarabal, diretor executivo da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, este evento simboliza mais do que uma troca técnica: é um passo estratégico para fortalecer o relacionamento da Federação com o mercado europeu, um dos principais compradores de cafés do Cerrado Mineiro.

“A relação com o café brasileiro sempre foi essencial para a Cafezal. Iniciei visitando lavouras em 2014, e então morava na Europa há 8 anos. Desde quando abrir a empresa em 2017, trouxe do Brasil a maior parte dos cafés que usamos em nossas lojas. Em 2024 importamos um container exclusivamente com cafés especiais, sendo a maioria originária do Cerrado Mineiro. Essa proximidade é real e sempre foi constante no passar dos anos”, afirma Carlos Eduardo Bitencourt.

História e propósito compartilhados

A parceria entre a Federação dos Cafeicultores do Cerrado Mineiro e a Cafezal Milano começou em 2024, quando a região realizou um roadshow pela Itália para apresentar seus pilares de qualidade e rastreabilidade. Em Milão, a Cafezal foi anfitriã de um dos eventos-chave, criando uma ponte entre a hospitalidade italiana e a excelência cafeeira do Cerrado.

Agora, em julho de 2025, ocorre o movimento inverso: Carlos – que fundou a marca em 2017, então a primeira torrefação-cafeteria artesanal independente de Milão —  desembarca no Cerrado Mineiro com sua equipe para conhecer de perto as práticas agrícolas, a cultura e a inovação da região.

Durante a Trip Cafezal, Carlos compartilhará sua trajetória empreendedora e o modelo de hospitalidade que consagrou a Cafezal como referência no mercado europeu, tornando-a um dos cases mais relevantes de crescimento sustentável e reposicionamento de produto no setor de hospitalidade independente; os aprendizados por trás da expansão de cinco para seis lojas em Milão e da próxima abertura internacional em Lisboa e a visão que levou a marca a ser eleita melhor cafeteria da Itália 2025 (BarAwards) e a figurar entre as três melhores cafeterias independentes da Europa (European Coffee Awards).

“Acredito que os cafés do Cerrado estão entre os melhores produtos disponíveis hoje para a cafeteria moderna. Além de sua força produtiva e altos volumes, os perfis sensoriais — com notas de chocolate, rapadura e melaço — são ideais para o que eu considero um ótimo espresso e bebidas com leite, amplamente apreciadas no mundo todo. Também encontram-se cafés com personalidade marcante, florais e frutados. Tenho certeza que este aspecto vai ser cada vez mais reconhecido internacionalmente, fazendo o Cerrado Mineiro ser reconhecido tanto quanto uma região de altos volumes, mas também como uma região de excelência em cafés de alta pontuação internacionalmente”, ressalta Bitencourt.

“A Europa tem sido um dos principais destinos dos cafés da Região do Cerrado Mineiro. A Itália, em particular, ocupa um papel central, não apenas como um dos maiores consumidores de café, mas também como um mercado que valoriza a qualidade e a origem dos produtos. Iniciativas como esta fortalecem o posicionamento da região no mercado internacional e promovem a troca de conhecimentos técnicos e comerciais. Essa troca de experiências fortalece a nossa missão de conectar, integrar e desenvolver”, destaca Juliano Tarabal.

Sobre a Cafezal Specialty Coffee

Com cinco lojas físicas em Milão e torrefação própria, a Cafezal Milano também se destaca pelo pioneirismo em produtos como cápsulas compostáveis, drip bags, cold brew autoral pronto para beber (RTD), além de contar com um laboratório de panificação artesanal, uma academia de formação de profissionais, workshops e eventos de imersão para coffee lovers, além de distribuição B2B com rastreabilidade.

Reconhecida como um dos cases mais relevantes de crescimento sustentável e reposicionamento de produto no setor de hospitalidade independente europeu, a Cafezal captou mais de R$ 5,4 milhões (equivalente a €900 mil) por meio de uma operação de equity crowdfunding realizada em 2024, com a adesão de mais de 150 investidores. Atualmente, a empresa está em processo de certificação B-Corp e de adequação de pegada de carbono.

Serviço:

9 de julho – Terça-feira
18h – palestra gratuita: “O mercado italiano de cafés de alta qualidade”, com Carlos Eduardo Bitencourt, fundador da Cafezal Milano
Local: Cooperativa Expocaccer – Patrocínio/MG

10 de julho – Quarta-feira
9h às 12h
Minicurso: Gestão de cafeterias e experiência do cliente
Instrutor: Carlos Eduardo Bitencourt

13h às 17h
Minicurso: Fundamentos e técnicas de barismo italiano
Instrutores: Equipe Barista da Cafezal Specialty Coffee

Local: Centro de Excelência do Café – Patrocínio, MG
Mais informações: https://linktr.ee/regiaocerradomineiro





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Frio intenso, chuvas acima da média e calor extremo marcaram o clima de junho no Brasil


O mês de junho de 2025 foi marcado por extremos climáticos que impactaram diretamente o setor agrícola brasileiro. Enquanto o Norte e o Sul do país registraram volumes elevados de chuva, o interior do Nordeste, o Sudeste e parte do Centro-Oeste enfrentaram períodos de estiagem. Além disso, temperaturas anormalmente altas no Norte e Nordeste e uma forte onda de frio no final do mês nas regiões Sul e Sudeste também chamaram a atenção de produtores e meteorologistas.

Segundo informações divulgadas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os maiores acumulados de precipitação ocorreram no noroeste da Região Norte, com destaque para o Amazonas e Roraima, onde os volumes superaram os 500 mm. Em contrapartida, áreas do Tocantins, sul do Pará e leste de Rondônia registraram menos de 50 mm, evidenciando o avanço da estação seca sobre o sul da Amazônia. No Sul, a cidade de Santa Maria (RS) acumulou 424,6 mm, mais que o triplo da média histórica.

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No Nordeste, o contraste foi nítido entre o litoral leste e o interior. Alagoas e Sergipe registraram chuvas acima de 300 mm, enquanto regiões do sertão tiveram acumulados inferiores a 40 mm. Em Propriá (SE), o volume chegou a 289,9 mm, um desvio de 89% em relação à média. Já no Centro-Oeste, os volumes permaneceram baixos, especialmente em Goiás e Distrito Federal, cenário esperado para esta época do ano, mas que exige atenção para manejo das culturas.

As temperaturas também chamaram a atenção: no Norte e Nordeste, os termômetros ultrapassaram os 36°C, com registros de até 38,8°C no Piauí. Em Marianópolis do Tocantins (TO), o calor superou recordes históricos, exigindo medidas de adaptação das lavouras e preocupação com o bem-estar animal nas propriedades rurais.

No final de junho, uma intensa massa de ar frio avançou pelas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, derrubando as temperaturas e trazendo geadas e até neve. No dia 25, os termômetros chegaram a –7,8°C em General Carneiro (PR), –4,7°C em Curitibanos (SC) e –4,5°C em São José dos Ausentes (RS). Houve registro de neve em Pinheiro Machado (RS) e geadas fortes em várias localidades, como Bom Jesus (RS) e Campos Novos (SC), com potencial para causar danos a pastagens e lavouras.

O mapa de anomalia térmica do Inmet para o dia 25/06 destacou o impacto dessa onda de frio, com temperaturas até 10°C abaixo da média em algumas áreas. No Sudeste, cidades como Monte Verde (MG) e Barra do Turvo (SP) também registraram mínimas negativas. No Centro-Oeste, os termômetros chegaram a –0,9°C em Sete Quedas (MS), o que pode afetar culturas como o milho safrinha, ainda em fase de desenvolvimento em algumas regiões.





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Própolis vermelha de Alagoas ganha destaque nacional com apoio do Sebrae



A própolis vermelha de Alagoas vai muito além de um simples produto apícola. Ela representa identidade territorial, inovação e sustentabilidade. Com denominação de origem reconhecida, sua produção ocorre exclusivamente nos manguezais alagoanos, onde abelhas nativas colhem a resina característica da região.

Quem detalha esse processo é Marília Lima, gerente da Fernão Velho, empresa especializada na produção da própolis vermelha com Indicação Geográfica (IG). “A apicultura por si só já nasce como uma atividade sustentável. Ela é economicamente viável, socialmente justa e ambientalmente correta”, destaca.

Além do papel essencial das abelhas como polinizadoras da natureza, a própolis vermelha de Alagoas se diferencia por sua composição única. “Até agora, pesquisadores haviam catalogado 12 tipos de própolis. A nossa surgiu como o 13º tipo, com características exclusivas na coloração e nos compostos bioativos”, afirma Lima.

Entre os principais componentes, os isoflavonoides merecem destaque. Esses elementos apresentam grande potencial terapêutico. “A própolis é excelente para imunidade, combate inflamações e infecções, e possui propriedades antimicrobianas, antifúngicas, anticariogênicas e anti-inflamatórias. Para mulheres na menopausa, por exemplo, ela alivia sintomas. Eu poderia passar o dia inteiro falando da nossa própolis”, brinca a gerente.

Apoio do Sebrae abre novas portas

“Para o pequeno empresário, é um grande desafio arcar com despesas e ainda participar de feiras. No entanto, o Sebrae nos abraçou e ampliou nosso alcance. Hoje conseguimos expandir nosso território de comercialização e mostrar o nosso trabalho para o Brasil inteiro”, afirma Marília.



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Mapa viabiliza exportação de queijo premiado paulista para os Estados Unidos



Meta é destinar 40% da produção ao mercado externo




Foto: Mapa

Uma empresa fabricante de queijos de Pardinho, no interior de São Paulo, exportou para os Estados Unidos cerca de 650 quilos de um queijo premiado, feito à base de leite cru. O procedimento não é comum, por isso exigiu uma atenção e um acompanhamento por parte do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

A ação envolveu vários setores do Mapa, incluindo o SIF (Serviço de Inspeção Federal), Central de Certificação e o sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro). Ao todo, 64 peças – de aproximadamente 10 quilos cada – embarcaram em voo comercial no dia 10 de junho. Elas foram embaladas de forma individual e lacradas com carimbo do SIF, por orientação do Mapa. “É um momento histórico, estamos muito orgulhosos”, disse Vanessa Alcolea, responsável técnica e mestre queijeira da empresa.

Um dos desafios, segundo ela, foi climatizar os paletes para que a temperatura ideal fosse mantida durante o transporte aéreo. A carga teve como destino Nova York, nos Estados Unidos, onde foi recebida por um entreposto aduaneiro. “É um entreposto em que o importador já costuma trabalhar e a carga ficou refrigerada até o desembaraço lá”, afirmou Vanessa.

No final de semana, o produto foi lançado no Summer Fancy Food Show, evento que apresenta produtos artesanais de alta qualidade em mais de 40 categorias. Em julho, representantes da queijaria vão participar de painéis sobre queijos brasileiros no congresso da American Cheese Society Conference, em Sacramento, na Califórnia.

De acordo com a empresa, a meta é destinar 40% da produção ao mercado externo.





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milho e soja representam 90% da agricultura estadual



A soja segue como a principal cultura do Maranhão


Foto: Pixabay

A safra nacional de grãos deve bater recorde e alcançar 332,9 milhões de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A soja lidera com 168,3 milhões de toneladas, seguida pelo milho, com 126,9 milhões t. No Maranhão, essas duas culturas dominam o cenário agrícola, representando mais de 90% da produção estadual e somando cerca de 7,3 milhões de toneladas de um total estimado de 7,7 milhões.

“Neste momento, as lavouras maranhenses da segunda safra de milho estão em pleno desenvolvimento, com o início de algumas colheitas. A soja foi colhida e há áreas sendo preparadas para o próximo ciclo, programado para o segundo semestre. O principal destaque é que o milho safrinha segue ganhando espaço no estado e o andamento da safra é positivo”, afirma Fernando Melatti, Gerente Técnico da ORÍGEO, joint venture entre Bunge e UPL, especializada em soluções sustentáveis e gestão integrada para o Cerrado.

A soja segue como a principal cultura do Maranhão, ocupando mais de 65% das áreas cultivadas, e o plantio de milho segunda safra está praticamente concluído. As expectativas são favoráveis para a colheita, segundo Melatti. “Nossa equipe no Maranhão atua em todas as etapas da produção — da escolha das sementes ao armazenamento. Estamos ao lado do produtor nas decisões estratégicas, seja no manejo da soja ou na condução do milho safrinha, oferecendo apoio e suporte diante dos desafios climáticos.”

A Conab alerta que a retenção das chuvas no segundo semestre pode comprometer o desenvolvimento do milho, especialmente em fases críticas, como o enchimento de grãos. Diante desse cenário, a ORÍGEO reforça seu papel de parceira no campo, com presença técnica ativa nos estados do MATOPIBAPA, além de Mato Grosso e Rondônia. “Estamos integrados com todos os elos da cadeia”, afirma Fernando. “Nosso suporte técnico e operacional é voltado para garantir que os produtores avancem com confiança e resiliência no segundo semestre.”





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Exportações de maio do agro gaúcho seguem em queda na comparação com 2024


A Farsul divulgou, nesta quarta-feira (02/07), os resultados das exportações gaúchas de maio de 2025. Na comparação com o mesmo período de 2024, houve uma queda de 15% no valor exportado (um total de US$ 1 bilhão em emrelação a US$ 1,1 bilhão no mesmo período de 2024) e de 17% no volume, um total de 1,3 milhão de toneladas. Em maio de 2024, o estado exportou 1,6 milhão de toneladas.

O valor total comercialziado pelo Estado no período foi de US$ 1,5 bilhão, com o agronegócio sendo responsável por 65% deste montante. Em termos de volume, o agronegócio representa 85% do total estadual no período.

No acumulado de 2025, o agro gaúcho exportou um total de US$ 5,1 bilhões, um valor 0,8% menor do que no mesmo período de 2024.

Estiagem segue sendo o principal fator para a queda nas exportações

A queda de valor e volume no período acontece principalmente pelas baixas exportações de soja em grão, que teve uma diminuição de US$ 146 milhões na comparação. fumo, produtos florestais e cereais também tiveram queda nos valores exportados.

A baixa exportação de soja em grão se deve principalmente pelo forte impacto da estiagem. Já o arroz teve pouco estoque formado para exportação no ano passado.

A China, pela primeira vez no ano, teve uma participação acima de 20% nas exportações do setor, mas o acumulado de janeiro a maio ainda está abaixo do registrado no mesmo período de 2024, com quedas importantes na soja e na carne. Um dos fatores que influenciaram essa queda é a suspensão das importações de carne de frango pelo país asiático no período, devido ao caso de gripe aviária que atingiu alguns pontos do estado.

Os principais parceiros comerciais do estado em maio foram a Ásia (sem Oriente Médio), que segue como o principal destino das exportações do agro gaúcho, totalizando US$ 437 milhões e 763 mil toneladas. Em segundo lugar temos a Europa, que atingiu US$ 220 milhões, sendo US$ 203 milhões para a União Europeia. Em seguida temos o Oriente Médio, que atingiu US$ 194 milhões.

Quanto aos países, China aparece em primeiro lugar com US$ 230 milhões e participação de 22,9% no valor. Em segundo lugar temos os Estados Unidos com 9,4%, Indonésia com 6,1%, Bélgica com 5,9% e Turquia com 3,7%.





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Nova ferramenta no manejo de doenças de plantas


Um novo fungicida voltado ao manejo de doenças em culturas de alto valor econômico chega ao mercado nos próximos dias. A Sipcam Nichino Brasil anunciou o lançamento do Soleado®, produto à base de boscalida, com ação sistêmica e preventiva, indicado especialmente para batata, café e tomate.

Segundo Marcelo Palazim, engenheiro agrônomo da área de desenvolvimento de mercado da empresa, a solução apresentou bons resultados contra doenças como mofo branco, phoma do café, mancha de ascochita, pinta-preta e cercosporioses. Ensaios em campo, conduzidos por consultorias independentes, indicaram eficácia entre 93% e 95% no controle da pinta-preta em tomate, superando outros produtos da mesma categoria.

“Frente à pinta preta no tomate e na batata, o fungicida mostra resultados acima da média”, comenta.

No café, o fungicida também se destacou no controle da phoma, responsável por perdas que podem chegar a 60% da lavoura. Além disso, Soleado® demonstrou seletividade para as culturas indicadas, facilidade de aplicação e bons resultados no manejo de resistência de patógenos.

Com formulação WG, o produto é solúvel em água, o que favorece a absorção e a translocação nas plantas. O registro contempla ainda culturas como alface, alho, cebola, cenoura, feijão, espinafre, melancia, morango e framboesa.

“O fungicida previne a entrada de doenças, além de inibir novos ciclos de doenças. Age eficazmente em patógenos de difícil controle, é seletivo às culturas para as quais está indicado e proporciona praticidade na mistura e na pulverização”, acrescenta Palazim.

 





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Nova mistura aquece demanda por milho e soja



A mudança impacta diretamente o mercado agrícola



A mudança impacta diretamente o mercado agrícola
A mudança impacta diretamente o mercado agrícola – Foto: Divulgação

A partir de 1º de agosto, entram em vigor no Brasil as novas misturas obrigatórias de biocombustíveis: o etanol passa a ser E30 e o biodiesel, B15. Essa medida aprovada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aumenta a participação de renováveis nos combustíveis fósseis de 14% para 15%, com o objetivo de reduzir a dependência das importações e fortalecer a bioindústria nacional.

A mudança impacta diretamente o mercado agrícola, especialmente as cadeias do milho e da soja. A demanda por etanol anidro pode crescer até 2 bilhões de litros ao ano, impulsionando a produção de etanol de milho, que deve ultrapassar 30 milhões de toneladas já em 2025. Regiões como Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia e Tocantins devem receber novos investimentos em usinas, promovendo a descentralização da matriz energética e o desenvolvimento regional.

No caso da soja, a ampliação do biodiesel para B15 deve aumentar o processamento interno do grão, estimado em 73 milhões de toneladas em 2025, reduzindo a dependência da exportação. Segundo Yedda Monteiro, analista da Biond Agro, a iniciativa representa um “recado claro” de que o Brasil quer ser protagonista global na transição energética baseada no agro, unindo sustentabilidade, segurança energética e geração de emprego no campo.

“A adoção simultânea do B15 e do E30 é um recado político e econômico claro: o Brasil quer e pode ser protagonista global na transição energética baseada no agro. A cadeia produtiva da soja e do milho será diretamente beneficiada com mais demanda, investimentos e previsibilidade de preços”, afirma Yedda Monteiro, analista de inteligência e estratégia da Biond Agro.

 





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Clima instável atrasa semeadura do trigo



Preço do trigo tem leve recuo no RS




Foto: Canva

A semeadura do trigo no Rio Grande do Sul alcançou 50% da área prevista, segundo o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na quinta-feira (3). O avanço ocorreu após um período de tempo firme entre os dias 23 e 27 de junho, que permitiu aos produtores retomar as operações paralisadas pelas chuvas recorrentes nas semanas anteriores.

De acordo com o boletim, “a emergência das plantas ocorre de forma relativamente uniforme, com bom estande inicial e sem prejuízos significativos”. No entanto, algumas áreas com declividade acentuada exigiram replantio, especialmente onde houve dessecação prévia à semeadura e maior incidência de erosão laminar.

Nas lavouras onde foi adotada a prática de semeadura de culturas outonais logo após a colheita da soja, os danos causados por erosão foram menores. Mesmo assim, o estabelecimento pleno da cultura depende das chuvas nas próximas semanas.

“O potencial produtivo pode ser reduzido em áreas afetadas por lixiviação de nutrientes e encharcamento do solo”, alertou a Emater/RS-Ascar. A condição tem dificultado o perfilhamento das plantas e inviabilizado, em algumas lavouras, a aplicação da adubação nitrogenada no momento ideal.

A previsão é de que a área cultivada com trigo no estado alcance 1.198.276 hectares, com uma produtividade estimada em 2.997 kg/ha. A expectativa é de que o tempo seco e as temperaturas mais baixas favoreçam a continuidade da semeadura dentro do período indicado pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), além de permitir a retomada de tratos culturais, como o controle de plantas daninhas e a aplicação de fungicidas.

Em relação aos preços, o levantamento semanal da Emater/RS-Ascar indicou leve recuo de 0,14% no valor médio da saca de 60 quilos, que passou de R$ 70,60 para R$ 70,50. Em Cruz Alta, o preço do produto disponível manteve-se estável em R$ 78,00.





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