quinta-feira, outubro 30, 2025

Política & Agro

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Rovensa Next nomeia Victor Sonzogno como novo Head Brasil


Reportando-se diretamente a Riccardo Vanelli, Diretor Comercial, Sonzogno é nomeado Head do Brasil por seus mais de vinte anos de experiência no agronegócio, incluindo um histórico comprovado de aceleração do crescimento e liderança de transformações organizacionais significativas em cargos de liderança sênior.

Sua forte mentalidade estratégica e compreensão abrangente dos mercados brasileiro e latino-americano serão fundamentais para consolidar a liderança e o impacto da Rovensa Next.

A Rovensa Next anuncia a nomeação de Victor Sonzogno como seu novo Head do Brasil. Esta contratação estratégica ressalta o compromisso da companhia em fortalecer sua posição no mercado e acelerar a agenda de crescimento na região. 

Com mais de vinte e dois anos à frente de operações para grupos estrangeiros no país e na América Latina, a carreira de Sonzogno é marcada por forte atuação no setor de biológicos e consultoria estratégica. Ele é conhecido por sua experiência em acelerar resultados, desenvolvimento de negócios, reestruturação e integração pós-aquisição, unindo, consistentemente, estratégias globais com execução local eficaz. Como membro da equipe de liderança de empresas do agronegócio, ele tem um histórico comprovado de superar metas orçamentárias desafiadoras e expandir a conscientização sobre os produtos biológicos.

“Estou incrivelmente animado para me juntar à Rovensa Next e à talentosa equipe brasileira. O Brasil está em um momento crucial na adoção de biossoluções e diferenciação de qualidade entre fornecedores. Estou certo de que o portfólio abrangente, a tecnologia e as equipes técnicas e de vendas ampliadas da Rovensa Next no Brasil podem agregar valor excepcional à agricultura brasileira, produtores e parceiros, ao mesmo tempo em que promovem inovação e aceleram nosso crescimento”, afirma Sonzogno.

Reportando-se diretamente a Riccardo Vanelli, Diretor Comercial, o profundo conhecimento de Sonzogno sobre o setor de biológicos, combinado com sua mentalidade estratégica e rede robusta nos setores regulatório, jurídico e de agronegócio, será fundamental para consolidar os pontos fortes da Rovensa Next e expandir seu impacto vital no mercado brasileiro. 

A Rovensa Next possui uma presença significativa no Brasil, com mais de quinhentos funcionários e duas plantas de produção avançadas. A unidade de Campinas é especializada em bionutrição, biofertilizantes e bioestimulantes, especialmente produtos à base de micro-organismos, abrigando um Centro de Excelência em Design de Produtos Biológicos e de Micro-organismos e uma Planta Piloto para desenvolvimento de formulações. A fábrica de Arapongas se concentra em produtos de biocontrole e adjuvantes à base do óleo essencial da casca de laranja. Essa forte infraestrutura local e equipes dedicadas de P&D ressaltam o compromisso da Rovensa Next com a inovação e a execução na agricultura brasileira.

“Estamos entusiasmados em dar as boas-vindas a Victor Sonzogno na Rovensa Next como nosso novo Head do Brasil”, afirma Riccardo Vanelli, Diretor Comercial. “Seu histórico comprovado de liderança, visão estratégica e profundo conhecimento do cenário do agronegócio, especialmente em produtos biológicos, será inestimável à medida que reforçamos nosso posicionamento de mercado nesta região em crescimento e impulsionamos nossa jornada estratégica.”

Crescimento transformador e liderança regional

Antes de ingressar na Rovensa Next, Sonzogno passou mais de onze anos liderando a Syngenta Biologicals no Brasil e como Head da América Latina, incluindo nove anos como Head de operações comerciais e industriais da Valagro na região. Sob sua liderança, a empresa alcançou alto crescimento e reconhecimento de mercado diferenciado no setor de nutrição biológica e especial, por meio de redefinição estratégica, revisão do foco de culturas, revisão de equipes de vendas, transformação de equipes e expansão de portfólio. 

Sua extensa experiência também inclui onze anos em Consultoria de Gestão como Fundador e Diretor Geral da VEX Consultoria e Gerente da Divisão Internacional da Ambrosetti, assessorando empresas europeias no estabelecimento de estratégias de entrada no mercado brasileiro. Victor Sonzogno possui pós-graduação em Liderança pelo MIT/Columbia/Tuck, MBA Executivo em Finanças pelo IBMEC/INSPER, certificação em Gerenciamento de Projetos (PMBOK) pela Poli-USP e bacharelado em Administração de Empresas pela FEA-USP (2003).

 





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Alta do petróleo e dólar em queda movimentam o agro



As condições climáticas seguem monitoradas de perto pelos produtores


As condições climáticas seguem monitoradas de perto pelos produtores
As condições climáticas seguem monitoradas de perto pelos produtores – Foto: Pixabay

O mercado financeiro iniciou a semana sob forte volatilidade, com o dólar recuando frente ao real e o Ibovespa acompanhando o otimismo externo. Segundo a Equipe Agrinvest, o movimento foi impulsionado pela disparada do petróleo, que subiu mais de 5% após novas sanções impostas pelos Estados Unidos à Rússia. A valorização da commodity energética refletiu em outros ativos, como o ouro, que recuperou parte das perdas recentes e voltou a ser procurado como proteção.

Na Bolsa de Chicago (CBOT), o avanço do petróleo e do óleo vegetal também deu suporte à soja, que se valorizou diante dos rumores de novas compras chinesas. O mercado precifica ainda o impacto das sanções americanas sobre a oferta global de energia e insumos agrícolas, o que favorece o complexo da oleaginosa. Milho e trigo acompanharam o movimento de alta, sustentados pela demanda firme por etanol nos Estados Unidos e pela melhora do apetite dos fundos de investimento.

No Brasil, a B3 apresentou comportamento distinto. O milho perdeu força nas praças regionais e nos contratos futuros, que seguem com ágio sobre o mercado físico. Compradores aproveitaram a recente queda das cotações para retomar negócios, o que pressionou os indicadores locais. A soja, por sua vez, acompanhou o cenário externo e manteve suporte nos portos, refletindo a boa demanda internacional.

As condições climáticas seguem monitoradas de perto pelos produtores. O tempo firme deve predominar até o fim da semana, mas uma nova frente fria deve trazer chuvas ao Sul no sábado (25) e, posteriormente, ao Centro-Oeste e Sudeste. As precipitações tendem a se regularizar gradualmente na virada do mês, oferecendo melhores condições ao avanço do plantio e reduzindo parte das incertezas no campo.

 





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Múltiplas tecnologias prometem revolucionar a produção de alimentos


Em pesquisa realizada em várias regiões do país, o Essere Group verificou que o índice de satisfação de seus clientes atingiu 96%. Outro indicador que reforça a expectativa de bons resultados com os produtos desenvolvidos pelas empresas da holding em 2025 é o NPS (Net Promoter Score), que ultrapassou 86 pontos, resultado excepcional dentro de qualquer setor, o que posiciona a holding entre as marcas com maior índice de fidelização de clientes. O NPS é uma métrica reconhecida para avaliar a lealdade do cliente e sua disposição em recomendar uma empresa ou serviço.

Segundo Luiz Fernando Schmitt, diretor Marketing/P&D e Novos Negócios do Essere Group, estes indicadores refletem nas vendas e no faturamento do grupo, que cresceu em 2024. “Resultado extremamente positivo mesmo diante de um cenário difícil o grupo conseguiu crescer 23% em relação ao mesmo período do ano anterior”, afirma.

Em termos de investimentos, Schmitt comenta que, na fábrica de bactérias da Bionat, uma das mais modernas do Brasil, foram investidos em torno de R$ 45 milhões. A unidade tem capacidade instalada para tratar 35 milhões de hectares com produtos exclusivos e únicos no mercado. 

A Bionat investe no desenvolvimento de novas tecnologias, com inovação e qualidade, utilizando microorganismos, fungos e bactérias. Schmitt comenta que o mercado de bioinsumos no Brasil tem crescido nos últimos anos, refletindo um aumento na aceitação dos produtos por agricultores de diversas regiões do país e diferentes culturas. “Com a utilização dos biológicos, os agricultores têm por objetivo agregar valor à produção, melhorar a qualidade dos alimentos e atender às exigências dos consumidores”, explica.

Schmitt lembra que o Brasil, como um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo, desempenha papel fundamental no agronegócio global. “Com a projeção de 41% de aumento na produção, o país se destaca como peça-chave nesse cenário. 

A combinação de tecnologia avançada, vastas áreas de cultivo e uma força de trabalho qualificada impulsiona a capacidade brasileira de suprir a demanda mundial por grãos, carnes e outros produtos agrícolas. O agronegócio passa por uma transformação profunda impulsionada pela convergência de múltiplas tecnologias que prometem revolucionar a produção de alimentos, como o uso de inteligência artificial, a busca por práticas agrícolas sustentáveis, e mudanças no consumo, com o protagonismo dos consumidores”, comenta.

Afirma ainda que, para agricultores, os pontos mais importantes estão fundamentados em duas bases principais: a confiança, que é valorizada por 82% dos produtores, e a proximidade, valorizada por 57%. “Os agricultores preferem parceiros que entendem seu cultivo, mostram vantagens e desvantagens de seus produtos, e estabelecem relações transparentes e também valorizam a proximidade com os fornecedores e clientes”.

Em sua análise, o mercado agro está em constante transformação impulsionado por inovações que visam aumentar a produtividade, a eficiência e a sustentabilidade. “As tendências atuais apontam para uma maior integração de tecnologias digitais e biológicas, redefinindo as práticas agrícolas e abrindo novas oportunidades para o setor. A adaptação a essas tendências é fundamental para a competitividade e o sucesso a longo prazo”, afirma.

Sobre inovação, Schmitt cita as tendências de inovações para o  agronegócio mundial, como IoT no Agronegócio, com sensores e dispositivos conectados que fornecem dados em tempo real para o manejo de lavouras e rebanhos; Smart Machines, Softwares de Otimização, Drones, Utilização Sustentável da Água, dos Produtos Eco-friendly e da Tecnologia dos Minicromossomos, que são avanços genéticos que permitem o aprimoramento de culturas e resistência a doenças, aumentando a produtividade. “A conectividade é a espinha dorsal da agricultura moderna e permite a integração de dados e tecnologias. A maior acessibilidade à internet, junto com equipamentos mais conectados, revoluciona a forma como os produtores gerenciam suas operações. A chegada do 4G e 5G ao campo impulsiona a agricultura de precisão e a tomada de decisões em tempo real,” conclui. 

 





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CAT Sorriso recebe reconhecimento nacional do MAPA


Os produtores rurais ligados à Associação Clube Amigos da Terra (CAT Sorriso) conquistaram reconhecimento nacional pela produção de alimentos de forma sustentável. O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) reconheceu oficialmente o programa “Gente que Produz e Preserva”, sob gestão e responsabilidade do CAT Sorriso, como cumpridor dos requisitos de boas práticas agrícolas. A portaria foi publicada no Diário Oficial da União neste mês.

Em pouco mais de dez anos, o grupo, que começou com nove propriedades rurais — que tiveram a produção de soja certificada pelo padrão internacional RTRS —, saltou para 54 na safra 2024/2025. O selo conferido pela Associação Internacional de Soja Responsável (RTRS), sigla em inglês para Round Table on Responsible Soy, é uma referência global em sustentabilidade na produção agrícola. Para obter a certificação, os produtores precisam atender a 108 indicadores que comprovam o cumprimento de boas práticas agrícolas e empresariais, condições de trabalho responsáveis, relacionamento com a comunidade e responsabilidade ambiental.

Todo esse trabalho foi valorizado pelo MAPA. “Esta conquista representa um marco institucional histórico para o CAT Sorriso e para todos os produtores envolvidos no programa Gente que Produz e Preserva”, afirmou a coordenadora do CAT, Cristina Delicato. “Ele reforça a credibilidade, abre novas oportunidades econômicas e técnicas e consolida o compromisso do grupo com uma agricultura produtiva, sustentável e regenerativa”, completou.

Na última safra de soja, os produtores rurais produziram 684 mil toneladas do grão de forma sustentável e certificada pelo padrão RTRS. Com o reconhecimento de boas práticas agrícolas, validado pelo MAPA, os agricultores poderão acessar programas e financiamentos federais voltados à sustentabilidade, como o Programa ABC+ — Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária — e o RenovaBio, que instituiu a Política Nacional de Biocombustíveis no país.

Os associados do CAT cultivam alimentos adotando práticas do Sistema de Plantio Direto (SPD), Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e outras ações que atendem às exigências dos programas federais.

Os produtores rurais são responsáveis por mais de 9% de toda a soja certificada pela RTRS no mundo. Para a coordenadora do CAT Cristina Delicato, o reconhecimento do MAPA é complementar às certificações internacionais e aos compromissos do PCI (Produzir, Conservar, Incluir). “Isso gera sinergia entre políticas públicas brasileiras e padrões globais de sustentabilidade, posicionando o CAT como protagonista na integração entre certificação, rastreabilidade e desmatamento zero”, ressaltou.





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Regulamentação do Marco Legal dos Bioinsumos avança


O Grupo de Trabalho (GT) responsável pela regulamentação do Marco Legal dos Bioinsumos (Lei nº 15.070/2024) deu mais um passo decisivo nesta terça-feira (14), em uma reunião que consolidou os principais eixos temáticos em discussão e marcou o avanço de um debate considerado estratégico para o futuro da bioeconomia no país.

O encontro, realizado no âmbito do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), contou com a presença de representantes da administração pública, da sociedade civil e do setor produtivo. A Associação Brasileira das Indústrias de Bioinsumos (ABINBIO) teve papel de destaque ao integrar as discussões como representante das empresas que atuam na produção e desenvolvimento de bioinsumos em território nacional.

Participaram pela ABINBIO o Sr. Artur Soares, diretor técnico e de assuntos regulatórios, e o Sr. Thiago Queiroz, da Consultoria Consillium, que contribuíram com análises técnicas sobre os desafios de registro e controle de produtos e estabelecimentos.

Debate técnico e avanços regulatórios

Sob a coordenação da Sra. Edilene Cambraia, diretora do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas do MAPA, o GT debateu ajustes técnicos relacionados à classificação dos produtos, registro de estabelecimentos e registro de produtos — eixos centrais da futura regulamentação.

Entre os pontos mais debatidos esteve a questão da necessidade de registro de produtos técnicos e subprodutos derivados de bioinsumos já registrados. O tema gerou ampla discussão, especialmente em torno da possibilidade de comercialização de inóculos obtidos a partir de um produto final sem a exigência de novo registro. Após análises e manifestações de diferentes órgãos, prevaleceu o entendimento de que tais inóculos também deverão ser registrados, por se configurarem como produtos independentes.

No entanto, foi consenso que o processo pode ser simplificado, aproveitando-se estudos e relatórios já apresentados no registro original — medida que visa reduzir burocracias e acelerar a disponibilização de tecnologias ao mercado sem comprometer a segurança e a rastreabilidade.

Definições sobre o fluxo de registro

Outro ponto de atenção foi a participação de Anvisa e Ibama nos casos de registro de produtos que envolvam riscos à saúde pública ou ao meio ambiente. O grupo discutiu critérios de competência e fluxos de tramitação entre os órgãos, tema considerado um dos mais sensíveis e que voltará à pauta em reunião virtual agendada para o dia 24 de outubro.

Além da equipe do MAPA, participaram representantes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), da Embrapa, Anvisa, Ibama e membros da sociedade civil organizada.

Próximas etapas e cronograma de reuniões

Ao final da sessão, foi apresentado o cronograma das próximas reuniões, que prevê uma série de encontros temáticos voltados à conclusão dos trabalhos do GT. As discussões abordarão usos pecuários e aquícolas, fluxos de registro, produção on farm, incentivos e boas práticas de fabricação (BPF), além de temas relativos aos produtos organominerais.

A expectativa é que, após o encerramento dos debates técnicos e consolidação das contribuições, a minuta do Decreto Regulamentador do Marco Legal dos Bioinsumos seja submetida à Consulta Pública, etapa que permitirá a participação ampliada do setor produtivo e da sociedade.

Reforço institucional da ABINBIO

Para a ABINBIO, a participação ativa no GT reforça o compromisso do setor industrial com a construção de uma regulamentação moderna e equilibrada. “O diálogo técnico e transparente é essencial para que o país avance em um modelo regulatório que promova inovação, sustentabilidade e competitividade”, destacou Artur Soares, diretor técnico da entidade.

Os debates seguem nas próximas semanas com reuniões presenciais e virtuais, culminando em uma plenária de consolidação prevista para o dia 25 de novembro, quando o grupo deve apresentar as versões finais dos textos técnicos que embasarão a regulamentação definitiva do Marco Legal.

Com este avanço, o setor de bioinsumos se aproxima de uma regulamentação que promete modernizar o ambiente regulatório brasileiro, fomentar inovação e fortalecer o papel do país como referência global em agricultura sustentável.

Presenças registradas na reunião do GT – 14/10

Sra. Edilene Cambraia – Coordenadora do GT e Diretora do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas (MAPA)

Sr. Henrique Bley – Coordenador Adjunto do GT e Coordenador-Geral de Fertilizantes, Inoculantes e Corretivos (MAPA)

Sra. Tatiane Almeida – Coordenadora Adjunta e Chefe da Divisão de Registro de Produto Formulado (MAPA)

Representantes do MAPA, MDIC, MDA, Embrapa, Anvisa e Ibama

Representantes da sociedade civil

Pela ABINBIO: Sr. Artur Soares e Sr. Thiago Queiroz

Próximas reuniões do GT de Regulamentação dos Bioinsumos:

29/10 – Organomineral

31/10 – Incentivos e Boas Práticas de Fabricação

04 e 06/11 – Produção On Farm

11/11 – Reunião Geral (Aprosoja)

13/11 – Incentivos e Boas Práticas de Fabricação

25/11 – Reunião de Consolidação dos Trabalhos

 





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tecnologia brasileira Arbolina aumenta a produtividade ao sinalizar processos fisiológicos das plantas


Produto potencializa a fotossíntese das plantas e melhora a rentabilidade no campo — com resultados já comprovados no Brasil, Europa e América do Sul.

Diante de um cenário cada vez mais desafiador para o campo, com pressões climáticas, custos crescentes e exigência por sustentabilidade, agricultores buscam soluções que aliem ciência, eficiência e retorno financeiro. E é justamente nesse contexto que a Arbolina vem se destacando.

Trata-se de uma inovação genuinamente brasileira desenvolvida pela Krilltech, em parceria com a Embrapa e a Universidade de Brasília (UnB), que atua como sinalizador fisiológico primário nas plantas, ativando rotas ligadas à fotossíntese e ao metabolismo energético. “A Arbolina é resultado de uma tecnologia inovadora e patenteada não só pela Krilltech, mas também por instituições de pesquisa reconhecidas internacionalmente”, afirma Everton Molina Campos, diretor de marketing e comércio exterior da empresa.

Muito além de um bioestimulante: é ciência aplicada à fisiologia

A base da Arbolina é a Carbon Dot 1, uma nanopartícula de carbono com cerca de 5 nanômetros, cuja superfície foi modificada para sinalizar processos fisiológicos relacionados aos Fotossistemas II e I das plantas. Essa sinalização melhora a captura e a conversão de luz, otimizando a eficiência fotossintética. O aumento na produção de açúcares e na geração de energia (ATP) alimenta rotas metabólicas como o Ciclo de Krebs, resultando em um desempenho fisiológico superior da planta.

No campo, os resultados são visíveis: plantas mais equilibradas, com melhor absorção de nutrientes, aproveitamento hídrico eficiente e maior resiliência frente a estresses térmicos, hídricos e químicos.

Rentabilidade comprovada em diversas culturas

A Arbolina já foi testada em diversos protocolos conduzidos por consultorias agronômicas independentes em várias regiões do Brasil. Os números falam por si:

– Soja: incremento médio de 4,8 sacas/ha e retorno de R$ 3,80 para cada R$ 1 investido;

– Batata: retorno superior a R$ 11 por real aplicado;

– Café arábica: ganhos acima de R$ 30 por hectare;

– Uva Niagara: retorno de R$ 5 por R$ 1 investido;

– Resultados expressivos também foram registrados em morango, tomate, cenoura, figo, abobrinha, goiaba, entre outras culturas.

Aplicação foliar com amplos benefícios

Por ser uma nanopartícula de carbono, a Arbolina é biocompatível, atóxica e benéfica à microbiota do solo, o que a torna compatível com práticas de agricultura regenerativa. Estudos do Professor Hércules Diniz Campos, do CTA (Centro de Tecnologia Agrícola – Rio Verde), demonstram seu potencial em potencializar o controle de doenças e nematoides como Fusarium sp. e P. Brachyurus quando utilizada em associação com produtos biológicos.

“A Arbolina não é um defensivo, mas ao estimular os processos fisiológicos da planta, aumenta a liberação de exsudatos radiculares que atraem microrganismos benéficos — o que potencializa o controle biológico natural”, explica Everton.

A aplicação é foliar, com rápida absorção pelas folhas e ampla translocação por toda a planta.

De tecnologia nacional a solução global

O sucesso da Arbolina já cruzou fronteiras. A tecnologia está sendo utilizada na União Europeia e no Uruguai, com os mesmos ganhos de produtividade e rentabilidade obtidos no Brasil. A Krilltech também avança nas fases finais de testes e registro nos Estados Unidos, Índia, África do Sul, Peru e Paraguai, levando a inovação agrícola brasileira para os principais mercados do mundo.

“Se antes o Brasil importava tecnologia, hoje exportamos alimentos e soluções de ponta. A Arbolina é prova disso — uma tecnologia que está transformando a agricultura global”, destaca Everton Molina Campos.

Finalista do Desafio Al Miyah para Agricultura em Dubai e representante do Brasil no G20 Digital Innovation Alliance, a Krilltech, que integra o Grupo Casa Bugre, reafirma sua missão: transformar ciência em eficiência fisiológica — e eficiência em rentabilidade para o produtor.

Carbon Dots: novas soluções para uma nova agricultura

A ciência por trás da Arbolina já deu origem a novos produtos. Se a Carbon Dot 1 atua em processos fisiológicos primários ligados à fotossíntese, outras Carbon Dots estão sendo desenvolvidas para atuar em vias metabólicas específicas por cultura.

Além da Arbolina, a Krilltech já possui em seu portfólio:

–  KrillGrowth, para cana-de-açúcar;

–  KrillBloom, para algodão;

–  KrillMax, para milho;

– KrillSet, voltado à citricultura.

“Já desenvolvemos quatro Carbon Dots e temos outras dez em andamento. Todas com o objetivo de ajudar a agricultura mundial a alcançar novos patamares de produtividade e contribuir com a segurança alimentar”, finaliza Everton.

 





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Farelo de soja sobe e óleo recua no Mato Grosso



Mercado internacional influencia soja no estado



Foto: USDA

Segundo a análise semanal do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgada na segunda-feira (27), as cotações do óleo de soja na CME Group registraram alta de 0,31% em relação à semana anterior, encerrando o período com média de US$ 50,71 por libra-peso. De acordo com o instituto, o aumento foi influenciado pela valorização do petróleo Brent, que sustentou os preços do derivado ao longo da semana.

Em relação ao farelo de soja, o Imea destacou que o produto apresentou valorização de 4,11%, sendo negociado a US$ 287,81 por tonelada. “O avanço foi sustentado pela elevação nos preços da soja em grão, impulsionada pela expectativa de um possível acordo comercial entre os Estados Unidos e a China”, informou o instituto.

No mercado de Mato Grosso, o comportamento foi diferente. O óleo de soja registrou queda de 0,64% em comparação à semana anterior, com preço médio de R$ 6.658,72 por tonelada. Segundo o boletim, esse recuo está relacionado à demanda enfraquecida, já que os compradores se encontravam bem abastecidos no período.

Por outro lado, as cotações do farelo de soja no estado apresentaram incremento semanal de 1,52%, encerrando a média em R$ 1.512,91 por tonelada. O Imea observou que o movimento acompanhou a tendência de alta observada no mercado internacional.





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Preços do boi gordo a R$ 350,00 por arroba: especulação ou realidade?


Analistas apontam os fatores que podem impulsionar ou limitar a valorização da arroba no mercado

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A arroba do boi gordo pode encerrar 2025 no patamar dos R$ 350,00? A questão divide analistas e pecuaristas: de um lado, há fundamentos que sustentam a possibilidade de alta, como exportações firmes, menor oferta de fêmeas e sazonalidade de fim de ano; de outro, o câmbio desfavorável, as taxas de confinamento e a forte concorrência das proteínas mais baratas podem frear esse movimento.

O fato é que os contratos futuros na Bolsa Brasileira (B3) estão operando com patamares próximos de R$ 318,00/@ para o mês de dezembro/25, enquanto as cotações no mercado físico se encontram na faixa de R$ 308,71/@, conforme reportou a Agrifatto em seu boletim diário. 

O analista Especialista em Mercados Agrícolas da Terra Investimentos, Geraldo Isoldi relembra que, no anúncio do chamado tarifaço, os compradores reagiram com certo “pânico”, o que pressionou momentaneamente as cotações. Para o analista, esse movimento não tinha fundamento, já que os números atuais das exportações confirmam a solidez da demanda externa. “Na época, a indústria se aproveitou da surpresa do lado vendedor, alongando escalas com contratos a termo e abastecimento de confinamentos próprios”, observa.

Isoldi avalia que as atuais cotações do boi gordo estão subestimadas e que a arroba deve voltar a subir, podendo alcançar patamares próximos de R$ 350,00 até o fim do ano. Segundo ele, existe quase um consenso no mercado de que a valorização virá, mas a grande dúvida está no timing desse movimento.

O último trimestre de 2025 traz perspectivas positivas para o pecuarista, segundo o analista Fernando Henrique Iglesias. Ele destaca que este é o período de maior demanda do ano, com exportações aquecidas e interesse recorde pela carne brasileira no mercado internacional.

“No entanto, o preço da arroba deve encontrar limites neste cenário. O patamar de R$ 350 me parece menos provável, justamente porque, apesar da super demanda, o abate no país vai atingir níveis recordes, refletindo uma superoferta de animais”, explica Iglesias.

Para o produtor, isso significa que, mesmo diante da alta competitividade externa, é possível esperar alguma recuperação nos preços do boi gordo neste último trimestre do ano, mas dentro de um teto moderado entre R$ 330,00 e R$ 340,00 por arroba.

Boi Gordo destaque | Foto: Secretária da Agricultura de SP
Boi Gordo destaque | Foto: Secretária da Agricultura de SP

Para ajudar a entender os fatores que devem seguir no radar do mercado, o Notícias Agrícolas separou tópicos que podem impulsionar ou limitar os preços da arroba neste último trimestre. 

Fatores que podem impulsionar os preços

Demanda externa aquecida:

Em 2025, a China segue como protagonista na demanda pela carne bovina brasileira, consolidando-se como o principal destino das exportações do setor. O apetite do mercado chinês se mantém firme, impulsionado pela recuperação da economia local e pela necessidade de suprir um consumo interno crescente, ainda dependente das importações para atender à população de mais de 1,4 bilhão de pessoas.

Ao mesmo tempo, o Brasil amplia seu alcance internacional com a abertura de novos mercados, como o Vietnã, que vem se destacando como um comprador em ascensão na Ásia. Essa diversificação ajuda a reduzir a dependência da China e reforça a posição do país como um dos principais exportadores globais de proteína animal.

Lorenzo Junqueira, pecuarista e gestor do Agro Bacuri, destaca que o cenário das exportações segue como um fator-chave para o mercado da carne bovina brasileira. Segundo ele, a China, principal cliente do país, continua batendo recordes de importação, e a proximidade do Ano Novo Lunar tende a acelerar ainda mais os embarques.

Além disso, Junqueira ressalta que a abertura de novos mercados internacionais tem ampliado o horizonte para a carne brasileira, oferecendo oportunidades para sustentar a demanda externa mesmo diante de ajustes na oferta doméstica. “O cenário externo segue favorável e deve continuar influenciando positivamente os preços da arroba nos próximos meses”, avalia.

Oferta mais restrita:

Para Ronaty Makuko, analista da Pátria Agronegócios, o movimento de oferta no mercado do boi gordo deve ser influenciado principalmente pela menor disponibilidade de boi magro e pela redução no descarte de fêmeas. Esses dois fatores tendem a atuar como estímulos para uma possível valorização das cotações nos próximos meses.

No entanto, ele pondera que, no curto prazo, o cenário ainda é de estabilidade. “Até outubro, é difícil enxergar grandes movimentos, porque o mercado já está muito bem posicionado nos contratos a termo. Isso limita a possibilidade de ajustes mais expressivos, inclusive para setembro”, destacou.

A análise reforça que a virada de preços deve depender da combinação entre a menor oferta de animais e a resposta da demanda — tanto no mercado interno, com a aproximação do período de maior consumo, quanto no externo, sustentado pelo bom desempenho das exportações.

Segundo Junqueira, apesar dos confinamentos estarem bem abastecidos neste momento, é fundamental observar a reposição e a movimentação da demanda para entender o comportamento futuro dos preços.

De acordo com ele, o mercado registra recordes sucessivos nas exportações de carne bovina, ao mesmo tempo em que a reposição de boi magro nos confinamentos está abaixo de 1 — ou seja, saem mais animais do que entram. Esse fator sinaliza uma escassez de boi magro no mercado.

“Com esse contexto, novembro e dezembro tendem a ser meses de oferta enxuta de boi gordo, justamente no período em que a demanda se aquece, tanto no mercado interno, impulsionada pelo consumo de fim de ano, quanto nas exportações”, destacou Junqueira.

O analista de mercado Ronaty Makuko destacou que a diferença no ritmo de abates entre frigoríficos pequenos e grandes tem marcado o atual cenário da pecuária de corte. Enquanto as indústrias menores operam com escalas bastante curtas, de apenas três a quatro dias, os grandes frigoríficos seguem em situação mais confortável, com programações que variam entre 9 e até 15 dias em alguns estados.

Segundo Makuko, essa discrepância reflete o maior poder de compra e de negociação das grandes plantas, que conseguem assegurar a oferta de animais por mais tempo, em contraste com a pressão enfrentada pelos pequenos. Ele ressalta ainda que, em São Paulo, uma das principais regiões de referência da pecuária, o mercado segue aquecido, o que pode abrir espaço para flertes de valorização no preço da arroba já em dezembro.

O consultor da Aliá Investimentos, João Bosco Bittencourt Júnior  avalia que o mercado do boi gordo deve encerrar 2025 em níveis próximos aos registrados no início do ano. Para que a arroba alcance os R$ 350, ele projeta uma valorização em torno de 8,5% a 10,5% em relação aos preços atuais, que estão entre R$ 315,00 e R$ 320,00. Esse movimento, segundo ele, é compatível com o que historicamente ocorre em períodos de virada de ciclo pecuário.

Bosco reforça que a valorização é possível, mas depende de uma sustentação maior tanto do mercado interno quanto das exportações, que hoje já se mostram bastante aquecidas. “Para que esse boi de R$ 350,00 aconteça, precisamos que a demanda esteja firme dos dois lados”, afirma.

Quanto ao impacto do confinamento sobre os preços, o analista não acredita que a oferta de animais confinados seja um fator limitante para a arroba. Na sua visão, o ponto-chave está no consumo: “A demanda é quem pode limitar o preço. A oferta vai acontecer, mas se o consumo não crescer, o reflexo no valor da arroba será limitado”.

Assim, a expectativa é de que o segundo semestre traga valorização gradual, com boas chances de alcançar o patamar de R$ 350, desde que a demanda acompanhe o ritmo da oferta.

Para Rodrigo Costa, analista da Pine Agronegócios, os números recentes do IBGE chamaram atenção ao evidenciarem mais uma vez o elevado volume de abates no país. Contudo, uma avaliação mais detalhada dos dados mostra que esse movimento tem perdido força gradualmente, especialmente no caso das fêmeas.

Segundo ele, a expectativa de uma virada de ciclo tem levado parte do mercado a interpretar momentos de maior firmeza nos preços como sinal de mudança estrutural no ritmo de descarte. “Na prática, ainda estamos atravessando a saída da safra. Quem se guia apenas pela movimentação de preços pode se frustrar no curto prazo, já que ainda há oferta a ser colocada no mercado, principalmente dos animais do segundo e terceiro giro”, pontua Costa.

Sazonalidade interna:

Para Rodrigo Costa, analista da Pine Agronegócios, a ampla oferta atual não inviabiliza a valorização da arroba em 2025 — pelo contrário, é justamente esse cenário que reforça sua expectativa de preços mais firmes à frente. Segundo ele, o início de um ciclo de corte de juros deve aumentar o poder de compra da população, impulsionando o consumo no mercado interno.

A sazonalidade também deve atuar a favor da carne bovina: o pagamento do 13º salário, as festas de fim de ano e a manutenção de um ritmo firme nas exportações compõem fatores que tendem a sustentar a demanda e abrir espaço para uma recuperação mais consistente das cotações.

Competitividade internacional:

O câmbio segue sendo um dos pontos de maior atenção para o mercado pecuário brasileiro. Para Lorenzo Junqueira, pecuarista e gestor do Agro Bacuri, mesmo diante das oscilações recentes do dólar, a competitividade da carne bovina nacional continua elevada.

Segundo ele, o Brasil ainda conta com a arroba mais barata do mundo, o que garante vantagem no comércio internacional. “Por mais que o dólar esteja em patamares mais baixos, nossa competitividade sobra. A arroba brasileira continua sendo a mais barata”, destacou.

Junqueira acredita, no entanto, que o atual nível da moeda americana não deve se sustentar por muito tempo. Ele projeta uma retomada de alta no câmbio, influenciada pelo aumento dos gastos do governo e pelo risco fiscal. “Não imaginava que o dólar chegaria a esses níveis, mas vejo tendência de alta daqui para frente”, afirmou.

Na visão do pecuarista, mesmo que a moeda siga em patamares mais baixos no curto prazo, o Brasil ainda preserva ampla atratividade no mercado externo, sustentando o fluxo das exportações de carne bovina.

Fatores que podem limitar a alta

Câmbio:

O mercado do boi gordo deve enfrentar limitações na valorização até o final de 2025, aponta o analista Fernando Henrique Iglesias. Segundo ele, a recente movimentação cambial, com o dólar flertando com R$ 5,30, acaba pressionando as exportações brasileiras de commodities, impactando a competitividade da carne no mercado internacional.

“Isto tende a limitar o teto de alta do boi gordo entre R$ 330 e R$ 340 por arroba até o final do ano. O patamar de R$ 350 me parece menos provável”, afirma Iglesias.

Para Felipe Fabbri, analista da Scot Consultoria, o câmbio segue sendo um fator determinante para o mercado da carne bovina. Ele lembra que, entre outubro e dezembro do ano passado, a moeda americana chegou a R$ 6 e se manteve nesse patamar até o início de 2025, sustentando o ritmo das exportações e influenciando a competitividade da carne brasileira.

“Atualmente, o câmbio atingiu sua mínima dos últimos 12 a 15 meses, o que muda o contexto de competitividade em relação ao ano passado. Esse movimento precisa ser considerado na análise das tendências de preço e demanda para os próximos meses”, destaca Fabbri.

De acordo com a visão do Head de Agronegócios e Mercado de Capitais na A7 Capital, Raphael Galo, as possibilidades da arroba atingir novos patamares vem diminuindo muito nos últimos meses, principalmente atrelado ao fator câmbio. 

“Na minha visão se dólar continuar nesse patamar de R$ 5,30 a R$ 5,40 vai ser muito difícil isso acontecer esse ano. Há não ser que a oferta de animais se restrinja muito, principalmente de fêmeas”, informou.  

Confinamentos abastecidos: 

O analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias destaca que o setor pecuário vive uma temporada de confinamento recorde, com cerca de 500 mil cabeças a mais em relação ao ano passado. Esse volume extra de animais tem gerado impactos diretos no mercado do boi gordo.

Segundo Iglesias, a recuperação de preços em setembro deve ser bastante limitada, já que a entrada maciça de animais mantém as escalas de abate confortáveis para a indústria frigorífica. “A incidência de animais de parceria nesta primeira quinzena do mês reforça a pressão sobre o mercado”, explica.

O analista reforça que a superoferta continua sendo o principal limitador para reajustes mais consistentes da arroba no curto prazo.

Geraldo Isoldi, destaca que, após a primeira metade do ano, a indústria se abasteceu dos contratos a termo fechados anteriormente e também de seus próprios confinamentos, alongando as escalas e mantendo o mercado sob pressão. Além disso, a oferta para o segundo semestre tem se mostrado maior do que o esperado meses atrás, impulsionada não apenas por preços atrativos no primeiro semestre e pela baixa do milho, mas também por um ciclo pecuário que parece não ter fim.

Apesar desse cenário, Isoldi aponta que a atual demanda externa, combinada com o consumo doméstico, mesmo que moderado, consegue sustentar os preços acima dos níveis atuais. Na última sexta-feira, 12, o indicador DATAGRO registrou R$ 310,90.

O consultor ressalta que, enquanto a indústria continuar abastecida, seja por contratos ou confinamentos próprios, o mercado seguirá pressionado. No entanto, ele vê um ponto positivo: quanto mais tempo essa situação se prolongar, maior será a necessidade e o apetite da indústria quando retomarem as compras em maior volume.

Concorrência das proteínas:

O mercado de proteínas no Brasil segue marcado pela competitividade entre as carnes, e em 2025 o frango tem se destacado em relação à carne bovina. De acordo com Felipe Fabbri, analista da Scot Consultoria, nos últimos três meses a carne de frango tem se mostrado mais competitiva e a tendência é que esse cenário se mantenha até o final do ano.

No mercado interno, a expectativa é de incremento na demanda, impulsionado por uma melhora do poder de compra da população e por uma procura maior por proteínas de menor custo. No entanto, Fabbri lembra que o cenário de 2024 teve um diferencial importante: a eleição municipal, que trouxe uma injeção adicional de recursos na economia, o que reforçou o consumo no período de fim de ano.

Para este ano, o contexto é diferente. Os preços das carnes concorrentes, especialmente do frango, estão mais estáveis no atacado em comparação ao ano anterior, o que tende a reforçar a atratividade dessa proteína frente à carne bovina nas próximas semanas.

Margens da indústria:

As margens da indústria frigorífica seguem pressionadas em 2025. Segundo Fabbri, o cenário atual aponta para uma margem operacional em torno de 3% a 4%, considerando a arroba do boi gordo negociada a R$ 330,00 nos vencimentos de outubro e novembro e os preços da carne sem osso no atacado estáveis.

O analista destaca que, diferentemente do ano passado, a indústria não encontra tanto espaço para repassar altas no mercado interno. Em 2024, mesmo com a arroba a R$ 350, as margens foram sustentadas pela valorização do dólar em torno de R$ 6, pelo bom desempenho das exportações e pela aceitação do setor em reduzir ganhos no mercado doméstico para garantir maior volume.

Neste ano, no entanto, a conjuntura é distinta. Com o câmbio mais baixo e espaço limitado para reajustes na carne sem osso, a rentabilidade da indústria tende a ser mais restrita. “A margem de 3% a 4% já seria atingida com a arroba a R$ 330 nos preços atuais do atacado em São Paulo. Por isso, enxergamos dificuldade para que o mercado consiga sustentar a arroba a R$ 350,00 até o fim do ano”, avalia Fabbri.

Próximos meses 

A cotação de R$ 350,00 por arroba continua sendo uma incógnita no mercado da pecuária. O setor enfrenta um equilíbrio delicado, com fatores que indicam alta e outros que limitam o crescimento. O valor final só será definido nos próximos meses, e pecuaristas e analistas permanecem atentos na relação entre demanda e oferta para saber se a marca será, de fato, atingida.

Lorenzo Junqueira destaca que a mensagem é clara: é preciso “cadenciar as vendas” para aproveitar ao máximo a valorização esperada nos próximos meses. A perspectiva é de que o mercado continue em alta, e que os pecuaristas fiquem atentos a essa mudança de cenário.





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AgroNewsPolítica & Agro

Preços do boi gordo sobem em São Paulo e Pará



Preço do boi China sobe R$ 1 por arroba



Foto: Canva

De acordo com o informativo Tem Boi na Linha, divulgado nesta terça-feira (28) pela Scot Consultoria, as escalas de abate em São Paulo permaneceram curtas, com média de sete dias. De acordo com o levantamento, o encurtamento das escalas está relacionado à menor oferta de boiadas, o que levou as indústrias a elevar as ofertas de compra para garantir a matéria-prima e cumprir contratos.

Com esse cenário, a cotação do boi gordo e do “boi China” registrou alta de R$ 1,00 por arroba, enquanto os preços das fêmeas permaneceram estáveis no estado.

No Pará, as escalas de abate também encurtaram e a oferta de animais foi menor, resultando em aumento das cotações em todas as regiões. Em Marabá, o preço de todas as categorias subiu R$ 2,00 por arroba, com escalas médias de seis dias.

Em Redenção, o preço da vaca aumentou R$ 6,00 por arroba, e o da novilha, R$ 3,00 por arroba. As escalas de abate atendiam, em média, a cinco dias.

Em Paragominas, a cotação da novilha teve alta de R$ 3,00 por arroba, enquanto as demais categorias permaneceram estáveis. As escalas médias de abate foram de quatro dias.

Em Alagoas, tanto o boi gordo quanto a vaca registraram elevação de R$ 5,00 por arroba em relação ao dia anterior.





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AgroNewsPolítica & Agro

Novas metas de emissão reduzem em 17% impacto no clima


As atualizações das metas de emissão de gases do efeito estufa apresentadas por 64 países participantes do Acordo de Paris, juntas, são capazes de diminuir em 17% os impactos na mudança do clima, na comparação com as emissões em 2019. Na projeção para 2030, a redução é de 6%, em relação ao que havia sido proposto nas metas anteriores.

As informações foram divulgadas nesta terça-feira (28) no Relatório Síntese das Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC na sigla em inglês), publicado pelo secretariado da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês).

O documento é uma das ferramentas de avaliação do Acordo de Paris sobre o avanço das ações climáticas nas 198 nações que integram o tratado internacional, mas foi elaborado com base nas metas atualizadas por menos de um terço (64) dos países entre janeiro de 2024 e setembro de 2025.

De acordo com o relatório, se as novas NDCs forem plenamente cumpridas até 2035, serão capazes de reduzir as emissões em 13 bilhões de toneladas de gás carbônico equivalente (CO2e).

O documento destaca também que as ambições apresentadas mostram etapas claras para trajetórias de redução em longo prazo e objetivo de alcançar neutralidade nas emissões, “embora ainda seja necessária uma aceleração das ações”, destaca.

O relatório aponta ainda que as NDCs estão mais completas, indo além de ambições para mitigação ao incluírem elementos sobre adaptação, financiamento, transferência de tecnologia, capacitação e abordagem de perdas e danos e, ainda, refletindo de forma mais abrangente sobre o Acordo de Paris.

“As novas NDCs mostram uma progressão em termos de qualidade, credibilidade e cobertura econômica, com 89% das Partes comunicando metas para toda a economia”, destaca o relatório.

Na avaliação da presidente do Instituto Talanoa, Natalie Unterstell, as metas ficaram mais sofisticadas, mas o principal problema permanecerá.

“Estamos gerindo uma crise sem a urgência de uma crise. Há algo de profundamente equivocado em celebrar uma queda de 17% nas emissões quando a ciência diz que precisamos de 60%”, critica.

Para o líder de mudanças climáticas do WWF-Brasil, Alexandre Prado, o cenário é preocupante e indica que as ações climáticas continuam sendo adiadas e empurradas para as gerações futuras. Por outro lado, a integração de medidas de adaptação das cidades aos planos de redução das emissões pode ser considerada uma decisão promissora.

“Especialmente em ações baseadas na natureza, como a conservação de manguezais e florestas. Essas soluções reduzem custos, aumentam a resiliência das comunidades e trazem benefícios que vão muito além do carbono, como a manutenção da biodiversidade, da água e do equilíbrio climático”, explica.

Entre os países que apresentaram as novas NDCs, 75% incluíram a necessidade de soluções inovadoras e do fortalecimento da cooperação internacional para o desbloqueio de um financiamento climático capaz de viabilizar a implementação das metas nos países em desenvolvimento.   

Para o diretor sênior de políticas públicas e incentivos da Conservação Internacional, Gustavo Souza é essencial garantir que mecanismos como os mercados de carbono de alta integridade, o REDD+ e o Tropical Forest Forever Facility (TFFF) ofereçam financiamento previsível para aqueles que protegem a natureza.

“Apesar de uma maior ambição, as novas NDCs também destacam que persistem lacunas de financiamento para ações climáticas baseadas na natureza. As florestas representam um terço da solução global para as mudanças climáticas, mas recebem apenas 3% do financiamento climático. Esse desequilíbrio precisa ser corrigido”, reforça.

Desde que o Brasil foi escolhido como sede da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), a presidência brasileira que conduzirá a próxima rodada de negociações, tem se empenhado em incentivar a entrega das atualizações dos compromissos pelos países.

O Brasil foi o segundo país a entregar a NDC antes mesmo do primeiro prazo para entrega, em fevereiro, ser prorrogado para setembro.

Os 64 países incluídos no relatório foram os que entregaram dentro do novo prazo e não incluem os compromissos de grandes emissores como China e Índia.

“O mundo ainda aguarda dois terços das novas NDCs esperadas e, a menos de duas semanas da COP30 em Belém, mais países precisam submeter suas NDCs para sinalizar que a ambição coletiva está aumentando e que as metas do Acordo de Paris continuam ao nosso alcance”, destaca Gustavo Souza.





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