Tilapicultura registra melhor série histórica de crescimento de uma proteína no Brasil
A tilápia ganhou espaço no mercado internacional e se consolidou como a única espécie de peixe com status de commodity global. Atualmente, mais de 140 países comercializam a proteína animal.
De acordo com Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR), o Brasil é hoje o terceiro maior exportador de tilápia para os Estados Unidos e deve registrar em 2025 um dos melhores desempenhos de sua história no comércio exterior.
Para o presidente da entidade, Francisco Medeiros, essa performance é impulsionada por uma série de fatores. “A tilápia é um peixe de sabor suave, preparo fácil e alto valor nutricional, o que contribui para sua aceitação mundial.”
Somado a isso, os recursos hídricos, clima propício, disponibilidade de insumos e, principalmente, empreendedores especializados em outras commodities contribuíram para a expansão da atividade no mercado brasileiro.
VBP da tilapicultura
No país, a Região Sul larga na frente na produção nacional, impulsionada pela concentração de empresas avícolas e adoção de sistema de integração.
De acordo com Medeiros, outro fator estratégico é a eticidade — que, quando bem manejada, eleva significativamente os índices de produtividade e pode facilmente ser incorporada à realidade das pequenas propriedades.
“Em números, o Valor Bruto de Produção (VBP) é estimado em R$ 6,6 bilhões por ano. Nos últimos 11, a tilapicultura cresceu mais de 10% ao ano, registrando a melhor série histórica de uma proteína no Brasil”, destaca.
Segundo ele, essa popularização favoreceu o desenvolvimento tecnológico em todas as etapas da cadeia, desde a genética e produção de vacinas até rações e equipamentos de processamento.
Para 2025, a expectativa é de crescimento contínuo, mesmo diante de oscilações no poder de compra e nos custos de insumos. “Temos um ambiente favorável, com geração de negócios em toda a cadeia produtiva. A tilápia continuará avançando nos próximos cinco anos, com destaque para as exportações e para o fortalecimento do mercado interno”, conclui Medeiros.