quinta-feira, julho 17, 2025

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Peru, Jordânia e Hong Kong retiram restrições de exportação à carne de aves brasileira


Nesta terça-feira (15), Peru, Jordânia e Hong Kong retiraram as restrições à exportação de carne de frango brasileira, após a conclusão do foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), registrado no município de Montenegro (RS). 

Além disso, o Kuwait reduziu as restrições do estado do Rio Grande do Sul ao município de Montenegro (RS).  

A situação atual das restrições das exportações brasileiras de carne de aves é a seguinte: 

Sem restrição de exportação: África do Sul, Argélia, Argentina, Bolívia, Bósnia e Herzegovina, Cuba, Egito, El Salvador, Emirados Árabes Unidos, Filipinas, Índia, Iraque, Jordânia, Hong Kong, Lesoto, Líbia, Marrocos, Mauritânia, México, Mianmar, Montenegro, Paraguai, Peru, República Dominicana, Reino Unido, Singapura, Sri Lanka, Uruguai, Vanuatu e Vietnã. 

Suspensão total das exportações de carne de aves do Brasil: Albânia, Canadá, Chile, China, Macedônia do Norte, Malásia, Paquistão, Timor-Leste, União Europeia. 

Suspensão restrita ao estado do Rio Grande do Sul: Angola, Arábia Saudita, Armênia, Bahrein, Bielorrússia, Cazaquistão, Coreia do Sul, Namíbia, Omã, Quirguistão, Rússia, Tajiquistão, Turquia e Ucrânia. 

Suspensão limitada ao município de Montenegro (RS): Catar e Kuwait 

Suspensão limitada aos municípios de Montenegro, Campinápolis e Santo Antônio da Barra: Japão 

Suspensão limitada à zona: Maurício, Nova Caledônia, São Cristóvão e Nevis, Suriname e Uzbequistão. O reconhecimento de zonas específicas é denominado regionalização, conforme previsto no Código Terrestre da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e no Acordo sobre Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (SPS) da Organização Mundial do Comércio (OMC). 

 





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Desencorajado, produtor brasileiro reduz área plantada com trigo


A safra de trigo plantada em 2025 no Brasil será marcada por uma retração expressiva na área plantada, reflexo direto da perda de confiança do produtor diante de um cenário comercial e climático adverso. A estimativa mais recente aponta uma redução de 23,3%, com 2,259 milhões de hectares cultivados — 688 mil a menos que no ciclo anterior (2,947 milhões).

O movimento de retração é generalizado e atinge os principais polos produtivos. No Paraná, a queda na área chega a 25,7%; no Rio Grande do Sul, 22,7%; em Santa Catarina, 20%; Minas Gerais e São Paulo também apontam quedas superiores a 22%. Apenas a Bahia, onde predomina o cultivo irrigado, apresentou avanço, embora modesto (+4,2%) e sobre uma base ainda pequena.

A redução da área brasileira de trigo decorre de um conjunto de fatores. No campo, os impactos climáticos da temporada passada — com perdas severas em diversas regiões — e o excesso de chuvas no momento do plantio geraram atrasos e, em alguns casos, inviabilizaram o cultivo. A ocorrência de geadas no Paraná no ano passado, além de comprometer lavouras, acentuou o receio do produtor quanto à viabilidade da cultura.

Culturas de inverno concorrentes, como milho safrinha e sorgo, têm oferecido maior liquidez, menor risco e melhor retorno na composição da rentabilidade da propriedade — especialmente considerando os efeitos sobre a produtividade da soja em sucessão.

Em regiões onde não há concorrência com culturas de segunda safra, muitos produtores optaram por culturas de cobertura, visando aproveitar a melhor janela para o plantio da soja. Outros devem entrar com milho de verão, pensando em uma segunda safra de soja.

No plano econômico, o desestímulo é evidente. Os preços internos recuaram, os custos seguem elevados e as margens estão comprimidas. Mesmo com a baixa oferta no mercado interno, os moinhos encontram no trigo importado uma alternativa competitiva, favorecida por preços internacionais em queda e pela valorização recente do real. Muitos produtores, reticentes quanto à viabilidade do plantio, adiaram a decisão e, diante do achatamento das cotações, acabaram optando por não investir no cereal de inverno.

A falta de seguro rural acessível e efetivo agrava o problema. Em uma cultura marcada por riscos climáticos elevados — como geadas, excesso de chuvas e estiagens —, a ausência de mecanismos de proteção contra perdas limita o interesse tanto do produtor quanto do financiador. Sem cobertura adequada, o risco da operação recai integralmente sobre o produtor, o que reforça o comportamento defensivo diante das incertezas.

Soma-se a isso a dificuldade de acesso ao crédito e o impacto dos juros elevados. A restrição do crédito rural foi um dos principais limitadores da triticultura, especialmente para o cultivo de sequeiro (Sul e Sudeste), onde o financiamento é essencial para viabilizar uma cultura de risco climático elevado e retorno incerto.

Com margens cada vez mais pressionadas, o trigo exige planejamento técnico e financeiro rigoroso. O problema é que, após sucessivos choques climáticos e preços baixos, muitos produtores — especialmente os de pequeno e médio porte — encontram-se descapitalizados.

Sem caixa e com dificuldade de apresentar garantias, ficaram fora das linhas oficiais de crédito. A situação é ainda mais crítica no Rio Grande do Sul, onde as perdas com a soja na safra de verão comprometeram a capacidade de pagamento, restringindo ainda mais o acesso a novos recursos.

No mercado privado, as alternativas também encolheram. Com juros altos e aumento da inadimplência, bancos e tradings adotaram uma postura mais seletiva e conservadora. Para muitos produtores, isso significou a opção por reduzir a área plantada, abrir mão de tecnologia ou até abandonar temporariamente a cultura.

A produção nacional, já ajustada aos danos causados pelas intempéries climáticas (até o momento), está projetada em 7,105 milhões de toneladas, retração de 8,6% frente à safra anterior (7,77 milhões). A queda foi parcialmente compensada pelo ganho de produtividade média (+19,3%), estimada em 3.145 kg/ha, com destaque para estados que haviam sofrido perdas no ciclo anterior, como Minas Gerais (+62,6%) e Paraná (+52,6%).

Apesar disso, a oferta interna continuará limitada. O Rio Grande do Sul deverá colher 3 milhões de toneladas (queda de 24,1%) e o Paraná, 2,7 milhões (alta de 13,4%) — volume ainda insuficiente para abastecer os moinhos locais, cuja moagem gira em torno de 3,850 milhões de toneladas, o que obrigará o estado a buscar trigo em outras regiões ou no mercado externo.

Em síntese, a retração da área plantada com trigo em 2025/26 reflete um ciclo de desconfiança do produtor, desestímulo financeiro e riscos climáticos acumulados. Mesmo com ganhos de produtividade pontuais, a menor escala da safra compromete a segurança da oferta e mantém o país estruturalmente dependente das importações.

O mercado segue atento à evolução climática e à resposta do produtor diante de uma conjuntura que exige crédito acessível, proteção contra perdas e maior previsibilidade de receita para garantir o mínimo de estabilidade à triticultura brasileira.

Diante de tanta incerteza, o Cerrado brasileiro pode ser um bom exemplo, onde a indústria e o campo estão buscando uma aproximação para a viabilização da cultura. Ao produtor, o trigo é uma alternativa de renda. Aos moinhos, a garantia de produto de qualidade.

Élcio Bento, especialista em trigo da Safras & Mercado

*Élcio Bento é especialista em trigo graduado em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Faz parte da divisão de especialistas de Safras & Mercado há mais de 20 anos


Canal Rural não se responsabiliza pelas opiniões e conceitos emitidos nos textos desta sessão, sendo os conteúdos de inteira responsabilidade de seus autores. A empresa se reserva o direito de fazer ajustes no texto para adequação às normas de publicação.



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Lula enfrenta Trump e ganha fôlego político


A escalada de tensão entre Brasil e Estados Unidos chegou a um novo patamar em julho de 2025. Em gesto inédito desde o retorno de Donald Trump à presidência americana, a Casa Branca anunciou, no dia 9, a intenção de impor tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros — uma retaliação política disfarçada de investigação comercial.

A justificativa formal da ação é a abertura, pelo Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR), de uma investigação sob a Seção 301 da Lei de Comércio de 1974, alegando práticas brasileiras que supostamente dificultam o comércio digital, criam barreiras para o etanol americano, favorecem parceiros comerciais com tarifas preferenciais e impõem exigências ambientais e anticorrupção consideradas excessivas.

No pano de fundo, porém, está o incômodo de Trump com o julgamento de Bolsonaro no Brasil, que ele classificou como “perseguição ideológica”.

É evidente que a ofensiva americana não se sustenta tecnicamente. Trata-se de uma medida de fundo político, orientada pelo alinhamento de Trump com Jair Bolsonaro e por seu interesse eleitoral em reforçar sua base conservadora.

Em vez de priorizar o pragmatismo diplomático, o presidente dos EUA optou por adotar um tom beligerante, instrumentalizando o comércio internacional como forma de pressionar o governo brasileiro.

A resposta do Brasil, até o momento, foi firme e institucional. A possível convocação da embaixadora brasileira em Washington para consultas e a possibilidade de uso da Lei de Reciprocidade Econômica mostram que o governo Lula está disposto a reagir, sem histrionismo, mas com clareza.

No Congresso Nacional, uma rara convergência de lideranças partidárias, de diferentes matizes ideológicos, começou a se formar para defender o Brasil daquilo que já é visto como uma agressão comercial injusta. Nos bastidores, nomes influentes da política já articulam uma frente ampla, não em torno de Lula, mas em torno do Brasil.

Ataque no coração da economia brasileira

A investigação americana atinge em cheio setores cruciais da economia brasileira: agronegócio, biocombustíveis e tecnologia. Produtos como madeira, etanol, carne e insumos agrícolas estão entre os alvos mais ameaçados.

Empresas brasileiras que atuam com meios de pagamento digital, como o Pix, também podem ser afetadas, caso Washington imponha restrições técnicas ou tarifárias sobre plataformas e serviços considerados concorrentes.

É um ataque frontal ao carro-chefe das exportações brasileiras, em um momento já marcado por alta de juros, volatilidade de preços internacionais e eventos climáticos extremos que dificultam o planejamento e a rentabilidade do setor.

Lula ganha fôlego

Surpreendentemente, o episódio trouxe um efeito colateral positivo para o governo brasileiro. A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (16) mostra que a popularidade de Lula oscilou positivamente dentro da margem de erro, passando de 40% para 43% de avaliação positiva. A desaprovação caiu de 57% para 53%.

Analistas apontam que a firmeza do presidente frente à ameaça dos EUA reforçou a imagem de um líder disposto a defender os interesses do país. O discurso de soberania nacional voltou ao centro do debate político, e pode se consolidar como uma das âncoras da estratégia eleitoral de Lula rumo às eleições de 2026.

A movimentação simultânea no Legislativo indica que, mesmo em um cenário polarizado, o Brasil ainda é capaz de reagir com maturidade institucional diante de ameaças externas. A coesão entre Executivo e Congresso, mesmo que pontual, pode ser decisiva na contenção dos efeitos econômicos e diplomáticos da crise.

Ensinamento ao Brasil

O episódio deve servir de alerta ao Brasil: crescer como potência exportadora sem avançar em maturidade política e estratégica nos torna vulneráveis. É preciso investir em diplomacia econômica, fortalecer canais multilaterais e diversificar mercados.

Aceitar passivamente cotas ou sanções seria legitimar uma chantagem geopolítica. O Brasil precisa reagir com altivez, amparado em dados, em alianças internacionais e no compromisso com a previsibilidade dos acordos comerciais.

O futuro do agronegócio e da economia brasileira está em jogo, e será definido não apenas nos portos, mas nas mesas de negociação diplomática, nos bastidores do Congresso e nas urnas. O país precisa de serenidade, firmeza e inteligência estratégica para enfrentar mais essa turbulência.

Miguel DaoudMiguel Daoud

*Miguel Daoud é comentarista de Economia e Política do Canal Rural


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Haddad espera decisão rápida de Alexandre de Moraes sobre IOF



O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, espera uma decisão rápida, ainda esta semana, do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o impasse entre o governo federal e o Legislativo sobre as medidas que aumentavam alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), em afirmação feita nessa terça-feira (15). Para Haddad, 90% do decreto do governo é incontroverso.

Ontem, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, relator do caso, promoveu audiência de conciliação, mas não houve acordo. Segundo Haddad, a questão pendente é sobre as operações sobre risco sacado, quando o fornecedor recebe do banco antecipadamente o valor que receberia do comprador.

“O ministro Alexandre está totalmente apropriado. Falou com os presidentes das duas casas [Câmara e Senado], falou comigo pessoalmente, depois falou comigo por telefone. Ele está bem apropriado da situação, tirou todas as dúvidas a respeito, tanto do ponto de vista econômico quanto do ponto de vista jurídico, formal”, disse Haddad.

“E eu tenho impressão que é uma decisão que sai rápido e muito convergente com as necessidades do país. Independentemente de um detalhe ou outro que possa ter ficado”, acrescentou o ministro em conversa com jornalistas, no Ministério da Fazenda.

Em maio, decreto elaborado pelo Ministério da Fazenda aumentou o IOF para operações de crédito, de seguros e de câmbio, com o objetivo de reforçar as receitas do governo e atender às metas do arcabouço fiscal. A estimativa é de R$ 12 bilhões em aumento de arrecadação. Segundo Haddad, a questão do risco, representa cerca de 10% desse volume.

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“A Fazenda entende que o risco sacado é uma operação de crédito como outra qualquer. Quando você desonera o risco sacado de IOF, você está favorecendo a grande empresa em detrimento da pequena. A pequena paga. A operação é, geralmente, a mesma”, explicou.

A maioria dos parlamentares, entretanto, não concordou com a elevação das alíquotas e, em junho, derrubou o decreto presidencial. No início deste mês, a Advocacia-Geral da União (AGU), então, protocolou ação declaratória de constitucionalidade, e, após ser designado relator do caso na Corte, Alexandre de Moraes suspendeu todos os decretos sobre as mudanças na cobrança do imposto.

Segundo Haddad, não há mais conversas marcadas e as partes aguardam, agora, a decisão do ministro. “Eu entendo que, pelas discussões que nós fizemos sobre o que é controverso e que é incontroverso, nós vamos chegar numa boa solução. É a minha expectativa, pode ser que eu me frustre”, destacou.



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Aberto edital público para startups com soluções para a soja



A Embrapa Soja lançará oficialmente, no dia 23 de julho, a 5ª edição do Soja Open Innovation, um edital público voltado à seleção de startups e empresas de base tecnológica com propostas de soluções inovadoras e sustentáveis para o sistema de produção de soja no Brasil.

O anúncio será feito às 9h30, na Arena de Inovação, durante o Congresso Brasileiro de Soja (CBSoja) e o Mercosoja 2025, que acontecem de 21 a 24 de julho, em Campinas (SP). Saiba o passo a passo aqui.

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Com foco em Bioinsumos, Agricultura Digital e Genética Avançada, a chamada pública busca atrair projetos capazes de transformar o processo produtivo da soja por meio da inovação aberta. “Buscamos parcerias, por meio de propostas que invistam em soluções sustentáveis e inovadoras e gerem valor para o sistema de produção de soja”, afirma Carina Rufino, chefe de Transferência de Tecnologias da Embrapa Soja.

Prazo para as startups

O prazo para envio das propostas de startups vai de 23 de julho a 16 de agosto de 2025. As selecionadas terão a oportunidade de avançar para contratos de cooperação técnica com a Embrapa Soja, contando com mentoria especializada durante o desenvolvimento dos projetos. O anúncio das propostas escolhidas será em 27 de agosto, e a previsão é que as atividades comecem em 6 de setembro.

Desde a primeira edição do Soja Open Innovation, 63 propostas já foram selecionadas para desenvolvimento conjunto com a Embrapa. Mais informações e o edital completo estão disponíveis em: www.embrapa.br/soja/open-innovation.

CBSoja e Mercosoja 2025

A quinta edição do Soja Open Innovation será um dos destaques da programação do CBSoja e Mercosoja 2025, que marcam também os 50 anos da Embrapa Soja. O tema central do evento será: “100 anos de soja no Brasil: pilares para o amanhã”. Com expectativa de reunir cerca de 2 mil participantes, o congresso é considerado o maior fórum técnico-científico da cadeia da soja na América do Sul.

A programação técnica inclui 4 conferências, 15 painéis e mais de 50 palestras com especialistas do Brasil e do exterior. Entre as novidades está o espaço Mãos à Obra, dedicado a debates práticos sobre cinco grandes temas: fertilidade do solo e adubação, manejo de nematoides, controle de plantas daninhas, bioinsumos e impedimentos ao desenvolvimento radicular.

Além disso, foram aprovados 328 trabalhos técnico-científicos para a sessão pôster. Outro destaque será o workshop internacional Soybean2035, com o tema “A decadal vision for soybean biotechnology”, que contará com palestrantes da China, Estados Unidos, Canadá e Brasil, discutindo os próximos 10 anos da biotecnologia voltada à soja.



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Capim quebra-fazendeiro ameaça pastagens com sementes piratas


Um inimigo silencioso está avançando sobre as pastagens brasileiras: o capim quebra-fazendeiro, também conhecido como capim Custódio. Antes restrito ao Centro-Oeste, essa erva daninha agora se alastra pelo estado do Pará, comprometendo a produtividade de fazendas e preocupando os pecuaristas. Quer saber como identificar o capim “quebra-fazendeiro” e como proteger sua propriedade desse prejuízo? Assista à entrevista completa abaixo!

O alerta foi dado pelo professor Salim Jacaúna, doutor pela ESALQ e professor da Universidade Federal do Pará, em entrevista ao programa Giro do Boi.

Segundo ele, a principal forma de disseminação do capim é por meio de sementes piratas, falsificadas e sem controle de qualidade. A recomendação é clara: identificar o problema o quanto antes e evitar a entrada da planta na propriedade.

Como o capim Custódio se espalha e prejudica a produção

A planta capim A planta capim
A planta capim “quebra-fazendeiro” ou capim Custódio. Foto: Salim Jacaúna

O capim quebra-fazendeiro ou capim Custódio se tornou um desafio crescente nas pastagens brasileiras. Ele já é encontrado no meio de lavouras de grãos e nas margens das estradas. Sua propagação é facilitada por sementes leves e aderentes, que se fixam em animais, máquinas e implementos.

Entre os principais prejuízos causados por esse capim estão:

  • Redução da produção de forragem em até 50%
  • Competição agressiva por nutrientes, graças ao seu sistema radicular robusto
  • Formação de reboleiras que dificultam o pastejo
  • Rejeição pelo gado, principalmente na fase de floração

Além disso, por ser da mesma família das braquiárias, seu controle com herbicidas seletivos é extremamente difícil. Isso exige um plano de manejo integrado.

Como evitar e combater a erva daninha nas pastagens

Insfestação de capim Insfestação de capim
Insfestação de capim “quebra-fazendeiro” ou capim Custódio. Foto: Salim Jacaúna

A roçada pode piorar o problema, pois espalha as sementes para outras áreas da fazenda. O professor Salim orienta os produtores a adotar medidas conjuntas:

  • Herbicida específico: uso de Nicosulfuron, com orientação técnica
  • Calagem e adubação: melhora do solo para favorecer o capim desejado
  • Escolha do capim cultivado: preferir espécies prostradas para sufocar o invasor
  • Controle de entrada: higienização de colhedoras e quarentena de animais recém-comprados

Um cuidado importante é não soltar gado novo direto no pasto. O ideal é mantê-lo por alguns dias no curral para que libere sementes no esterco antes de ir a campo. Essa prática ajuda a barrar a entrada de plantas daninhas desconhecidas.

Informação e prevenção são a chave para proteger sua fazenda

Detalhe do sistema radicular do capim Detalhe do sistema radicular do capim
Detalhe do sistema radicular do capim “quebra-fazendeiro” ou capim Custódio. Foto: Salim Jacaúna

O avanço do capim quebra-fazendeiro é uma realidade preocupante. No entanto, com informação de qualidade, atenção ao manejo e boas práticas de compra e plantio de sementes, é possível evitar que essa erva comprometa o potencial produtivo da sua propriedade.

Denuncie empresas que comercializam sementes irregulares e busque sempre fornecedores confiáveis. Um passo errado no momento da compra pode resultar em anos de prejuízo no campo.



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BR do Mar prevê redução de até 60% nos custos de cabotagem



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assinou, nesta quarta-feira (16), o decreto que regulamentou o Programa BR do Mar, que busca ampliar a cabotagem no país, reduzir custos logísticos e fomentar a indústria naval brasileira.

De acordo com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, a redução de custo do setor portuário deve ser de 20% a 60%.

A navegação de cabotagem é aquela realizada entre os portos do país, utilizando a via marítima e as vias navegáveis interiores. A lei que instituiu o Programa BR do Mar foi sancionada em janeiro de 2022.

“O programa vai fazer com que a gente possa utilizar o nosso mar, os nossos rios, mas sobretudo os 8 mil quilômetros do litoral brasileiro para transformar o litoral numa grande BR [rodovia], fazendo com que a gente amplie a cabotagem no Brasil, saindo de um volume de 1,2 milhão de contêineres para 2 milhões de contêineres em movimentação”, disse o ministro, em evento no Palácio do Planalto.

Estava prevista a participação do presidente Lula no evento, mas, diante da agenda intensa de reuniões, ele não compareceu. O decreto, então, foi assinado por Lula em despacho interno.

Leilões portuários

Costa Filho afirmou que o governo tem um grande olhar para as concessões portuárias e deve realizar, em quatro anos, mais de 60 leilões. Com isso, segundo ele, em 2024, o setor portuário cresceu quase 5% e os portos públicos tiveram expansão de 7%. No período, o setor de contêineres teve um crescimento de mais de 18% no país.

Para ele, a indústria naval sairá fortalecida, bem como a agenda logística do país e o setor produtivo.

“Na hora que a gente tem esses novos modais de transportes consolidados, como a BR do Mar, e agora no segundo semestre vamos lançar a BR dos Rios, nós estamos preparando essas novas rotas de integração do Brasil, gerando competitividade e fortalecendo, sobretudo, quem produz no Brasil”, disse, ao lembrar que 65% do transporte no Brasil é feito por rodovias.



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Câmara aprova novas regras para benefício fiscal aos portos das regiões Norte e Nordeste



Proposta que altera regras sobre benefício fiscal


Foto: Pixabay

A Câmara dos Deputados aprovou proposta que altera regras sobre benefício fiscal relacionado ao pagamento do Adicional de Frete para mercadorias com origem ou destino nos portos das regiões Norte e Nordeste. A proposta será enviada à sanção presidencial.

Os deputados aprovaram em Plenário, na madrugada desta terça-feira (16), emenda do Senado ao Projeto de Lei 1765/19, do deputado Júnior Ferrari (PSD-PA). Uma das mudanças previstas estende o benefício às navegações de longo curso envolvendo portos com esse destino ou origem.

As emendas aprovadas pelo Plenário contaram com parecer favorável parcial do relator, deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP). Ele recusou a ampliação da data final do benefício de 8 de janeiro de 2027 para 31 de dezembro de 2031. Assim, mantém a data inicial aprovada pela Câmara.

No entanto, o texto já aprovado em caráter conclusivo pelos deputados em 2022 acabou ultrapassado pela Lei 14.301/22, que já estipula a mesma data original de 8 janeiro de 2027.

Além disso, com a redação proposta pela emenda, fica excluído dispositivo que previa a redução gradual do benefício em, pelo menos, 10% ao ano a partir de 2022.

Adicional ao frete

O Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) é uma contribuição que incide sobre o frete cobrado pelas empresas de navegação que operam em porto brasileiro. O adicional é devido na entrada do porto de descarga e deve ser recolhido pelo destinatário da mercadoria transportada.

A Lei de Cabotagem, de 1997, concedeu isenção do adicional para as regiões Norte e Nordeste por dez anos, até 2007. Posteriormente, a Lei 11.482/07 dilatou o prazo até 8 de janeiro de 2022.

 





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o ritual de beleza antes dos leilões e pistas de julgamento



Todo animal de elite que pisa numa pista de julgamento ou num tatersal de leilão precisa, antes, passar por um verdadeiro ritual de preparo. O toalete animal, como é chamado nos bastidores da pecuária, envolve desde o banho e escovação até o corte de pelos e detalhes estéticos, feitos com capricho e técnica.

🎥 Confira no vídeo abaixo os bastidores da preparação dos animais para o julgamento na ExpoZebu:

Carina FIV do Kado: toalete de campeã

Antes de se tornar Grande Campeã da ExpoZebu 2025, Carina FIV do Kado passou por um processo detalhado de preparo, conduzido pela equipe da Casa Branca Agropastoril. Além da genética impecável, a apresentação estética contribuiu para reforçar sua imponência diante dos jurados.

🎥 Assista ao momento especial da preparação de Carina FIV do Kado antes de entrar na pista:

Equinos também brilham com estilo

Não são só os bovinos que recebem esse cuidado. Nos leilões de cavalos de elite, como os realizados pela JBJ Ranch, o toilette dos animais também ganha atenção especial. As crinas são alinhadas, o brilho da pelagem é intensificado e todo o visual é pensado para valorizar o porte do animal no tatersal.

🎥 Veja como é o toilette animal antes do leilão JBJ Ranch:

Leia também: ICSI: entenda a técnica que revolucionou a reprodução de cavalos

Toalete animal: estética, respeito e bem-estar

O toilette animal não é apenas um cuidado visual. É também um momento de manejo humanizado, que estreita o vínculo entre tratador e animal, além de reforçar práticas de bem-estar. Em muitos casos, essa rotina de preparação começa dias antes do evento e exige conhecimento técnico para não estressar os animais.

O capricho com a apresentação mostra o quanto o setor valoriza não só a genética e produtividade, mas também a imagem, o respeito e a tradição que envolvem os bastidores da pecuária de alto nível.





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Soja dispara em Chicago com cobertura de vendas e otimismo



A Bolsa de Chicago (CBOT) registra forte alta para o complexo soja nesta quarta-feira (16), impulsionada por dois fatores principais: a cobertura de posições vendidas por parte de investidores e o otimismo com a retomada da demanda pela soja dos Estados Unidos.

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Segundo a consultoria Safras & Mercado, vale destacar o acordo comercial entre os EUA e a Indonésia. O país asiático, um dos maiores importadores de soja norte-americana, teve suas tarifas reduzidas de 32% para 19% após negociação direta com o governo Donald Trump. A decisão animou o mercado, que vê na medida uma janela para aumentar os embarques já na temporada 2025/26.

Além disso, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) confirmou a venda de 120 mil toneladas de soja para destinos não revelados, reforçando a percepção de melhora na demanda internacional pelo grão.

Com isso, os contratos futuros operam em forte valorização. O vencimento de agosto/25 subia 15,75 centavos, a US$ 10,10 ¾ por bushel. Já a posição de novembro/25 era cotada a US$ 10,17 ½ por bushel, avanço também de 15,75 centavos no dia.

No farelo e no óleo de soja, os ganhos seguem a mesma tendência. O farelo com vencimento em dezembro/25 subia US$ 4,40, negociado a US$ 283,90 por tonelada. Já o óleo, na mesma data, registrava leve alta de 0,14 centavo, para 54,54 centavos de dólar por libra-peso.



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