quarta-feira, julho 16, 2025

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Impasse sobre tarifaço entre Brasil e EUA pode favorecer setor de carnes da Argentina, avalia Rosgan



A taxação de 50% dos produtos brasileiros pelos EUA pode beneficiar o setor de carnes da Argentina, diz relatório da Rosgan, mercado de gado da Bolsa de Rosário.

Segundo a Rosgan, uma possível disrupção comercial entre Brasil e Estados Unidos geraria um vácuo nesse mercado. Isso poderia representar, por um lado, uma oportunidade para que a Argentina coloque parte de sua produção; mas, por outro lado, também uma ameaça em relação a outros destinos, dada a agressividade com que o Brasil provavelmente buscará realocar seus excedentes no restante do ano, indicou o relatório.

Se forem confirmadas as negociações de um acordo tarifário diferenciado com o governo
argentino por ora, apenas rumores, a possibilidade de conquistar uma maior participação na cota de exportação para o mercado norte-americano permitiria aumentar substancialmente o valor por tonelada exportada, em comparação com o que atualmente é pago pela China, segundo o relatório.

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De acordo com essas informações, com exceção do aço e do alumínio, que manteriam uma tarifa de 50%, a Argentina poderia obter tarifa zero para cerca de 80% de seus produtos exportáveis aos Estados Unidos, incluindo a carne bovina. No entanto, paralelamente, também está sendo considerada uma possível ampliação do contingente de 20.000 toneladas de carne bovina que atualmente entram nesse mercado com tarifa zero, disseram fontes do Rosgan.

Exportação de carnes brasileiras para os EUA pode se tornar inviável

O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Roberto Perosa, disse na terça-feira (15) durante coletiva de imprensa realizada após reunião com o vice-presidente Geraldo Alckmin e porta-vozes de entidades representativas do agronegócio que os frigoríficos brasileiros estão parando de produzir carne destinada aos norte-americanos, visto que os embarques do setor ao país já são taxados em 36% e uma sobretaxa de 50% tornaria as negociações entre os dois países inviável.

“Cerca de 30 mil toneladas de carne brasileira já estão no porto ou já nas águas em direção aos Estados Unidos, o que representa um total de 150 milhões de dólares a caminho dos Estados Unidos. Estamos negociando com os importadores de lá. Nossa sugestão inicial é de possível prorrogação da taxação porque existem contratos em andamento e não dá tempo de desfazê-los até o dia 1 de agosto [data em que a tarifa começa a valer].”



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Agricultura familiar investe em mirtilo e gestão no Cerrado



A produção de mirtilo no Cerrado brasileiro tem ganhado espaço graças à ousadia de famílias agricultoras que investem em inovação, diversificação e qualificação. É o caso da produtora rural e empresária Leandra Alvarenga, que enxergou no fruto uma oportunidade de unir agricultura familiar e turismo rural.

“O mirtilo, ele exige muito investimento em virtude de ser uma cultura de valor agregado, mas também um potencial de venda e a plantação tem um custo elevado, por ser um fruto, um cultivar diferente da região”, afirma Leandra.

Portanto, diante dos desafios de adaptação e dos altos custos de implantação, a produtora encontrou no apoio familiar e na capacitação empreendedora a chave para tirar o projeto do papel. “Então, ficou meu esposo com o pomar, que ele cuida do pomar, ele sabe como é que o pomar se desenvolve. A minha irmã ficou com o desenvolvimento do fruto, que é desenvolvimento de produtos, beneficiamento do fruto. E eu fiquei na parte de gestão, comunicação mais administrativa”, conta a empresária.

Qualificação foi um divisor de águas

Mesmo sem histórico prévio no setor agropecuário, a família buscou capacitação técnica e empreendedora para enfrentar o desafio. Leandra destaca o papel fundamental do Sebrae nesse processo. “Logo eu procurei o Sebrae e fiz um curso excelente, excepcional, que foi o Empretec. Esse curso abriu a minha mente, abriu a minha visão de negócio, que eu não tinha, eu era totalmente legue em relação ao empreendedorismo.”

Além disso, a metodologia do curso ajudou a estruturar a gestão da propriedade com base em práticas modernas de mercado. “Você já começa a identificar, sabe que você tem que identificar o seu cliente final, e ter um meio de comunicação, uma forma de venda, como que a venda se processa.”

Segundo Leandra, a capacitação trouxe clareza para decisões estratégicas e segurança para seguir investindo. “Então, através desse curso, eu pude identificar o que não pode errar para iniciar um empreendimento. E foi, assim, um divisor de águas”, conclui a empresária e produtora rural.

Agricultura familiar em movimento

Dessa forma, a história da Leandra mostra como a agricultura familiar pode ir além da produção básica, agregando valor, inovação e conhecimento ao campo. O cultivo do mirtilo no Cerrado, associado ao turismo rural e à transformação do fruto, é um exemplo inspirador de como pequenos empreendedores podem transformar realidades por meio da organização, capacitação e visão de futuro



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‘Estamos fazendo isso porque eu posso’, diz Trump sobre tarifaço contra o Brasil



Durante entrevista coletiva na terça-feira (15), o presidente Donald Trump disse que decidiu impor tarifas de 50% sobre a importação de produtos brasileiros porque “pode fazer isso” e quer “dinheiro entrando” no país. A resposta do republicano veio após ser questionado o motivo de aumentar as tarifas de importação mesmo os EUA tendo superávit na balança comercial com o Brasil

“Estamos fazendo isso porque eu posso fazer. Ninguém mais seria capaz”, disse Trump no gramado da Casa Branca. “Temos tarifas em vigor porque queremos tarifas e queremos o dinheiro entrando nos EUA. Porém, o mais importante não é dinheiro há dois aspectos na tarifas . Há o dinheiro que entra. Outro aspecto é que, em vez de pagar a tarifa, o país ou a empresa construirá nos EUA, fabricará seu produto nos EUA, e isso gera empregos”, acrescentou.

Brasil sob investigação

A pedido de Trump, o governo norte-americano abriu contra o Brasil uma investigação por “práticas comerciais desleais”. O anúncio foi feito na terça-feira (15) por meio de um documento oficial do Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês)

“O USTR detalhou as práticas comerciais desleais do Brasil que restringem a capacidade dos exportadores americanos de acessar seu mercado há décadas no Relatório Nacional de Estimativa de Comércio (NTE). Após consultar outras agências governamentais, assessores credenciados e o Congresso, determinei que as barreiras tarifárias e não tarifárias do Brasil merecem uma investigação completa e, potencialmente, uma ação corretiva”, diz trecho do documento.

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A legislação dos EUA permite que o país adote medidas para tentar corrigir práticas comerciais desleais, como a aplicação de tarifas ou sanções contra o país alvo da investigação. O presidente norte-americano já havia mencionado a investigação na carta em que anunciou a tarifa de 50% sobre exportações brasileiras.

Para justificar a taxação, o documento mistura alegações comerciais e políticas , incluindo um suposto déficit comercial dos EUA com o Brasil. No entanto, desde 2009, os EUA tem superávit na balança comercial com o Brasil, de acordo com informações do governo federal.



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Audiência no STF termina sem acordo sobre IOF



Não houve acordo na audiência sobre os decretos das Operações Financeiras (IOF) realizada na terça-feira (15) no Supremo Tribunal Federal (STF). A reunião foi promovida para acabar com o impasse entre o governo federal e o Legislativo na adoção das medidas que aumentavam as alíquotas do imposto.

A audiência contou com a participação do ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, representantes do Ministério Público Federal, do Ministério da Fazenda, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, do Partido Liberal (PL) e do Partido Socialismo e Liberdade (Psol).

Na audiência, o relator do caso, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, perguntou aos participantes se “seriam possíveis concessões recíprocas que pudessem resultar na conciliação”.

A resposta dos presentes foi a de que não haveria acordo: “Apesar da importância do diálogo e da iniciativa dessa audiência, preferiram aguardar a decisão judicial”. A audiência foi solicitada no início do mês por Alexandre Moraes para uma negociação após o Legislativo rejeitar a proposta do Executivo sobre a rearranjo tributário.



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O café deve ficar mais barato



A volatilidade cambial segue como alerta



 A volatilidade cambial segue como alerta
A volatilidade cambial segue como alerta – Foto: Divulgação

O preço do café pode começar a recuar ao consumidor nos próximos meses, impulsionado pelo avanço da colheita no Brasil e pela maior oferta de grãos da variedade robusta. A avaliação é do Itaú BBA, em sua mais recente edição do relatório Visão Agro, que destaca um cenário mais favorável para a indústria após um período de alta nos custos da matéria-prima.

Segundo estimativa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a produção brasileira na safra 2025/26 deve atingir 40,9 milhões de sacas de café arábica e 24 milhões de sacas de robusta. Em relação ao ciclo anterior, espera-se queda de 6,4% no arábica e alta de 14,8% no robusta. Com isso, a indústria pode voltar a aumentar a presença do robusta nos blends, movimento limitado nos últimos dois anos pelas quebras de safra no Brasil e no Vietnã.

Com a previsão de maior disponibilidade global, a disputa pela matéria-prima entre exportadores, torrefações e indústrias tende a se reduzir. No entanto, o Itaú BBA chama atenção para a nova legislação europeia antidesmatamento (EUDR), que pode antecipar compras e afetar a dinâmica de oferta.

Nesse contexto, as informações dão conta de que a demanda interna deve se recuperar gradualmente, já que muitos consumidores migraram para cafés mais baratos após sucessivos aumentos. A volatilidade cambial segue como alerta, podendo neutralizar os efeitos da queda nos preços internacionais. Por fim, o relatório destaca que, embora os EUA tenham imposto tarifas ao Brasil, substituí-lo como fornecedor é difícil, dada sua liderança global na produção de arábica.

 





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Negociações acalmam câmbio e bolsa; ouça análise do Diário Econômico


No morning call de hoje, a economista-chefe do PicPay, Ariane Benedito, comenta o impacto das tarifas americanas sobre o Brasil e os dados do CPI dos EUA, que vieram ligeiramente acima do esperado.

O dólar caiu a R$ 5,55 com sinalizações de diálogo entre os governos, enquanto o Ibovespa fechou praticamente estável. Juros futuros subiram, pressionados pelo cenário fiscal e pelos Treasuries.

Hoje, destaque para o PPI e a produção industrial americana.

Ouça o Diário Econômico, o podcast do PicPay que traz tudo que você precisa saber sobre economia para começar o seu dia, com base nas principais notícias que impactam o mercado financeiro.

Para mais conteúdos de mercado financeiro, acesse: Bom Dia Mercado!

Ariane Benedito, apresentadora do podcast Diário Econômico
Foto: divulgação



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Nova frente fria provoca chuva forte e raios; veja a previsão de hoje



Partes do Norte e Nordeste têm condições para pancadas de chuva. No Rio Grande do Sul, uma nova frente fria traz precipitações fortes seguida de raios e ventos. No restante do país, o tempo seco impera. Confira a previsão do tempo para esta quarta-feira (16):

Você quer entender como usar o clima a seu favor? Preparamos um e-book exclusivo para ajudar produtores rurais a se antecipar às mudanças do tempo e planejar melhor suas ações. Com base em previsões meteorológicas confiáveis, ele oferece orientações práticas para proteger sua lavoura e otimizar seus resultados.

Sul

O avanço de uma nova frente fria deve favorecer o retorno das instabilidades sobre o Rio Grande do Sul. Ainda cedo, haverá condições para pancadas de chuva com moderada a forte intensidade seguidas por raios e ventos. Santa Catarina e Paraná seguem com predomínio de tempo estável. Entre o norte e noroeste paranaenses, alerta para baixa umidade do ar à tarde.

Sudeste

Todos os estados do Sudeste terão tempo estável nesta quarta-feira. Em São Paulo, leste e litoral, as temperaturas permanecem mais amenas, com dia de céu parcialmente encoberto. No interior paulista, esquenta mais e a umidade relativa do ar segue baixa. Em Minas Gerais, predomínio de sol e temperaturas amenas entre a capital e a faixa leste. Rio de Janeiro e Espírito Santo ainda sob influência dos ventos marítimos e, por conta disso, as temperaturas não disparam.

Centro-Oeste

A exemplo do Sudeste, o tempo continua estável em todos os estados do Centro-Oeste. Destaque para o calor mais intenso entre o norte de Mato Grosso do Sul e o Mato Grosso. À tarde, a umidade relativa do ar sofre queda acentuada e entra em limiares de atenção.

Nordeste

Entrada de umidade marítima estimula a formação de nuvens carregadas ainda sobre boa parte da costa leste, mas as pancadas de chuva acontecem de formas irregulares durante o dia. No litoral do Maranhão, as precipitações podem cair com moderada intensidade. Sertão e agreste seguem com tempo firme, calor e baixa umidade do ar.

Norte

Aproximação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) espalha as instabilidades no Amapá. Roraima e a metade norte do Amazonas seguem com tempo instável e condições para pancadas de chuva com moderada a forte intensidade. Chove também no norte e litoral do Pará. Demais regiões com tempo firme, com destaque para a continuidade do calor.



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AgroNewsPolítica & Agro

Novas regras para análise de sementes são debatidas


A Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (APROSMAT) e a Comissão de Sementes e Mudas de Mato Grosso (CSM-MT) realizaram de 08 à 11 de julho, em Cuiabá, a 2ª edição do Workshop da Rede de Laboratórios de Sementes do Cerrado, em Cuiabá (MT). O encontro foi elaborado para os responsáveis técnicos e gestores dos laboratórios de sementes do Cerrado. Nesta edição reúne representantes de 47 laboratórios, num total de 68 participantes dos estados de Mato Grosso (MT), Mato Grosso do Sul (MS), Goiás (GO), Piauí (PI), Bahia (BA), Rio Grande do Sul (RS) e Distrito Federal.

O presidente da APROSMAT, Nelson Croda, destacou que a segunda edição do workshop e a continuidade do projeto demonstra a atenção dada pela Associação em todos os níveis da produção de sementes, trazendo qualificação e o alinhamento de rotinas nos laboratórios. “Para a APROSMAT essa parceria junto com a CSM é de suma importância, onde o principal objetivo é a padronização e a utilização das boas práticas para análise de semente como um todo no Centro-Oeste brasileiro. Esse trabalho é muito importante para o desenvolvimento da cadeia de sementes do Brasil e principalmente um trabalho de excelência para o nosso consumidor final, que é o produtor, que é o objetivo principal de todos os trabalhos feitos pela APROSMAT.”, pontuou.

Nesta edição, os trabalhos ficaram a cargo novamente das especialistas, Drª. Myriam Alvisi e Drª. Maria de Fátima Zorato, que buscaram levar o máximo da parte técnica e prática sobre os principais temas para os participantes.

Para Fátima Zorato, a implantação da nova RAS podemos dizer que não se trata apenas de um instrumento normativo, mas sim de um guia vivo que vai evoluir de acordo com ciência, com práticas laboratoriais, com demanda do setor produtivo. “Ela foi atualizada de uma forma inteligente e traz para nós um caminho para novas revisões periódicas, que vai ajudar muito o setor, acompanhando de fato o que está acontecendo. Nós não estamos falando apenas de Mato Grosso, mas do Brasil, que utilizam a regra de análise de sementes, que é uma bíblia de laboratório”, disse.

Segundo a palestrante, Myriam Alvisi, as regras de análise de sementes foram alteradas para acompanhar os avanços internacionais das regras de análise de sementes da ISTA, que são regras que vigoram no mundo inteiro. “Elas têm aceitação internacional e o Brasil tem os seus métodos alinhados com essas regras e também para inovar, para incorporar os avanços do setor brasileiro. Um dos maiores avanços foi o lançamento das regras de análises no portal WIC SDA do Ministério da Agricultura, ele é de fácil acesso, qualquer pessoa pode acessar a qualquer momento, e elas podem dessa maneira, elas podem ser revisadas por capítulos individualmente sem comprometer a totalidade”, destacou.

A presidente da CSM-MT, Tanismare de Almeida, destaca a relevância da segunda edição do Workshop da Rede de Laboratórios de Sementes do Cerrado. “É muito importante para a Comissão esse trabalho junto com a APROSMAT, com   essa rede de laboratórios de sementes do Cerrado, que vem justamente atualizar todos esses profissionais da área, aqui temos muitos analistas e trazendo esses profissionais para as palestras como a doutora Fátima e doutora Miriam é fundamental para que possamos capacitarmos ainda mais nessa questão da atualização das RAS.”, finalizou.

Dentro do conteúdo do workshop foram abordados temas como, estrutura atualizada das RAS 2025, interpretação técnica e identificação de pontos críticos, boas práticas laboratoriais e conformidade técnica, fundamentos legais e processo de credenciamento, responsabilidade técnica e operacionais, pilares para resultados confiáveis e tecnicamente válidos, sistema de gestão da qualidade conforme a ISO, boas práticas de amostragem e análises e Novidades nos métodos de análise e fatores que influenciam os resultados.





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