terça-feira, junho 10, 2025

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Exportações de soja avançam e tendência de recorde se confirma



O complexo soja foi o destaque do programa AgroExport desta terça-feira (10). Os dados mais recentes mostram que as exportações brasileiras do grão, do farelo e do óleo de soja seguem em alta entre janeiro e maio, reforçando a tendência de novo recorde em 2025.

A força da agroindústria nacional se reflete na exportação de soja em grão e também na retomada das vendas externas de farelo e óleo, mostrando um novo ciclo agroindustrial puxado pela oleaginosa.

Soja em grão: ritmo acelerado

As exportações de soja em grão bateram novo recorde para o período de janeiro a maio: foram 51,5 milhões de toneladas embarcadas em 2025, superando as 50,2 milhões de toneladas registradas no mesmo período de 2024. O crescimento em relação a 2021 é ainda mais expressivo, um avanço de 11% em cinco anos, partindo de 46,5 milhões de toneladas.

O Brasil se consolida como líder global na exportação da soja em grão, impulsionado por uma colheita robusta e pela forte demanda externa.

Farelo de soja: Brasil desafia liderança argentina

Outro destaque é o farelo de soja. O país exportou 9,64 milhões de toneladas nos primeiros cinco meses de 2025, contra 9,37 milhões no mesmo período de 2024. Em um recorte de cinco anos, o volume embarcado cresceu 51% de janeiro a maio, sinal de avanço consistente.

O Brasil vem disputando espaço com a Argentina, tradicional líder global na exportação de farelo. Em 2022, os brasileiros superaram os argentinos, favorecidos por uma quebra climática na safra do país vizinho. A expectativa era que a Argentina retomasse sua posição, o que não aconteceu. Agora, com uma produção estável e crescente, o Brasil se posiciona como um fornecedor confiável e com capacidade industrial para esmagamento.

Essa força agroindustrial mostra que o país pode, de forma orgânica e consistente, tomar a dianteira no mercado internacional de farelo de soja.

Óleo de soja: retomada após recuo

As exportações de óleo de soja também apontam recuperação. Em 2025, o Brasil exportou 0,65 milhão de toneladas entre janeiro e maio. Embora não seja um recorde, representa um crescimento importante após a queda em 2024, influenciada pela guerra na Ucrânia.

O pico foi em 2022, com 2,6 milhões de toneladas exportadas. Ainda não se vislumbra a repetição desse desempenho, mas o crescimento atual é visto como uma retomada sustentável.

Complexo

Somando os embarques de soja em grão, farelo e óleo, o Brasil exportou 60,05 milhões de toneladas de janeiro a maio de 2025. O farelo lidera a puxada das exportações no ano, mas todos os segmentos contribuíram para o bom desempenho.

A meta é superar os recordes históricos. No grão, o recorde é de 101,8 milhões de toneladas exportadas em 2023, e a expectativa é alcançar 105 milhões em 2025. Para o farelo, o maior volume foi de 23,1 milhões de toneladas em 2024, e a projeção é atingir 25 milhões, consolidando o Brasil como novo líder global. Já no óleo, o objetivo é ultrapassar o resultado de 2021, quando foram embarcadas 1,65 milhão de toneladas.

Uma nova era para a agroindústria brasileira

Os dados reforçam que o Brasil vive um novo ciclo agroindustrial, ancorado na força da soja. Mais do que grãos, o país está exportando valor agregado, e isso se reflete na consolidação de sua presença global em todos os segmentos do complexo soja.



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Tributação de LCA deve impactar competitividade do setor, diz Abag



A Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) publicou nota em que manifesta preocupação com a proposta do governo de instituir uma alíquota de 5% de imposto sobre as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), assim como taxar o Fundo de Investimento em Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro) e demais títulos privados.

A medida, apresentada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após reunião com parlamentares no domingo (8), visa substituir a alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) por compensações de taxação também de apostas eletrônicas (bets) e outras medidas sobre o sistema financeiro.

Para a Abag, a medida em relação ao agro, se confirmada, deve comprometer uma das principais fontes de financiamento privado a um dos maiores setores da economia brasileira – que representa um quarto do PIB e 26% dos empregos –, afetando diretamente a competitividade, a previsibilidade e a segurança financeira dos produtores rurais e das cadeias produtivas como um todo.

“As LCAs têm sido fundamentais para direcionar recursos de mercado ao agronegócio, com baixo risco e estímulo ao investimento de longo prazo. A possível tributação pode desestimular as aplicações, encarecer o crédito para o campo e impactar os custos de produção, com reflexos negativos para toda a sociedade, pressionando a inflação e aumentando o preço dos alimentos”, diz a nota da Abag.

A Associação destaca a importância de um diálogo construtivo entre governo, setor produtivo e mercado financeiro para que eventuais mudanças tributárias não comprometam os mecanismos que equilibram o crescimento sustentável e a segurança alimentar e energética do país.

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), também criticou a proposta. “Eles (governo) sabem que (o Congresso) não tem como aceitar isso, sabem que isso é prejudicial para o setor que carrega a nossa economia. Não vamos nos calar”, afirmou.



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85% dos produtores de soja e milho cumprem exigências para crédito rural



Um mapeamento divulgado nesta terça-feira (10) indica que 85% dos produtores rurais que cultivam soja e milho no Centro-Oeste do Brasil atendem aos critérios necessários para obtenção de crédito rural.

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O estudo, conduzido pela Serasa Experian, avaliou 166,1 mil imóveis com base em informações coletadas ao longo dos últimos cinco anos e divulgadas no dia 10 de junho de 2025.

A análise considerou aspectos financeiros, sociais e ambientais exigidos pelo Manual de Crédito Rural (MCR), identificando produtores que não possuem pendências como embargos ambientais, histórico de trabalho escravo ou sobreposição com áreas protegidas, como terras indígenas e unidades de conservação. Também foi levado em conta o risco de inadimplência.

Apenas 15% das propriedades analisadas foram consideradas não aptas a receber financiamentos conforme os critérios vigentes. Os dados foram obtidos a partir do cruzamento de informações de 20 plataformas públicas e privadas, incluindo análises georreferenciadas e imagens de satélite.

Dentro do grupo de produtores com avaliação positiva, 48% foram classificadas como de baixo risco e sem qualquer tipo de alerta socioambiental. Outros 37% demandam uma análise mais criteriosa antes da liberação de crédito.

Desempenho dos produtores da região

Entre os estados analisados, Goiás apresentou o melhor desempenho, com 58,1% das propriedades aprovadas e apenas 8,1% reprovadas. Em Mato Grosso do Sul, 48% foram aprovadas, 9,4% reprovadas e 42,6% seguem em avaliação.

No Distrito Federal, 19,9% foram reprovadas e 80,1% estão em análise. Já o Mato Grosso teve o maior índice de reprovação, com 26,1% das propriedades não conformes e apenas 36,9% aprovadas.



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AgroNewsPolítica & Agro

Preços futuros do açúcar recuam com previsão positiva de safra na Ásia



Açúcar branco fecha misto em Londres




Foto: Pixabay

Segundo dados divulgados pela União Nacional da Bioenergia (Udop) nesta segunda-feira (09), os contratos futuros de açúcar registraram nova queda nas bolsas internacionais na sexta-feira (6), refletindo as melhores projeções para a safra asiática. A antecipação das monções favorece os campos produtores na Índia, Tailândia e China, contribuindo para a pressão nos preços.

Na ICE Futures de Nova York, quase todos os contratos de açúcar bruto fecharam em baixa. O vencimento para julho de 2025 caiu 8 pontos, sendo negociado a 16,49 centavos de dólar por libra-peso. O contrato com entrega prevista para outubro de 2025 também recuou, encerrando o pregão cotado a 16,86 centavos por libra-peso, com queda de 2 pontos. Apenas o contrato de março de 2026 permaneceu estável.

Em Londres, na ICE Europe, o açúcar branco apresentou variação mista. O contrato com vencimento em agosto de 2025 registrou alta de US$ 1,90, sendo negociado a US$ 465,20 por tonelada. Já o contrato para dezembro do mesmo ano recuou US$ 0,20, cotado a US$ 463,90 por tonelada.

No mercado doméstico, o açúcar cristal teve leve valorização. Segundo o Indicador Cepea/Esalq da USP, a saca de 50 quilos foi comercializada a R$ 131,80, alta de 0,30% em relação ao dia anterior.





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Exportações de ovos crescem 295,8% em maio



As exportações brasileiras de ovos (incluindo in natura e processados) totalizaram 5.358 toneladas em maio, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

O número supera em 295,8% o total embarcado no mesmo período do ano passado, com 1.354 toneladas.

De acordo com a entidade, a receita dos embarques em maio acumula alta de 356,2%, com US$ 13,756 milhões registrados no quinto mês deste ano contra US$ 3,015 milhões no mesmo período do ano passado.

Embarques de ovos no ano

No ano (janeiro a maio), as exportações de ovos totalizaram 18.357 toneladas, volume 165,6% maior em relação às 6.912 toneladas exportadas no mesmo período do ano passado.

Em receita, a alta nos cinco primeiros meses do ano chegou a US$ 42,100 milhões, saldo 195,8% maior em relação ao registrado no ano anterior, com US$ 14,235 milhões.

Os embarques para os Estados Unidos – principal destino das exportações – cresceram 996% entre janeiro e maio deste ano, totalizando 9.735 toneladas. Em seguida estão:

  • Chile: 2.354 toneladas (+10,8%);
  • Emirados Árabes Unidos: 1.422 toneladas (-13,8%);
  • Japão: 1.422 toneladas (160,9%); e
  • México: 1.050 toneladas (sem período comparativo).

No comparativo mensal (maio 2025 x maio 2024), os Estados Unidos registraram crescimento de 1.384%, com 4.166 toneladas exportadas. Foi seguido pelo Chile, com 534 toneladas (-22,3%), México, com 232 toneladas (sem período comparativo), Japão, com 205 toneladas (+132,7%) e Angola, com 102 toneladas (sem período comparativo).

“O setor de ovos tem acumulado forte alta em exportações em meio a uma reconfiguração do fluxo de embarques que agora passa a ter Estados Unidos, Japão e México entre os principais destinos dos produtos. Mesmo com as suspensões decorrentes do foco pontual de Influenza Aviária, as vendas seguiram em ritmo elevado, demonstrando a confiança dos mercados na biosseguridade brasileira”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.



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AgroNewsPolítica & Agro

solução italiana quer democratizar o acesso a análise do solo


A Bauer do Brasil e a Irricontrol estarão presentes na Bahia Farm Show, que acontece de 9 a 14 de junho de 2025, em Luís Eduardo Magalhães, na Bahia. As empresas apresentarão dois destaques: a Fazenda Inteligente, uma solução completa para produtores que desejam irrigar com tecnologia 360°, e o CosmoField, equipamento de medição de umidade do solo baseado em tecnologia de nêutrons, com potencial para transformar a gestão da irrigação e democratizar o acesso a análises em larga escala e otimizar a gestão hídrica.

A Fazenda Inteligente reúne tecnologias que elevam a eficiência da irrigação. Na feira, estarão expostos o pivô central, a solução de energia solar, o Irrifast – sistema de acionamento de torre com inversores que proporciona mais precisão, uniformidade e até 50% mais velocidade -, além do SAF, tecnologia contra furtos com monitoramento 100% via satélite, desenvolvido para proteger pivôs e sistemas de bombeamento.

Complementam a solução os painéis SmartConnect e Nexus, que permitem o controle digital e analógico dos pivôs, otimizando a operação. O SmartConnect é exclusivo para pivôs Bauer, enquanto o Nexus é compatível com qualquer marca, ambos oferecendo recursos como programação por segmentos, parada automática, acionamento remoto de bombas e histórico detalhado das irrigações, tudo para aumentar a produtividade e a segurança no campo.

“A Bahia Farm Show é uma vitrine estratégica para demonstrarmos como a irrigação pode ser inteligente, conectada e acessível. Com a Fazenda Inteligente, estamos colocando nas mãos do produtor tecnologias que unem precisão, sustentabilidade e produtividade”, afirma Luiz Alberto Roque, Co-CEO da Bauer América Latina e CEO da Irricontrol.

A grande inovação para o mercado brasileiro é o CosmoField, reconhecido pela FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) como uma ferramenta eficaz para aumentar a produtividade agrícola com menor consumo de água. O equipamento mede a umidade do solo por meio da detecção de nêutrons provenientes da atmosfera, que interagem com as moléculas de água no solo, fornecendo dados práticos e precisos.

Diferente dos sensores tradicionais, o CosmoField realiza medições não invasivas, sem necessidade de instalação direta no solo, eliminando desafios operacionais. É o único no mundo a operar com a tecnologia CRNS (Cosmic Ray Neutron Sensing), capaz de medir até 50 centímetros de profundidade, cobrindo áreas de 5 a 10 hectares.

Após a instalação, o equipamento inicia rapidamente a geração de dados em tempo real sobre a umidade do solo, integrando também sensores de temperatura e pressão barométrica. A conectividade 4G assegura comunicação ágil e segura, e, em breve, estará disponível também a opção de conexão via rádio, ampliando a flexibilidade de uso em diferentes condições de sinal.

O ponto mais relevante é que um único equipamento CosmoField é capaz de atender até cinco pivôs simultaneamente, com variações apenas em relação ao tipo de cultura e às características do solo, proporcionando maior eficiência e adaptação às particularidades de cada projeto.

“Nossa presença na feira reforça o compromisso global do Grupo Bauer em oferecer soluções inovadoras que antecipam o futuro da irrigação. É uma oportunidade de mostrar, na prática, como tecnologia e inteligência de dados podem transformar o campo”, destaca Rodrigo Parada, Co-CEO da Bauer América Latina, Diretor das Américas e Diretor de Marketing Global do Grupo Bauer.

O produtor terá a oportunidade de conhecer, no mesmo estande, grande parte das soluções da Bauer do Brasil e da Irricontrol. Em um único ambiente, será possível visualizar tecnologias que facilitam o dia a dia no campo e contribuem para uma irrigação cada vez mais conectada e eficiente.





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Nova massa de ar polar traz frio intenso e geada; saiba quando



Uma nova massa de ar frio de origem polar avança sobre a região Sul e provoca acentuada queda nas temperaturas, segundo análise da Climatempo. O ar seco e gelado reduz a umidade, inibe a formação de nuvens carregadas e diminui o risco de granizo até o fim da semana.

Na manhã desta terça-feira (10), as temperaturas já ficaram abaixo de 10 °C em grande parte da região. As áreas mais afetadas foram o sul do Paraná, os planaltos e a serra de Santa Catarina e o centro-sul e oeste do Rio Grande do Sul, com potencial para formação de geada — fenômeno que pode causar danos a plantações e pastagens se ocorrer com frequência e intensidade.

No último fim de semana, Santa Catarina e o Paraná registraram fortes pancadas de chuva. Em Curitiba, o acumulado chegou a cerca de 100 mm. Na segunda-feira (9), uma queda intensa de granizo atingiu São Joaquim (SC), deixando o solo branco e dificultando o tráfego. A formação das nuvens foi favorecida pela combinação de ar úmido na serra, temperaturas muito baixas em níveis elevados da atmosfera e a atuação de um ciclone extratropical na costa da região.


Novo pulso de ar polar reforça o frio até sexta-feira

A partir de quarta-feira (11), uma segunda massa de ar frio chega ao Sul. Apesar de ter sua parte mais intensa sobre o oceano — o que reduz o impacto térmico — o frio persistirá até o fim da semana. Entre os dias 11 e 13 de junho, há risco de geada no sul do Paraná e nas áreas elevadas de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Mesmo com presença do sol, as tardes devem seguir amenas. A entrada de umidade marítima pode gerar nebulosidade em áreas do leste do Paraná e no Vale do Itajaí (SC), mas a chance de chuva é baixa.


Porto Alegre pode bater novo recorde de frio

A capital gaúcha pode registrar o dia mais frio do ano. A previsão da Climatempo para quarta-feira (11) indica mínima de 5 °C, o que supera o atual recorde de 5,7 °C registrado em 2 de junho, conforme dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Instabilidade retorna no fim de semana

A Climatempo alerta para mudanças bruscas no tempo no próximo fim de semana. Novas áreas de instabilidade devem se espalhar sobre o Sul do Brasil, com aumento da nebulosidade e risco de temporais e queda de granizo. A população deve acompanhar as atualizações meteorológicas nos próximos dias.



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Tributação das LCAs ameaça financiamento ao agro, aponta CNA



A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) avalia que a proposta anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de adotar uma alíquota de 5% de imposto de renda sobre os rendimentos das Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) pode agravar o cenário de redução no estoque dos títulos.

“Além da menor atratividade desses títulos devido ao prazo mínimo de carência exigido na disposição do CMN (Conselho Monetário Nacional), a tributação prevista tende a desestimular os investidores, gerando uma redução adicional no volume de recursos aplicados em LCAs. Essa retração interfere diretamente na disponibilidade de funding para o crédito rural”, observou a CNA em nota técnica.

A manifestação da entidade vem em meio à sinalização do governo de tributar as LCAs, hoje isentas de impostos para pessoas físicas, como alternativa ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Na nota técnica, a CNA destaca que a redução do estoque de LCAs observada na safra atual afetou diretamente a participação dos títulos como fonte de lastro das operações do Plano Safra. As LCAs, tradicionalmente, representam a principal fonte de recursos para o financiamento do crédito rural.

De acordo com dados compilados pela CNA, a partir do Banco Central, a participação das LCAs passou de 43% do volume total de recursos ofertados na safra 2023/24 para 29% na safra 2024/25, saindo de R$ 169,12 bilhões para R$ 97,89 bilhões na comparação de julho a maio de ambas as safras.

“No entanto, na safra 2024/2025, a queda no volume disponível desses papéis, associada a fatores econômicos como a elevação da taxa básica de juros e a burocracias extras, comprometeu a capacidade de oferta de crédito com taxas livres e equalizadas. Esse cenário contribuiu de forma decisiva para o desempenho abaixo do esperado dos programas oficiais de financiamento rural”, apontou a entidade.

A CNA lembrou ainda que as LCAs passaram por uma série de mudanças recentes pelo Conselho Monetário Nacional , como ampliação do prazo de rentabilidade do título. Essas mudanças, segundo a CNA, “afetaram a rentabilidade do título, diminuíram o ritmo de crescimento e, com isso, sua participação no funding do setor tem diminuído”.

“Ainda que o governo tenha tentado corrigir as distorções causadas, aumentando o direcionamento, de 50% para 60%, e reduzindo o prazo de rentabilidade, de nove meses para seis meses, as recentes notícias trazem grande preocupação ao setor”, alertou a CNA.

Por fim, a entidade recomenda uma série de medidas para ampliar o lastro das operações por meio das LCAs, como a manutenção da isenção tributária do título para pessoas físicas, a elevação da exigibilidade de aplicação dos recursos captados pelo título no crédito rural para 85% (será 60% a partir de 1º de julho) e a redução do prazo de rentabilidade das LCAs para 90 dias. A CNA sugere ainda que os estoques de LCAs sigam a regra de vigência na sua aplicação, até o fim de sua validade, o que permite maior flexibilização na aplicação dos recursos em operações de longo prazo, sem interferência de mudanças futuras. 



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Expansão da soja perde força no Brasil com recuo no Paraná


O crescimento da área plantada de soja tem mostrado sinais de desaceleração no Brasil, conforme apontam os dados mais recentes da EEmovel, empresa especializada em mapeamento agrícola. O recuo mais expressivo foi registrado no Paraná, onde a área cultivada na safra 2024/25 foi de 4,55 milhões de hectares, o que corresponde a 89% da estimativa inicial. Na safra anterior, o índice havia sido de 94%, com um total de 5 milhões de hectares.

No Mato Grosso, maior produtor nacional, a área plantada chegou a 10,17 milhões de hectares, atingindo 98% da estimativa e superando os 8 milhões registrados na safra passada, que correspondiam a 95% da projeção. Apesar do crescimento em alguns estados, o ritmo de expansão da soja está menor no cenário nacional.

A desaceleração do avanço nas lavouras reflete um momento de cautela no setor. De acordo com a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), as exportações de soja caíram 6,46% em maio de 2025, em comparação ao mesmo período de 2024. Em janeiro deste ano, a queda foi mais acentuada, próxima a 50%.

A elevação dos custos de produção, com destaque para fertilizantes e defensivos agrícolas, contribui para o cenário de retração. O aumento das pressões logísticas e comerciais internacionais também tem afetado a tomada de decisões no campo. Segundo Luiz Almeida, diretor de operações do Agro da EEmovel, os produtores estão ajustando suas estratégias frente ao novo contexto. “Estamos observando uma mudança estratégica por parte dos produtores. A busca por maior produtividade com menor risco e o uso mais eficiente dos recursos está moldando um novo perfil de produção”, afirmou.

O setor vive, portanto, um momento de transição, priorizando eficiência e gestão de riscos em detrimento da simples ampliação da área plantada. Essa tendência sinaliza uma maturação no agronegócio brasileiro, que busca alternativas para manter a competitividade diante de um mercado externo mais volátil.





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Abiove mantém projeções de exportação da soja, mas revisa preços para baixo



A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) mantém as projeções de safra, exportação e processamento da soja no Brasil para este ano. Por outro lado, a associação revisa para baixo os preços médios do grão e do óleo, diante de uma colheita recorde do país, que é o maior produtor e exportador mundial.

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A estimativa de preço médio da soja exportada foi reduzida para 405 dólares por tonelada, 10 dólares a menos do que a previsão anterior. Já a cotação média do óleo de soja exportado caiu 35 dólares, ficando em 1.015 dólares por tonelada.

Segundo Daniel Furlan Amaral, diretor de Economia e Assuntos Regulatórios da Abiove, a queda nas cotações reflete a atualização da curva de preços futuros, que leva em conta a maior oferta, o aumento dos estoques globais e a baixa dos preços internacionais.

Com essa revisão, principalmente no preço da soja, responsável pela maior parte da receita de exportação, a expectativa de faturamento do Brasil com o complexo soja (grãos, farelo e óleo) em 2025 caiu para 53,38 bilhões de dólares, cerca de 1 bilhão a menos do que a estimativa de maio.

Se essa previsão se confirmar, as divisas geradas com as exportações do complexo soja em 2025 serão inferiores às de 2024, quando somaram 53,94 bilhões de dólares.

No entanto, a receita com a soja em grão deve crescer para 43,8 bilhões de dólares neste ano, contra 42,9 bilhões em 2024, graças ao aumento do volume exportado, mesmo com preços menores.

A Abiove estima que o Brasil vai exportar 108,2 milhões de toneladas de soja em 2025, valor recorde e estável em relação à previsão de maio, representando um aumento de 9,4 milhões de toneladas na comparação com 2024.

A safra brasileira de soja, já colhida, também permanece projetada em recorde, com 169,7 milhões de toneladas, contra 154,4 milhões no ano passado.

Por fim, o processamento da soja no Brasil deve atingir 57,5 milhões de toneladas em 2025, também um recorde, superior aos 55,8 milhões previstos para 2024.



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