quarta-feira, julho 23, 2025

Autor: Redação

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Cooperativa inspira empreendedorismo rural no Vale do Ribeira


A força da cooperativa está justamente em transformar perdas em oportunidade. “O que mudou? É que a gente tem mais oportunidade de escoar as plantações. Com isso, a banana que sobra, faz paçoca, doces, etc. Isso incentiva a gente a plantar mais, aumentar a produção para fornecer matéria-prima à agroindústria”, conta Jorge Masaki Matsuda, produtor rural de Pedro de Toledo, no Vale do Ribeira (SP).

No entanto, Matsuda cultiva mais do que bananas: cultiva raízes profundas na agricultura familiar. “Nasci aqui mesmo e, desde lá, a gente vem plantando. Já mudei várias vezes o plantio”, relata. Atualmente, ele tem 60 anos, e é uma das vozes mais experientes da região.

“Quando começamos, na época do meu pai, a gente plantava verduras. Aí em 1980, passamos a plantar banana e a gente está até hoje.”

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Homem em meio ao bananal
“Nasci aqui mesmo e, desde lá, a gente vem plantando,” diz Matsuda, entre os pés de banana da sua lavoura.
Foto: Fabiana Bertinelli | Canal Rural

Produção coletiva valoriza excedente

A transformação começou há cerca de 10 anos. Matsuda decidiu ampliar sua atuação, comercializando diretamente na feira próxima ao sítio. Entretanto, o movimento marcou o início de uma nova fase. No entanto, o avanço mais significativo veio com a união dos produtores.

“A associação foi montada faz uns 13 anos. E depois a gente montou a cooperativa e agroindústria Ouro do Vale.” Por meio da força coletiva, as frutas que antes eram descartadas passaram a ter destino certo. “Hoje mesmo tenho seis caixas de banana, que vou levar pra fazer banana-passa.”

Agora, o que antes era sobra se converte em doces, chips e produtos com valor agregado. “Isso ajuda muito financeiramente. Porque a gente pega aquilo que não foi vendido, que talvez fosse para o descarte, e transforma em um produto que tem mercado.”

Mas para essa transformação, o apoio do Sebrae/SP, foi fundamental. Os produtores da cooperativa apreenderam noções de administração, análise de solo e outras qualificações.

A história de Matsuda reflete o caminho de tantos produtores rurais que, com coragem e trabalho conjunto, encontraram no cooperativismo mais do que uma solução econômica — encontraram inspiração.

Porteira Aberta Empreender

Quer saber mais? Assista ao programa Porteira Aberta Empreender, uma parceria entre o Sebrae e o Canal Rural, que mostra histórias reais de micro e pequenos produtores de todo o país.

Envie sua dúvida, conte sua história, envie sugestão ou relato pelo nosso WhatsApp ou acesse aqui, e confira os canais disponíveis para assistir aos episódios.

Arte com os horários do programa Porteira Aberta Empreender
Às quintas-feiras, às 17h45, no Canal Rural. Foto: Arte Divulgação | Canal Rural



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News

Comece o dia preparado com as notícias econômicas mais importantes


No morning call de hoje, a economista-chefe do PicPay, Ariane Benedito, comenta o ambiente global ainda pressionado por incertezas tarifárias e dados mistos nos EUA.

O Ibovespa caiu 0,10%, aos 134 mil pontos, enquanto o dólar fechou estável, a R$ 5,56. Juros futuros recuaram com leilão de NTN-B e menor contingenciamento fiscal. Hoje, destaque para dados de inflação e imóveis nos EUA.

Ouça o Diário Econômico, o podcast do PicPay que traz tudo que você precisa saber sobre economia para começar o seu dia, com base nas principais notícias que impactam o mercado financeiro.

Para mais conteúdos de mercado financeiro, acesse: Bom Dia Mercado!

Ariane Benedito, apresentadora do podcast Diário Econômico
Foto: divulgação



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AgroNewsPolítica & Agro

Colheita do milho verão avança e supera produtividade da safra passada



Produtividades registradas até o momento variam entre 150 e 220 sacas por hectare




Foto: Divulgação

A colheita do milho verão entra em sua reta final no Oeste da Bahia, com resultados expressivos em produtividade. De acordo com o Boletim de Safra da Aiba, divulgado em 21 de julho de 2025, mais de 100 mil hectares já foram colhidos e os rendimentos têm superado a média da safra anterior.

As produtividades registradas até o momento variam entre 150 e 220 sacas por hectare, demonstrando a eficiência das lavouras mesmo diante de desafios climáticos e fitossanitários pontuais. A boa performance se deve, em grande parte, às condições climáticas favoráveis durante o início do plantio, o que garantiu uma excelente emergência e desenvolvimento vegetativo.

A área total destinada ao milho verão nesta safra foi de 25 mil hectares, com produção estimada em 270 mil toneladas e produtividade média de 180 sacas por hectare. A comercialização está em curso, com o preço médio da saca cotado a R$ 56 no mercado local.

Além do milho verão, também segue em andamento a colheita de culturas de segunda safra, como sorgo, feijão, milheto e forrageiras. Essas culturas desempenham papel estratégico na diversificação da produção e no fornecimento de alimento para o gado nas propriedades da região.

A antecipação da colheita, comparada ao ciclo anterior, também é destaque nesta safra. Esse adiantamento é atribuído ao clima estável nas últimas semanas, que tem permitido o andamento eficiente das operações de campo.





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AgroNewsPolítica & Agro

IBRA megalab e CESB desenvolvem método de diagnóstico nutricional da soja


O Comitê Estratégico soja Brasil (CESB) em parceria com o IBRA Megalab desenvolveu seu Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação (DRIS) aplicado à cultura da soja. O DRIS é um método de diagnóstico nutricional que avalia o estado de equilíbrio dos nutrientes na planta, levando em conta as relações entre eles, e não apenas os teores individuais. Essa ferramenta é utilizada para otimizar a adubação e melhorar o rendimento da cultura da soja

A parceria vem de longa data, desde 2010 o IBRA Megalab faz as análises para produtores que participam do Desafio da soja. Durante esse período, foram avaliadas 29.417 amostras, sendo 12.032 análises de solo, 15.215 foliares, 1.882 de atividades enzimáticas, 122 de nematoides, 164 de proteína e duas de fertilizantes. 

Em relação ao DRIS, trata-se de um sistema que avalia o estado nutricional da planta com base em relações binárias entre os nutrientes, em vez de analisar cada nutriente isoladamente. “O DRIS considera que o desequilíbrio entre os nutrientes pode ser mais prejudicial do que a baixa concentração de um único elemento. O sistema calcula um índice para cada nutriente, indicando se ele está em excesso ou deficiência em relação aos outros, e a ordem de sua limitação ao crescimento da planta”, explica Armando Parducci, diretor de inovação e marketing do IBRA Megalab.

No contexto da soja, o DRIS pode ser aplicado por meio da análise foliar, com a coleta de amostras de folhas em diferentes estádios de desenvolvimento da planta para avaliar seu estado nutricional. Os resultados são comparados com padrões de referência para a cultura do grão, permitindo a identificação de possíveis desequilíbrios nutricionais. 

Segundo Parducci, o DRIS permite identificar quais nutrientes estão limitando o desenvolvimento da soja, mesmo que os teores individuais estejam dentro dos padrões considerados normais. “Com base nesse diagnóstico, é possível ajustar a adubação de forma mais eficiente, aplicando os nutrientes necessários na quantidade e momento corretos, contribuindo para o aumento da produtividade da cultura da soja.”

“Estamos trabalhando em conjunto para a construção do DRIS, trazendo tecnologia que auxilie o produtor a alcançar maiores tetos produtivos, de forma sustentável”, finaliza Luiz Antonio da Silva, diretor executivo do CESB.

 





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AgroNewsPolítica & Agro

Carne brasileira nos EUA: uma oportunidade



Para aproveitar esse mercado, o pecuarista brasileiro precisa investir



Para aproveitar esse mercado, o pecuarista brasileiro precisa investir em rastreabilidade
Para aproveitar esse mercado, o pecuarista brasileiro precisa investir em rastreabilidade – Foto: Pixabay

O Brasil se destaca como um dos maiores exportadores de carne bovina do mundo, com mercados consolidados em países como China, Egito e Estados Unidos. Em 2024, foram exportadas 2,89 milhões de toneladas, movimentando US$ 12,8 bilhões, segundo o MDIC e a Abiec. Apenas os americanos adquiriram 229 mil toneladas, especialmente de cortes do dianteiro bovino, voltados à indústria de processados, como hambúrgueres e pratos congelados.

Segundo Magno Maia, CEO da Ramax Group, esse modelo de exportação atende perfeitamente à lógica do mercado americano, que substitui parte da produção interna, mais cara, pela carne brasileira. O produto nacional, criado majoritariamente a pasto e livre de hormônios, é valorizado pela indústria, mesmo com barreiras tarifárias que limitam seu potencial competitivo frente a concorrentes como Austrália e México.

A abertura parcial do mercado americano, iniciada em 2020, ainda restringe a entrada de carne brasileira sem tarifa de importação. No entanto, Magno acredita que essas barreiras são conjunturais e poderão ser superadas com uma mudança no cenário político dos EUA. Uma gestão mais alinhada ao agronegócio poderia facilitar renegociações de cotas e tarifas, fortalecendo a relação comercial entre os dois países.

Para aproveitar esse mercado, o pecuarista brasileiro precisa investir em rastreabilidade, eficiência produtiva e parcerias com exportadoras especializadas. A Ramax Group, que atua na desossa e fornecimento de proteína para o mercado externo, aposta no potencial desse segmento. Com estratégia e coordenação, o Brasil pode se consolidar como principal fornecedor das indústrias alimentícias americanas.

 





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AgroNewsPolítica & AgroSafra

Milho 25/26: custo de produção traz preocupações para produtores diante da…


Com custos maiores e preços estáveis ou em queda, expectativa é de pressão sobre os resultados financeiros no milho 2025/26

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A safra 2025/26 do milho começa a ser planejada por produtores brasileiros em um cenário marcado por desafios que podem impactar diretamente a rentabilidade da cultura. A combinação de custos elevados, oscilações cambiais e incertezas no mercado internacional tem preocupado especialistas e agricultores, especialmente nas regiões do Cerrado, Sul e Sudeste do país. 

Segundo Anderson Galvão, Diretor da Célieres Consultoria, o Brasil importa cerca de 70% a 75% dos fertilizantes consumidos na agricultura, tornando a produção agrícola sensível às variações nos mercados externos. “O principal ponto de atenção é a volatilidade no preço e na oferta de fertilizantes nitrogenados, principalmente a ureia, que pode ser afetada pelo conflito entre Israel e Irã no Oriente Médio”, explica Galvão. No entanto, ele ressalta que o Brasil conta com diversos fornecedores globais, o que pode minimizar o impacto de eventuais interrupções no fornecimento de insumos iranianos. 

Além do conflito, outro fator que pressiona os custos é a valorização do real frente ao dólar, que, apesar de beneficiar a compra de insumos importados, afeta negativamente os preços domésticos do milho, reduzindo a competitividade dos produtores. “Um aumento de 10 centavos na taxa de câmbio pode significar quase R$ 5,00 a menos no preço da saca de milho, e a valorização atual do real traz preocupação para os resultados financeiros do agricultor”, detalha Galvão. 

Jeferson Souza, Analista de Fertilizantes da Agrinvest, reforça o alerta sobre a necessidade de um planejamento financeiro rigoroso para a próxima safra. “Diante da alta volatilidade dos preços dos fertilizantes e da pressão cambial, o produtor precisa travar custos e receitas em reais para garantir o equilíbrio do fluxo de caixa e proteger sua margem de lucro”, afirma Souza. Ele destaca que, especialmente para o milho safrinha — que representa grande parte da produção no Centro-Oeste — o impacto no custo de produção tem sido expressivo. 

O presidente da Aprosoja Goiás, Clodoaldo Calegari, reforça esse cenário de custos crescentes e preços preocupantes: “Os custos da próxima safra são superiores aos custos dessa safra que acabamos de fechar. Tivemos um aumento bastante significativo nos fertilizantes, principalmente a partir da virada do ano, fevereiro em diante, e também subiu muito o preço de produtos à base de potássio e do fosfatado. Agora, recentemente, com esses conflitos, o nitrogenado puxado pela ureia também está se elevando. Estamos entrando em uma nova safra com custos acima da anterior e com a perspectiva de preços iguais ou até menores do que a safra que concluímos. Então, se não colhermos uma safra robusta, a coisa ficará muito séria.” 

Por outro lado, um levantamento recente do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) mostra uma leve redução no custo de produção do milho no Mato Grosso, maior estado produtor do país. De acordo com o relatório, o custeio do milho de alta tecnologia para a safra 2025/26 está estimado em R$ 3.216,06 por hectare, uma queda de 0,29% em relação ao levantamento anterior. “Essa retração é explicada principalmente pela redução nos custos das sementes, corretivos de solo e macronutrientes”, detalham os técnicos do Imea. 

Apesar da redução no custeio operacional, o Custo Total (CT) teve leve alta, chegando a R$ 6.638,14 por hectare, impactado por custos de oportunidade da terra, capital circulante e máquinas, que subiram em função da elevação da Taxa Selic. Para cobrir o custo operacional efetivo (COE), considerando a produtividade média das últimas três safras de 116,7 sacas por hectare, o produtor precisa comercializar o milho a pelo menos R$ 40,33 a saca, valor próximo aos preços atuais em algumas regiões, mas que pode não garantir margens confortáveis diante das demais variáveis. 

O cenário internacional também traz elementos que influenciam o mercado doméstico. O aumento do preço do petróleo, decorrente dos conflitos no Oriente Médio, tende a elevar os custos dos combustíveis no Brasil. Por outro lado, esse movimento pode favorecer a indústria de etanol, aumentando a demanda pelo milho como matéria-prima para biocombustíveis, um segmento que tem crescido nos últimos anos. 

O analista da Royal Rural, Ronaldo Fernandes, acrescenta que a guerra no Oriente Médio gera uma grande indefinição para os custos da próxima safra, especialmente porque o Irã é responsável por quase 20% da ureia consumida no Brasil e Israel por insumos à base de fósforo.  

“Muitas indústrias de fertilizantes já estão retirando produtos das listas de venda, aumentando a incerteza. Apesar dessa alta nos custos, o mercado só vai considerar isso se os produtores pararem de vender. Infelizmente, muitos acabam vindo ao mercado mesmo com margem negativa, pois precisam liberar caixa ou espaço”, explica.  

Fernandes também destaca que, diante de um mercado diferente dos anos anteriores, com safra cheia e tensões geopolíticas e comerciais, o produtor está atrasado na comercialização e deve agir com cautela para não ficar exposto aos riscos que o cenário apresenta. 

Apesar das dificuldades, tanto Galvão quanto Souza destacam que a demanda pelo milho permanece sólida. Internamente, o setor de proteína animal — incluindo avicultura, suinocultura e laticínios — segue com consumo em expansão, assim como o mercado de etanol de milho. Externamente, a exportação continua sendo um dos principais motores para absorver a produção nacional, com projeções acima de 47 milhões de toneladas para o ciclo 2025/26. 

“Ainda que o avanço da colheita da segunda safra traga pressão para baixo nos preços no curto prazo, há expectativa de recuperação dos valores a partir do segundo semestre, sustentada por essa demanda robusta”, avalia Galvão. 

O desafio para os produtores, portanto, será equilibrar os custos de produção com as condições de mercado, garantindo planejamento financeiro e aproveitando oportunidades para mitigar riscos em um ambiente ainda marcado por volatilidade cambial e geopolítica incerta. 





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AgroNewsPolítica & Agro

Custo da safra 25/26 do algodão recua em junho





Foto: Canva

De acordo com a análise semanal do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), desta segunda-feira (21), com base no projeto CPA-MT, o custo operacional efetivo (COE) da safra 2025/26 do algodão em Mato Grosso foi estimado em R$ 10.647,25 por hectare. A projeção representa um recuo de 0,17% em relação ao mês anterior.

Segundo o levantamento, a queda no custo foi influenciada principalmente pela redução das despesas com micronutrientes e corretivos do solo, que apresentaram retrações mensais de 1,35% e 0,72%, respectivamente. Apesar da leve diminuição, o instituto aponta que esse ainda é o segundo maior custo da série histórica para a cultura.

O Imea destacou que, diante da manutenção dos preços da pluma em níveis mais baixos, o produtor deve ficar atento às oportunidades de compra dos insumos. “A relação de troca (RT) com os fertilizantes SAM e KCL está 10,95% e 21,26% menor, respectivamente, que a média dos últimos anos”, informou o instituto. Para adquirir uma tonelada de cada produto, são necessárias, em média, 13,96 e 17,25 arrobas de pluma.

A análise também chama atenção para a necessidade de acompanhamento contínuo dos preços do algodão, uma vez que eventuais quedas mais expressivas podem comprometer a relação de troca e afetar a rentabilidade da atividade.





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AgroNewsPolítica & Agro

Canola enfrenta baixa luminosidade e fitotoxicidade


A semeadura da canola foi concluída no Rio Grande do Sul, segundo o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na última quinta-feira (17). A área cultivada no estado foi estimada em 203.206 hectares, com projeção de produtividade média de 1.737 kg por hectare.

De acordo com a Emater, as condições climáticas favoreceram o desenvolvimento das lavouras em grande parte das regiões, com recuperação do crescimento das plantas e emissão de novas folhas. “Observa-se boa recuperação no crescimento das plantas, com emissão de novas folhas e elongação da haste principal”, informa o boletim.

Nas áreas onde o controle de plantas daninhas foi atrasado pelas chuvas intensas, os produtores enfrentaram dificuldades no manejo das invasoras. Em alguns casos, o uso de herbicidas em pós-emergência resultou em fitotoxicidade leve, especialmente em lavouras com plantas em estágio sensível.

Na região administrativa de Bagé, a semeadura também foi concluída. As lavouras estão em fase de estabelecimento, com aplicação de tratos culturais nas áreas mais avançadas. Em Manoel Viana, que concentra 7.300 hectares, o desenvolvimento foi limitado pelas temperaturas baixas, nebulosidade e impactos residuais das chuvas de junho. Já em São Borja, cerca de metade da área semeada está em floração e não foram registrados danos significativos causados pelas geadas.

Na região de Ijuí, a maior parte das lavouras está em desenvolvimento vegetativo. Segundo o levantamento, 85% das áreas encontram-se nessa fase, 11% em floração e 4% em granação. Os danos causados pelas geadas foram pontuais e não afetaram significativamente o potencial produtivo.

Em Santa Maria, mais de 10% das lavouras estão em fase de floração. A baixa luminosidade tem limitado o crescimento vegetativo e o acúmulo de biomassa, especialmente em Tupanciretã. O cenário tem exigido atenção ao manejo de doenças fúngicas, com medidas preventivas sendo adotadas.

A região de Santa Rosa apresenta 65% das áreas em desenvolvimento vegetativo, 30% em floração e 5% em enchimento de grãos. Embora os efeitos das geadas estejam sob avaliação, o tempo firme tem contribuído para o crescimento das plantas. Os produtores aguardam chuvas para realizar a adubação nitrogenada.

Em Soledade, as lavouras semeadas em maio iniciaram a floração. A maior parte segue em fase vegetativa, com crescimento considerado satisfatório. Segundo o boletim, “o tempo firme e a boa radiação solar foram favoráveis ao desempenho da cultura”.





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AgroNewsPolítica & Agro

Radiação solar beneficia lavouras de hortaliças



Crescimento das folhosas avança com clima ameno




Foto: Pixabay

As condições climáticas da última semana contribuíram para o desenvolvimento das hortaliças folhosas em diversas regiões do Rio Grande do Sul, conforme aponta o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na quinta-feira (17).

Na região administrativa de Passo Fundo, o aumento das temperaturas e a maior incidência de radiação solar favoreceram o crescimento das culturas. Segundo a Emater, os preços das folhosas permaneceram estáveis em relação ao período anterior. A alface e a rúcula foram comercializadas a R$ 4,00 por unidade ou molho, a couve a R$ 5,00 por molho e o agrião e condimentos também a R$ 4,00 por molho.

Na região de Soledade, o comportamento climático semelhante também resultou em melhora na qualidade das folhosas. A combinação de temperaturas amenas e boa radiação solar promoveu maior atividade fotossintética, o que impulsionou o crescimento das plantas. Os preços praticados na região foram de R$ 3,00 por unidade de alface e R$ 2,00 por molho de salsa, cebolinha e rúcula.

Segundo os técnicos, o desempenho das lavouras deve seguir estável nas próximas semanas, desde que as condições climáticas se mantenham favoráveis.





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Trump anuncia mega acordo com o Japão e reforça estratégia de tarifação recíproca


Em uma publicação agora pouco nas redes sociais, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou com grande entusiasmo um suposto “acordo histórico” com o Japão.

Segundo ele, a negociação envolverá um investimento japonês de US$ 550 bilhões em solo americano, com os Estados Unidos retendo 90% dos lucros e a criação de centenas de milhares de empregos.

Além disso, o país asiático teria aceitado abrir seu mercado para carros, caminhões, arroz e outros produtos agrícolas norte-americanos, pagando uma tarifa recíproca de 15%.

Embora a mensagem siga o tom hiperbólico característico de Trump, é importante analisar o conteúdo com cautela e senso crítico, especialmente diante da ausência de detalhes oficiais ou confirmação por parte do governo japonês.

O que o anúncio revela, de fato?

Intensificação da política comercial agressiva dos EUA: a exigência de tarifas recíprocas de 15% reforça a estratégia americana de endurecimento nas relações comerciais, já vista na aplicação da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A doutrina é clara: “vocês querem vender para nós? Abram seus mercados e paguem as mesmas taxas”.

Pressão sobre países aliados: o Japão, historicamente parceiro estratégico dos EUA no Pacífico, parece estar sendo compelido a ampliar sua abertura comercial em troca de manter relações privilegiadas. Isso deixa um recado implícito para outras nações: quem quiser acesso ao mercado americano precisa ceder.

Agronegócio americano como prioridade absoluta: ao destacar a abertura japonesa para produtos agrícolas, Trump sinaliza sua intenção de apoiar diretamente os produtores norte-americanos — inclusive com tarifas contra concorrentes (como o Brasil), e acordos preferenciais com países estratégicos.

Recado ao Brasil: protecionismo seletivo está valendo. Enquanto o Brasil sofre sanções tarifárias de 50% sob a alegação de “desequilíbrio comercial”, o Japão, mesmo com superávit na balança com os EUA, recebe tratamento especial. O motivo? Alinhamento político, capacidade de investimento e contrapartidas negociadas.

O que está em jogo para o Brasil

Esse movimento do governo americano amplia o isolamento de países que não estão alinhados estrategicamente com Washington. O Brasil — hoje em rota de colisão com os EUA por conta de questões políticas internas e tensões diplomáticas — pode ser ainda mais prejudicado se não reagir com pragmatismo e estratégia.

É preciso reconhecer que o protecionismo americano está sendo seletivo e pragmático. Não se trata de uma guerra contra todos, mas de uma reordenação comercial em que apenas os aliados dispostos a fazer concessões têm vez.

Qual a conclusão?

O “megacordo” com o Japão, anunciado com pompa por Donald Trump, é mais uma peça no xadrez geopolítico do comércio internacional. Trata-se de um gesto de poder, que ao mesmo tempo amplia o domínio econômico dos EUA e isola concorrentes considerados “hostis”.

O Brasil precisa enxergar que essa nova ordem exige articulação diplomática firme, inteligência comercial e um reposicionamento rápido, ou será deixado para trás.

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Miguel Daoud

*Miguel Daoud é comentarista de Economia e Política do Canal Rural


Canal Rural não se responsabiliza pelas opiniões e conceitos emitidos nos textos desta sessão, sendo os conteúdos de inteira responsabilidade de seus autores. A empresa se reserva o direito de fazer ajustes no texto para adequação às normas de publicação.



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