quinta-feira, julho 31, 2025

Autor: Redação

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Amanhã termina o prazo para se inscrever no Prêmio Mulheres do Agro!



Se você ainda não se inscreveu para o Prêmio Mulheres do Agro e se enxerga como uma protagonista no setor, capaz de inspirar, transformar e deixar um legado, ainda dá tempo. As inscrições para a categoria Produtora Rural da 8ª edição da premiação, uma iniciativa da Bayer em parceria com a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), seguem abertas até esta quinta-feira (31).

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O reconhecimento dá voz às agricultoras de todo o país que se destacam por boas práticas em gestão, sustentabilidade, inovação e impacto social no agronegócio. Para participar, basta acessar o link oficial da premiação, onde também é possível indicar outras produtoras e conferir todas as informações sobre o regulamento.

Durante sua participação no programa Soja Brasil, Gabriela Gandelini, gerente de regulamentação e assuntos científicos da Bayer, destacou que a sustentabilidade é o foco principal do prêmio. Segundo ela, práticas como a rotação de culturas, o uso de agricultura de precisão, técnicas voltadas à regeneração do solo e ações para reduzir as emissões de gases de efeito estufa estão entre os principais critérios valorizados durante a seleção.

Como funciona?

O prêmio é dividido em duas categorias principais: Produtora Rural e Ciência e Pesquisa. No caso das produtoras, há subdivisões de acordo com o porte da propriedade, contemplando pequenas, médias e grandes propriedades. Já a categoria Ciência e Pesquisa, que chega à sua terceira edição, reconhece mulheres cientistas que desenvolvem estudos voltados à sustentabilidade no agro, ampliando o reconhecimento para além da porteira.

O processo seletivo envolve o envio de documentação e a avaliação por uma banca especializada, que seleciona nove finalistas, três por faixa de tamanho de propriedade. Gabriela Gandelini reforça que a premiação vai muito além do reconhecimento individual: “O protagonismo feminino no agro é uma força transformadora, capaz de inspirar outras mulheres e impulsionar toda a cadeia produtiva”.

Inspiração no agro

Um exemplo da força dessas histórias é o de Vanessa Bomm, produtora rural no Oeste do Paraná, vencedora do Prêmio Mulheres do Agro 2024 na categoria Grande Propriedade. Com formação em arquitetura, Vanessa surpreendeu ao retornar às origens e assumir o comando do negócio do pai.

Na cerimônia do prêmio do último ano, diante de mais de 3 mil mulheres do agro, a emoção foi inevitável. “Passou um filme na minha cabeça. Nunca me imaginei no agro. Era arquiteta. Mas isso mostra que não é preciso estar pronta para começar, é preciso estar disponível para aprender, se conectar, compartilhar”, afirmou.



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cenário segue incerto às vésperas do tarifaço



Às vésperas do início da tarifa de 50% anunciada pelos Estados Unidos sobre a importação de produtos brasileiros, o setor cafeeiro nacional segue marcado por incertezas. Essa é a avaliação do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

Segundo pesquisadores do instituto, os preços domésticos têm acompanhado os movimentos das Bolsas de Nova York e Londres, com oscilações associadas à atuação especulativa de fundos, que vêm ampliando suas posições compradas diante da possibilidade de aumento das cotações, caso a tarifa entre em vigor nesta sexta-feira, 1º. 

Pesquisadores ressaltam que não há, até o momento, indícios claros de que os valores internos estejam recuando exclusivamente em função da medida tarifária. 

Os Estados Unidos são o principal destino das exportações de café do Brasil. Em 2024, o País respondeu por aproximadamente 23% do total comprado pelos EUA, de acordo com estatísticas da Comissão de Comércio Internacional dos Estados Unidos. 

A Colômbia representou cerca de 17% do total das importações norte-americanas, enquanto o Vietnã contribuiu com aproximadamente 4%. No segmento do café arábica, em que o Brasil também lidera os embarques aos EUA, a Colômbia, principal concorrente, permanece isenta da nova tarifação. 

Quanto ao robusta, o Vietnã negocia a aplicação de uma alíquota reduzida de 20%, frente aos 46% inicialmente previstos. 

Diante da representatividade do Brasil nas importações de café dos EUA, o Cepea avalia que a eventual entrada em vigor da tarifa tende a impactar não apenas a competitividade do café nacional, mas também os preços ao consumidor norte-americano e a formulação dos blends tradicionais, que utilizam os grãos brasileiros como base sensorial e de equilíbrio. 

O Brasil, por sua vez, pode ser forçado a redirecionar parte de sua produção a outros mercados. Dessa forma será necessária agilidade logística e estratégia comercial para mitigar os prejuízos à cadeia produtiva nacional.

*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo



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Lula diz que está tentando conversar com Trump, mas presidente dos EUA não quer



A dois dias do tarifaço, o presidente Lula declarou em entrevista ao jornal New York Times que tem tentado contato com o Donald Trump para falar sobre a tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras impostas pelos EUA, mas não tem obtido sucesso. De acordo com o presidente do Brasil, “ninguém quer conversar”.

Lula ainda disse ao jornal que designou o vice-presidente Geraldo Alckimin, e os ministros da Agricultura e da Fazenda para negociar com o governo norte-americano.

O chefe do Planalto destacou na conversa que a medida tomada pelos EUA deixa o Brasil “preocupado”, mas não com “medo”. “Nos sabemos o poder econômico dos EUA, reconhecemos o poderio militar dos EUA, reconhecemos a grandeza tecnológica dos EUA”, disse Lula. “Mas isso não nos deixa com medo.”, complementou

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O mandatário brasileiro também destacou que é preciso encontrar um “meio termo” nas negociação com o governo de Trump. “Nas negociações políticas entre dois países, a vontade de nenhum deve prevalecer. Nós sempre precisamos encontrar um meio termo. Isso não é alcançado ‘estufando o peito’ e gritando coisas que você não pode entregar, nem abaixando a cabeça e simplesmente dizendo ‘amém’ a qualquer coisa que os Estados Unidos quiser”.

Discussão comercial

Sobre as ameaças do Donald Trump em relação a decisões do judiciário brasileiro, Lula disse que a Justiça é independente e que o presidente americano precisa separar política de questões econômicas.

“Eu acho que é importante que o Trump considere: se ele quer ter uma briga política, então vamos ter uma briga política. Se ele quer falar de comércio, então vamos sentar e conversar sobre comércio. Mas você não pode misturar os dois”.



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Cadastro para solicitar antecipação da semeadura da soja começa dia 1º de agosto


O cadastro para solicitar antecipação da semeadura da soja para a Safra 2025/26, iniciará na próxima sexta-feira, 1º de agosto, por meio de uma página no site oficial da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba).

O período de plantio antecipado foi definido entre 25 setembro a 7 de outubro, conforme portaria Nº 47, de junho de 2025, divulgada pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), que autoriza, em caráter excepcional, a operação.

Além disso, para plantio regular foi estabelecido o calendário convencional de 8 de outubro a 31 de dezembro, com o objetivo de otimizar o calendário agrícola e garantir maior flexibilidade para os produtores da região.

Os produtores rurais interessados, devem realizar o cadastramento das suas áreas entre 1º e 31 de agosto, por meio do link http://tinyurl.com/antecipacaop .

A Adab é o órgão responsável por fiscalizar, avaliar e aprovar os cadastros dos agricultores que pretendem aderir ao plantio antecipado, para assegurar que as práticas agrícolas estejam em conformidade com as diretrizes estabelecidas, e garantir uma safra mais segura e produtiva.

Foto: Embrapa Soja

Em comunicado, a Aiba reforça aos produtores rurais que aderirem ao plantio antecipado para que realizem o cadastramento em tempo hábil, e se atentem às datas do calendário do plantio da soja.

“Aos produtores rurais que tem interesse em realizar o plantio da soja de forma antecipada para essa Safra 25/26, devem solicitar o cadastramento dessas áreas, no período de 1º a 31 de agosto. Podem procurar a sede da Aiba ou também acessar o QR Code por meio do site ou redes sociais da instituição agrícola”, afirma o analista de campo da Aiba, Marcus Neves.

Ao antecipar o plantio da soja o produtor otimiza o uso das áreas pelo encurtamento das janelas produtivas e sucessão de novas culturas.


Você também pode participar deixando uma sugestão de pauta. Siga o Canal Rural Bahia no Instagram e nos envie uma mensagem.





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AgroNewsPolítica & Agro

IA automatiza análise de germinação de sementes



A identificação dos lotes por QR codes aumenta a rastreabilidade



A identificação dos lotes por QR codes aumenta a rastreabilidade
A identificação dos lotes por QR codes aumenta a rastreabilidade – Foto: Pixabay

Uma nova tecnologia com inteligência artificial e automação está sendo usada para melhorar a avaliação da germinação de sementes e o crescimento de plântulas em casas de vegetação. O sistema utiliza câmeras de alta resolução para capturar imagens que são analisadas por algoritmos, permitindo medir indicadores como cobertura foliar, número e uniformidade das plântulas, além do Índice de Velocidade de Emergência (IVE).

Com escaneamentos diários e operação remota, o processo se torna até 20 vezes mais rápido do que o método manual tradicional. A identificação dos lotes por QR codes aumenta a rastreabilidade e reduz erros, enquanto os dados ficam disponíveis na nuvem para acompanhamento em tempo real e armazenamento histórico.

Essa abordagem traz mais padronização e agilidade para análises de qualidade no setor de sementes, beneficiando desenvolvedores, multiplicadores e laboratórios certificadores. O uso dessa tecnologia pode contribuir para acelerar a entrega de sementes com melhor qualidade ao agricultor. A solução foi desenvolvida por uma startup de Piracicaba (SP), que focou na automação completa do processo para aumentar a eficiência das avaliações em ambientes controlados.

“O grande diferencial da Phenosync é a automação completa. O sistema armazena as coordenadas de cada unidade a ser avaliada e executa os ‘scans’ nos horários definidos. Um escaneamento completo de uma casa de vegetação de 21m x 7m (cerca de 550 unidades com até 100 sementes cada) leva cerca de 60 minutos”, explica Fernando Hinnah, cofundador da empresa. “Com nossa tecnologia, é possível realizar análises até 20 vezes mais rápido do que o método tradicional, com padronização total e rastreabilidade desde o plantio até a avaliação final”, completa Gustavo Bilibio, gerente comercial da empresa.

 





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Marfrig suspende produção de carne bovina em Mato Grosso



A Marfrig informou ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) que decidiu paralisar a produção de carne bovina de seu complexo de Várzea Grande, em Mato Grosso, destinada aos EUA. De acordo com informações da Folha de São Paulo, o pedido de paralisação temporária está ligado a motivos comerciais. Não há detalhamento sobre o volume que deixará de ser enviado ao consumidor americano.

O analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, destacou que a decisão da Marfrig não
surpreende, uma vez dentro desse ambiente de tarifas adicionais por parte dos Estados Unidos as vendas deverão ficar prejudicadas para este destino e os frigoríficos brasileiros deverão buscar novas alternativas.

De acordo com a Marfrig, a paralisação da produção destinada ao mercado americano passou a valer no dia 17 de julho. O retorno, que ainda não tem data prevista para ocorrer, deverá ser informado aos órgãos de fiscalização com 72 horas de antecedência.

A unidade de Várzea Grande é uma das mais importantes da companhia no Brasil, reunindo
operações de abate e processamento industrial de carne bovina.

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Instalada no complexo adquirido da BRF em 2019, a planta foi reativada com um investimento inicial de cerca de R$ 100 milhões e desde então passou por ampliação.

A capacidade de processamento atual da unidade é de aproximadamente 2.000 cabeças de gado por dia, com produção de alimentos processados de cerca de 70 mil toneladas ao ano.

Na unidade, a Marfrig faz abate, desossa e industrialização de produtos. O local está
habilitado para exportar para 22 países, incluindo China e Europa, além dos EUA.



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Banco Central decide nesta quarta-feira se pausa ciclo de alta na Taxa Selic



Com a inflação desacelerando, mas alguns preços, como a energia, pressionados, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decide nesta quarta-feira (30) se pausa o ciclo de alta na Taxa Selic, juros básicos da economia. Os analistas de mercado acreditam na manutenção da taxa no maior nível em quase 20 anos.

Atualmente em 15% ao ano, a Selic está no maior nível desde julho de 2006, quando estava em 15,25% ao ano. Desde setembro do ano passado, a taxa foi elevada sete vezes seguidas.
Segundo a edição mais recente do boletim Focus, pesquisa semanal com analistas de mercado, a taxa básica deve ser mantida em 15% ao ano até o fim de 2025, iniciando uma redução em 2026. A divergência agora está no momento do próximo ano em que os juros começarão a cair.

Na ata da última reunião, em junho, o Copom informou que a Selic será mantida em 15% ao ano por tempo prolongado. Segundo o comitê, os núcleos de inflação – medida que exclui preços administrados e de alimentos in natura – têm se mantido pressionados há meses. Isso, na avaliação do BC, corrobora com a interpretação de que a inflação segue pressionada por demanda que requer “uma política monetária contracionista por um período bastante prolongado”.

Nesta quarta-feira, ao fim do dia, o Copom anunciará a decisão. Após chegar a 10,5% ao ano de junho a agosto do ano passado, a taxa começou a ser elevada em setembro do ano passado, com uma alta de 0,25 ponto, uma de 0,5 ponto, três de 1 ponto percentual, uma de 0,5 ponto e uma de 0,25 ponto.

Inflação

O comportamento da inflação continua uma incógnita. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou para 0,24% em junho e para 5,35% em 12 meses. No entanto, o IPCA-15 de julho, que funciona como uma prévia da inflação oficial, veio acima das expectativas e acelerou por causa de preços de energia e de passagens aéreas.

Segundo o último boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras feita pelo BC, a estimativa de inflação para 2025 caiu para 5,09%, contra 5,2% há quatro semanas. Isso representa inflação acima do teto da meta contínua estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3% para este ano, podendo chegar a 4,5% por causa do intervalo de tolerância de 1,5 ponto.

Taxa Selic

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia. Ela é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle. O BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima do valor definido na reunião.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, pretende conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Ao reduzir a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.
O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.

Pelo novo sistema de meta contínua em vigor desde janeiro, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior é 4,5%.

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No modelo de meta contínua, a meta passa ser apurada mês a mês, considerando a inflação acumulada em 12 meses. Em maio de 2025, a inflação desde junho de 2024 é comparada com a meta e o intervalo de tolerância. Em junho, o procedimento se repete, com apuração a partir de julho de 2024. Dessa forma, a verificação se desloca ao longo do tempo, não ficando mais restrita ao índice fechado de dezembro de cada ano.

No último Relatório de Política Monetária, divulgado no fim de junho pelo Banco Central, a autoridade monetária manteve a previsão de que o IPCA termine 2025 em 4,9%, mas a estimativa pode ser revista, dependendo do comportamento do dólar e da inflação. A próxima edição do documento, que substituiu o Relatório de Inflação, será divulgada no fim de setembro.



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Alckmin volta a se reunir com big techs



O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, recebeu nesta terça-feira (29) representantes das empresas norte-americanas Meta, Google, Amazon, Apple, Visa e Expedia. O encontro ocorre a poucos dias do início previsto do tarifaço de 50% das exportações brasileiras aos EUA e em meio à tentativa do governo brasileiro de negociar e evitar a imposição das sanções.

“Nós queremos avançar em todas as convergências. Temos muito mais convergência do que divergência”, destacou o vice-presidente, ao comentar sobre a reunião em entrevista a jornalistas em seu gabinete. Essa é a segunda reunião com representantes das chamadas big techs desde o anúncio das taxações contra o Brasil, há quase três semanas. Desta vez, segundo Alckmin, as empresas apresentaram uma pauta de que inclui assuntos relacionados a “ambiente de regulatório, oportunidade econômica, inovação tecnológica e segurança jurídica”.

“Nós estamos propondo uma mesa de trabalho”, citou o vice-presidente. “Falando em oportunidade econômica, o Brasil vai ser o campeão de data center”, exemplificou. Questionado sobre como a discussão da regulação das big techs no Brasil pode evoluir nesse cenário, Alckmin adotou um tom cauteloso e disse que o governo não teria pressa em acelerar essa discussão.

“Essa questão de regulamentação de big techs, de redes sociais, é uma questão que tá em discussão no mundo. Então, vamos aprender. Onde é que já foi implementado na Europa? O que que deu certo? O que que levou a crítica? Nós não devemos ter muita pressa nisso. Eu acho que a gente deve verificar a legislação comparada e ouvir, ouvir e dialogar”, ressaltou.

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Os interesses das empresas de tecnologia dos EUA no Brasil é um dos temas centrais expostos por Donald Trump na carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no início do mês, quando anunciou o tarifaço. No documento, Trump determinou a abertura de investigação sobre o que chamou de “ataques contínuos do Brasil às atividades comerciais digitais de empresas americanas”.

Além dos representantes das gigantes da tecnologia, o vice-presidente afirmou que a reunião foi acompanhada, por meio de videoconferência, por um representante da Secretaria de Comércio dos EUA, que não teve o nome revelado. Essa participação foi uma solicitação do secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, em uma nova conversa com Alckmin ocorrida na segunda-feira, contou o vice.

“E sobre a questão tarifária, estamos empenhados em evitar que tenhamos uma tarifa totalmente injustificável, de 50%, sendo que dos grandes países do mundo, tem três que os Estados Unidos têm superávit: Reino Unido, Austrália e Brasil. E sendo que, dos 10 produtos que eles mais exportam, em oito a alíquota é zero, não paga imposto de importação para entrar no Brasil”, insistiu Alckmin.

Além de se reunir com representantes das big techs, o vice-presidente recebeu nesta terça representantes da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O estado é um grande exportador de petróleo e aço para o mercado norte-americano. Quem também se reuniu com Alckmin foi o governador do Ceará, Elmano de Freitas, e representantes empresariais do estado, que é o que mais exporta, em termos proporcionais, para os Estados Unidos. Mais de 40% das vendas externas cearenses têm como destino o país mais rico do mundo, incluído itens como aço, ferro, pescado, crustáceos, máquinas, calçados, entre outros.



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Nova hidrelétrica chinesa reposiciona o Brasil no comércio global 


A China iniciou a construção de uma das maiores hidrelétricas da história moderna, no alto do Himalaia, na região do Tibete. A obra, avaliada em cerca de US$ 167 bilhões, terá capacidade para gerar aproximadamente 300 bilhões de kWh por ano — o triplo da famosa hidrelétrica das Três Gargantas, até então a maior do mundo e 4 vezes a geração média de Itaipu.

Essa mega infraestrutura faz parte de um plano estratégico do governo chinês para reverter a desaceleração econômica que vem afetando o país. O objetivo é claro: ampliar a oferta de energia limpa, gerar empregos, estimular setores industriais e, principalmente, expandir o consumo de milhões de cidadãos que hoje têm acesso limitado à eletricidade.

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Mais energia significa mais produção e consumo. E mais consumo na China significa mais demanda por produtos que o Brasil tem em abundância: soja, milho, carnes, minério de ferro, celulose e petróleo. Ou seja, o Brasil pode se beneficiar diretamente desse novo ciclo de crescimento.

A China já é o maior parceiro comercial brasileiro. Em 2024, mais de 40% da soja exportada pelo Brasil teve como destino o mercado chinês. O mesmo vale para outras commodities essenciais.

Esse novo movimento chinês reforça o vínculo comercial entre os dois países, abrindo espaço para o Brasil se consolidar como fornecedor estratégico da nova classe média chinesa.

Mas e a dependência? É um risco?

Sim, mas com ressalvas. A crescente interdependência entre Brasil e China é real. No entanto, os riscos dessa dependência são menores do que parecem.

O comércio bilateral está cada vez mais baseado em uma lógica de “irmãos siameses”:Vide EUA X China, hoje ambos os países precisam um do outro para sobreviver e crescer. A China precisará do Brasil como fonte estável de alimentos e energia. O Brasil, por sua vez, depende da China como maior comprador das suas exportações.

Separá-los, hoje, seria tão arriscado quanto tentar separar dois corpos que compartilham os mesmos órgãos vitais. A sobrevivência econômica de ambos está, em muitos aspectos, conectada — o que, paradoxalmente, reduz os riscos e amplia a previsibilidade da relação.

Claro, o ideal seria diversificar mercados e reduzir vulnerabilidades geopolíticas. Mas, no cenário atual, a interdependência estratégica com a China é mais uma oportunidade do que uma ameaça, desde que o Brasil mantenha inteligência comercial e política ativa.

Além dos efeitos econômicos, a construção da barragem é também uma jogada geopolítica. Localizada na bacia do rio Yarlung Tsangpo (parte superior do Brahmaputra), a obra causa desconforto na Índia e em Bangladesh, que temem o controle chinês sobre os recursos hídricos da região.

Internacionalmente, a China envia um recado claro aos Estados Unidos: está disposta a seguir investindo, crescendo e projetando poder a partir de energia limpa e infraestrutura. E isso ameaça diretamente a hegemonia do dólar, especialmente se mais países passarem a negociar com a China em yuans ou moedas locais, tendência já em curso no BRICS, o que desagrada os EUA.

O Brasil precisa ter visão estratégica. Não se trata apenas de vender mais para a China. Trata-se de:

  • Qualificar sua pauta exportadora;
  • Atrair investimentos logísticos e industriais ligados à Ásia;
  • Defender seus interesses no BRICS e fóruns internacionais;
  • Posicionar-se como liderança confiável no Sul Global.

O novo ciclo de expansão chinesa não será eterno — mas o Brasil pode e deve aproveitá-lo enquanto dura, transformando exportações em desenvolvimento interno.

Conclusão

A mega barragem no Tibete é mais do que uma obra. É o símbolo de uma China que reage à crise com ação, enquanto o Ocidente debate e hesita. Para o Brasil, é um aviso: ou aproveitamos a onda da reconstrução chinesa, ou ficaremos à deriva num mundo cada vez mais competitivo e fragmentado.

A interdependência com a China não é fraqueza, é uma realidade. E pode ser uma força, desde que saibamos conduzi-la com diplomacia, inteligência e propósito.

Miguel DaoudMiguel Daoud

*Miguel Daoud é comentarista de Economia e Política do Canal Rural


Canal Rural não se responsabiliza pelas opiniões e conceitos emitidos nos textos desta sessão, sendo os conteúdos de inteira responsabilidade de seus autores. A empresa se reserva o direito de fazer ajustes no texto para adequação às normas de publicação.



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Frio aumenta e massa de ar polar provoca geadas



Tempo firme predomina ao longo do dia na região Sul, sem previsão de chuva nos três estados. O destaque fica para as temperaturas reduzidas, devido à presença da massa de ar polar, que favorece a formação de geada entre o norte do Paraná e a Campanha Gaúcha, no Rio Grande do Sul. Outro ponto importante desta quarta-feira é a previsão de nevoeiro na Serra Gaúcha. A umidade relativa do ar também chama atenção, ficando abaixo dos 30% nos horários mais quentes do dia, principalmente no noroeste e norte do Paraná. Há previsão de ressaca entre Mostardas (RS) e Florianópolis (SC), com ondas entre 2,5 m e 3,5 m.

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No Sudeste, o sol predomina na maior parte da região, abrangendo principalmente São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. O destaque é a umidade relativa do ar, que ficará abaixo dos 30% nos horários mais quentes do dia no interior de São Paulo, centro-sul e oeste mineiro e na região serrana do Rio de Janeiro. A manhã começa gelada, com previsão de geada na Serra da Mantiqueira. As rajadas de vento seguem intensas no litoral da região, com destaque para o litoral do Rio de Janeiro, onde podem soprar entre 51 e 70 km/h. Há previsão de ressaca entre Iguape (SP) e Macaé (RJ), com ondas entre 2,5 m e 3,5 m. Para o Espírito Santo, a circulação pós-passagem da frente fria favorece pancadas de chuva mais isoladas ao longo do dia, inclusive na capital Vitória.

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Enquanto no Centro-Oeste, a previsão é de tempo seco e quente. As temperaturas continuam elevadas em Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal, e voltam a subir em Mato Grosso do Sul após um breve período mais ameno. Não há previsão de chuva e a umidade do ar permanece baixa, ficando abaixo de 30% nos quatro estados da região. No sul de Goiás, os índices podem cair abaixo de 20%, atingindo o limiar de alerta para a saúde.

Já no Nordeste, a frente fria chega ao litoral sul da Bahia, com previsão de pancadas de chuva de moderada a forte intensidade. As pancadas de chuva também ocorrem entre Sergipe e o litoral do Maranhão, com destaque para a faixa entre o litoral maranhense e o Ceará, onde a precipitação chega com intensidade moderada a forte. Para o interior nordestino, o tempo permanece firme, com umidade relativa do ar abaixo de 30% nos horários mais quentes do dia, abrangendo o sul do Maranhão, sul do Piauí e oeste da Bahia.

E na Região Norte, pancadas isoladas continuam no oeste do Acre, norte de Roraima, Amapá e áreas do Amazonas. Nessas localidades, a chuva ocorre de forma passageira, intercalando períodos de sol. Em grande parte da região, as temperaturas voltam a subir, com máximas acima de 32 °C em Manaus e até 34 °C no interior do Acre e no sul do Amazonas.



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