sábado, julho 26, 2025

Autor: Redação

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Avicultura familiar une gerações e impulsiona novos investimentos em São Paulo


Uma decisão familiar transformou a rotina de Flávio Biglia e seus dois filhos. Natural de Campinas (SP) e com carreira consolidada no Direito, ele decidiu investir na avicultura familiar após conhecer de perto o funcionamento de um aviário no interior paulista. A ideia inicial era adquirir uma fazenda com seringueira, mas um contato com um produtor amigo mudou o rumo da história.

“O modelo de negócio me chamou atenção: pouco uso de mão de obra, alta tecnologia e retorno interessante. Foi aí que tudo começou”, conta Flávio.

Com o aval da empresa integradora, a JBS/Seara, e apoio de uma construtora especializada, o projeto saiu do papel. Em março de 2024 começaram as obras dos primeiros dois aviários — e o primeiro alojamento aconteceu apenas quatro dias antes da visita da equipe de reportagem do Interligados – Vida no Campo

Vida no Campo: Toda sexta-feira, às 11h30 da manhã, tem episódio novo no Interligados

Do escritório para o campo: filhos assumem o protagonismo

A grande virada veio com a decisão de envolver os filhos, ambos com experiência internacional.

“Se não fosse por eles, eu não teria começado. Hoje tenho 60 anos e quero desacelerar. A ideia é que eles toquem o projeto com autonomia”, explica.

Avicultura familiar da Família Biglia transforma rotina de família em SP | Canal Rural
Avicultura familiar transforma rotina de família em SP | Canal Rural

Com entusiasmo e espírito empreendedor, os irmãos acompanham de perto cada detalhe da produção, da construção ao manejo, e já planejam o futuro: mais dois aviários devem ser finalizados até setembro de 2025. E há espaço para crescer: a propriedade tem potencial para novos núcleos.

Tecnologia, retorno e sucessão como pilares da nova fase

A família escolheu uma estrutura moderna e totalmente automatizada. O uso de sensores, controle remoto por Wi-Fi e ambientes climatizados permite uma gestão eficiente e menos dependente de mão de obra intensiva. Isso, segundo eles, favorece a sucessão familiar no campo.

“Antes, muitos jovens saíam da zona rural. Hoje, com tecnologia e estrutura, querem ficar e empreender”, destaca a filha, Flávia Biglia.

A parceria com a JBS também foi decisiva para iniciar o investimento com segurança. A empresa oferece suporte técnico, insumos, acompanhamento semanal e orientação constante aos produtores.

“Mesmo sem experiência, conseguimos começar com confiança. A empresa esteve presente desde o início. Isso faz toda a diferença”, diz Flávio.

Visão de futuro e propósito na produção de alimentos

O sentimento de pertencimento ao campo e o orgulho de produzir alimentos são combustíveis para os próximos passos. A família se reconhece como parte do agronegócio brasileiro e já se vê contribuindo com uma cadeia essencial: a produção de proteína acessível e de qualidade.

“Saber que estamos ajudando a colocar alimento na mesa das pessoas é gratificante. Esse primeiro lote vai nos ensinar muito — e queremos aprender sempre mais”, afirma a filha.

Para quem pensa em investir na avicultura, Flávio é direto:

“Entre. Pesquise, participe de feiras, converse com produtores e vá atrás de boas parcerias. Vale a pena. O retorno é real e o campo pode surpreender.”

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AgroNewsPolítica & Agro

Produção de mandioca sofre com podridões



Mandioca tem preços baixos entre R$ 20 e R$ 25




Foto: Canva

A colheita da mandioca segue em andamento nas principais regiões produtoras do Rio Grande do Sul, com destaque para Santa Rosa e Soledade. As informações constam do Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (24) pela Emater/RS-Ascar.

Na região de Santa Rosa, os trabalhos já atingem cerca de 80% das áreas cultivadas. Segundo a Emater, o excesso de chuvas nos meses anteriores comprometeu parte da produção. “Houve registro de podridões e manchas nas raízes, o que dificultou o descascamento e afetou a qualidade e o cozimento da mandioca”, informaram os técnicos. Em municípios como Garruchos, não há, até o momento, sinais de preparo de novas áreas para o cultivo.

Na região administrativa de Soledade, a colheita ocorre de forma contínua, com destaque para os municípios de Venâncio Aires, Mato Leitão, Ibarama, Vera Cruz e Santa Cruz do Sul. Apesar do ritmo de trabalho, os preços seguem em baixa nesta safra, oscilando entre R$ 20,00 e R$ 25,00 por caixa de 22 kg.

Em São Sebastião do Caí, na região de Lajeado, a Emater aponta que a produtividade das lavouras superou as expectativas, embora a comercialização da raiz esteja limitada diante do cenário atual.





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Série sobre Marília Mendonça será lançada e promete emocionar o Brasil


O Amazon Prime Video anunciou oficialmente que está produzindo uma série documental sobre a vida e carreira de Marília Mendonça, um dos maiores fenômenos da música brasileira, morta precocemente em um acidente de avião aos 26 anos de idade. A produção promete emocionar o país ao revelar momentos inéditos e íntimos da artista que revolucionou o sertanejo com sua autenticidade e talento.

A série já está em pré-produção, com gravações previstas para começar em setembro de 2025 na cidade de Goiânia (GO), onde Marília viveu grande parte de sua trajetória. A direção é de Susanna Lira, cineasta premiada conhecida por trabalhos sensíveis e com forte apelo humano.

Rainha da Sofrência. A cantora Marilia Mendonça | Reprodução-InstagramRainha da Sofrência. A cantora Marilia Mendonça | Reprodução-Instagram
Rainha da sofrência, a cantora Marilia Mendonça | Foto: Instagram/reprodução

Marília Mendonça: uma estrela com raízes no interior

Nascida em Cristianópolis (GO) e criada em Goiânia, Marília começou sua carreira ainda adolescente como compositora. Seu talento logo chamou a atenção de grandes nomes da música sertaneja, até que em 2015 ela estourou como cantora solo.

Com letras diretas, emocionais e cheias de identidade, Marília se tornou uma das artistas mais ouvidas do país, quebrando recordes e moldando uma nova geração de cantoras sertanejas, dentro do movimento conhecido como “feminejo”.

Mesmo com a morte precoce em um acidente aéreo em 2021, sua obra permanece viva nas rádios, playlists e na memória afetiva do público.

O que esperar da série documental do Amazon Prime Vídeo

A produção será uma série documental em múltiplos episódios, com acesso exclusivo a arquivos pessoais da cantora, vídeos inéditos e entrevistas com familiares, amigos e colegas de estrada.

Temas que serão abordados:

  • A infância e juventude de Marília no interior de Goiás
    Os primeiros passos como compositora e sua ascensão meteórica como cantora
    O dia a dia nos bastidores das turnês
    A maternidade e sua relação com o filho
    O impacto de sua morte e o legado que deixou

O projeto é realizado pelas produtoras Kromaki e Chatrone, em parceria com a família Mendonça, o que garante fidelidade emocional e respeito à sua trajetória.

Uma artista do povo, com alma do Brasil interiorano

Um dos grandes diferenciais de Marília sempre foi sua proximidade com o povo. Seu jeito simples, seu sotaque carregado e suas histórias reais conquistaram milhões de pessoas que se viram refletidas em suas músicas.

A série deve destacar justamente esse lado humano da cantora: a mulher forte, a filha dedicada, a mãe amorosa e a amiga de todos. Uma figura que, apesar da fama, nunca perdeu a essência de quem vem do interior e valoriza suas raízes.

O impacto de Marília na cultura brasileira

Marília Mendonça não foi apenas um sucesso comercial. Ela foi uma transformadora cultural. Rompeu padrões em um universo dominado por homens, abriu caminho para dezenas de outras artistas e levou a voz feminina para o topo do sertanejo.

Seus shows arrastavam multidões. Seus vídeos acumulam bilhões de visualizações. Suas letras viraram bordões populares. Seu estilo, atitude e carisma deixaram um legado difícil de medir, mas impossível de ignorar.

Expectativa do público: reencontro com a emoção

Desde que a série foi anunciada, fãs de todo o país têm demonstrado grande expectativa nas redes sociais. A promessa de rever imagens inéditas e ouvir depoimentos sinceros sobre Marília já causa comoção.

“Vai ser como reviver tudo de novo. Vai doer, mas vai ser lindo.” — comentou uma fã no Instagram.

Quando estreia?

A Amazon ainda não divulgou a data oficial de lançamento, mas a previsão é que a série chegue ao Prime Video em 2026, com exclusividade para os assinantes da plataforma.

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Essa série será mais que um documentário. Será um tributo.



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AgroNewsPolítica & AgroSafra

Açúcar/Cepea: Preço do cristal branco é o menor em 4 anos


Levantamentos do Cepea mostram que os preços médios do açúcar cristal branco no mercado spot do estado de São Paulo seguem em queda. Na sexta-feira, 27, o Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130-180, fechou na casa dos R$ 117,00/saca de 50 kg, o menor patamar nominal desde o final de julho de 2021. Pesquisadores explicam que a pressão sobre as cotações domésticas continua atrelada à baixa demanda para pronta-entrega e também à desvalorização externa do açúcar. No balanço da última semana (de 23 a 27 de junho), a média do Indicador foi de R$ 120,25/sc de 50 kg, recuo de 4,4% em relação à do período anterior. Mesmo diante das contínuas quedas, os valores pagos pelo açúcar no spot paulista seguem mais vantajosos que as cotações externas, ainda conforme o Centro de Pesquisas.

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AgroNewsPolítica & Agro

Fretes sobem com menor oferta de grãos no Maranhão


A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou, por meio da edição de julho do Boletim Logístico, divulgada nesta quarta-feira (23), que o fim da colheita da soja em grão no Maranhão gerou impacto direto na oferta de serviços de transporte, especialmente rodoviário, pressionando os preços para patamares levemente superiores aos registrados em junho. A soja continua sendo a principal lavoura temporária do estado, o que influencia fortemente o cenário logístico.

Segundo o boletim, a redução na movimentação de fretes provocada pelo fim da colheita da soja tem sido parcialmente compensada pelo início da colheita do milho segunda safra, especialmente na região sul do estado. No entanto, a elevada demanda da indústria de bioenergia Inpasa pela produção local, principalmente nas regiões de Balsas e entorno, limita o aumento dos fretes. Como o deslocamento até a planta industrial é curto, os valores de frete se mantêm em níveis reduzidos.

A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) atualizou em junho suas projeções para as exportações brasileiras de soja, indicando um volume recorde de até 15,1 milhões de toneladas. Dados recentes da entidade confirmam esse cenário. Entre janeiro e junho de 2025, o Brasil exportou 68,18 milhões de toneladas de soja em grãos, um crescimento de 2,82% em relação ao mesmo período de 2024. No Maranhão, o Porto de Itaqui se destacou como o segundo maior exportador nacional de soja no período, com 461,2 mil toneladas, atrás apenas do Porto de Santos (SP), que movimentou 740,5 mil toneladas.

Em relação aos fretes, a Conab apontou que os preços médios em junho permaneceram próximos aos praticados em maio e no mesmo mês de 2024. Um dos destaques foi o município de Açailândia, que apresentou embarques expressivos de soja com destino ao Terminal Portuário de São Luís.

O boletim também registrou a realização do primeiro Seminário Maranhense de Logística de Grãos, promovido pela Superintendência Regional do Maranhão (Sureg/MA). O evento reuniu representantes do setor logístico e discutiu os desafios e perspectivas para o escoamento da produção agrícola no estado. A proposta é que o seminário se torne um fórum anual para o debate sobre infraestrutura e logística de grãos no Maranhão.

Apesar do desempenho da soja, a participação do Maranhão nas exportações brasileiras de milho no período analisado foi considerada inexpressiva. Por outro lado, a soja respondeu por 4,6% do total exportado pelo país.





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Cinco falhas que mais param as colheitadeiras e como evitá-las



Em uma jornada de sete horas, é possível colher cerca de 29 toneladas de soja. Assim, caso a máquina esteja parada, o prejuízo diário pode chegar a quase R$ 450 mil, conforme estimativas da indústria.

Contudo, o impacto não se limita ao rendimento da produção, mas inclui também perdas com caminhões parados e operadores ociosos, sem contar o risco de perda de qualidade dos grãos, que devem ser colhidos no ponto ideal.

Portanto, entender quais são os principais pontos de atenção na colheitadeira antes do início da operação e como preveni-los é essencial para garantir o desempenho das máquinas no campo. Pensando nisso, o coordenador de pós-venda Massey Ferguson Edison Souza listou as cinco falhas mais recorrentes que causam paradas durante a safra:

  1. Rompimento de correias: esse tipo de falha pode ser mais grave do que parece. Em determinados modelos, algumas correias quando se rompem podem levar ao rompimento das demais que estão próximas, comprometendo todo o sistema.
  2. Falhas no sistema de corte: componentes como caixa de navalha, dedos do molinete e facas da navalha estão entre os que mais sofrem desgaste, especialmente, se não passarem por revisão adequada.
  3. Rolamentos danificados: as falhas relacionadas aos rolamentos são as que podem demorar mais tempo para corrigir, pois muitas vezes em função destas falhas, ocorre a quebra de engrenagens, carcaças ou outros componentes do sistema envolvido.
  4. Problemas nos redutores finais: vazamentos e falhas em rolamentos nos redutores finais afetam diretamente a tração e movimentação da máquina, sendo difíceis de corrigir durante a operação em campo.
  5. Defeitos nos sistemas hidráulico e elétrico: bombas hidráulicas e sensores de rotação e plataforma também são vulneráveis quando não recebem a manutenção preventiva necessária, afetando o desempenho da colheitadeira.

Souza lembra que para prevenir as falhas, é fundamental realizar a manutenção preventiva. “Muitos produtores deixam para fazer manutenção apenas quando a máquina quebra. É a chamada manutenção corretiva, que ocorre no pior momento possível, no meio da lavoura. O ideal é agir com antecedência, na entressafra, com base no histórico da máquina”, recomenda.

Segundo ele, a revisão preventiva, além de reduzir o risco de paradas inesperadas, diminui custo e permite um planejamento técnico mais eficiente. “Ao corrigir de forma preventiva apenas os componentes desgastados, evita-se a quebra de outras peças do mesmo sistema, o que gera economia na manutenção, além de permitir um melhor planejamento e execução por parte da concessionária”, detalha.

De acordo com o especialista da Massey, outro fator que merece atenção é o diesel, já que o combustível contaminado é um dos principais causadores de problemas durante a colheita.

“Quando não tratado, o diesel pode gerar problemas no sistema de injeção, começando com a saturação do filtro e perda de potência do motor. Em casos mais graves, atinge bombas injetoras e bicos injetores. O custo para realizar o tratamento é muito baixo se comparado ao risco que representa”, alerta.



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pode um ministro do STF ser sancionado por Trump?


A discussão sobre a possível sanção ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pela chamada Lei Magnitsky dos Estados Unidos, ganhou força nos últimos dias com o apoio de parlamentares aliados de Donald Trump. A medida, se adotada, teria impactos jurídicos, diplomáticos e institucionais inéditos na relação Brasil–EUA.

Mas, afinal: o que significa essa lei? Pode ela realmente ser usada contra um magistrado brasileiro? E o que isso acarretaria na prática?

Criada em 2012 e ampliada em 2016, a Lei Magnitsky permite que o governo dos EUA imponha sanções unilaterais contra pessoas acusadas de corrupção, violações de direitos humanos ou abusos de poder, independentemente de sua nacionalidade.

As sanções incluem:

  • Congelamento de ativos em dólares;
  • Proibição de transações financeiras com empresas americanas;
  • Cancelamento ou bloqueio de vistos para entrada nos EUA.

É um instrumento político poderoso, utilizado contra autoridades da Rússia, Venezuela, Nicarágua, China e outros países. Nunca, porém, foi usado contra um membro da Suprema Corte de um país democrático aliado dos Estados Unidos.

Setores ligados à família Bolsonaro, como Eduardo Bolsonaro, e influenciadores conservadores vêm pressionando autoridades americanas para que sanções sejam impostas contra Alexandre de Moraes, alegando abuso de poder, censura e perseguição política no Brasil.

Trump, que retomou a ofensiva contra o governo Lula, estaria sensível à demanda por conta de sua aliança com a direita brasileira. Há indícios de que o Departamento de Estado avalia a inclusão do ministro na lista de sanções, o que incluiria restrições de visto e congelamento de bens sob jurisdição americana.

Se confirmada a aplicação da Lei Magnitsky contra Moraes, as principais consequências seriam:

  1. Isolamento internacional do ministro
    O bloqueio de bens e a proibição de entrada nos EUA seriam simbólicos, mas causariam um enorme constrangimento institucional ao Brasil, sinalizando uma quebra de confiança diplomática entre os países.
  2. Precedente perigoso
    Seria a primeira vez na história que um magistrado de uma democracia ocidental seria sancionado por outro país com base em alegações políticas. Isso abriria margem para retaliações recíprocas e fragilizar as instituições internacionais.
  3. Reação do governo brasileiro
    Lula e o Itamaraty provavelmente reagiriam com firmeza, podendo:
  • Convocar o embaixador americano para esclarecimentos;
  • Reforçar medidas de soberania institucional;
  • Suspender negociações comerciais e diplomáticas em andamento.

Embora a pressão política exista, a aplicação da Lei Magnitsky depende de critérios técnicos e jurídicos dentro do Departamento do Tesouro dos EUA. Os riscos diplomáticos e jurídicos de uma ação contra um membro do STF tornam essa hipótese improvável, mas não impossível em um governo Trump mais radicalizado.

Analistas internacionais avaliam que:

  • A medida teria forte carga simbólica para o público interno de Trump;
  • Mas poderia gerar reação negativa do Congresso americano e de aliados comerciais dos EUA;
  • E desgastaria a imagem internacional de Washington como defensor das instituições democráticas.

Mais do que um episódio isolado, o debate sobre a aplicação da Lei Magnitsky a Alexandre de Moraes ilustra o uso crescente de instrumentos legais internacionais como armas políticas em disputas ideológicas. É também um alerta: o Brasil precisa reforçar sua soberania jurídica e diplomática diante de um mundo cada vez mais fragmentado.

Apesar do barulho político e da retórica inflamada, a aplicação da sanção é tecnicamente complexa, juridicamente frágil e diplomática e institucionalmente arriscada. Não há precedente semelhante e seria necessário justificar, com provas consistentes, que Moraes violou direitos humanos nos moldes exigidos pela lei, o que, para muitos analistas jurídicos, é altamente questionável.

Por isso, embora o tema sirva como munição política em ano eleitoral nos EUA, sua aplicabilidade concreta é improvável, mas os danos diplomáticos da simples ameaça já são reais e perigosos.

Miguel DaoudMiguel Daoud

*Miguel Daoud é comentarista de Economia e Política do Canal Rural


Canal Rural não se responsabiliza pelas opiniões e conceitos emitidos nos textos desta sessão, sendo os conteúdos de inteira responsabilidade de seus autores. A empresa se reserva o direito de fazer ajustes no texto para adequação às normas de publicação.



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quais são os pontos que podem te beneficiar para conseguir crédito?



Na interatividade da semana, perguntamos: quais são os pontos que podem te beneficiar na hora de conseguir crédito? A maioria dos produtores que participaram, 51% destacou as práticas sustentáveis como prioridade no momento de buscar financiamento agrícola via Plano Safra.

Em seguida, o uso de tecnologia no campo apareceu com 33% dos votos, enquanto o trabalho com segurança alimentar foi apontado por 16% dos participantes. Esses resultados, portanto, reforçam a importância de adotar estratégias que estejam alinhadas com a responsabilidade socioambiental e, ao mesmo tempo, com o aumento da produtividade no campo.

De acordo com o analista econômico Miguel Daoud, os números revelam que o produtor rural está cada vez mais atento às exigências do mercado, das instituições financeiras e da sociedade. “O produtor está consciente de que seu trabalho precisa ser feito com sustentabilidade. Boa parte do crédito rural hoje está focada nisso e até com juros mais baixos”, afirma Daoud.

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Na visão do analista, os investimentos em tecnologia também desempenham um papel essencial para garantir tanto a produtividade quanto a viabilidade econômica do negócio. “Sem tecnologia, não há produtividade. Sem produtividade, não há rentabilidade. E sem rentabilidade, o negócio não se sustenta”, conclui.

Por fim, ele destaca que a segurança alimentar continua sendo um compromisso estratégico do agro brasileiro. Para Daoud, a pesquisa oferece um direcionamento claro: a sustentabilidade será cada vez mais decisiva no acesso ao crédito rural.



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AgroNewsPolítica & Agro

Por que o algodão é o futuro da moda consciente?


A cada julho, o mundo volta seus olhos para o impacto silencioso – e persistente – do plástico em nossas vidas. O movimento Plastic Free July, iniciado na Austrália em 2011, propõe um desafio direto: repensar hábitos, reduzir excessos e buscar alternativas sustentáveis. Embora normalmente ligado a canudos, sacolas e embalagens, o problema vai muito além — está, literalmente, no tecido das roupas que usamos.

Boa parte do que vestimos hoje é feita de fibras sintéticas como o poliéster, resultado direto da indústria do petróleo. Essas fibras se escondem sob nomes técnicos, mas o dano que provocam é visível: todos os anos, bilhões de microplásticos são liberados nos rios e oceanos apenas com a lavagem das roupas. Invisíveis, eles invadem os corpos de peixes, tartarugas, aves e — mais recentemente se descobriu — até os nossos próprios órgãos.

Diante desse cenário, a escolha de tecidos passa a ser uma decisão ética. O algodão, uma fibra vegetal que se decompõe naturalmente, ganha protagonismo como alternativa viável e responsável. Não se trata de nostalgia ou idealismo: trata-se de dados. Segundo o International Cotton Advisory Committee, o algodão perdeu espaço no mercado global de fibras nos últimos anos, enquanto os sintéticos continuam crescendo em ritmo acelerado. O custo ambiental dessa curva é alarmante.

No Brasil, onde 80% da safra de algodão é certificada socioambientalmente, a Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão) vem liderando esforços para reverter essa lógica. Através de movimentos como Sou de Algodão, a associação busca conscientizar consumidores e estimular escolhas mais alinhadas com um futuro de baixo impacto. “Ninguém quer vestir petróleo”, afirma Gustavo Piccoli, presidente da Abrapa. “Quando escolhemos algodão, escolhemos um material que respeita o ciclo da vida.”

Além de biodegradável e renovável, o algodão cultivado no Brasil utiliza irrigação mínima e segue protocolos que priorizam o equilíbrio entre produção, meio ambiente e responsabilidade social. É um exemplo de que moda e consciência não precisam andar em lados opostos.





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AgroNewsPolítica & Agro

Paraná apresenta ações contra o efeito estufa em conferência nacional


O Governo do Estado, por meio do Instituto Água e Terra (IAT) e do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), participou nesta quinta-feira (24), em Curitiba, da 1ª Conferência Brasileira de Inventariação de Gases de Efeito Estufa. Organizado pelo grupo Sinergia Engenharia de Meio Ambiente, o encontro reuniu os setores público e privado para debater como contabilizar o volume emitido a fim de planejar maneiras de proteger o meio ambiente.

Os gases de efeito estufa são o ator principal do aquecimento global. E sua emissão é causada, na maioria das vezes, pelas ações humanas. No Paraná, já existem diversos programas que contribuem para a redução de gases do efeito estufa, como RenovaPR, de apoio e incentivo à transformação energética do campo, e o Paraná Mais Verde, de expansão do plantio de novas mudas. O Estado também implementou o Prosolo Paraná, com foco na mitigação dos processos erosivos do solo e da degradação dos cursos d’água; e a Rede Paranaense de Agropesquisa e Formação Aplicada, que tem como meta a expansão da pesquisa e a integração da academia aos novos processos produtivos sustentáveis.

Na sua palestra, José Amorim Vialich, do IAT, citou o Selo Clima, que reconhece, incentiva e valoriza práticas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. Ele também destacou a Portaria IAT 42/2022. Ela estabalece a exigência que, ao requerer licenciamento ambiental, empreendimentos enquadrados, por lei, na necessidade de providenciar Estudos de Impacto Ambiental, apresentem o Diagnóstico Climático.

MONITORAMENTO AMBIENTAL – O representante do Simepar, Bernardo Lipski, citou projetos da instituição que são voltados para o monitoramento ambiental e para sustentabilidade e que auxiliam na construção de políticas públicas. O VFogo monitora focos de calor, alertando a Defesa Civil para tomada de ações de combate ao incêndio; o Infohidro é uma interface de monitoramento de variáveis hidrológicas e meteorológicas em tempo real; o IrrigaSIM, braço do IrrigaParaná do Governo do Estado, vai mapear áreas aptas para irrigação sustentável, instalar equipamentos e desenvolver uma plataforma de inteligência artificial para integrar e analisar dados de diversas fontes.

O Simepar também está gerando uma definição de “estoque de florestas”. Se uma empresa ou instituição precisa realizar uma recuperação de área degradada, mas não tiver espaço, não precisa fazer na sua propriedade. Ela poderá fazer em outra área já mapeada e compensar o prejuízo causado. Já através do projeto Pro Biodiversidade, o Simepar realiza um inventário de carbono das Unidades de Conservação e estimativas de carbono dos remanescentes florestais.

Especificamente com relação ao clima, o Programa Paranaense de Mudanças Climáticas (Paranaclima) foi desenvolvido pelo Simepar em parceria com a Sedest e estuda a emissão e o impacto dos gases de efeito estufa no Paraná. No site https://paranaclima.simepar.br/ toda a população pode ter acesso ao cenário histórico de 1850 a 1900, o cenário depois do período pré industrial, o cenário de 2014 até o momento, e projeções de vulnerabilidade à ocorrência de desastres em cada município do estado até 2100.

O Simepar também oferece apoio ao Governo do Paraná nos mapeamentos, parametrização dos dados e informações que são utilizadas no ICMS Ecológico. É um instrumento de política pública criado no Paraná em 1991, para repasse de recursos financeiros aos municípios que abrigam em seus territórios unidades de conservação ou mananciais para abastecimento de cidades vizinhas. O município que ajuda, é compensado com recursos tributários.

“O Simepar auxilia na proteção do meio ambiente olhando para o passado, traçando dados históricos; no presente, através do monitoramento em nowcasting; e no futuro, traçando a previsão do tempo e os boletins climáticos. São vários os projetos no âmbito público e privado que são importantes para observar e agir na proteção da população às mudanças climáticas”, ressalta Lipski.

INFLUÊNCIA HUMANA – Os principais gases de efeito estufa são o dióxido de carbono (CO2), o metano e o óxido nitroso. O CO2 representa mais de 70% das emissões. Como muitas atividades humanas emitem uma grande quantidade desses gases, isto desequilibra o balanço de radiação da atmosfera terrestre, o qual mantém a temperatura média global dentro dos padrões aceitáveis para a manutenção dos ecossistemas e da vida.

Juliana Ferreira, diretora executiva e cofundadora do grupo Sinergia, explicou que a intensidade do efeito de cada fator sobre o clima é medida através do conceito de forçante radiativa, que quantifica a influência do fator no balanço energético do sistema terrestre. Todas as ações humanas emitem gases de efeito estufa e hoje a influência humana é a principal causa do aquecimento global”, alertou Juliana.

Segundo ela, há um consenso entre os cientistas de que a temperatura da terra está aumentando por conta de efeitos antrópicos. A última década foi a mais quente em 140 anos de medição, e o problema maior é o rápido aumento, em um curto espaço de tempo. O volume de emissões também foi maior recentemente: 52,4% delas ocorreram nos últimos 30 anos.

A temperatura no mundo está 1,36°C acima da média. Se a emissão de gases de efeito estufa continuar assim, até 2100 o planeta terá dois graus de temperatura a mais. Caso as emissões radiativas aumentem, em um cenário mais extremo, a temperatura pode subir até 4,8°C.

Por este motivo, várias políticas públicas foram criadas para incentivar a população e as empresas a agirem para mudar o cenário. O Brasil adotou o Protocolo de Kyoto em 1998, primeiro protocolo internacional com metas para controlar a missão de gases. Em 2009 foi instituída a Política Nacional sobre Mudança do Clima, e em 2015 o Brasil assinou ainda o Acordo de Paris.

Todas as metas estabelecidas nestes documentos foram atualizadas ao longo dos anos. O Sul do Brasil é a região pioneira no estabelecimento de planos estaduais determinando boas práticas para atingir as metas definidas nacionalmente.

ESCOPOS – Processos industriais, atividades agrícolas e grupos que fazem uso de combustíveis fósseis como um todo podem adotar medidas de descarbonização para ajudar a reduzir este impacto. Ações sugeridas são o uso de veículos híbridos ou elétricos, de geradores a GNV, compra de energia renovável do mercado livre, implantação de placas solares, substituição de lâmpadas convencionais por LED, além de compostagem ou uso de biodigestores.

Para saber o quanto emitem e que políticas podem adotar, cada uma das empresas ou setores públicos pode inventariar os gases de efeito estufa, identificando as fontes de emissão para coleta de dados e cálculo. Os resultados são úteis para o registro público de emissões e relatório de sustentabilidade, que possibilitam a proposição de políticas públicas para descarbonização, ou adaptação a vulnerabilidades climáticas, e ainda inclusão no modelo de mercado de carbono brasileiro. 

Quem não conseguir zerar as emissões, poderá compensar as emissões da empresa ou instituição pública comprando créditos de carbono: certificados que representam a redução de uma tonelada de gases de efeito estufa. A venda de créditos de carbono é uma forma de gerar receita para projetos que reduzem as emissões, como por exemplo projetos de reflorestamento ou eficiência energética.





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