segunda-feira, junho 16, 2025

Autor: Redação

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Federações de produtores rurais do RS são processadas e manifestações ficam proibidas



A Empresa Concessionária de Rodovias do Sul (Ecosul) processou entidades representativas de produtores rurais do Rio Grande do Sul para impedir as manifestações que estão previstas para fechar vias do estado entre a próxima terça e quarta (17 e 18).

Assim, a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS) e Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) viram rés no processo.

Os protestos do setor completaram um mês na última sexta-feira (13) e pedem o andamento do Projeto de Lei 320/25, o PL da Securitização, que prorroga as dívidas dos agricultores por um prazo de 20 anos e oferece melhores condições de pagamento a quem foi fortemente impactado pelas seguidas estiagens e pela enchente histórica de maio de 2024.

Pelo despacho, proferido pela juíza de Direito do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, Maria da Glória Fresteiro Barbosa, ficam proibidas interdições de manifestantes em trecho de 457,3 quilômetros de rodovias, abrangendo os seguintes locais das BR-116 e BR-392:

  • BR-116: entre Pelotas e Camaquã (123,4 km); entre Pelotas e Jaguarão (137,1 km)
  • BR-392: entre Pelotas e Rio Grande (68,4 km); entre Pelotas e Santana da Boa Vista (128,4 km)

Multa por descumprimento

Em caso de descumprimento, a decisão fixa multa de R$ 50 mil por hora de bloqueio, para cada uma das entidades, por ato praticado por si e/ou por qualquer de seus liderados.

O despacho ainda prevê que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) seja requisitada em regime de urgência para dar apoio ao cumprimento da decisão judicial.

De acordo com o documento, que utiliza informações apuradas pela PRF, a mobilização prevista para terça e quarta tem por objetivo interromper o fluxo de trânsito por aproximadamente 36 horas, com início às 7h da manhã do dia 17 e término previsto para as 18h do dia 18.

Manifestações do Porto de Rio Grande

Trecho do despacho ressalta que a manifestação visava “especificamente impactar as operações portuárias no Porto de Rio Grande, o que representa uma grave ameaça à segurança viária, à fluidez logística e à integridade das atividades econômicas na região sul do estado.”

A juíza do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul completa: “De fato, a ocupação do leito da rodovia põe em risco a segurança dos usuários das vias e dos próprios manifestantes, em razão da aglomeração e alta velocidade dos veículos no local, impedindo o deslocamento para o trabalho nas cidades vizinhas, o turismo e, principalmente, o transporte de mercadorias, cargas, de veículos de saúde e de segurança. Além disso, prejudica sobremaneira a economia da região, afetando o abastecimento e o transporte de mantimentos e pessoas.”



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Elevação de custos: guerra no Oriente Médio encarece ureia e ‘ameaça’ soja



A guerra entre Israel e Irã já começa a se refletir no planejamento da próxima safra de soja brasileira. Segundo análise da StoneX, a instabilidade na região, que abriga importantes produtores e exportadores de fertilizantes, elevou os preços da ureia nos mercados internacionais e acendeu o sinal de alerta para quem ainda não garantiu os insumos.

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O Irã, um dos principais fornecedores globais de nitrogenados, reduziu sua produção diante das incertezas. No Egito, outro ponto relevante, a interrupção do fornecimento de gás por Israel paralisou a fabricação de ureia. Como reflexo imediato, diversas ofertas foram retiradas do mercado e os preços subiram nos Estados Unidos, no Oriente Médio e também no Brasil.

De acordo com Tomás Pernías, analista da StoneX, ”o mercado reagiu rapidamente às notícias da guerra, interpretando o cenário como um fator de alta. O momento é desfavorável para quem ainda precisa comprar fertilizantes, especialmente com a aproximação da safra de soja.”

O impacto vai além dos preços dos fertilizantes. A alta do petróleo, intensificada pelas tensões no Oriente Médio, pode elevar os custos de frete marítimo e seguros internacionais, fatores que pesam diretamente sobre o custo de importação para o Brasil, país fortemente dependente de insumos externos.

Com o calendário de plantio da soja se aproximando, a recomendação é clara: produtores devem redobrar a atenção ao mercado de nitrogenados. A volatilidade geopolítica pode dificultar negociações e pressionar ainda mais os custos da próxima safra.



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Governo ‘fecha portas’ com tributação de títulos agrícolas, diz CNA



A tributação de títulos agrícolas, proposta pelo governo federal na medida provisória 1.303/2025, vai “fechar as portas” do crédito rural. A avaliação é do vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), José Mário Schreiner.

“Quando o governo recorre à tributação dos títulos agrícolas para tapar furo de déficit fiscal, ele praticamente fecha as portas do crédito rural”, disse Schreiner.

“O governo dá um sinal ruim ao mercado de quem não está nem aí e não faz o seu dever de casa”, criticou.

Ele destaca que os recursos públicos para subvenção do Plano Safra estão cada vez mais escassos, ao mesmo tempo que o setor recorre ao mercado privado por meio dos títulos agrícolas para cobrir o financiamento da agropecuária.

“A cada ano, os recursos para equalizar o Plano Safra são menores e mais direcionados à agricultura familiar. Nesse cenário, os médios e grandes produtores buscam acessar mais os títulos agrícolas. Quando há dificuldade cada vez maior de orçamento para recursos do crédito público para financiamento agropecuário e o governo interfere a colher no mercado privado, ele está fechando as portas do crédito rural”, disse o vice-presidente da CNA.

A proposta do governo prevê a tributação, a partir de 2026, em 5% sobre rendimentos de títulos que até então eram isentos. Essa medida afetará Certificado de Depósito Agropecuário (CDA), Warrant Agropecuário (WA), Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA), Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA), Cédula de Produto Rural (CPR), Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagros, admitidos à negociação em bolsa ou mercado de balcão organizado).

As LCAs, tradicionalmente, representam a principal fonte de recursos para o financiamento do crédito rural, respondendo por cerca de 40% do financiamento do setor.

Na avaliação da CNA, a tributação dos títulos, até então isentos para pessoas físicas, vai diminuir a atratividade aos investidores e reduzir as emissões dos títulos, diminuindo assim o volume de crédito disponível através deles para o agronegócio.

“No ano passado, quando o Conselho Monetário Nacional aumentou de 90 dias para nove meses os prazos das LCAS, já houve uma diminuição absurda nas emissões”, ponderou.

Agora, a entidade vê efeito imediato da medida, mesmo que entre em vigor em 2026, com impactos já no Plano Safra 2025/26. “A tributação afasta os investidores, porque para o mercado é um sinal ruim de que o governo está disposto a qualquer coisa para minimizar o déficit fiscal sem cortar na carne. O mercado quer segurança e previsibilidade e não quebra de confiança.”

Para Schreiner, a medida de tributação dos títulos, vai aumentar a dificuldade dos produtores rurais de acessar o crédito. “É um desestímulo à diversificação de funding e às alternativas de financiamento. O crédito rural ficará mais caro, mais escasso, os juros vão subir e vai reduzir a competitividade do agronegócio, podendo afetar a inflação de alimentos e a geração de divisas ao País”, observou o vice-presidente da CNA.

O crédito mais caro e escasso ao produtor acarretaria, segundo Schreiner, em menor uso de tecnologia na atividade agropecuária, afetando a produtividade e a produção nacional de alimentos. “Isso pode pressionar a inflação de alimentos. É uma consequência possível em decorrência do maior curso de produção e do provável menor uso de tecnologia”, apontou Schreiner.

Ex-deputado federal por Goiás, Schreiner espera que o Congresso corrija a “distorção” gerada pela MP sobre as fontes de financiamento de crédito rural. “Há um equívoco muito grande na política econômica do governo ao não buscar enxugamento e sim taxação. Esperamos que o Congresso Nacional retire os trechos ou deixe a MP caducar”, diz.



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Bahia Farm Show atrai mais de 160 mil visitantes e consolida protagonismo do agro baiano


Encerrada no último sábado (14), a 19ª edição da Bahia Farm Show 2025 reuniu 162.370 pessoas em seis dias de programação no município de Luís Eduardo Magalhães, no Oeste baiano, de acordo com a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), idealizadora e organizadora do evento. O público pôde conferir de perto as inovações e o potencial do agronegócio regional na maior feira de tecnologia agrícola do Norte e Nordeste do Brasil.

A movimentação nos corredores do complexo foi aumentando no decorrer dos dias de evento e contou com presença de produtores rurais, empresários, autoridades e visitantes em geral. Para muitos, uma oportunidade única de acompanhar de perto as novidades do setor.

“A feira é gigante, tô até com meus pés doendo porque realmente tem muita coisa pra ver, mas tá muito bacana”, contou a enfermeira Valquíria Fernandes.

Já o corretor de imóveis Ângelo Patrício, disse que a feira é importante para a economia da cidade: “Mesmo sendo corretor de imóveis, participar de uma feira como essa agrega valor. O agro é a força econômica da região, e isso reflete no nosso comércio também”, destacou.

Tecnologia e sustentabilidade lado a lado

Robô com inteligência artificial na Bahia Farm Show 2025; orientação aos produtoresRobô com inteligência artificial na Bahia Farm Show 2025; orientação aos produtores
Cortevano, robô com inteligência artificial | Imagem: Guilherme Soares/ Canal Rural BA

Entre os destaques que chamaram a atenção do público estava um robô com inteligência artificial, programado para responder dúvidas sobre o campo.

O simulador de deriva, também exposto no evento, reforça a importância da irrigação e aplicação corretas.

“Nosso objetivo é instruir as equipes que fazem as aplicações nas fazendas. A gente para o pulverizador, verifica bicos, vazão e orienta conforme o tipo de produto utilizado”, explicou Renato Matos, gerente de marketing de uma empresa expositora.

O tema da edição — “Agro inteligente, futuro sustentável” — foi assunto principal de várias discussões e palestras que destacaram o protagonismo do oeste baiano e do estado que é dos maiores produtores de energias renováveis do país.

Além disso, a proposta reforçou o papel do Oeste da Bahia como um dos protagonistas da agricultura regenerativa brasileira.

Tema da Bahia Farm Show 2025: Agro inteligente, futuro sustentávelTema da Bahia Farm Show 2025: Agro inteligente, futuro sustentável
Imagem: Vinicius Ramos/Canal Rural BA

Inovação, gestão ambiental e responsabilidade social

Durante o evento, a Secretaria de Sustentabilidade de Luís Eduardo Magalhães apresentou um projeto para ampliar a destinação correta de pneus usados na cidade e no campo, ambrangendo também as propriedades rurais da região.

“Já conseguimos retirar dois barracões cheios de pneus da cidade. Agora o desafio é levar essa ação para as propriedades rurais, onde há pneus maiores e mais difíceis de descartar”, explicou o secretário Kenni Henke.

A tecnologia esteve presente em todos os espaços da feira. Drones, uma aeronave agrícola 100% elétrica e autônoma em operação no Brasil, pulverizadores e balanças integradas a sistemas digitais são apenas alguns exemplos.

Pelican Spray, aeronave agrícola 100% elétrica e autônoma do Brasil na Bahia Farm ShowPelican Spray, aeronave agrícola 100% elétrica e autônoma do Brasil na Bahia Farm Show
Pelican Spray, primeira aeronave agrícola 100% elétrica e autônoma em operação no Brasil na Bahia Farm Show 2025 | Imagem: Vinicius Ramos/Canal Rural Bahia

Segundo André Luiz Siqueira Cardoso, analista de produtos, essas soluções reduzem falhas operacionais e aumentam a eficiência logística nas propriedades.

“A integração entre balança rodoviária e granel já determina o peso ideal de carga no caminhão, com mínima intervenção humana”, detalhou.

Com recorde de público, a organização da Bahia Farm Show já anunciou as datas da próxima edição: de 8 a 13 de junho de 2026.

“Alcançamos metas importantes voltadas para o ESG. A Bahia Farm Show evolui a cada ano e traz, além da inovação, uma discussão social e ambiental relevante para o setor”, afirmou o presidente do evento, Moisés Schmidt.


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Mais da metade das capitais considera o Corpus Christi feriado; veja onde



Em latim, Corpus Christi significa Corpo de Cristo. Trata-se de uma festa religiosa da Igreja Católica que celebra a presença de Jesus Cristo na Eucaristia, ou seja, no pão (corpo) e no vinho (sangue) consagrados durante a missa.

Em 2025, esse dia é comemorado na próxima quinta-feira (19), marcando exatamente 60 dias após o fim da Páscoa. Esse intervalo é respeitado em todos os anos.

No Brasil, o governo federal classifica a data como ponto facultativo. Assim, os servidores públicos são dispensados do trabalho sem prejuízo no sálario, enquanto as empresas privadas (de 12 capitais) não são obrigadas a abrir mão de seus colaboradores.

Entretanto, a lei determina que cada município tem autonomia para decretar o Corpus Christi como feriado religioso. Desta forma, das 27 capitais brasileiras, 15 decretaram a data como feriado, ao passo que 12 adotaram o ponto facultativo:



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Como a guerra no Oriente Médio interfere nos embarques do milho brasileiro?



O relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) trouxe mudanças tímidas para a safra 2024/25 de milho. O órgão manteve estimativas de produção para as lavouras norte-americanas (377,63 milhões de toneladas), brasileiras (130 milhões de toneladas) e argentinas (50 milhões de toneladas).

Quanto ao mercado, em Chicago, o contrato de milho para julho de 2025 encerrou a US$ 4,45 por bushel, com leve alta de 0,68% na semana. Na B3, o vencimento do mesmo mês caiu 1,97%, encerrando a R$ 63,30 por saca. As negociações físicas seguiram as pressões de baixa, com recuos na maior parte das regiões.

O que esperar do mercado do milho?

Análise da plataforma Grão Direto destaca o que esperar do mercado do cereal para o curto prazo. Atenção a possível queda de importações por parte do Irã, o principal destino do milho brasileiro no primeiro semestre deste ano. Confira os principais pontos:

  • Impactos do acordo entre China e EUA: o acordo comercial que reduz temporariamente as tarifas sobre produtos também impacta o milho. Embora o impacto sobre o grão amarelo seja limitado, devido ao baixo volume de importação dos chineses dos norte-americanos, o acordo traz estabilidade ao mercado e cria a expectativa de um leve aumento nas exportações para o país asiático. “No entanto, Brasil e Argentina permanecem como fornecedores competitivos, e o impacto nos preços é moderado, dado a safra recorde nos Estados Unidos e os estoques globais confortáveis.”
  • Escalada da guerra no Oriente Médio: o Irã tem sido um dos maiores compradores de milho do Brasil, ocupando a terceira posição em 2024 e se destacando como o principal comprador neste ano, absorvendo mais de 35% das exportações brasileiras (US$ 359,2 milhões em compras nos primeiros meses), de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Além disso, o país é um fornecedor global relevante de fertilizantes nitrogenados, exportando mais de 4,5 milhões de toneladas anualmente, com o Brasil sendo um destino importante. Israel, por sua vez, é o terceiro maior fornecedor de cloreto de potássio. “Além disso, com a alta do petróleo, os custos de produção, incluindo o preço da ureia, também tendem a aumentar. Na sexta-feira (13), o barril encerrou com uma alta de 8,1%. Se o conflito entre os dois países evoluir, as cotações podem, novamente, ultrapassar os US$ 100.”
  • Brasil vs Estados Unidos: a entrada da safra brasileira e a boa produtividade nos Estados Unidos pressionam os preços do milho para baixo, tanto no Brasil quanto nos mercados internacionais. No entanto, segundo a Conab, estoques ajustados e demanda firme devem impedir quedas acentuadas a médio prazo. “O atraso na colheita da safrinha pode restringir a oferta no curto prazo, mantendo preços mais elevados em algumas regiões. A competição entre Brasil e Estados Unidos deve aumentar na próxima temporada, especialmente nas exportações para a China e outros grandes compradores”, diz a Grão Direto.

No cenário atual, as cotações do milho devem continuar sendo pressionadas pela evolução da colheita no Brasil. Por outro lado, a demanda interna atuará como um fator de equilíbrio, ajudando a estabilizar os preços. No mercado internacional, o monitoramento do desenvolvimento da safra norte-americana continuará sendo crucial, com o potencial de gerar volatilidade nas cotações.



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AgroNewsPolítica & Agro

Europa eleva previsão da safra de grãos para 2025


A COCERAL, associação europeia de comércio agrícola, divulgou sua terceira estimativa para a safra de grãos da UE-27 mais Reino Unido em 2025, prevendo uma colheita de 300,7 milhões de toneladas. O volume representa um aumento de 4,6 milhões de toneladas em relação à projeção anterior, feita em março, e supera em mais de 20 milhões de toneladas, ou 7%, o total colhido no ano passado. Segundo a entidade, as condições climáticas favoráveis em regiões como sudeste da Europa, Espanha e França foram determinantes para a revisão positiva dos números.

No caso do trigo (excluindo o trigo duro), a produção estimada saltou para 143,1 milhões de toneladas, acima das 137,2 milhões previstas em março e bem acima das 126,3 milhões de toneladas colhidas no ano passado. Essa recuperação expressiva reforça o otimismo de produtores e comerciantes europeus diante de um cenário climático mais estável e de boas perspectivas de produtividade para as principais áreas produtoras.

A produção de cevada para 2025 também foi ajustada para cima, chegando a 59,2 milhões de toneladas, levemente superior aos 58,8 milhões projetados anteriormente e acima das 57,1 milhões de toneladas colhidas em 2024. Já a safra de milho, embora apresente aumento em relação a 2024 — passando de 59,7 milhões para 60,6 milhões de toneladas — teve uma leve redução em comparação à estimativa anterior de 63,3 milhões. Essa revisão reflete uma área plantada menor do que a inicialmente prevista e a opção de muitos agricultores por sementes de girassol.

Por fim, a colheita de colza deverá alcançar 20 milhões de toneladas, recuperando-se dos 17,9 milhões do ano passado. Esse aumento é atribuído, principalmente, ao retorno do plantio normal em países como Romênia e Bulgária, além da melhora da produtividade na França e na Alemanha. A previsão para a colza permanece inalterada desde março, consolidando a expectativa de um ano promissor para o grão oleaginoso na Europa.

 





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AgroNewsPolítica & Agro

Feijão terá campanha nacional e fundo exclusivo



Todas as frentes seguem alinhadas ao Movimento Pró-Feijão



Todas as frentes seguem alinhadas ao Movimento Pró-Feijão
Todas as frentes seguem alinhadas ao Movimento Pró-Feijão – Foto: Canva

Segundo informações do Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (IBRAFE), o setor de feijão e Gergelim vive um momento de consolidação nacional, deixando para trás a atuação isolada de produtores para se estruturar como uma frente unificada, com representação política, apoio institucional e base técnica sólida. 

Nesta semana, em Brasília, lideranças do IBRAFE reuniram-se com os deputados Zé Vitor (MG) e Marussa Boldrin (GO), que manifestaram total apoio às principais demandas do segmento, como a Campanha Nacional de Estímulo ao Consumo de Feijão, a criação do Fundo Nacional do Feijão, o estabelecimento do Dia Nacional do Feijão, a inclusão do grão na merenda escolar, além de avanços em rastreabilidade, logística, certificações e escoamento da produção.

Minas Gerais, por meio da IRRIGANOR e com o apoio do deputado Zé Vitor, se torna peça chave nesse movimento de valorização do Feijão e do Gergelim. A articulação nacional já conta com o engajamento de outros estados estratégicos, como Paraná, representado pelo deputado Pedro Lupion; Goiás, com Marussa Boldrin; Mato Grosso, com a SEDEC e a APROFIR (liderada por Hugo Garcia e Afrânio Migliari); São Paulo, com Frederico D’Avila; além de Tocantins e Bahia, que avançam na mobilização local. A Sociedade Rural Brasileira (SRB) também reforça o compromisso de liderar ações em todo o país.

Todas essas frentes seguem alinhadas ao Movimento Pró-Feijão, aprovado na Câmara Setorial do Feijão e Pulses e lançado durante o 9º Fórum Brasileiro do Feijão. O documento norteia desde campanhas para aumentar o consumo até estratégias de acesso a novos mercados internacionais, consolidando diretrizes para o fortalecimento de toda a cadeia produtiva. Outro marco importante foi a conquista de um assento do IBRAFE no IPA – Instituto Pensar Agro, o principal fórum técnico da Frente Parlamentar da Agropecuária, com apoio da ABRAFRUTAS, ABINS e da RENAI, representada por João Carlos De Carli. 

 





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Irã versus Israel agita mercado de soja e safra do grão cresce mais de 14%



O mercado de soja apresentou leve valorização nas bolsas internacionais, reflexo da combinação de fatores climáticos, geopolíticos e econômicos. Segundo a plataforma Grão Direto, enquanto a produção global mantém estabilidade, o Brasil segue como protagonista com previsão de safra recorde, ao mesmo tempo em que o excesso de chuvas nos Estados Unidos levanta preocupações sobre o plantio.

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Poucas mudanças na soja

O relatório de oferta e demanda divulgado nesta semana não trouxe grandes alterações. Nos Estados Unidos, a produção e os estoques finais de soja permaneceram inalterados. O mesmo ocorreu com as previsões para Brasil e Argentina, que tiveram apenas um ajuste positivo nos estoques finais.

Já no Brasil, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou sua estimativa para a safra 2024/25 para 169,6 milhões de toneladas, um recorde. O número representa crescimento de 14,8% em relação à temporada anterior, prejudicada pela seca.

Tensão entre Israel e Irã

O ataque militar de Israel ao Irã agitou os mercados na sexta-feira (13), impulsionando os preços do petróleo. A alta da commodity energética refletiu também sobre os derivados da soja, especialmente o óleo.

Na Bolsa de Chicago, os contratos futuros da oleaginosa reagiram positivamente. O vencimento de julho de 2025 subiu 0,95% na semana, encerrando a US$ 10,68 por bushel. Já o contrato de março de 2026 avançou 1,98%, fechando a US$ 10,81.

No Brasil, o dólar caiu 0,54% e fechou a R$ 5,54, favorecendo ligeiras altas no mercado físico da soja em diversas regiões produtoras.

China compra menos dos EUA e mantém foco no Brasil

Apesar da redução temporária das tarifas de importação da soja norte-americana, de 125% para 10%, a China limitou suas compras a volumes simbólicos. As vendas semanais dos Estados Unidos para o país asiático caíram ao menor patamar do ano: 61,4 mil toneladas, 74% abaixo da média das últimas quatro semanas.

Com isso, a Indonésia passou a ser o principal destino da soja dos EUA. O Brasil, por sua vez, segue como o maior fornecedor para a China, responsável por 72% das exportações do grão destinadas ao país.

Chuvas excessivas atrasam plantio nos EUA e preocupam mercado

O clima voltou ao centro das atenções. No cinturão agrícola dos EUA (Corn Belt), as chuvas intensas atrapalham o avanço do plantio em estados como Iowa, Illinois e Indiana. Se as precipitações persistirem até 20 de junho, áreas ainda não semeadas podem ser abandonadas, reduzindo a área total cultivada.

Além disso, após essa data, produtores perdem a cobertura de seguro, o que aumenta os riscos financeiros. As previsões indicam volumes acumulados de até 150 mm até o dia 18, o que deve manter os campos alagados e dificultar o uso de maquinário. Com isso, agricultores podem recorrer a culturas de ciclo mais curto, menos rentáveis.

Tributação no Brasil pode afetar o crédito rural

No Brasil, cresce a preocupação com a proposta de taxação das Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA), atualmente isentas de Imposto de Renda para pessoas físicas. Caso a medida avance, o setor teme aumento no custo de captação de recursos, tornando o crédito mais caro e reduzindo o apelo dessas opções de investimento.

A mudança pode impactar o financiamento da produção e da infraestrutura agrícola, além de comprometer a competitividade brasileira no mercado internacional.

O que esperar do mercado de soja

As cotações da soja devem continuar sensíveis aos desdobramentos do conflito entre Israel e Irã, bem como aos efeitos do novo acordo comercial entre China e Estados Unidos. O dólar, pressionado, pode romper a barreira de R$ 5,50 nos próximos dias.

Já em Chicago, espera-se que os preços sigam com viés positivo, sustentados pelas incertezas climáticas nos EUA e pelo apetite contínuo da China pela soja brasileira.



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