quinta-feira, outubro 30, 2025

Autor: Redação

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Compras chinesas de soja dos EUA trazem oscilação ao mercado de soja; saiba os preços



Nesta quinta-feira (30), o mercado brasileiro de soja teve um dia de alta volatilidade nas negociações, operando nos dois territórios, positivo e negativo. De acordo com o analista da consultoria Safras & Mercado, Rafael Silveira, a formação dos prêmios balizou esses movimentos e, de maneira geral, limitou as altas mais firmes observadas na bolsa.

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Silveira acrescenta que os preços melhoraram levemente na safra nova, enquanto no disponível as cotações ficaram mistas, com algumas oportunidades pontuais. Apesar disso, os negócios permaneceram travados. ”Poucas ofertas no dia e poucos players dispostos a fechar negócios”, destacou o analista.

Preços de soja no Brasil

  • Passo Fundo (RS): manteve em R$ 134,00
  • Santa Rosa (RS): manteve em R$ 135,00
  • Cascavel (PR): subiu de R$ 134,00 para R$ 135,00
  • Rondonópolis (MT): caiu de R$ 126,00 para R$ 125,50
  • Dourados (MS): caiu de R$ 126,00 para R$ 125,50
  • Paranaguá (PR): manteve em R$ 140,00
  • Rio Grande (RS): manteve em R$ 140,00

Soja em Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços mais altos para grão e farelo, e cotações mais baixas para o óleo. Em sessão com grande volatilidade, o mercado oscilou entre os territórios positivo e negativo após notícias sobre o início de um acordo entre Estados Unidos e China.

A expectativa de retorno da demanda chinesa atuou como fator de suporte, embora ainda existam dúvidas sobre o impacto das medidas nos estoques norte-americanos.

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, afirmou que a China concordou em comprar 12 milhões de toneladas de soja americana até o final do ano. O país também se comprometeu a adquirir 25 milhões de toneladas por ano nos próximos três anos, como parte de um acordo comercial mais amplo com Pequim.

Contratos futuros de soja

Os contratos da soja em grão com entrega em novembro de 2025 fecharam com alta de 11,00 centavos de dólar por bushel (1,01%), a US$ 10,91¼ por bushel. A posição janeiro de 2026 teve cotação de US$ 11,07¾ por bushel, avanço de 13,25 centavos (1,21%).

Nos subprodutos, a posição dezembro de 2025 do farelo fechou com ganho de US$ 6,90 (2,23%), a US$ 315,60 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro de 2025 fecharam a 49,65 centavos de dólar por libra-peso, retração de 0,51 centavo (1,01%).

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,39%, sendo negociado a R$ 5,3792 para venda e R$ 5,3772 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,3665 e a máxima de R$ 5,3955.



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Espaço da Embrapa na COP30 será a ‘grande casa das agriculturas sustentáveis’



A menos de duas semanas da COP30, que será realizada no estado do Pará, a Embrapa se prepara para transformar o evento em uma grande vitrine de inovação agropecuária. No espaço batizado de AgriZone, a instituição vai apresentar sete vitrines vivas com tecnologias desenvolvidas por suas 43 unidades em diferentes biomas do país.

De acordo com o chefe-geral da Embrapa Amazônia Oriental, Walkymário Lemos, esta será a primeira edição da COP em que o país anfitrião contará com vitrines vivas.

Entre elas, estão a Fazenda Álvaro Adolpho, meliponicultura, fruticultura, plantas aromáticas e medicinais, horto e fragmentos florestais. O objetivo é mostrar como a pesquisa aplicada beneficia pecuaristas, agricultores familiares e produtores rurais em todo o país.

De acordo com Lemos, o espaço será a “grande casa das agriculturas sustentáveis”, reunindo parceiros de todo o país para demonstrar como a ciência brasileira tem transformado o campo.

Além das vitrines, o pavilhão contará com debates, experiências imersivas e espaços de cultura e gastronomia ligados à agricultura familiar e ao agroextrativismo.

O Canal Rural terá estúdio no local para transmitir matérias e programas ao vivo, garantindo cobertura completa da COP30 e das ações da Embrapa.



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Estudo projeta excesso de oferta global e queda no preço do leite



O mercado lácteo mundial deve enfrentar uma pressão significativa nos preços até 2026, segundo um estudo da StoneX, empresa global de serviços financeiros. O relatório foi apresentado durante o webinar “Mercado de Lácteos: Panorama e Oportunidades até o final de 2025” e revela um cenário de excesso de oferta e demanda contida, afetando diretamente a rentabilidade dos produtores brasileiros.

A análise indica que a produção elevada em grandes exportadores, como estados Unidos, União Europeia e Argentina, deve continuar mantendo os preços internacionais em baixa. Essa situação impacta diretamente o valor do leite pago aos produtores no Brasil, que enfrenta desafios adicionais com a concorrência das importações, que representam cerca de treze por cento do consumo nacional.

Pressão sobre os preços

Nos estados Unidos, a produção de leite tem superado a demanda, impulsionada por melhorias genéticas e investimentos em processamento. Nate Donnay, Diretor de Inteligência de Mercado de Laticínios da StoneX, afirmou que “o aperto nas margens deve começar no fim de 2025, com queda nos preços do leite e aumento no abate de vacas”.

Na União Europeia, a situação é semelhante, com a doença língua azul afetando a prenhez em países como Alemanha e França.

No Brasil, o preço do leite está em queda, devido à pressão das importações. A consultora Marianne Tufani, da StoneX, afirmou que “quando o leite importado fica mais barato, o produto nacional perde espaço e o preço cai”, um efeito que é amplificado por uma baixa elasticidade de mercado. A relação de troca entre o litro de leite e a arroba da vaca gorda também está desfavorável, principalmente em São Paulo e Goiás.

Expectativas para 2026

De acordo com a StoneX, a expectativa é de uma recuperação lenta das margens apenas a partir de 2026, com melhorias mais vinculadas à redução dos custos do que a uma valorização significativa do leite. A safra recorde de milho no Brasil e os estoques elevados nos estados Unidos devem contribuir para a queda nos custos de nutrição animal.

No entanto, o clima representa um risco. Se o fenômeno La Niña se intensificar, pode haver estiagens no Sul do Brasil, afetando os custos e a produtividade. Embora a inflação de alimentos tenha diminuído, o consumo interno ainda avança lentamente, devido ao endividamento das famílias, que chega a sessenta por cento em algumas regiões.

Tufani também mencionou um impulso natural no fim do ano, mas alertou que “a sustentabilidade desse consumo ainda depende da confiança do consumidor e do cenário macroeconômico”. O viés baixista do preço do leite deve persistir até o primeiro trimestre de 2026, conforme a análise da StoneX, com a oferta global elevada como um dos principais fatores de pressão.

Com informações de: canaldocriador.com.br.

Publicado com auxílio de inteligência artificial e revisão da Redação Canal Rural.



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AgroNewsPolítica & Agro

Nova tecnologia amplia defesa natural de soja e milho



Totalmente biológico, Luminus não deixa resíduos tóxicos e é biodegradável


Totalmente biológico, Luminus não deixa resíduos tóxicos e é biodegradável
Totalmente biológico, Luminus não deixa resíduos tóxicos e é biodegradável – Foto: Canva

A agricultura moderna tem buscado equilibrar produtividade e sustentabilidade, com foco em tecnologias que reduzam impactos ambientais. De acordo com artigo de Mariana Yama, engenheira agrônoma e gerente de biocontrole da UPL Brasil, publicado pela empresa, esse avanço passa pelo conceito de reimaginar a sustentabilidade, combinando ciência e inovação para fortalecer a defesa natural das plantas e otimizar o desempenho produtivo.

Uma das inovações apresentadas é o Luminus, desenvolvido pela UPL em parceria com a Elemental Enzymes, que atua como indutor de defesa, tecnologia capaz de ativar o sistema imunológico natural das plantas, tornando-as mais resistentes a patógenos e condições de estresse. O produto estimula a chamada ativação basal, processo que cria uma espécie de memória imunológica vegetal, permitindo respostas mais rápidas e eficientes sem prejudicar o metabolismo ou a produtividade.

Totalmente biológico, Luminus não deixa resíduos tóxicos e é biodegradável, sendo seguro para o meio ambiente, animais e humanos. Sua eficácia é comprovada no controle de doenças foliares como Septoria e Cercospora na soja e mancha-branca e ferrugem no milho.

“A tecnologia de Luminus se destaca por promover plantas mais responsivas ao ataque de doenças foliares, principalmente no controle de manchas-foliares, como Septoria

 e Cercospora na soja, além de mancha-branca e ferrugem no milho. Tudo isso aliado à facilidade operacional, compatibilidade com outros insumos químicos, baixa dosagem e segurança nos resultados. Isso não é tudo: o produto é totalmente biológico, não deixa resíduos tóxicos e é altamente biodegradável – consequentemente, seguro tanto para o meio ambiente quanto para plantas, animais e humanos”, conclui.





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Gripe aviária volta a preocupar Europa



A gripe aviária de alta patogenicidade H5N1 voltou a se espalhar rapidamente pela Europa, reacendendo o alerta para uma nova crise sanitária e econômica no setor de aves. Desde o início de 2025, 62 países já reportaram focos da doença, segundo dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

Os relatórios mais recentes indicam uma aceleração do contágio desde julho, com maior concentração de casos no continente europeu, especialmente em Espanha, Reino Unido, Alemanha, Polônia, Áustria e Portugal.

“A situação na Europa é preocupante, porque atinge países importantes na produção de frango, como a Polônia, que é um dos principais fornecedores do bloco”, afirmou Ariel Mendes, presidente da Fundação de Apoio à Ciência e Tecnologia Animal (Facta).

Com a chegada do inverno europeu, a tendência é que o número de casos aumente, já que o vírus se propaga mais facilmente em temperaturas baixas. O avanço da doença pode reduzir a oferta de carne de frango e pressionar os preços, como ocorreu em crises anteriores, quando milhões de aves foram abatidas preventivamente.

A perspectiva de menor oferta no mercado europeu deve estimular a demanda por carne de frango brasileira, especialmente após a retomada do sistema de pré-listagem para exportações à União Europeia. O mecanismo, que havia sido suspenso em 2018, permite que o Brasil apresente uma lista de plantas habilitadas a exportar sem que cada unidade precise de aprovação individual. Mendes explicou: “Essa retomada facilita as exportações e dá mais agilidade aos embarques brasileiros de carne de frango para o bloco europeu”.

Brasil pode ampliar participação no mercado europeu

Com isso, o Brasil, líder global nas exportações da proteína, pode ampliar sua participação no mercado europeu em um momento de retração da produção local. O alerta, no entanto, não se restringe à Europa. O vírus H5N1, atualmente em circulação, apresenta alta capacidade de transmissão e maior agressividade em comparação a variantes anteriores.

Além das aves migratórias, que tradicionalmente espalham o vírus entre continentes, o H5N1 também tem sido detectado em aves silvestres residentes, aumentando o risco de contágio. As autoridades sanitárias reforçam a importância da vigilância e biosseguridade nas granjas para evitar a entrada do vírus no plantel comercial, especialmente em países livres da doença, como o Brasil.

Com informações de: interligados.canalrural.com.br.

Publicado com auxílio de inteligência artificial e revisão da Redação Canal Rural.



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Senado pode votar ampliação do seguro agrícola para incluir pecuária e outras atividades



A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado deve votar, nos próximos dias, o projeto que amplia o seguro agrícola e passa a abranger outras atividades do campo, como pecuária, aquicultura, pesca e silvicultura. Com a mudança, o programa passará a se chamar Seguro Rural, refletindo seu novo escopo de cobertura.

O relator da proposta, senador Jayme Campos (União-MT), explica que o texto também busca harmonizar normas sobre o funcionamento do seguro, estabelecer critérios de governança para o fundo que sustenta o programa e impedir o contingenciamento unilateral de recursos por parte do governo federal.

“Se o governo quiser contingenciar parte dos recursos, a decisão passará a ser da Comissão de Orçamento, dentro do diálogo natural do processo orçamentário”, afirmou o parlamentar.

O projeto também restabelece a isenção tributária irrestrita para as operações de Seguro Rural, reforçando o objetivo de ampliar a adesão dos produtores e garantir maior estabilidade financeira diante de eventos climáticos e sanitários adversos.



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AgriZone terá entrada gratuita de 10 a 21 de novembro em Belém



A AgriZone, espaço que abrigará uma programação diversificada durante a COP30, em Belém (PA), terá entrada gratuita de 10 a 21 de novembro. A Embrapa divulgou que serão realizados aproximadamente 400 eventos no local, que ocorrerão em cinco auditórios, abordando temas como segurança alimentar, resiliência climática, bioeconomia, entre outros.

A programação foi elaborada a partir de uma chamada pública da Embrapa, que recebeu 450 propostas de organizações que atuam nos campos da agricultura e da mudança climática. As propostas foram analisadas por um grupo de trabalho, resultando em um evento inclusivo e plural.

Programação e atividades

Durante os doze dias de evento, os participantes poderão participar de palestras, workshops, seminários e mesas-redondas. Entre as atividades, a diretora de Inovação, Negócios e Transferência de Tecnologia da Embrapa, Ana Euler, destacou que a AgriZone será um ambiente de imersão nas inovações necessárias para o desenvolvimento sustentável da agricultura.

Além das sessões temáticas, o espaço contará com vitrines virtuais de soluções sustentáveis, experiências gastronômicas e culturais, e vitrines vivas que apresentarão mais de setenta tecnologias de baixo carbono, destacando a importância da agricultura tropical no combate à fome e às mudanças climáticas.

Localização e credenciamento

A AgriZone está situada a menos de dois quilômetros da BlueZone, local oficial de negociação da COP30. O espaço funcionará diariamente das 10h às 18h, com acesso gratuito mediante credenciamento prévio, que será disponibilizado em breve, ou de forma presencial na entrada do local.

A iniciativa integra a Jornada pelo Clima, promovida pela Embrapa, que visa discutir os desafios e soluções para uma agricultura de baixo carbono e inclusiva. O evento conta com o patrocínio de diversas organizações, incluindo o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).

Com informações de: embrapa.br.

Publicado com auxílio de inteligência artificial e revisão da Redação Canal Rural.



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São Paulo inicia campanha obrigatória de atualização de rebanhos



O Estado de São Paulo dá início no próximo sábado (1) à campanha de atualização de rebanhos referente ao segundo semestre de 2025. A ação é coordenada pela Defesa Agropecuária da Secretaria de Agricultura e Abastecimento e tem como objetivo manter o controle sanitário dos rebanhos paulistas após a retirada da vacinação contra a febre aftosa, em 2023.

De acordo com a secretaria, a atualização é obrigatória e deve ser feita até o dia 15 de dezembro por todos os proprietários rurais. O produtor deve informar todas as espécies existentes na propriedade por meio do sistema de Gestão de Defesa Animal e Vegetal (Gedave).

Declaração é obrigatória e evita sanções

Devem ser informados não apenas os bovinos, mas também búfalos, equinos, asininos, muares, suínos, ovinos, caprinos, aves, peixes, animais aquáticos, colmeias de abelhas e até o bicho-da-seda.

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A não atualização dos dados pode gerar bloqueio da movimentação dos animais e inviabilizar a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA), além de outras sanções administrativas.

A declaração pode ser feita de três formas:

  • Diretamente pelo sistema Gedave, de forma online;
  • Presencialmente, em uma das Unidades da Defesa Agropecuária distribuídas pelos 645 municípios paulistas;
  • Ou ainda, por e-mail, mediante o envio do formulário disponível no site oficial da Secretaria de Agricultura.

Controle sanitário e segurança do rebanho

Segundo Luiz Henrique Barrochelo, diretor da Defesa Agropecuária, a atualização cadastral é fundamental para o acompanhamento sanitário e o controle das populações animais no Estado.

“A declaração é uma das ferramentas que o Estado utiliza para se manter atualizado sobre os animais de peculiar interesse, além de fornecer ao órgão responsável pela sanidade animal informações sobre o crescimento, nascimentos e mortes que ocorrem entre uma campanha e outra”, explica Barrochelo.

A medida faz parte do processo de transição para o status de zona livre de febre aftosa sem vacinação, consolidando o compromisso de São Paulo com a sanidade e rastreabilidade dos rebanhos.



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Índice do agro tem maior queda entre os índices da B3 em 2025, segundo consultoria



O Índice do Agronegócio da B3 (Iagro) registra a maior queda entre os indicadores da bolsa brasileira em 2025. No acumulado até 24 de outubro, o índice caiu 8,7%, segundo levantamento da Elos Ayta.

De acordo com o estudo, apenas três índices apresentaram rentabilidade negativa no período: o Iagro, o de Materiais Básicos (IMAT), com retração de 0,64%, e o de Empresas Estatais (IBOVB3), com leve queda de 0,13%.

Desempenho das ações e composição do índice

A consultoria atribui o desempenho do Iagro à dispersão entre as ações que compõem sua carteira. Das 30 empresas do índice, 19 apresentaram resultado negativo no ano. O movimento reflete a pressão sobre segmentos como agronegócio, papel e celulose, açúcar e álcool e materiais rodoviários.

Entre as maiores quedas do ano, estão:

  • Recrusul (RCSL3), com -73,91%;
  • Raízen (RAIZ4), com -55,09%;
  • Tupy (TUPY3), com -45,17%.

Também registraram perdas companhias como Suzano (-20,52%), Cosan (-26,47%) e São Martinho (-35,55%).

Ações em alta

Na ponta oposta, algumas empresas conseguiram resultado positivo, de acordo com a Elos Ayta. A Hidrovias (HBSA3) liderou as altas, com 58,75%, impulsionada pela recuperação logística.

Na sequência, Minerva (BEEF3) teve valorização de 56,88%, favorecida pelas exportações de carne, e Recrusul (RCSL4) subiu 50,94%.

Histórico do índice

Criado em janeiro de 2019, o Iagro apresenta histórico de volatilidade. Desde então, registrou três anos de resultado negativo: 2022 (-12,82%), 2024 (-11,35%) e 2025 (-8,7%) até outubro. O melhor desempenho ocorreu em 2019, quando o índice acumulou alta de 46,91%.

De acordo com a Elos Ayta, o cenário atual reflete o impacto de custos elevados, preços internacionais menores e margens reduzidas em cadeias produtivas do agronegócio, fatores que têm pressionado o desempenho do índice ao longo do ano.



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política agrícola é falha no país da COP30


Esse é o terceiro e último artigo da trilogia sobre a gestão de riscos agrícolas no Brasil. Nos dois anteriores — “Brasil há 147 anos debate gestão de riscos agrícolas sem soluções eficazes” e “O que o mundo aprendeu sobre seguro rural e o Brasil ainda ignora” — mostrei um paradoxo triste e verdadeiro: o mesmo governo que criou o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) é o que hoje o enfraquece.

Encerramos essa trilogia mais pessimista, com um país que chega à safra 2025/26 repetindo o velho padrão de improviso na política agrícola. Mesmo após décadas de debate sobre gestão de riscos, o Brasil ainda privilegia o socorro emergencial em vez da prevenção de prejuízos. Com a confirmação da La Niña, que deve provocar veranicos prolongados e chuvas irregulares no Centro-Sul, a nova safra já nasce sob alerta — e sem o respaldo adequado do seguro rural.

Os sinais de deterioração são claros. Dados do Banco Central mostram que a inadimplência do crédito rural atingiu 9,3%, o maior índice da série. Já os pedidos de recuperação judicial aumentaram 36% no primeiro semestre de 2025. Além disso, a contratação de crédito de custeio caiu 23%, os investimentos recuaram 44% e a área segurada despencou mais de de 14 milhões de 2021 para cá, protegendo menos de 3 milhões de hectares — ou seja, 3% da área agrícola nacional.

Enquanto o PSR encolhe, o governo reforça políticas emergenciais. Foram destinados R$ 11,9 bilhões ao Desenrola Agricultura Familiar, beneficiando cerca de 30% de um milhão de agricultores endividados, e mais R$ 12 bilhões via MP 1.314/2025 para renegociar dívidas — sem exigir seguro rural como parte da solução.

Outro problema grave: o governo não possui contabilidade oficial sobre quanto gasta todos os anos com renegociações. Essa ausência de transparência expõe a falta de uma política clara de gestão de riscos públicos. Em 2024, o seguro rural recebeu apenas 3,7% dos R$ 26 bilhões aplicados nas principais políticas agrícolas, embora seja de seis a oito vezes mais eficiente que o crédito ou o Proagro no uso do recurso público.

Desde 2003, o seguro rural indenizou mais de R$ 32 bilhões, sendo R$ 22 bilhões apenas nos últimos cinco anos — valores que evitaram novas renegociações e mantiveram produtores em atividade. Imagine o resultado se o país tivesse dobrado a aposta no seguro nos últimos quatro anos.

O modelo do seguro rural funciona — é moderno, técnico e sustentável. Falta apenas vontade política para transformá-lo em eixo central da política agrícola. Ele não só protege o produtor, como pode salvar o falido modelo de crédito rural, tornando-o saudável novamente.

Sem previsibilidade orçamentária e prioridade estratégica, o Brasil continuará pagando caro por não aprender a lição que o mundo já domina.

Que país é esse?

*Pedro Loyola é consultor em gestão de riscos agropecuários e financiamento sustentável e coordenador executivo do Observatório do Seguro Rural da FGV Agro.


Canal Rural e a FGV Agro não se responsabilizam pelas opiniões e conceitos emitidos nos textos desta sessão, sendo os conteúdos de inteira responsabilidade de seu autor. O Canal Rural se reserva o direito de fazer ajustes no texto para adequação às normas de publicação.



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