Brasil retoma sistema de pré-listing para exportar carne de aves à União Europeia

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) celebrou o anúncio do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) sobre a retomada do sistema de pré-listing para as exportações de carne de aves — incluindo frango, peru e pato — destinadas à União Europeia (UE).
O comunicado, feito pelo ministro Carlos Fávaro, marca um novo capítulo nas relações comerciais e sanitárias entre o Brasil e o bloco europeu. O modelo, suspenso em 2018, volta a conceder ao país autonomia para indicar e habilitar estabelecimentos exportadores que atendam integralmente aos requisitos da UE.
De acordo com o presidente da ABPA, Ricardo Santin, a decisão representa um reconhecimento da solidez e da credibilidade do sistema brasileiro de inspeção e controle sanitário.
“Com a medida, o Brasil volta a ter autonomia para indicar e habilitar estabelecimentos exportadores que cumpram integralmente os requisitos europeus, agilizando processos e ampliando a previsibilidade nas relações com a União Europeia”, destacou Santin.
Novo impulso para o comércio com a Europa
Atualmente, cerca de 30 plantas frigoríficas brasileiras estão habilitadas a exportar carne de frango para o bloco europeu. Com o retorno do pré-listing, esse número deve crescer gradualmente, abrindo espaço para que novas agroindústrias e cooperativas acessem um mercado considerado de alto valor agregado.
A União Europeia é historicamente um dos principais destinos da carne de aves brasileira. Antes da suspensão do sistema, o Brasil chegou a embarcar mais de 500 mil toneladas anuais de carne de frango para o bloco. Em 2024, o volume foi de 231,9 mil toneladas, e entre janeiro e setembro de 2025, o país exportou 137,2 mil toneladas.
O mercado europeu também tem destaque nas exportações de carne de peru, que já ultrapassaram 50 mil toneladas por ano antes da suspensão, além de manter demanda regular pela carne de pato brasileira.
Confiança e credibilidade internacional
Para Santin, a retomada do pré-listing sinaliza um avanço importante na política de acesso a mercados e no fortalecimento da imagem do agronegócio nacional no exterior.
“A medida é um avanço significativo e um sinal claro de confiança da União Europeia no sistema brasileiro de controle sanitário. O trabalho conduzido pelo ministro Carlos Fávaro, pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, e pelo secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, vem fortalecendo a credibilidade internacional do Brasil e promovendo avanços concretos na ampliação do acesso a mercados estratégicos”, afirmou.
Com a retomada do sistema, o setor avícola brasileiro reforça sua posição entre os maiores e mais confiáveis exportadores de proteína animal do mundo — combinando qualidade, segurança e sustentabilidade nas exportações.

