Cadeia produtiva da citricultura está em alerta máximo, diz Seagri
Após relatos de descarte de laranjas em Rio Real (BA) e filas de caminhões carregados de laranjas em indústrias de Estância (SE) — municípios localizados na região da Sealba — , a Secretaria de Agricultura sergipana informou que tem se mobilizado e se reunido com entidades representativas dos produtores (Faese), da indústria (Fies) e outros entes do Estado ligados à cadeia produtiva.
Com a repercussão da reportagem, publicada pelo Canal Rural, por meio de nota, a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) afirmou que está em contato com toda a cadeia para discutir e levantar ações de enfrentamento aos impactos causados pela situação vivenciada pelos produtores de laranja em relação ao escoamento da produção, somada aos possíveis efeitos do anúncio de aumento das tarifas norte-americanas — apontadas por produtores como um agravante à crise.

A Seagri classificou as dificuldades e os gargalos logísticos enfrentados pelas fábricas, especialmente no ciclo da citricultura, como inesperados, após um período virtuoso de produção, produtividade e exportação.
De acordo com a Associação Nacional das Indústrias Exportadoras de Sucos Cítricos, o setor de suco de laranja pode ter prejuízo de R$ 4,3 bilhões com o tarifaço.
Superávit comercial
Dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que a safra de laranja de 2025 apresenta estimativa de crescimento de 10,4% (417.739 toneladas) em comparação com 2024 (378.462 toneladas).
O aumento se deve tanto à produção quanto à produtividade, com variação positiva de 10,6% no rendimento médio, tendência que deve se manter nos próximos anos, segundo a pasta.
Ainda de acordo com a Seagri, Sergipe alcançou superávit comercial com os Estados Unidos no primeiro semestre de 2025, com exportações que somaram US$ 54,5 milhões (cerca de R$ 303,5 milhões), o equivalente a 31,35% de toda a pauta exportadora estadual — tendo como destaque os sucos cítricos.
Por fim, com o anúncio das tarifas norte-americanas, a cadeia produtiva da citricultura está em alerta máximo, enfatizou o órgão.
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