Queda nos preços do arroz desafia indústria, aponta Itaú BBA
Em junho deste ano, o arroz em casca fechou a R$ 67,19 por saca, valor 41% inferior ao registrado no mesmo período de 2024.
Relatório do Itaú BBA aponta que esse cenário traz preocupações sobre os investimentos na próxima safra (2025/26), já que a rentabilidade de 2024/25 tende a ser restrita.
“A oferta mais elevada, combinada com a queda nos preços, pode beneficiar o custo da matéria-prima para a indústria. No entanto, o repasse de outros custos, como logística e embalagens, segue limitado, diante de um varejo mais cauteloso e estoques enxutos”, destaca o documento.
Segundo o relatório da instituição, embora os preços no atacado também tenham recuado, o movimento não ocorreu na mesma proporção observada no campo.
“Em um ambiente de consumo retraído, escoar o produto a preços que garantam margens positivas se tornou um desafio no primeiro trimestre da comercialização da nova safra”, reforça.
De acordo com o Itaú BBA, a boa disponibilidade no Mercosul e o dólar mais fraco mantêm atrativas as importações de arroz em casca e beneficiado. Contudo, a entrada do cereal já processado pressiona ainda mais as margens da indústria, que precisa lidar com estoques adquiridos a preços elevados no ciclo anterior.