quarta-feira, julho 16, 2025
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Destruição da cadeia produtiva com tarifa de Trump é ainda pior que perda econômica, diz Faesp



A negociação é o caminho para a solucionar os impactos da tarifa de 50% que o governo dos Estados Unidos pretende implementar às exportações de produtos brasileiros, mas, para isso, a ideologia política e a economia não podem sentar à mesa, acredita o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), Tirso Meirelles.

Contudo, caso a medida entre em vigor em 1 de agosto, como anunciado pelo presidente norte-americano, Donald Trump, o país pode perder US$ 42 bilhões entre 2025 e 2026.

“Mas a perda econômica não é a pior parte. O pior é a destruição da cadeia produtiva. Para que se possa ter uma economia forte, os elos precisam estar ligados, com a indústria, o agro, comércio e os serviços todos unidos. Com a cadeia se desestruturando, para repor todo esse processo, vai ter um custo muito grande, com muito desemprego”, destaca.

Meirelles também ressalta que, em decorrência desses obstáculos, a margem de faturamento de impostos também pode ser reduzida, o que torna a situação macroeconômica ainda mais difícil. “Hoje, 60% de quase tudo o que é arrecadado de imposto vai para o INSS. Sobra 100 bilhões de reais para a infraestrutura de um país desse tamanho, onde temos tantos desafios”, contextualiza.

O presidente da Faesp ainda destaca a importância de o Brasil expandir acordos bilaterais para ter a capacidade de, em casos de crises como a atual com os Estados Unidos, remanejar destinos para a sua produção agropecuária sem tarifas.



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