quinta-feira, junho 12, 2025
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Planta raríssima com nome sagrado começará a ser vendida no Brasil


Por meio de reprodução, via cultura de tecidos, a Acosta Plantas Ornamentais alcançou produção em escala comercial do Philodendron spiritus-sancti para disponibilizar ao mercado.

Trata-se de uma das espécies mais raras no mundo, endêmica de uma pequena região do Espírito Santo e considerada criticamente ameaçada de extinção, segundo a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês).

A novidade será apresentada no 32º Enflor e 20ª Garden Fair, feiras que acontecem em conjunto entre 13 e 15 de julho, em Holambra, interior de São Paulo.

Durante a pandemia, o spiritus-sancti se tornou alvo de coleta ilegal e foi traficado internacionalmente, alcançando valores acima de 5 mil dólares em coleções privadas na Europa e nos Estados Unidos.

Assim, para viabilizar a sua preservação e democratização no mercado, a Acosta investiu na cultura de tecidos, tecnologia que permite a multiplicação segura, genética e sanitariamente controlada da planta.

De acordo com nota da empresa, o trabalho de multiplicação do Philodendron spiritus-sancti contou com a colaboração do Jardim Botânico Plantarum, de Nova Odessa, em São Paulo, e do Instituto Inhotim, de Brumadinho, em Minas Gerais.

Além disso, colecionadores e clientes parceiros da companhia cederam matrizes da espécie para servir como base aos estudos e ao processo de multiplicação em laboratório.

Reintrodução no habitat natural

planta raríssima Philodendron spiritus-sanctiplanta raríssima Philodendron spiritus-sancti
Foto: Divulgação

Como parte do projeto, a Acosta se comprometeu com a reintrodução de exemplares do philodendron espiritus sanctii diretamente no habitat natural, em parceria com órgãos ambientais, escolas e especialistas em flora nativa.

Além disso, o acordo prevê que parte do valor das vendas seja revertido para o fomento de pesquisas científicas e ações de conservação voltadas à espécie por meio de parcerias com pesquisadores, universidades e instituições botânicas brasileiras.

De acordo com a produtora Déborah da Costa, produtora da empresa, também serão disponibilizados vasos com plantas bem formadas para venda ao público, com o objetivo de conter o tráfico e ampliar o acesso responsável à espécie.

“Esse trabalho mostra que a inovação pode andar lado a lado com a preservação. Produzimos com tecnologia para atender o mercado, mas também para devolver à natureza o que foi retirado”, destaca.



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