confira os preços às vésperas do relatório do USDA
O mercado brasileiro de soja teve um começo de semana de preços pouco alterados e comercialização em ritmo calmo.
Segundo o consultor de Safras & Mercado Rafael Silveira, houve poucas mudanças nos preços, já que o dólar e a Bolsa de Chicago não inspiraram alterações.
“A expectativa está para a divulgação do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na quinta-feira (12). O spread ainda está alto entre o comprador e vendedor”, destaca.
Preços da saca de soja
- Passo Fundo (RS): permaneceu em R$ 130
- Santa Rosa (RS): ficou em R$ 131
- Porto de Rio Grande: avançou de R$ 134 para R$ 135
- Cascavel (PR): seguiu em R$ 129
- Porto de Paranaguá (PR): passou de R$ 134 para R$ 135
- Rondonópolis (MT): seguiu em R$ 117
- Dourados (MS): ficou em R$ 120,50
- Rio Verde (GO): permaneceu em R$ 119,50
Bolsa de Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira em baixa. O dia foi de volatilidade.
Segundo Silveira, as chuvas sobre as regiões produtoras dos Estados Unidos beneficiam as lavouras e adicionam pressão sobre os preços.
“Os investidores acompanham de perto as negociações iniciadas hoje entre China e Estados Unidos em torno das tarifas comerciais. A possibilidade de avanço nas conversas limitou a pressão sobre as cotações.”
Relatório do USDA
Para o analista, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deverá, no seu relatório de 12 de junho, indicar um pequeno corte na produção de soja norte-americana em 2025/26. No entanto, os estoques devem ser revisados para cima.
Analistas consultados pelas agências internacionais indicam que o número para a safra norte-americana em 2025/26 deverá ficar em 4,338 bilhões de bushels, contra 4,340 bilhões previstos em maio.
Para os estoques de passagem, a previsão é de um número de 302 milhões de bushels para 2025/26, contra 295 milhões projetados em maio. Para 2024/25, a aposta é de um aumento, passando dos 350 milhões indicados em maio para 352 milhões de bushels.
Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2024/25 de 123,1 milhões de toneladas. Em maio, o número ficou em 123,2 milhões.
Segundo o mercado, a indicação do USDA para 2025/26 deverá ser de 124,6 milhões de toneladas, contra 124,3 milhões projetados em maio.
O USDA deverá elevar a estimativa para a safra do Brasil em 2024/25 de 169 milhões para 169,2 milhões de toneladas. Já a estimativa para a Argentina deverá ser mantida em 49 milhões de toneladas.
Contratos futuros da soja


Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com baixa de 1,25 centavo de dólar ou 0,11% a US$ 10,56 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 10,30 3/4 por bushel, perda de 6,25 centavos ou 0,60%.
Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com baixa de US$ 0,20, ou 0,06%, a US$ 295,50 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 47,38 centavos de dólar, com perda de 0,12 centavo ou 0,25%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,13%, sendo negociado a R$ 5,5616 para venda e a R$ 5,5596 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,5522 e a máxima de R$ 5,5987.