domingo, julho 6, 2025

Agro

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Morre Mateus Paranhos, referência em bem-estar animal no Brasil



Morreu neste sábado (5) de julho, o professor Mateus Paranhos da Costa, aos 68 anos. Ele era docente na Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Jaboticabal (SP), e atuava há décadas em pesquisas sobre bem-estar animal.

Mateus Paranhos era reconhecido como um dos principais especialistas do Brasil no tema. Sua atuação abrangia estudos de comportamento animal, manejo racional de bovinos e equinos, transporte e abate humanitário. Ele também fundou o Grupo de Estudos e Pesquisas em Etologia e Ecologia Animal (Grupo Etco), da Unesp, que se tornou referência nacional e internacional em pesquisa, ensino e extensão sobre etologia aplicada.

Além das atividades acadêmicas, Paranhos teve forte participação em políticas públicas e discussões técnicas voltadas ao bem-estar animal. Era frequentemente consultado por entidades privadas e órgãos governamentais para elaboração de normas, treinamentos e orientações, sendo considerado pioneiro em inserir o conceito de bem-estar como fator essencial na produção pecuária.

A morte do professor gerou manifestações de pesar de diversas entidades, como a Sociedade Brasileira de Etologia, a Associação Brasileira de Zootecnistas (ABZ) e a própria Unesp. Em nota, a universidade destacou a contribuição de Paranhos para a formação de profissionais e pesquisadores comprometidos com o manejo ético e humanitário dos animais.

Nas redes sociais, ex-alunos, colegas de profissão e instituições expressaram gratidão pelo legado deixado pelo pesquisador. Muitos ressaltaram sua didática clara, sua paixão pelo ensino e sua capacidade de inspirar gerações de estudantes em defesa do bem-estar animal.



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o papel do agro em uma nova ordem mundial


Mesmo sem a presença de China, Rússia, Egito e Irã, encontro no Rio reforça o protagonismo do Brasil diante da reconfiguração da economia global, com o agronegócio como motor central dessa transformação. Vejam abaixo alguns números para melhor entendimento.

Brics em números

Cerca de 40% do PIB global é gerado pelos países do Brics — segundo estimativa de abril de 2025 do FMI

A projeção para 2025 indica um crescimento de 3,4% no PIB do bloco, acima da média global de 2,8%.

O grupo representa 40% da população mundial e 29–37% do comércio global

Força do agronegócio

Os Brics respondem por aproximadamente:

  • 42% da produção mundial de trigo,
  • 52% da produção de arroz,
  • 46% da produção de soja

O agronegócio brasileiro exportou US$ 165 bilhões em 2024, sendo 41% dessas vendas destinadas a países do Brics.

Vamos à análise

Enquanto o mundo atravessa um momento de desorganização econômica e crescente tensão geopolítica, o Brasil se posiciona com firmeza no cenário internacional. A Cúpula dos Brics, realizada nesta semana no Rio de Janeiro, acontece em um contexto crucial: os Estados Unidos, tradicional líder da economia global, dão sinais de retração estratégica, abrindo espaço para uma nova ordem multipolar.

Apesar da ausência física de pesos-pesados como China, Rússia e Irã, o evento ganhou relevância por sinalizar que o grupo segue ativo e com papel importante no debate sobre o futuro da economia mundial. Para o Brasil, a cúpula é mais que um encontro diplomático — é uma vitrine de oportunidades e uma afirmação de protagonismo.

O país começa a preparar o terreno para ocupar espaços deixados pela instabilidade das potências tradicionais. E não é por acaso. O agronegócio brasileiro, cada vez mais competitivo e tecnologicamente avançado, tornou-se o grande motor de crescimento do país. Com exportações recordes, produtividade em alta e ampliação de mercados, o Brasil pode, em breve, figurar entre as sete maiores economias do mundo, um feito impensável há poucos anos.

Especialistas apontam que, ao lado da Índia e de países emergentes africanos e latino-americanos, o Brasil tem potencial para liderar um novo bloco de equilíbrio comercial, baseado na produção de alimentos, energia limpa e bens de origem sustentável.

No pano de fundo, a estratégia americana de tentar preservar sua hegemonia por meio de barreiras comerciais, tensões cambiais e políticas internas de desvalorização do dólar tem gerado efeitos colaterais perigosos. Para muitos analistas, essa postura poderá resultar, no futuro próximo, em um grave desequilíbrio econômico global.

Miguel Daoud

*Miguel Daoud é comentarista de Economia e Política do Canal Rural


Canal Rural não se responsabiliza pelas opiniões e conceitos emitidos nos textos desta sessão, sendo os conteúdos de inteira responsabilidade de seus autores. A empresa se reserva o direito de fazer ajustes no texto para adequação às normas de publicação.



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JBS faz primeiro embarque de carne bovina para o Vietnã



A JBS embarcou neste sábado (5) o primeiro carregamento de carne bovina com destino ao Vietnã, com 27 toneladas processadas na unidade da Friboi de Mozarlândia (GO), recentemente habilitada para exportações ao país asiático. A cerimônia que marcou o primeiro embarque de carne brasileira para o Vietnã, realizada no Rio de Janeiro, contou com a presença do primeiro-ministro vietnamita Phạm Minh Chính e do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.

Além de Mozarlândia, a unidade da JBS de Goiânia também recebeu habilitação para exportar ao Vietnã.

Com uma população que já ultrapassa 101 milhões de habitantes, segundo o General Statistics Office do Vietnã (GSO), e crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) estimado em 7,6% no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2024, o país se consolida como um dos mercados mais promissores do Sudeste Asiático para proteínas animais.

“Estar presente nesse mercado é positivo para toda a cadeia do agronegócio nacional: produtores rurais, indústrias, fornecedores e trabalhadores. Trata-se de setor que representa 20% do PIB, gera emprego e movimenta economias regionais”, disse a diretora-executiva de Assuntos Corporativos da JBS, Marcela Rocha, em discurso durante o evento.

Em 2024, os vietnamitas importaram cerca de 300 mil toneladas de carne bovina e de búfalo, com destaque para produtos voltados ao consumo interno de uma classe média em expansão. O cenário de crescimento sustentado e urbanização acelerada deve impulsionar ainda mais a demanda nos próximos anos e posiciona o Brasil como um fornecedor estratégico para atender esse mercado.

A JBS foi a primeira empresa brasileira do setor a investir diretamente no território vietnamita. Desde 2014, a companhia opera no país com uma planta de couro no distrito de Dong Nai, especializada em acabamentos para os setores de estofados e calçados. A unidade emprega mais de 600 colaboradores e pouco mais de 60% da produção é destinada ao próprio mercado vietnamita.



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Óleos essenciais são aliados não só para pele e cabelo, mas também contra fungos em frutas


Os óleos essenciais, muito utilizados em cuidados da pele e do cabelo, também podem ser grandes aliados da fruticultura. Estudos realizados pela Embrapa Meio Ambiente (SP) e pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) mostraram que extratos de algumas plantas podem inibir, com grande eficiência, fungos responsáveis por perdas pós-colheita no mamão e na laranja.

Altamente perecível, o mamão pode perder até 50% da produção devido a doenças fúngicas que se manifestam após a colheita, especialmente durante o transporte e o armazenamento.

No caso das laranjas, as perdas chegam a 40%, segundo os pesquisadores. Frente à limitação dos fungicidas sintéticos que vêm perdendo eficácia com o uso continuado das mesmas moléculas, além de levantarem preocupações ambientais e de saúde, os óleos essenciais aparecem como solução promissora.

Excelente para salvar o mamão de fungos

De acordo com a doutoranda da Unicamp Adriane da Silva, os testes revelaram que quatro desses óleos apresentaram forte ação inibitória contra os principais fungos associados à deterioração do mamão, são eles:

  • orégano
  • canela em casca
  • alecrim-pimenta
  • manjericão-cravo

O destaque ficou para o óleo de alecrim-pimenta, que inibiu completamente o crescimento de todos os patógenos, mesmo em concentrações baixas. O orégano e o manjericão-cravo também mostraram excelente desempenho, embora com menor controle sobre o Fusarium solani.

Além da triagem inicial, os pesquisadores buscaram compreender quais compostos químicos estavam por trás da ação antifúngica dos óleos mais promissores. Por meio de análises, foram identificados os principais componentes responsáveis pela atividade: carvacrol, timol, ρ-cimeno e eugenol — todos já conhecidos por suas propriedades antimicrobianas.

O pesquisador Daniel Terao afirma que a combinação de carvacrol, timol e eugenol em proporções semelhantes às encontradas nos óleos naturais resultou em efeitos sinérgicos, potencializando o efeito antifúngico.

“Além de eficazes, os óleos essenciais apresentam vantagens ambientais e sanitárias importantes: são biodegradáveis, de baixa toxicidade e muitos já são considerados seguros para uso alimentar por agências reguladoras”, destaca Terao.

Óleos essenciais
Foto: Daniel Terao

Potencial de produção mais sustentável de alimentos

O uso de óleos essenciais na conservação de alimentos não é inédito. Diversos estudos anteriores já apontavam o potencial de óleos contra fungos que atacam laranja, abacate, melão, uva e morango. A novidade agora é a demonstração sistemática da eficácia contra fungos específicos do mamão.

Para os pesquisadores, o próximo passo envolve o desenvolvimento de formulações comerciais e testes em escala real, incluindo avaliações em frutos armazenados sob condições de mercado. “Os óleos essenciais e seus compostos majoritários têm potencial para compor uma nova geração de conservantes naturais, com impactos positivos para produtores, consumidores e o meio ambiente”, afirmam os autores.

Com base nesse avanço, o estudo abre caminho para a aplicação prática dos óleos essenciais no setor de frutas tropicais, contribuindo para uma agricultura mais limpa, eficiente e conectada às demandas por sustentabilidade e segurança alimentar.

Fungos provocam perdas de até 40% em laranjas

No caso da laranja, outra pesquisa recente revelou que extratos de plantas como orégano, canela casca, alecrim pimenta e manjericão-cravo foram eficazes contra dois fungos responsáveis por prejuízos consideráveis na cadeia produtiva de citros: Penicillium digitatum, causador do mofo verde, e Geotrichum citri-aurantii, agente da podridão azeda.

As doenças fúngicas que atacam laranjas após a colheita estão entre as maiores responsáveis por perdas, chegando a comprometer até 40% da produção.

Além de testarem os óleos em sua forma integral, os pesquisadores também avaliaram misturas elaboradas a partir dos três principais constituintes químicos de cada óleo.

Entre os compostos investigados estavam o cinamaldeído (presente na canela casca), carvacrol (orégano), timol (alecrim pimenta) e eugenol (manjericão-cravo). Quando combinados, esses compostos mostraram um efeito sinérgico, ou seja, o resultado conjunto foi superior à ação individual dos componentes.

As análises estatísticas apontaram diferenças significativas entre os tratamentos, confirmando o potencial antifúngico dos óleos essenciais e de suas formulações combinadas.

Para os pesquisadores, os resultados reforçam o potencial dos óleos essenciais como substitutos naturais aos fungicidas sintéticos, contribuindo não só para a redução das perdas pós-colheita, mas também para a adoção de práticas agrícolas mais sustentáveis.

“A aplicação desses compostos naturais pode representar um avanço significativo na conservação de frutas, especialmente em um contexto de crescente demanda por alimentos livres de resíduos químicos”, afirmam os autores.

O próximo passo, segundo os cientistas, é testar a eficácia das formulações à base de óleos essenciais em condições reais de armazenamento e transporte das frutas, a fim de avaliar sua viabilidade para uso comercial em larga escala.

*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo



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AgroNewsPolítica & AgroSafra

Trip Cafezal: conexão da Região do Cerrado Mineiro com mercado europeu de…


Carlos Eduardo Bitencourt e a equipe da Cafezal Milano, eleita a melhor cafeteria da Itália em 2025, compartilham conhecimentos em palestras e cursos

A cidade de Patrocínio, na Região do Cerrado Mineiro, será palco de um evento que promete reforçar a conexão entre a tradição cafeeira brasileira e o mercado europeu, nos dias 9 e 10 de julho. A Federação dos Cafeicultores do Cerrado, em parceria com o Sebrae Minas, receberá, durante a Trip Cafezal, Carlos Eduardo Bitencourt, fundador e CEO da Cafezal Milano e sua equipe para uma série de palestras e cursos abertos ao público e ao setor cafeeiro.

A Cafezal Milano Specialty Coffee, reconhecida como Melhor Cafeteria da Itália 2025 pelo prestigiado prêmio BarAwards, é a maior marca independente de café de especialidade do país em número de lojas, destacando-se como referência em sustentabilidade, modelo de negócios inovador, excelência em qualidade e hospitalidade. Em setembro, a Cafezal se tornará a primeira marca italiana de café especial a expandir para outro país, com a inauguração de uma nova loja em Lisboa.

Segundo Juliano Tarabal, diretor executivo da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, este evento simboliza mais do que uma troca técnica: é um passo estratégico para fortalecer o relacionamento da Federação com o mercado europeu, um dos principais compradores de cafés do Cerrado Mineiro.

“A relação com o café brasileiro sempre foi essencial para a Cafezal. Iniciei visitando lavouras em 2014, e então morava na Europa há 8 anos. Desde quando abrir a empresa em 2017, trouxe do Brasil a maior parte dos cafés que usamos em nossas lojas. Em 2024 importamos um container exclusivamente com cafés especiais, sendo a maioria originária do Cerrado Mineiro. Essa proximidade é real e sempre foi constante no passar dos anos”, afirma Carlos Eduardo Bitencourt.

História e propósito compartilhados

A parceria entre a Federação dos Cafeicultores do Cerrado Mineiro e a Cafezal Milano começou em 2024, quando a região realizou um roadshow pela Itália para apresentar seus pilares de qualidade e rastreabilidade. Em Milão, a Cafezal foi anfitriã de um dos eventos-chave, criando uma ponte entre a hospitalidade italiana e a excelência cafeeira do Cerrado.

Agora, em julho de 2025, ocorre o movimento inverso: Carlos – que fundou a marca em 2017, então a primeira torrefação-cafeteria artesanal independente de Milão —  desembarca no Cerrado Mineiro com sua equipe para conhecer de perto as práticas agrícolas, a cultura e a inovação da região.

Durante a Trip Cafezal, Carlos compartilhará sua trajetória empreendedora e o modelo de hospitalidade que consagrou a Cafezal como referência no mercado europeu, tornando-a um dos cases mais relevantes de crescimento sustentável e reposicionamento de produto no setor de hospitalidade independente; os aprendizados por trás da expansão de cinco para seis lojas em Milão e da próxima abertura internacional em Lisboa e a visão que levou a marca a ser eleita melhor cafeteria da Itália 2025 (BarAwards) e a figurar entre as três melhores cafeterias independentes da Europa (European Coffee Awards).

“Acredito que os cafés do Cerrado estão entre os melhores produtos disponíveis hoje para a cafeteria moderna. Além de sua força produtiva e altos volumes, os perfis sensoriais — com notas de chocolate, rapadura e melaço — são ideais para o que eu considero um ótimo espresso e bebidas com leite, amplamente apreciadas no mundo todo. Também encontram-se cafés com personalidade marcante, florais e frutados. Tenho certeza que este aspecto vai ser cada vez mais reconhecido internacionalmente, fazendo o Cerrado Mineiro ser reconhecido tanto quanto uma região de altos volumes, mas também como uma região de excelência em cafés de alta pontuação internacionalmente”, ressalta Bitencourt.

“A Europa tem sido um dos principais destinos dos cafés da Região do Cerrado Mineiro. A Itália, em particular, ocupa um papel central, não apenas como um dos maiores consumidores de café, mas também como um mercado que valoriza a qualidade e a origem dos produtos. Iniciativas como esta fortalecem o posicionamento da região no mercado internacional e promovem a troca de conhecimentos técnicos e comerciais. Essa troca de experiências fortalece a nossa missão de conectar, integrar e desenvolver”, destaca Juliano Tarabal.

Sobre a Cafezal Specialty Coffee

Com cinco lojas físicas em Milão e torrefação própria, a Cafezal Milano também se destaca pelo pioneirismo em produtos como cápsulas compostáveis, drip bags, cold brew autoral pronto para beber (RTD), além de contar com um laboratório de panificação artesanal, uma academia de formação de profissionais, workshops e eventos de imersão para coffee lovers, além de distribuição B2B com rastreabilidade.

Reconhecida como um dos cases mais relevantes de crescimento sustentável e reposicionamento de produto no setor de hospitalidade independente europeu, a Cafezal captou mais de R$ 5,4 milhões (equivalente a €900 mil) por meio de uma operação de equity crowdfunding realizada em 2024, com a adesão de mais de 150 investidores. Atualmente, a empresa está em processo de certificação B-Corp e de adequação de pegada de carbono.

Serviço:

9 de julho – Terça-feira
18h – palestra gratuita: “O mercado italiano de cafés de alta qualidade”, com Carlos Eduardo Bitencourt, fundador da Cafezal Milano
Local: Cooperativa Expocaccer – Patrocínio/MG

10 de julho – Quarta-feira
9h às 12h
Minicurso: Gestão de cafeterias e experiência do cliente
Instrutor: Carlos Eduardo Bitencourt

13h às 17h
Minicurso: Fundamentos e técnicas de barismo italiano
Instrutores: Equipe Barista da Cafezal Specialty Coffee

Local: Centro de Excelência do Café – Patrocínio, MG
Mais informações: https://linktr.ee/regiaocerradomineiro





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AgroNewsPolítica & Agro

Frio intenso, chuvas acima da média e calor extremo marcaram o clima de junho no Brasil


O mês de junho de 2025 foi marcado por extremos climáticos que impactaram diretamente o setor agrícola brasileiro. Enquanto o Norte e o Sul do país registraram volumes elevados de chuva, o interior do Nordeste, o Sudeste e parte do Centro-Oeste enfrentaram períodos de estiagem. Além disso, temperaturas anormalmente altas no Norte e Nordeste e uma forte onda de frio no final do mês nas regiões Sul e Sudeste também chamaram a atenção de produtores e meteorologistas.

Segundo informações divulgadas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os maiores acumulados de precipitação ocorreram no noroeste da Região Norte, com destaque para o Amazonas e Roraima, onde os volumes superaram os 500 mm. Em contrapartida, áreas do Tocantins, sul do Pará e leste de Rondônia registraram menos de 50 mm, evidenciando o avanço da estação seca sobre o sul da Amazônia. No Sul, a cidade de Santa Maria (RS) acumulou 424,6 mm, mais que o triplo da média histórica.

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No Nordeste, o contraste foi nítido entre o litoral leste e o interior. Alagoas e Sergipe registraram chuvas acima de 300 mm, enquanto regiões do sertão tiveram acumulados inferiores a 40 mm. Em Propriá (SE), o volume chegou a 289,9 mm, um desvio de 89% em relação à média. Já no Centro-Oeste, os volumes permaneceram baixos, especialmente em Goiás e Distrito Federal, cenário esperado para esta época do ano, mas que exige atenção para manejo das culturas.

As temperaturas também chamaram a atenção: no Norte e Nordeste, os termômetros ultrapassaram os 36°C, com registros de até 38,8°C no Piauí. Em Marianópolis do Tocantins (TO), o calor superou recordes históricos, exigindo medidas de adaptação das lavouras e preocupação com o bem-estar animal nas propriedades rurais.

No final de junho, uma intensa massa de ar frio avançou pelas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, derrubando as temperaturas e trazendo geadas e até neve. No dia 25, os termômetros chegaram a –7,8°C em General Carneiro (PR), –4,7°C em Curitibanos (SC) e –4,5°C em São José dos Ausentes (RS). Houve registro de neve em Pinheiro Machado (RS) e geadas fortes em várias localidades, como Bom Jesus (RS) e Campos Novos (SC), com potencial para causar danos a pastagens e lavouras.

O mapa de anomalia térmica do Inmet para o dia 25/06 destacou o impacto dessa onda de frio, com temperaturas até 10°C abaixo da média em algumas áreas. No Sudeste, cidades como Monte Verde (MG) e Barra do Turvo (SP) também registraram mínimas negativas. No Centro-Oeste, os termômetros chegaram a –0,9°C em Sete Quedas (MS), o que pode afetar culturas como o milho safrinha, ainda em fase de desenvolvimento em algumas regiões.





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Própolis vermelha de Alagoas ganha destaque nacional com apoio do Sebrae



A própolis vermelha de Alagoas vai muito além de um simples produto apícola. Ela representa identidade territorial, inovação e sustentabilidade. Com denominação de origem reconhecida, sua produção ocorre exclusivamente nos manguezais alagoanos, onde abelhas nativas colhem a resina característica da região.

Quem detalha esse processo é Marília Lima, gerente da Fernão Velho, empresa especializada na produção da própolis vermelha com Indicação Geográfica (IG). “A apicultura por si só já nasce como uma atividade sustentável. Ela é economicamente viável, socialmente justa e ambientalmente correta”, destaca.

Além do papel essencial das abelhas como polinizadoras da natureza, a própolis vermelha de Alagoas se diferencia por sua composição única. “Até agora, pesquisadores haviam catalogado 12 tipos de própolis. A nossa surgiu como o 13º tipo, com características exclusivas na coloração e nos compostos bioativos”, afirma Lima.

Entre os principais componentes, os isoflavonoides merecem destaque. Esses elementos apresentam grande potencial terapêutico. “A própolis é excelente para imunidade, combate inflamações e infecções, e possui propriedades antimicrobianas, antifúngicas, anticariogênicas e anti-inflamatórias. Para mulheres na menopausa, por exemplo, ela alivia sintomas. Eu poderia passar o dia inteiro falando da nossa própolis”, brinca a gerente.

Apoio do Sebrae abre novas portas

“Para o pequeno empresário, é um grande desafio arcar com despesas e ainda participar de feiras. No entanto, o Sebrae nos abraçou e ampliou nosso alcance. Hoje conseguimos expandir nosso território de comercialização e mostrar o nosso trabalho para o Brasil inteiro”, afirma Marília.



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AgroNewsPolítica & Agro

Mapa viabiliza exportação de queijo premiado paulista para os Estados Unidos



Meta é destinar 40% da produção ao mercado externo




Foto: Mapa

Uma empresa fabricante de queijos de Pardinho, no interior de São Paulo, exportou para os Estados Unidos cerca de 650 quilos de um queijo premiado, feito à base de leite cru. O procedimento não é comum, por isso exigiu uma atenção e um acompanhamento por parte do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

A ação envolveu vários setores do Mapa, incluindo o SIF (Serviço de Inspeção Federal), Central de Certificação e o sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro). Ao todo, 64 peças – de aproximadamente 10 quilos cada – embarcaram em voo comercial no dia 10 de junho. Elas foram embaladas de forma individual e lacradas com carimbo do SIF, por orientação do Mapa. “É um momento histórico, estamos muito orgulhosos”, disse Vanessa Alcolea, responsável técnica e mestre queijeira da empresa.

Um dos desafios, segundo ela, foi climatizar os paletes para que a temperatura ideal fosse mantida durante o transporte aéreo. A carga teve como destino Nova York, nos Estados Unidos, onde foi recebida por um entreposto aduaneiro. “É um entreposto em que o importador já costuma trabalhar e a carga ficou refrigerada até o desembaraço lá”, afirmou Vanessa.

No final de semana, o produto foi lançado no Summer Fancy Food Show, evento que apresenta produtos artesanais de alta qualidade em mais de 40 categorias. Em julho, representantes da queijaria vão participar de painéis sobre queijos brasileiros no congresso da American Cheese Society Conference, em Sacramento, na Califórnia.

De acordo com a empresa, a meta é destinar 40% da produção ao mercado externo.





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AgroNewsPolítica & Agro

milho e soja representam 90% da agricultura estadual



A soja segue como a principal cultura do Maranhão


Foto: Pixabay

A safra nacional de grãos deve bater recorde e alcançar 332,9 milhões de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A soja lidera com 168,3 milhões de toneladas, seguida pelo milho, com 126,9 milhões t. No Maranhão, essas duas culturas dominam o cenário agrícola, representando mais de 90% da produção estadual e somando cerca de 7,3 milhões de toneladas de um total estimado de 7,7 milhões.

“Neste momento, as lavouras maranhenses da segunda safra de milho estão em pleno desenvolvimento, com o início de algumas colheitas. A soja foi colhida e há áreas sendo preparadas para o próximo ciclo, programado para o segundo semestre. O principal destaque é que o milho safrinha segue ganhando espaço no estado e o andamento da safra é positivo”, afirma Fernando Melatti, Gerente Técnico da ORÍGEO, joint venture entre Bunge e UPL, especializada em soluções sustentáveis e gestão integrada para o Cerrado.

A soja segue como a principal cultura do Maranhão, ocupando mais de 65% das áreas cultivadas, e o plantio de milho segunda safra está praticamente concluído. As expectativas são favoráveis para a colheita, segundo Melatti. “Nossa equipe no Maranhão atua em todas as etapas da produção — da escolha das sementes ao armazenamento. Estamos ao lado do produtor nas decisões estratégicas, seja no manejo da soja ou na condução do milho safrinha, oferecendo apoio e suporte diante dos desafios climáticos.”

A Conab alerta que a retenção das chuvas no segundo semestre pode comprometer o desenvolvimento do milho, especialmente em fases críticas, como o enchimento de grãos. Diante desse cenário, a ORÍGEO reforça seu papel de parceira no campo, com presença técnica ativa nos estados do MATOPIBAPA, além de Mato Grosso e Rondônia. “Estamos integrados com todos os elos da cadeia”, afirma Fernando. “Nosso suporte técnico e operacional é voltado para garantir que os produtores avancem com confiança e resiliência no segundo semestre.”





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Exportações de maio do agro gaúcho seguem em queda na comparação com 2024


A Farsul divulgou, nesta quarta-feira (02/07), os resultados das exportações gaúchas de maio de 2025. Na comparação com o mesmo período de 2024, houve uma queda de 15% no valor exportado (um total de US$ 1 bilhão em emrelação a US$ 1,1 bilhão no mesmo período de 2024) e de 17% no volume, um total de 1,3 milhão de toneladas. Em maio de 2024, o estado exportou 1,6 milhão de toneladas.

O valor total comercialziado pelo Estado no período foi de US$ 1,5 bilhão, com o agronegócio sendo responsável por 65% deste montante. Em termos de volume, o agronegócio representa 85% do total estadual no período.

No acumulado de 2025, o agro gaúcho exportou um total de US$ 5,1 bilhões, um valor 0,8% menor do que no mesmo período de 2024.

Estiagem segue sendo o principal fator para a queda nas exportações

A queda de valor e volume no período acontece principalmente pelas baixas exportações de soja em grão, que teve uma diminuição de US$ 146 milhões na comparação. fumo, produtos florestais e cereais também tiveram queda nos valores exportados.

A baixa exportação de soja em grão se deve principalmente pelo forte impacto da estiagem. Já o arroz teve pouco estoque formado para exportação no ano passado.

A China, pela primeira vez no ano, teve uma participação acima de 20% nas exportações do setor, mas o acumulado de janeiro a maio ainda está abaixo do registrado no mesmo período de 2024, com quedas importantes na soja e na carne. Um dos fatores que influenciaram essa queda é a suspensão das importações de carne de frango pelo país asiático no período, devido ao caso de gripe aviária que atingiu alguns pontos do estado.

Os principais parceiros comerciais do estado em maio foram a Ásia (sem Oriente Médio), que segue como o principal destino das exportações do agro gaúcho, totalizando US$ 437 milhões e 763 mil toneladas. Em segundo lugar temos a Europa, que atingiu US$ 220 milhões, sendo US$ 203 milhões para a União Europeia. Em seguida temos o Oriente Médio, que atingiu US$ 194 milhões.

Quanto aos países, China aparece em primeiro lugar com US$ 230 milhões e participação de 22,9% no valor. Em segundo lugar temos os Estados Unidos com 9,4%, Indonésia com 6,1%, Bélgica com 5,9% e Turquia com 3,7%.





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