segunda-feira, julho 7, 2025

Agro

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Trump ameaça países que se alinhem ao Brics com tarifa extra de 10%



Em meio à reunião de cúpula do Brics, que ocorre no Rio de Janeiro, o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, ameaçou taxas extras a produtos de países que se alinhem ao grupo, formado por 11 nações, entre elas Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A publicação foi feita em seu perfil na rede Truth Social.

“Qualquer país que se alinhe às políticas antiamericanas do Brics será taxado com tarifa extra de 10%. Não haverá exceções a essa política. Obrigado pela atenção em relação a essa questão”, escreveu Trump.

Em sua declaração de líderes, divulgada no domingo (6), o Brics criticou medidas protecionistas adotadas no comércio global.

“Reiteramos nosso apoio a um sistema multilateral de comércio baseado em regras, aberto, transparente, justo, inclusivo, equitativo, não discriminatório e consensual, com a OMC em seu núcleo, com tratamento especial e diferenciado (TED) para seus membros em desenvolvimento”, destaca a declaração do Brics.

Trump, que assumiu em janeiro deste ano, anunciou, logo no início de seu mandato, aumento de tarifas sobre produtos importados, o que gerou críticas e respostas de vários países.

Além de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, compõem o Brics a Arábia Saudita, o Irã, os Emirados Árabes, a Indonésia, o Egito e a Etiópia. Mais dez países são parceiros do grupo: Bielorrússia, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã.



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E agora de novo o efeito manada no feijão


Todo ano a gente assiste ao mesmo filme no mercado de feijão. Na colheita, o preço despenca porque todo mundo corre para vender. Meses depois, falta produto e o preço sobe. E aí? Reclamam e plantam até nas floreiras.

Essa sazonalidade de preços não é segredo para ninguém. É o ciclo natural de uma cultura com janelas de produção bem definidas. Mas o que realmente me surpreende é ver produtor preparado, inteligente, ainda dizendo que “não sabia” que isso ia acontecer.

Vamos falar sem rodeio: não dá mais para aceitar essa história de que é surpresa o preço cair na colheita. Quando o preço está alto na hora de plantar, todo mundo planta mais. É óbvio que na hora de colher ele vai cair. Não tem truque nisso. O problema é agir como se fosse um susto na hora de fechar negócio.

Esse comportamento coletivo — o famoso efeito manada — custa caro. Quando os primeiros começam a vender, o medo de ficar com o feijão parado se espalha e vira uma corrida para liquidar tudo de qualquer jeito. Resultado? Preço lá embaixo. Depois, na entressafra, quando falta produto, o mercado paga mais — mas quem vendeu cedo não aproveita nada disso.

“Ah, mas o mercado é assim mesmo.” Não, não é uma maldição inevitável. A sazonalidade existe, claro. Mas dá para se preparar melhor. E quem não se prepara vai continuar vendendo barato demais.

Primeiro passo? Planejamento financeiro. Muita gente vende porque precisa do dinheiro na hora. Precisamos falar mais sério sobre crédito, reserva de caixa e até organização coletiva para ter poder de negociação.

Outro ponto é a armazenagem. Hoje não falta opção. Quem não tem silo próprio pode alugar, pode se associar a cooperativas ou usar câmaras frias, que estão cada vez mais disponíveis para feijão, garantindo qualidade e alongando o prazo de venda. Armazenar não é luxo, é estratégia para escapar do colapso de preços na colheita.

E informação de mercado? Isso não é mais desculpa. Tem o índice Cepea/CNA, que mostra preço em diversas praças. Tem o Clube Premier do Ibrafe, que entrega informação estratégica todo dia, com visão nacional e até internacional. Hoje quem quiser se informar tem como. Decisão baseada em boato ou no preço da venda do vizinho é rasgar dinheiro.

E, por favor, vamos falar sério sobre ferramentas de comercialização. Contratos a termo, barter, — não é só para “produtor grande”. É para qualquer um que queira reduzir risco. É planejamento. “Ah mas não tem para feijão”, já começou a ter sim. O que precisa é posicionamento em defesa destas ferramentas. Brigar por elas, enviar feito meme para todo lado. Falar dela em seus grupos de whatsapp ir no seu sindicato brigar por elas.

A verdade é dura, mas precisa ser dita: enquanto a gente continuar refém do efeito manada, vai vender mal na safra e reclamar do preço na entressafra. Para mudar isso, é preciso vontade de encarar a realidade, investir, cooperar e se profissionalizar de verdade.

O feijão não é só tradição de plantio, ele é essencial na mesa do brasileiro. E precisa ser um bom negócio para quem planta. Mas isso só vai acontecer quando pararmos de repetir os mesmos erros e adotarmos estratégias mais inteligentes.

Está na hora de ter essa conversa, sem filtro. Para o bem do produtor, para o bem do setor.

*Marcelo Lüders é presidente do Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (Ibrafe), e atua na promoção do feijão brasileiro no mercado interno e internacional


Canal Rural não se responsabiliza pelas opiniões e conceitos emitidos nos textos desta sessão, sendo os conteúdos de inteira responsabilidade de seus autores. A empresa se reserva o direito de fazer ajustes no texto para adequação às normas de publicação.



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AgroNewsPolítica & Agro

Cenário do trigo exige cautela e estratégia


O mercado de trigo brasileiro vive um momento de indefinições, marcado por expectativa de safra menor, estoques apertados no Sul e pressão do mercado externo. Segundo a TF Agroeconômica, apesar da leve redução nas estimativas dos estoques globais pelo USDA, de 141,83 para 138,16 milhões de toneladas, os níveis ainda são superiores ao do ano passado, o que indica preços internacionais mais baixos nesta temporada, influenciando negativamente o Brasil, especialmente via importações da Argentina.

Para o produtor, o destaque está na possível oportunidade oferecida pelos contratos futuros: a cotação de julho de 2026 na CBOT está 10,46% acima da de julho de 2025. Isso, mesmo sem garantia de valorização, pode ser explorado como oportunidade de venda antecipada. No Brasil, espera-se uma produção de trigo de 7,30 milhões de toneladas em 2026, inferior às 7,88 milhões previstas para 2025, o que deve elevar as importações entre fevereiro e agosto de 2026, puxando os preços internos para mais próximo da paridade de importação.

Os fatores de alta incluem o bom desempenho das exportações dos EUA, aumento da área em seca nas Grandes Planícies, desvalorização do dólar e preços internos já 18,34% maiores que no mesmo período do ano passado. Além disso, a previsão de uma nova quebra de safra nacional pode manter o mercado aquecido, especialmente se a qualidade do grão continuar baixa, pressionando os preços das farinhas.

Por outro lado, fatores de baixa ainda pesam. O avanço da colheita no Hemisfério Norte, os estoques elevados no RS (360 mil t em junho, com projeção de 130 mil t em outubro), a concorrência do trigo argentino no PR e margens apertadas para os moinhos reduzem o fôlego dos preços no curto prazo. Assim, a TF recomenda que produtores e cooperativas esperem para vender após fevereiro de 2026, enquanto compradores com capital e estrutura devem adquirir entre dezembro de 2025 e janeiro de 2026, usando o mercado futuro como proteção em caso de alta.

 





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Trump diz que acordos tarifários dos Estados Unidos serão divulgados nesta segunda



O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na noite deste domingo (6) que os acordos tarifários feitos pelos EUA com diversos países serão divulgados a partir das 13h (pelo horário de Brasília) desta segunda-feira (7).

Trump disse ainda que países alinhados às “políticas antiamericanas do Brics” vão pagar uma tarifa adicional de 10%.

De acordo com o republicano, “não haverá exceções a esta regra”. Trump deu as declarações por meio da rede Truth Social.



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Imea eleva produção de Mato Grosso em 2024/25



A produção de milho da safra 2024/25 em Mato Grosso foi revisada para 54,02 milhões de toneladas pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).

O volume representa aumento de 14,52% em relação ao ciclo anterior e supera o recorde da safra 2022/23, de 52,50 milhões de toneladas. A produtividade média subiu para 126,25 sacas por hectare, ante 117,74 sacas na estimativa anterior. A área plantada foi mantida em 7,13 milhões de hectares, com crescimento de 4,85% sobre a safra passada.

A revisão foi feita com base no levantamento de campo conduzido entre maio e junho pelo projeto Imea em Campo, que percorreu 82 municípios e avaliou 538 lavouras.

O sudeste do estado apresentou a maior variação positiva na produtividade, com alta de 15,64 sacas por hectare. No oeste e no médio-norte, os incrementos foram de 13,60 e 11,89 sacas, respectivamente. A única região com queda foi o nordeste, com recuo de 1,66 saca por hectare.

Segundo o Imea, 77% das lavouras estavam próximas da colheita no momento das visitas.

As regiões com maior população de espigas por hectare foram o médio-norte e o oeste. O maior peso de grãos foi observado no sudeste, enquanto o oeste teve o maior número de grãos por espiga. O nordeste apresentou os menores indicadores agronômicos entre as sete regiões.



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Agroextrativista do Tocantins transforma saberes em sabores do Cerrado


Agricultora familiar de quarta geração e agroextrativista, Fátima Dias carrega o compromisso com a preservação ambiental do Jalapão, Tocantins (TO). Por meio de seu trabalho, transforma frutos do Cerrado em alimentos que equilibram tradição e inovação.

“Tudo começou da minha ancestralidade, dos familiares que moram na região do Jalapão. A gente colhia no mato ou plantava, e transformava em comida”, relembra a produtora. 

Nas panelas da família, buriti, baru, jatobá, pequi e caju eram ingredientes de receitas ancestrais. Essa cultura alimentar, antes restrita ao lar, hoje encanta especialistas e consumidores. 

Atualmente, no portfólio da agroextrativista, há várias outras opções como bombom de baru — que ela chama de ‘Viagra brasileiro’ —, chips de frutas típicas do Cerrado, temperos, cúrcuma, açafrão-da-terra e o óleo de buriti.

“Tem mais vitamina C que a acerola e combate até veneno de cobra e queimaduras”, garante Dias.

A convite do Sebrae, ela apresentou seus produtos no Inova Amazônia Summit 2025 – maior evento de bioeconomia da região Norte -, que aconteceu em Macapá (AP).

“Estive com investidores nacionais e internacionais nas rodadas de negócio. Vamos ver se  a gente fecha negócio.” 

Com tantas novidades, Dias foi premiada no Inova Cerrado 2025 com a ‘Granoloca do Cerrado’.

O mix de castanhas de baru e caju, chips de mandioca e buriti, gergelim, coco e banana-passa conquistou o júri e colocou sua produção em evidência.

Imagem do troféu Inova CerradoImagem do troféu Inova Cerrado
Fátima Dias foi premiada no Inova Cerrado 2025 com a ‘Granoloca do Cerrado’. Foto: Arquivo pessoal

Inova Cerrado é um prêmio criado pelo Sebrae, que tem como objetivo auxiliar e estimular à bioeconomia local e preservação do bioma.

“O Sebrae, ele chancela o sucesso. Ele não vai te dar um prêmio se você não tem aquela capacidade”, conta a agricultora feliz com o resultado.

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A agroextrativista conta que retira apenas o necessário da mata e, além disso, cultiva as mesmas espécies que extrai.

“Olha, a sustentabilidade é vida. Eu falo que, nos sabores do Jalapão, nós temos o melhor sabor do Cerrado. Sou agroextrativista: retiro do mato, mas planto o mato. Eu preservo. Afinal, sem o Cerrado, eu não tenho baru, buriti, pequi. E sem eles, eu não tenho alimento de altíssima qualidade.”

Para Fátima Dias, preservar é um ato de sobrevivência e também de respeito ancestral. É a prova de que saber, sabor e empreendedorismo podem, sim, caminhar juntos.

Seu trabalho não é apenas sobre alimentos — pelo contrário, trata-se de manter vivo um modo de vida que respeita os ciclos da natureza e, ao mesmo tempo, valoriza os frutos do Brasil.



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Brasil avança com inflação ainda pressionada; ouça análise do Diário Econômico


No morning call de hoje, a economista-chefe do PicPay, Ariane Benedito, destaca o avanço das bolsas globais e das commodities, impulsionado por dados fortes nos EUA e enfraquecimento do dólar. O real se valorizou e os juros futuros longos recuaram, refletindo melhora no risco país.

No Brasil, a produção industrial decepcionou, mas o mercado de trabalho segue robusto. A Selic deve permanecer em 15% por período prolongado.

Na agenda, destaque para ata do FOMC, IPCA e dados de varejo e serviços.

Ouça o Diário Econômico, o podcast do PicPay que traz tudo que você precisa saber sobre economia para começar o seu dia, com base nas principais notícias que impactam o mercado financeiro.

Para mais conteúdos de mercado financeiro, acesse: Bom Dia Mercado!

Ariane Benedito, apresentadora do podcast Diário Econômico
Foto: divulgação



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AgroNewsPolítica & Agro

Produtores reduzem pastejo para preservar forragem


A oferta de forragem no Rio Grande do Sul tem sido prejudicada pelas condições climáticas das últimas semanas, segundo o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (3). O excesso de umidade e a limitação de radiação solar atrasaram o desenvolvimento das forrageiras e agravaram a escassez de alimento para os rebanhos.

“As pastagens estão sofrendo com alagamentos, erosão e perdas de nutrientes por lixiviação”, informou a Emater. Mesmo onde o pastejo tem sido possível, os danos são acima do esperado. Em diversas regiões, a qualidade das áreas de campo nativo e das forrageiras cultivadas está comprometida.

Na região de Bagé, enchentes dos rios Uruguai, Ibicuí, Cambaí e Itu inundaram extensas áreas de pastagem. Em Caxias do Sul, a umidade excessiva prejudicou cultivos de aveia em sistemas integrados com lavoura e pecuária, além de inviabilizar áreas de trigo forrageiro. Em Erechim, as geadas comprometeram a vegetação nativa e os restos culturais de verão, enquanto o crescimento das pastagens cultivadas permanece lento.

Na região de Frederico Westphalen, o solo encharcado continua dificultando o pastejo. Situação semelhante é observada em Ijuí, onde a umidade elevada tem causado danos físicos às forrageiras. Em Passo Fundo, o rebrote é baixo, o que levou os produtores a restringirem o acesso dos animais para evitar o desgaste das áreas.

Em Pelotas, o frio e as geadas afetaram negativamente a disponibilidade de forragem, principalmente nas pastagens nativas. As pastagens cultivadas de inverno ainda não estão prontas para o pastejo. Em Porto Alegre, com áreas cultivadas alagadas, os campos nativos estão sendo sobrepastejados. Em Santa Rosa, os produtores intensificaram o uso de silagem diante da escassez de pastagem e relataram perdas por pisoteio em solos saturados.

Apesar do cenário adverso, a Emater/RS-Ascar observa que as geadas recentes favoreceram, em algumas regiões, o desenvolvimento de pastagens anuais implantadas em sobressemeadura.





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Semana começa com frio menor e chuvas fortes; veja a previsão da Climatempo



Nesta segunda-feira (7), enquanto o Sul inicia a semana sem previsão de chuva e com temperaturas em elevação, o Sudeste terá instabilidades no litoral. O Centro-Oeste segue com tempo firme e seco, o Nordeste enfrenta chuvas fortes em parte do litoral, e o Norte tem alerta para temporais, principalmente no Amazonas, Roraima e Amapá.

Você quer entender como usar o clima a seu favor? Preparamos um e-book exclusivo para ajudar produtores rurais a se antecipar às mudanças do tempo e planejar melhor suas ações. Com base em previsões meteorológicas confiáveis, ele oferece orientações práticas para proteger sua lavoura e otimizar seus resultados.

Confira como ficam as condições do tempo em cada região do Brasil, de acordo com a previsão da Climatempo.

Previsão do tempo para a região Sul hoje

A semana começa sem chuva nos três estados da região e com temperaturas em elevação à tarde no interior e oeste do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina e no norte do Paraná.

A tarde fica menos fria em Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre, com a presença do sol e pouca nebulosidade.

Previsão do tempo para a região Sudeste hoje

A chuva pode acontecer com fraca até moderada intensidade no sul e litoral do Rio de Janeiro, devido à presença de bastante umidade. Há também chuva fraca e um começo de semana com mais variação de nuvens no litoral de São Paulo.

O período da tarde mais quente e seco no norte paulista e no Triângulo e noroeste de Minas Gerais, com umidade abaixo de 30%.

Previsão do tempo para a região Centro-Oeste hoje

A semana começa com padrão de tempo firme e seco sobre a maior parte da região. O destaque fica para a umidade abaixo de 30% em Goiás, Mato Grosso e Distrito Federal.

O amanhecer será menos frio em Mato Grosso do Sul, com temperatura mais alta à tarde, principalmente no norte e nordeste do estado.

Previsão do tempo para a região Nordeste hoje

A chuva continua no litoral da Bahia, com alerta para temporais em Salvador. Chove a qualquer momento com forte intensidade em Alagoas e Sergipe.

Há pancadas mais isoladas, porém com muito vento, no litoral de Pernambuco e do Rio Grande do Norte. O ar fica mais seco no interior da região.

Previsão do tempo para a região Norte hoje

A faixa sul da região continua mais seca neste começo de semana, com umidade baixa no Tocantins.

Chove a qualquer momento do dia no norte do Amazonas, em Roraima e no Amapá. A chuva pode vir forte, com raios e trovoadas.



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Arroba do boi gordo estreou julho melhor do que iniciou junho; e agora, o que esperar?



O mercado físico do boi gordo teve um mês de junho marcado por recuperação nos preços da arroba na maioria das regiões de produção e comercialização do país.

Segundo o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, o movimento foi mais contundente na primeira quinzena do mês, quando as escalas de abate dos frigoríficos estavam mais apertadas.

“Já na segunda metade do mês o movimento perdeu intensidade e os frigoríficos passaram a exercer pressão sobre os pecuaristas”, assinalou Iglesias.

Variação de preço da arroba do boi

Veja como os preços da arroba do boi gordo iniciaram o mês de julho e como estavam em 1 de junho nas principais praças de comercialização do país:

  • São Paulo (Capital): R$ 315 em julho — R$ 306,50 em junho (+2,7%)
  • Minas Gerais (Uberaba): R$ 299,71  — R$ 288,82 (+3,7%)
  • Goiânia (Goiás): R$ 294,64 — R$ 289,29 (+1,8%)
  • Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 313,52 — R$ 304 (+3,1%)
  • Mato Grosso (Cuiabá): R$ 318,11 — R$ 300 (+6%)

O que esperar de julho?

Para Iglesias, a expectativa é de boa disponibilidade de animais terminados em regime intensivo no decorrer de julho, com positiva incidência de animais de parceria (contratos a termo), além da utilização de confinamentos próprios.

“Por outro lado, as exportações pujantes de carne bovina são a grande variável sob o prisma da demanda, reduzindo a intensidade do movimento de queda nos preços da arroba do boi”, completou o analista.

Em complemento à fala de Iglesias, o coordenador da equipe de inteligência de mercado da Scot Consultoria, Felipe Fabbri, chama a atenção para o fato de o Brasil ter alcançado o maior faturamento da história em um único mês: receita de US$ 1,313 bilhão em junho, com média diária de US$ 65,678 milhões, conforme a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

“Nessa primeira quinzena de julho, temos um cenário em que o mercado interno deve ganhar um pouco de força. O escoamento aqui no Brasil e no mundo deve ser muito bom no período, o que é um fator de sustentação para a arroba, mas há pontos de atenção”, diz.

O primeiro deles seria o dólar, que atingiu o seu menor patamar nos últimos 12 meses. “Esse fator coloca certa pressão sobre a indústria exportadora de carne bovina, ou seja, configura um quadro baixista. Outro ponto de bastante cautela são as ondas de frio que o Brasil tem registrado nessas últimas semanas e que estão que tem aumentado a oferta da indústria frigorífica. Mesmo assim, não enxergamos que haverá um derretimento da arroba, então ela deverá continuar operando próxima aos R$ 300”, conclui o especialista da Scot.

Exportação de carne bovina

As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 917,053 milhões em junho, com média diária de US$ 65,504 milhões, conforme os dados preliminares do governo apurados até o dia 22 de junho.

No período, a quantidade total exportada pelo país chegou a 168,838 mil toneladas, com média diária de 12,060 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 5.431,60.

Em relação a junho de 2024, houve alta de 52,4% no valor médio diário da exportação, ganho de 25,3% na quantidade média diária exportada e avanço de 21,6% no preço médio.

*Com informações da Safras News



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