segunda-feira, julho 7, 2025

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especialistas alertam para o avanço da raça 4+ em lavouras de soja de MT


Pesquisas e amostragem feitas pela Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT) identificaram um crescimento preocupante na população de diversas raças de nematoides de cisto, em especial a raça 4+. Embora presente em várias regiões produtivas, a predominância da raça 4+ foi percebida em lavouras localizadas na região de Sorriso, no médio norte do estado. Os dados destacam que a população dessa raça de nematoide de cisto é de difícil controle, e vem avançando de forma significativa em áreas que utilizam cultivares de soja sem resistência específica.

“Observamos o aumento da raça 4+, principalmente onde as cultivares não apresentam resistência a essa raça. Isso indica que precisamos revisar as variedades de soja que são usadas pelos produtores e adotar estratégias de controle mais eficaz”, alerta a pesquisadora doutora em nematologia da Fundação MT, Tânia Santos.

Ainda segundo a pesquisadora, além da raça 4+, as amostras coletadas em municípios do sul e sudeste de Mato Grosso, como Alto Garças, Itiquira, Tesouro, Campo Verde, Primavera do Leste, Rondonópolis e Pedra Preta registraram avanço das populações de nematoides de galha e cisto.  Propriedades de Brasnorte, Campo Novo do Parecis, Santa Rita do Trivelato, Diamantino, Ipiranga do Norte, Nova Maringá e Nova Mutum também apresentaram aumento desses patógenos. A pesquisa mostrou que as lavouras estão infestadas com nematoides de diferentes raças e a maioria das áreas teve aumento de população no comparativo com a safra anterior, mesmo assim os resultados relacionados a perdas de produtividade podem ter sido mascarados, devido às condições de tempo que garantiram uma boa safra.

“Como no período da safra 24/25 choveu muito bem, os produtores não sentiram tanto o impacto que os nematoides causam na produtividade, como o que foi sentido na safra anterior”, explica a pesquisadora e doutora em fitopatologia, Rosângela Silva. “Mas há um alerta: se as chuvas não forem tão regulares na próxima safra, o agricultor poderá enfrentar perdas muito mais acentuadas”, conclui.

UM SÓCIO INDESEJÁVEL NAS LAVOURAS

No cenário nacional, nematoides já causam prejuízos estimados em R$27,7 bilhões na cultura da soja, segundo análise divulgada pela Sociedade Brasileira de Nematologia e as empresas Agroconsult e Syngenta. Para frear esse avanço, a Dra. Cláudia Dias Arieira, da Universidade Estadual de Maringá (PR), reforça a importância de envolver análises nematológicas desde o planejamento da safra. “É fundamental definir se usaremos apenas químicos, biológicos ou uma combinação, garantindo um manejo detalhado e eficiente”, orienta.

 

A pesquisadora Juliana Nunes, da Fundação MT, reforça o alerta: “Quanto mais se retarda o manejo de nematoides, maior se torna o problema. É possível manejar com eficiência, mas precisamos agir o quanto antes. Por isso, conhecer a realidade das populações de nematoides existentes em cada lavoura é essencial para saber o que deve ser feito”, orienta a pesquisadora.

Como estratégia, a recomendação dos especialistas começa com o acompanhamento e diagnóstico das lavouras e segue com a escolha de cultivares que apresentem resistência aos nematoides encontrados nas análises. Como forma de reduzir a população de nematoides, a orientação também é fazer uso de plantas não hospedeiras e promover a rotação de culturas. Outra forma de cuidado com as plantas é o uso de produtos químicos e biológicos, que protejam as raízes, especialmente quando as populações iniciais de nematoides ainda forem elevadas.

“O controle de nematoides não pode ser feito à sorte. É algo que depende de manejo contínuo, com monitoramento detalhado de cada área da lavoura, além do uso integrado de ferramentas e no momento certo,” conclui a pesquisadora Rosângela Silva.

Fundação MT oferece serviços aprofundados em nematologia

Nematoides são vermes de tamanho microscópico, que podem ser encontrados em muitos meios, inclusive no solo, onde boa parte ataca diretamente as raízes das plantas, o que pode causar doenças ou simplesmente enfraquecer o vegetal. No caso dos fitonematoides, que se alimentam das plantas, eles podem entrar pelas raízes e permanecer durante quase todo o ciclo de vida dentro dela, causando dificuldades para que a planta absorva água e nutrientes, o que atrapalha no desenvolvimento dos cultivos.

A Fundação MT possui equipe especializada e um amplo laboratório de nematologia que oferece diversos serviços aos agricultores, por meio da amostragem de solos e raízes, como por exemplo: a identificação e quantificação dos principais fitonematoides que parasitam as plantas, a identificação de raças no caso de nematoide de cisto da soja, além da avaliação dos nematicidas químicos e biológicos em casa de vegetação, entre outras atividades.

Com resultados de pesquisas, recomendações e serviços, a Fundação MT reforça seu compromisso em oferecer suporte técnico aos agricultores, garantindo que o manejo de nematoides seja realizado de forma proativa e eficiente.

 





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Nova frente fria provoca 3ª onda de frio e temperaturas despencam; saiba onde



Uma nova frente fria avança pelo Brasil central nos próximos dias e provoca mudanças significativas no tempo, segundo previsão do meteorologista Arthur Müller, do Canal Rural. A atuação da frente é seguida por uma massa de ar polar que caracteriza a terceira onda de frio de 2024 — a primeira do inverno — com forte queda de temperatura em várias regiões do país.

De acordo com Müller, o frio atinge o Centro-Sul com força a partir de terça-feira (24), com registros de geada no Sul, sul de São Paulo e também no sul de Mato Grosso do Sul, onde os termômetros podem marcar 0 °C em áreas de baixada. A friagem também alcança o Acre, Rondônia e até o sul do Amazonas.

O frio também se espalha por outras áreas do Sudeste. A previsão indica queda nas temperaturas em São Paulo e no sul de Minas Gerais. No entanto, nessas áreas não há risco de geadas em cafezais.

Temperaturas extremas e geadas

Para a terça-feira, o tempo fica firme e ensolarado no interior do Matopiba e também no Sul do país. Já o sul de Minas Gerais, São Paulo e as áreas de tríplice divisa da região Centro-Oeste devem registrar pancadas de chuva.

As temperaturas seguem em forte contraste pelo país. Enquanto as máximas no Tocantins podem atingir os 35 °C, no Rio Grande do Sul os termômetros não devem passar dos 10 °C.

A previsão para os próximos cinco dias indica chuvas mais frequentes nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, o que pode contribuir para elevar a umidade relativa do ar. No Norte, as precipitações se espalham, mas ainda sem volumes expressivos. Já o interior do Nordeste segue com tempo seco.

Müller destaca que, apesar da chuva prevista, os acumulados não devem ultrapassar 30 mm no período, o que é considerado positivo para manter a boa umidade do solo sem prejudicar os trabalhos no campo.

A maior atenção, segundo o meteorologista, continua sendo a queda brusca de temperatura nesta terça e quarta-feira (25), com potencial para impactos na agricultura e na rotina das regiões mais afetadas.

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Nova massa de ar polar deve provocar geada em estados onde o fenômeno é raro


Uma forte massa de ar polar ingressa sobre o Centro-Sul do Brasil a partir desta terça-feira (24), prevê a Climatempo.

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Assim, o frio ganhará força em áreas que, mesmo no inverno, não costumam ter geada, como São Paulo e Mato Grosso do Sul (veja nos mapas abaixo).

Conforme a empresa de climatologia, o avanço desse sistema está associado a um centro de alta pressão sobre o Atlântico Sul e à atuação de uma frente fria que se move lentamente pela faixa central do país.

Muito frio até sexta

Terceira onda de frioTerceira onda de frio
Foto: Climatempo

Ao longo desta semana, a massa de ar polar seguirá presente no Centro-Sul do Brasil, deixando as temperaturas reduzidas e abaixo da média. Como mostra o mapa acima, a “onda de frio” se estenderá de segunda (23) até sexta-feira (27), com destaque para as áreas em azul escuro, onde a queda das temperaturas será mais significativa.

“Com o reforço da massa polar, o risco de geada aumenta de forma generalizada nos três estados do Sul do Brasil. Além disso, o sul de São Paulo e de Mato Grosso do Sul também podem registrar finas camadas de gelo ao amanhecer devido as baixas temperaturas que serão registradas pela manhã”, diz a nota da Climatempo.

Por que essa geada é incomum?

Risco de geada em MS e SPRisco de geada em MS e SP
Risco de geada para esta terça-feira (24)

A geada exige temperaturas abaixo de 4°C para que o orvalho congele — condição rara em grandes áreas de São Paulo e Mato Grosso do Sul, especialmente em altitudes mais baixas.

De acordo com a Climatempo, mesmo sem atingir esse limiar em toda a extensão desses estados, a massa polar, a primeira do inverno, demonstra sua força ao derrubar termômetros e criar condições favoráveis à formação de geada.



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Fim da Moratória da Soja? Cade analisa medida que pode ‘mudar o jogo’ referente ao acordo



O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) analisa a possibilidade de adotar uma medida preventiva que pode suspender a Moratória da Soja, acordo ambiental que há quase duas décadas impede a comercialização de grãos oriundos de áreas desmatadas na Amazônia Legal após 2008.

A investigação foi instaurada após representação da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, com apoio da Aprosoja-MT e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A principal suspeita do Cade é de que o pacto envolva uma ação coordenada entre grandes empresas, o que poderia ferir a livre concorrência. Por isso, o órgão solicitou à Justiça de São Paulo a apresentação de provas que justifiquem a validade do acordo.

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Moratória da Soja é ‘disputa antiga’

Desde que foi firmada em 2006, a Moratória vem sendo alvo de críticas por parte de representantes do agronegócio, que alegam desequilíbrio competitivo e falta de transparência nos critérios de exclusão. A discussão ganhou força no atual governo: o Ministério da Agricultura já se manifestou publicamente contrário à manutenção da moratória.

No Senado, parlamentares da bancada ruralista se mobilizam para derrubar o acordo e garantir mais liberdade comercial aos produtores da Amazônia Legal. Enquanto isso, o processo corre sob sigilo na Superintendência-Geral do Cade e pode evoluir para um processo administrativo nos próximos meses.

Em nota, a Aprosoja Mato Grosso diz que a Moratória da Soja impõe uma regra privada, arbitrária e ilegal, que exclui quem está na legalidade. ”Tal acordo não tem respaldo no ordenamento jurídico nacional e vem causando danos irreparáveis aos produtores. Só em Mato Grosso, os prejuízos diretos já somam R$ 20 bilhões anuais, e o efeito multiplicador sobre a economia regional ultrapassa R$ 60 bilhões por ano”, diz a associação.

A Aprosoja-MT confia na atuação do Cade para que as leis brasileiras sejam efetivamente respeitadas e para proteger quem produz com sustentabilidade e em estrita observância à legislação ambiental mais rigorosa do mundo, a do Brasil.”

STF entra no debate

O tema chegou recentemente ao Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Flávio Dino, relator do caso, validou uma lei estadual do Mato Grosso que proíbe a concessão de benefícios fiscais para empresas que aderirem à moratória. Apesar disso, o ministro reconheceu que o pacto “trouxe inequívocos benefícios ao país”, sobretudo na redução do desmatamento por pressão do mercado.

Enquanto o Cade avalia os impactos sobre a concorrência, o STF analisa o embasamento jurídico das restrições e incentivos relacionados ao acordo. A decisão final poderá afetar diretamente o modelo de produção agrícola na Amazônia e a imagem do Brasil no comércio internacional.



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Alta do petróleo em consequência da guerra beneficia usinas de etanol de milho



O contrato de milho para julho em Chicago encerrou a US$ 4,29 por bushel, com forte queda de 3,6% na semana. Na B3, o vencimento de mesmo mês também recuou, mas com retração mais tímida: R$ 63,07 por saca, variação negativa de 0,44%.

Assim, no mercado físico, os preços acompanharam o movimento e também registraram recuos.

O que esperar do mercado do milho?

Análise da plataforma Grão Direto mostra quais os próximos movimentos:

  • Alta do petróleo: a escalada do conflito no Oriente Médio provocou alta imediata nas cotações internacionais do petróleo. Esse movimento beneficia diretamente as usinas de etanol à base de milho, que passam a operar com margens mais favoráveis, e podem ampliar suas compras no mercado doméstico, funcionando como fator de contenção sobre os volumes disponíveis para exportação. “Assim, essa demanda interna mais aquecida, ainda que pontual, pode ajudar a suavizar a pressão de baixa nos preços do milho causada pela entrada da colheita no mercado. Vale lembrar que o etanol de milho vem ganhando representatividade na matriz de consumo brasileiro”, diz a nota da plataforma.
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  • Colheita atrasada: a colheita da segunda safra de milho segue em ritmo lento. Até o dia 20 de junho, apenas 14% da área total havia sido colhida — bem abaixo do patamar da mesma época do ano passado (37,5%) e também da média dos últimos 5 anos (26,7%). “Os dados indicam que esta é a safra com um dos menores avanços já registrados para este período, acendendo um sinal de alerta”, considera a Grão Direto.
  • Chuvas no radar: as previsões climáticas apontam chuvas para esta segunda e terça (23 e 24) em estados fundamentais ao milho, como Mato Grosso, Goiás, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul que, juntos, concentram cerca de 90% da produção da segunda safra. “Como 61,2% das lavouras estão atualmente em fase de maturação, essas chuvas podem elevar a umidade dos grãos, dificultar a colheita e afetar a qualidade do produto”. Fato é que o atraso da colheita combinado com uma expectativa de produção elevada coloca pressão sobre a capacidade de armazenamento em diversas regiões. “Esse quadro pode levar à sobreposição de safras, dificultar o escoamento do milho e elevar os custos com secagem e armazenagem. A logística será fator-chave nas próximas semanas, especialmente para evitar conflito de janelas com outros produtos, como a soja remanescente.”

Segundo a Grão Direto, o possível reaquecimento das usinas de etanol, estimulado pela alta do petróleo, pode dar algum suporte adicional aos preços no curto prazo. Ainda assim, o mercado deve seguir volátil, com oscilações regionais marcadas principalmente pela evolução da colheita e pelo ritmo das compras internas.



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Demanda por etanol pode sustentar o milho


A alta nas cotações internacionais do petróleo, provocada pela escalada do conflito no Oriente Médio, trouxe reflexos diretos para o mercado de milho. Segundo análise da Grão Direto, divulgada nesta segunda-feira (23), o movimento favorece as usinas de etanol à base de milho, que passam a operar com margens mais ajustadas. Em períodos de encarecimento dos combustíveis fósseis, o consumo de etanol tende a aumentar, elevando a competitividade do biocombustível frente à gasolina. “Com melhores margens, as usinas podem ampliar suas compras no mercado doméstico, funcionando como fator de contenção sobre os volumes disponíveis para exportação”, aponta a análise. Essa demanda interna, ainda que pontual, pode ajudar a suavizar a pressão de baixa nos preços causada pela entrada da colheita no mercado.

O ritmo da colheita da segunda safra segue abaixo do esperado. Até 20 de junho, apenas 14,08% da área total havia sido colhida, número inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando o índice era de 37,57%. A média dos últimos cinco anos é de 26,76%. Segundo a Grão Direto, os dados indicam um dos menores avanços já registrados para o período, o que acende um sinal de alerta.

As previsões meteorológicas apontam a possibilidade de chuvas nos dias 23 e 24 de junho em regiões produtoras como Mato Grosso, Goiás, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, que juntas concentram cerca de 90% da produção da segunda safra. Atualmente, 61,2% das lavouras estão na fase de maturação. A expectativa é que as chuvas elevem a umidade dos grãos, dificultem a colheita e afetem a qualidade do milho. O atraso nas operações, combinado com uma safra de produção elevada, pode gerar pressão sobre a capacidade de armazenamento, levando à sobreposição de safras, problemas logísticos e aumento dos custos com secagem e armazenagem. A Grão Direto avalia que a logística será um fator decisivo nas próximas semanas, especialmente para evitar conflitos de janelas com outros produtos agrícolas, como a soja remanescente.

O possível reaquecimento das usinas de etanol, impulsionado pela alta do petróleo, pode oferecer suporte adicional aos preços no curto prazo. No entanto, a Grão Direto destaca que o mercado deve permanecer volátil, com oscilações regionais marcadas pela evolução da colheita e pelo ritmo das compras internas.





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Frente fria intensa derruba temperaturas e Inmet emite alerta laranja para 9 estados


O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta laranja para os estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, parte de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Rondônia e São Paulo em razão das baixas temperaturas. O alerta laranja, que indica perigo, está em vigor até o fim de terça-feira (24).

De acordo com o instituto, a previsão é de um declínio maior do que 5 ºC, com risco à saúde. O alerta abrange quase 2 mil municípios. O Inmet ressalta ainda que a frente fria deve provocar chuvas em áreas entre o norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e o sul de Mato Grosso do Sul e a faixa sul de São Paulo.

Neve

A frente fria e a condição para chuva mantêm a expectativa de ocorrência de neve localizada nas áreas das serras gaúcha e catarinense, entre a noite desta segunda-feira (23) e a manhã de terça.

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EUA entram no conflito no Oriente Médio e disparada de custos de pode ‘engolir’ lucros da soja



O mercado de soja iniciou a semana em clima de expectativa, diante dos desdobramentos do conflito no Oriente Médio. Segundo a plataforma Grão Direto, o ataque dos Estados Unidos a instalações nucleares no Irã provocou resposta imediata: o país anunciou o bloqueio do Estreito de Ormuz, rota estratégica por onde passam cerca de 20% do petróleo e 25% do gás natural liquefeito do mundo. A medida elevou a volatilidade do petróleo e trouxe novos desafios para o agronegócio.

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No Brasil, o produtor rural pode sentir os impactos já nos próximos dias, principalmente nos preços dos fertilizantes nitrogenados, amplamente utilizados na produção agrícola. O Irã é um dos principais exportadores desse insumo, com cerca de 5 milhões de toneladas exportadas por ano. Com a escalada da tensão geopolítica, o risco logístico aumenta e o mercado projeta alta nos custos de produção.

A análise ressalta que “a preocupação maior está nos fertilizantes nitrogenados, que já vinham em trajetória de recuperação desde maio”. A possibilidade de novos reajustes eleva o alerta no setor, especialmente em um momento de planejamento da próxima safra.

No campo econômico, o Copom elevou a taxa Selic para 15% na última quarta-feira (18). Em um cenário isolado, isso favoreceria o real frente ao dólar, atraindo capital estrangeiro. No entanto, as incertezas globais, intensificadas pelo conflito no Oriente Médio, têm levado investidores a buscar ativos considerados mais seguros, como os títulos do Tesouro americano, pressionando o dólar para cima.

Mesmo assim, na semana passada, o câmbio encerrou em R$ 5,52, com queda de 0,36%, nas mínimas dos últimos 10 meses. Já em Chicago, o contrato de soja para julho de 2025 recuou 0,09%, a US$ 10,67 por bushel. O contrato de março de 2026 teve leve alta, fechando a US$ 10,85 por bushel.

No Brasil, os preços físicos seguiram em queda, com recuos registrados em grande parte das regiões. A colheita avança com tempo firme, especialmente no centro-norte, e o clima segue positivo também nos Estados Unidos, apesar de chuvas pontuais.

Para os próximos dias, o viés é de alta no mercado internacional, puxado por Chicago. Mas a recomendação da análise é clara: “o produtor deve observar com cautela, pois o avanço nos custos pode anular qualquer possível ganho de preço”.



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Normalização total da exportação de carne de frango deve ocorrer em julho, diz ABPA



O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, afirmou que, com o reconhecimento oficial da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) sobre o fim do caso de influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1), a gripe aviária, em plantel comercial no país, não há mais justificativas técnicas para a manutenção de restrições às exportações brasileiras de carne de aves. Por isso, acredita que a plena normalização do comércio internacional deve ocorrer ao longo do próximo mês.

“O Brasil está livre. Você não tem, tecnicamente, nenhum motivo a mais para dizer ‘eu não confio’”, disse Santin. “Com o reconhecimento da OMSA, não há motivo técnico para não se comprar do Brasil”, acrescentou. “Esperamos que a normalização total da exportação ocorra ao longo de julho”, afirmou.

Segundo ele, ainda será necessário respeitar exigências específicas de cada país – como períodos mínimos livres da doença -, mas o processo deve avançar rapidamente após o referendo da OMSA.

A previsão vem após a entidade internacional declarar encerrado o caso registrado em uma granja comercial em Montenegro (RS), e considerar que o Brasil voltou a ser oficialmente livre da doença.

Com a nova condição sanitária, a ABPA espera uma reação rápida dos mercados importadores. “Agora a gente vai ter que negociar com os países que, em tese, devem suspender as restrições. Segunda-feira a gente já devia estar recebendo a comunicação de todo mundo dizendo: ‘levanta a suspensão para mim’. Mas é uma decisão de cada país”, afirmou Santin.

Segundo ele, a prioridade nas conversas está voltada para mercados estratégicos como União Europeia e China. “Esse é o nosso foco agora. Todos os adidos agrícolas já estão transmitindo as informações oficiais às autoridades de seus respectivos países”, disse.

Apesar do impacto gerado pelas suspensões, Santin avalia que os efeitos foram limitados. A ABPA contabilizou queda de 12,9% no volume de carne de aves embarcado em maio. O nível de recuo é semelhante nas primeiras semanas de junho. “Caímos apenas 12,9% nas exportações mesmo com a suspensão de países importantes. Mais de 125 países ficaram abertos”, disse.

O presidente da entidade citou, como exemplo, a liberação do México, que reduziu a restrição ao Rio Grande do Sul antes mesmo do anúncio da OMSA, para referendar a expectativa de aceleração dos embarques nos próximos dias.



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Tributação do IOF vai impactar o Plano Safra 2025/26?



A Câmara dos Deputados aprovou o regime de urgência para o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 314/25, do líder da oposição, deputado Zucco (PL-RS), que suspende o decreto do governo que amenizou o aumento de alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O requerimento foi aprovado. Agora, Proposta poderá ser votada nas próximas sessões do Plenário sem precisar passar antes pelas comissões da Casa.

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Para Marcelo Winter, especialista em direito do agronegócio no escritório VBSO Advogados e professor do Insper, a medida é urgente diante da desorganização que a nova tributação pode causar ao setor produtivo. “Falta diálogo entre o governo e o agronegócio. Quem planta e comercializa precisa se planejar com muita atenção. Os custos de produção, os custos financeiros, o volume de investimentos. Tudo isso exige previsibilidade. Mudanças repentinas como essa impactam o risco e desorganizam todo o planejamento do setor”, afirmou.

Winter explica que o aumento do IOF sobre instrumentos financeiros eleva o custo do capital e pode restringir o acesso ao crédito, especialmente para pequenos e médios produtores. “O custo financeiro mais alto leva os produtores a reduzirem ou abandonarem suas captações. Isso significa menos recursos disponíveis para compra de insumos, o que pode comprometer a produtividade e até provocar queda de safra”, avaliou. Segundo ele, o impacto atinge diretamente a margem de lucro, que já é apertada, e pode afetar a adoção de tecnologia e investimentos em infraestrutura.

Embora a proposta do governo vise recompor o caixa por meio do aumento de tributos, Winter avalia que a estratégia é equivocada. “Essa nova tributação não é para aumentar os investimentos públicos, mas sim para cobrir despesas e cumprir metas fiscais. Isso penaliza o setor produtivo e ameaça a competitividade global do agronegócio brasileiro”, disse.

O especialista destaca ainda que a medida não afeta o Plano Safra, cujos recursos são originados de fontes constitucionais próprias. “A não aprovação da nova tributação pode representar um desafio fiscal para o governo, mas não compromete a execução do Plano Safra. O IOF não financia diretamente a agricultura e o país sempre operou sem esse imposto. É fundamental que ele seja revogado.”

A crítica ao imposto também é compartilhada pelo presidente da Aprosoja Brasil, Maurício Buffon, que considera a aprovação da urgência um avanço importante para o setor. Segundo ele, os CRAs são uma das principais fontes de financiamento do Plano Safra e a tentativa de tributar essa captação em 5% teria impacto direto sobre os juros pagos pelos produtores.

“Estamos lutando para que os juros do Plano Safra não aumentem nem 1% ou 2%, e agora o governo quer tributar em 5% os recursos que sustentam o financiamento da atividade agrícola. Já estamos operando com taxas livres entre 15% e 20% ao ano. Isso é insustentável”, declarou Buffon.

Ele ressaltou que o IOF não tem relação direta com o financiamento da agricultura. “O Brasil sempre funcionou sem esse imposto. Agora inventaram essa tributação e dizem que, sem ela, o país terá déficit. Isso não corresponde à realidade. O que precisa ser feito é a redução da máquina pública e o controle das contas, não o aumento da carga tributária sobre quem produz”, disse.



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