segunda-feira, julho 7, 2025

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Preço da ureia cai US$ 30, mas Índia determinará novas cotações, diz consultoria



Os preços da ureia no mercado brasileiro estavam disparados, mas, com o acordo de cessar-fogo entre Israel e Irã e a retomada da produção de nitrogenados no mercado egípcio e iraniano, os patamares do fertilizante cederam.

De acordo com o relatório semanal de fertilizantes da consultoria StoneX, a queda observada foi de aproximadamente US$ 30 por tonelada do insumo, o que representa uma variação de pouco mais de 5%.

“Diante disso, a atenção dos investidores agora está voltada para a Índia, onde os importadores buscam fertilizantes para abastecer o mercado doméstico. A demanda por adubos segue aquecida no país e, por isso, a Índia anunciou recentemente uma nova licitação para importação de ureia”, diz o analista de Inteligência de Mercado Tomás Pernías.

Segundo ele, na última licitação, os indianos não conseguiram adquirir o volume desejado, uma vez que a negociação ocorreu durante a escalada das tensões no Oriente Médio. A volatilidade dos preços, somada à cautela dos fornecedores, dificultou as aquisições naquele momento.

“Agora, a Índia volta ao mercado em busca de cargas de ureia para abastecer a demanda doméstica. Contudo, essa nova tentativa de aquisição ocorre em meio a um cenário complexo: a oferta global de nitrogenados continua apertada, com as exportações chinesas ainda limitadas, e há dúvidas no setor, especialmente quanto ao rumo da política comercial dos Estados Unidos nas próximas semanas.”

Dessa forma, o relatório da StoneX indica que os investidores estão atentos à licitação indiana como referência para a formação de preços e compreensão do cenário setorial.

“No Brasil, essa queda nos preços da ureia representa uma boa notícia para os importadores. As importações de nitrogenados costumam crescer ao longo do segundo semestre, à medida que os compradores brasileiros intensificam as aquisições destinadas, principalmente, à safrinha de milho 2025/26”, conclui Pernías.



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Com tecnologia própria, indígenas da Amazônia lançam frota de barcos movidos a energia solar



Em plena Amazônia, uma revolução silenciosa está ganhando os rios: barcos movidos à energia solar. A iniciativa faz parte do Projeto Kara Solar, criado por comunidades indígenas no Equador e que já chegou ao Brasil, Peru e Suriname. Essas embarcações sustentáveis dispensam o uso de gasolina, diminuem as emissões de carbono e ainda protegem os animais do ruído dos motores, tudo com uma tecnologia pensada dentro da própria floresta.

Hoje, são dez barcos solares navegando por rios da América do Sul, mostrando que é possível aliar inovação, respeito à cultura local e preservação ambiental. Mais do que uma alternativa de transporte, os barcos garantem autonomia às comunidades.

Em 2024, esses barcos percorreram cerca de 9.660 km em 847 viagens, transportando mais de 6.400 pessoas, especialmente para serviços de saúde, educação e comércio, e ainda evitaram a emissão de aproximadamente 210 toneladas de CO₂. 





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Exportação de carne de frango cresce 0,5% no primeiro semestre



As exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) encerraram o primeiro semestre deste ano com alta de 0,5%, segundo a a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

No total, foram exportadas 2,6 milhões de toneladas, número 0,5% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, com 2,588 milhões de toneladas. O saldo das exportações no primeiro semestre chegou a US$ 4,871 bilhões, número 5% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, com US$ 4,636 bilhões.

Em junho, as exportações de carne de frango chegaram a 343,4 mil toneladas. O saldo é 21,2% menor em relação ao registrado no mesmo período do ano passado, com 435,9 mil toneladas. A receita gerada no período chegou a US$ 637 milhões, saldo 19,7% menor em relação ao mesmo período do ano passado, com US$ 793,6 milhões.

O ranking dos principais destinos das exportações brasileiras no primeiro semestre é liderado pelos Emirados Árabes Unidos, com 231,1 mil toneladas (-3,7%), seguido pela China, com 228,6 mil toneladas (-17,2%), Arábia Saudita, com 201,9 mil toneladas (-2%), Japão, com 198,2 mil toneladas (-7,5%) e África do Sul, com 133,9 mil toneladas (-20,3%), União Europeia, com 125,3 mil toneladas (+20,8%), Filipinas, com 122,8 mil toneladas (+2,2%) e México, com 89,9 mil toneladas (+7,7%).

Principal estado exportador, o Paraná embarcou 1,039 milhão de toneladas no primeiro semestre (-3,49% em relação ao ano anterior), seguido por Santa Catarina, com 573,3 mil toneladas (+1,72%), Rio Grande do Sul, com 348,5 mil toneladas (-1,62%), São Paulo, com 154 mil toneladas (+12,4%) e Goiás, com 131,1 mil toneladas (+4,2%).

O saldo registrado em maio e junho demonstrou um impacto real inferior ao que era esperado em razão das suspensões decorrentes do único foco identificado e já resolvido de Influenza Aviária em produção comercial.

Com a publicação da autodeclaração do Brasil de Livre de Influenza Aviária junto à Organização Mundial de Saúde Animal, a maioria dos mercados retomaram o fluxo das exportações e outros deverão restabelecer em breve.

A expectativa é que ocorra uma significativa evolução nos níveis dos embarques neste segundo semestre, ampliando o resultado positivo esperado para este ano, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.



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Cbsoja 2025 abordará os 100 anos da oleaginosa no Brasil



O Congresso Brasileiro de Soja (Cbsoja) e o Mercosoja 2025 serão realizados de 21 a 24 de julho, em Campinas (SP). Promovido pela Embrapa Soja, o evento chega à sua 10ª edição com um marco duplo: a celebração dos 100 anos da soja no Brasil e dos 50 anos da empresa. O tema central será ‘Pilares para o amanhã’, com foco em inovação, sustentabilidade e novos desafios da cadeia produtiva. As inscrições podem ser feitas aqui.

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Reconhecido como o principal fórum técnico-científico sobre o grão na América do Sul, o congresso deve reunir cerca de 2 mil participantes entre pesquisadores, produtores, técnicos, representantes da indústria, cooperativas, governo e setor financeiro.

Tecnologia e sustentabilidade da soja

A programação inclui quatro conferências e nove painéis temáticos, com mais de 50 palestras de especialistas nacionais e internacionais. Entre os temas em destaque estão biotecnologia, logística no Mercosul, propriedade intelectual, valor agregado, sustentabilidade e agricultura tropical.

Uma das novidades desta edição é o espaço “Mãos à Obra”, voltado à discussão prática sobre cinco grandes temas: fertilidade do solo e adubação, manejo de nematoides, plantas daninhas, bioinsumos e impedimentos ao desenvolvimento radicular.

O evento também contará com o workshop internacional “Soybean2035”, que vai debater os próximos dez anos da biotecnologia na cultura da soja, com participação de pesquisadores do Brasil, China, Estados Unidos e Canadá.

Trajetória da soja no Brasil

Foram aprovados 328 trabalhos que serão apresentados em nove sessões temáticas durante o congresso, abrangendo áreas como fisiologia, entomologia, fitopatologia, genética, sementes, nutrição vegetal, economia rural e transferência de tecnologia.

A commodity chegou ao Brasil em 1882, mas só ganhou relevância comercial a partir da década de 1960. A criação da empresa, em 1975, foi determinante para o desenvolvimento de cultivares adaptadas às condições tropicais, ampliando o cultivo para regiões como o Cerrado.

Segundo dados da Conab, o Brasil colheu cerca de 167 milhões de toneladas de soja na safra 2024/25, mantendo-se como maior produtor mundial da oleaginosa, à frente de Estados Unidos e Argentina.

Embrapa: 50 anos como referência internacional

Ao longo de cinco décadas, a Embrapa Soja liderou avanços tecnológicos que permitiram elevar a produtividade, reduzir custos de produção e ampliar a sustentabilidade ambiental da cultura. A instituição é hoje referência global em pesquisa de soja para regiões tropicais.



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Soja ainda enfrenta desafios


A soja gaúcha encara desafios de comercialização e armazenamento após estiagem severa, segundo informações da TF Agroeconômica. “Preços reportados no julho (entrega julho e pagamento 30/07) ficaram em R$ 137,50 porto. No interior os preços de fábricas seguiram o balizamento de cada praça. R$ 131,00 Cruz Alta – Pgto. 30/07 – para exportador, R$ 129,00 Passo Fundo – Pgto. fim de agosto, R$ 129,00 Ijui´ – Pgto. 30/08 – para fábrica, R$ 130,00 Santa Rosa / São Luiz – Pgto. 24/08. Preços de pedra em Panambi caíram para R$ 118,00 a saca ao produtor”, comenta.

Santa Catarina foca em logística e crédito rural para garantir fluidez no mercado de soja. “A comercialização da soja em Santa Catarina avança de forma lenta, pressionada pela queda dos prêmios de exportação e pelas cotações internacionais mais baixas, enquanto produtores mantêm cautela e buscam estratégias para armazenar a safra e negociar em melhores condições. No porto de São Francisco, a saca de soja é cotada a R$ 135,91 (+0,98%)”, completa.

Armazenagem e custos logísticos desafiam a comercialização da soja no Paraná. “Em Paranaguá, o preço chegou R$ 134,13 (-0,61%). Em Cascavel, o preço foi 121,47 (+0,81%). Em Maringá, o preço foi de R$ 123,23 (+1,28%). Em Ponta Grossa o preço foi a R$ 122,92 (-0,61%) por saca FOB, Pato Branco o preço foi R$135,91 (+0,98%). No balcão, os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 118,00”, indica.

A infraestrutura de armazenagem limita os ganhos da soja em Mato Grosso do Sul. “Em Mato Grosso do Sul, a colheita da soja foi concluída com resultados expressivos, alcançando cerca de 4,5 milhões de hectares e uma produção de 14,7 milhões de toneladas, aumento considerável em relação ao ciclo anterior. Em Dourados, o spot da soja ficou em R$ 120,13 (+0,29%), Campo Grande em R$ 120,13 (0,29%), Maracaju em R$ 120,13 (0,29%), Chapadão do Sul a R$ 107,62 (+0,08%), Sidrolândia a em R$ 120,13 (+0,29%)”, informa.

Mato Grosso mantém alerta com custos e gargalos logísticos. “O armazenamento continua sendo um grande entrave, com déficit estimado em 45 milhões de toneladas para soja e milho, obrigando parte dos agricultores a recorrer a silo bags ou armazenamento a céu aberto. Campo Verde: R$ 114,85 (-4,67%). Lucas do Rio Verde: R$ 111,92, Nova Mutum: R$ 111,92. Primavera do Leste: R$ 115,29. Rondonópolis: R$ 115,47. Sorriso: R$ 111,92”, conclui.

 





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Cuidado com as vacas na seca garante mais bezerros saudáveis na próxima estação


Durante a seca, o olhar atento do pecuarista sobre o rebanho pode ser a diferença entre uma estação de monta produtiva ou prejuízo na próxima safra de bezerros. A saúde reprodutiva das vacas no inverno, especialmente no terço final da gestação, exige atenção redobrada. Para um planejamento sanitário eficaz e para garantir a saúde reprodutiva do seu rebanho, assista à entrevista completa abaixo!

O programa Giro do Boi desta segunda-feira (7) trouxe uma entrevista esclarecedora com o médico-veterinário Thiago Pantoja, assistente técnico da Zoetis, que deu um panorama completo sobre os cuidados essenciais nesse período crítico.

O desafio da seca para vacas prenhes

O inverno tem castigado o Mato Grosso do Sul com geadas e pastagens secas, reduzindo a oferta de nutrientes justamente no momento em que a maioria das fazendas está com vacas prenhes.

A perda de escore corporal nessa fase pode comprometer não só a parição como também a reconcepção para a próxima estação de monta, que se inicia na primavera.

“É fundamental que as vacas cheguem ao parto com boa condição corporal. Isso facilita a reconcepção e aumenta as chances de emprenhar cedo na estação seguinte”, alertou Pantoja.

Vacinação e vermifugação na reta final da gestação

Lote de novilhas para a estação de monta. Foto: Divulgacao

Entre as recomendações sanitárias mais importantes, o veterinário destacou a vacinação contra leptospirose, IBR e BVD, que previnem perdas gestacionais no terço final da prenhez.

Outro ponto crucial é a vermifugação estratégica, aplicada quando necessário para garantir a sanidade intestinal e a absorção de nutrientes.

Pantoja também ressaltou o papel do manejo racional, ou seja, cuidar da vacada com tranquilidade, evitando estresse e gritaria durante os procedimentos.

“A vacina não causa aborto, mas o manejo incorreto pode provocar perda de prenhez. O bem-estar animal é prioridade.”

Logo após o nascimento, é essencial garantir que o bezerro mame o colostro, rico em anticorpos que protegem contra infecções nos primeiros dias de vida. O tratamento do umbigo com iodo ou produtos específicos, como o Umbicura, também é indispensável.

IATF como estratégia para mais bezerros do cedo

Botijão com semen bovino para os protocolos de IATF na fazenda. Foto: ReproduçãoBotijão com semen bovino para os protocolos de IATF na fazenda. Foto: Reprodução
Botijão com semen bovino para os protocolos de IATF na fazenda. Foto: Reprodução

A partir do terceiro ou quarto mês pós-parto, as vacas entram em recuperação hormonal. Nesse momento, a Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) se torna uma aliada poderosa.

A técnica concentra os partos, aumenta o número de bezerros do cedo – que são mais pesados na desmama e mais valiosos no mercado – e melhora os índices de fertilidade.

A Zoetis, referência em biotecnologia reprodutiva, oferece protocolos adaptáveis a cada realidade de fazenda. O veterinário reforçou a importância de um bom planejamento reprodutivo com orientação técnica.

“Não existe fórmula mágica. A escolha do protocolo ideal depende de escore corporal, manejo, sanidade e genética do rebanho.”

Investir em sanidade é investir no futuro da fazenda

Lote de vacas e novilhas em área de pasto. Foto: ReproduçãoLote de vacas e novilhas em área de pasto. Foto: Reprodução
Lote de vacas e novilhas em área de pasto. Foto: Reprodução

O recado final de Thiago Pantoja é claro: quem cuida da vaca agora, garante o bezerro do futuro. A seca é um desafio, mas com planejamento, assistência veterinária e boas práticas de manejo, o produtor consegue atravessar esse período com segurança.

A semana do Giro do Boi promete mais conteúdos técnicos voltados à reprodução na seca, ajudando o produtor rural a tomar decisões mais assertivas.



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Não venda milho em julho



Fatores de alta incluem o retorno das “retenciones”



Fatores de alta incluem o retorno das “retenciones”
Fatores de alta incluem o retorno das “retenciones” – Foto: Divulgação

Produtores de milho devem redobrar a atenção neste mês de julho. Conforme análises da TF Agroeconômica, este é historicamente o pior período para realizar vendas do cereal. A recomendação é clara: evitar negociações agora. No entanto, caso o produtor precise vender para quitar compromissos financeiros, a orientação é converter o volume vendido fisicamente em contratos de compra na B3. Essa estratégia permite mitigar perdas diante das prováveis altas do segundo semestre, quando os estoques internos começarem a se esgotar.

De acordo com o relatório divulgado pela TF Agroeconômica, diversos fatores reforçam a expectativa de valorização no segundo semestre. Um dos principais é o acordo firmado entre Estados Unidos e Vietnã, país relevante na importação de ração animal. A medida valorizou o milho na Bolsa de Chicago e pode abrir caminho para outros acordos comerciais. No entanto, esse movimento pode ser negativo para exportadores do Brasil e da Argentina, já que o Vietnã também compra desses países.

Outros fatores de alta incluem o retorno das “retenciones” (impostos de exportação) na Argentina, o que pode limitar a competitividade do milho argentino no mercado externo; a confirmação de novas vendas de milho americano para destinos desconhecidos; e o bom desempenho do milho dos EUA no relatório semanal do USDA. Além disso, no Brasil, o avanço da mistura de etanol de milho na gasolina, de E27 para E30, deve elevar a demanda interna, que já é aquecida mesmo com uma safra maior, segundo a Conab.

Com esse cenário de possíveis valorizações e mudanças na dinâmica global de exportações, o produtor que conseguir postergar vendas poderá aproveitar melhores oportunidades no segundo semestre. O momento é de planejamento e cautela.

 





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Bombeiros resgatam jovem atacado por abelhas durante pescaria



Um jovem foi atacado por abelhas enquanto pescava no rio Cabaceira de Pedras, na zona rural de Luís Eduardo Magalhães, a cerca de 15 quilômetros da cidade, no Oeste da Bahia.

Equipes da 2ª Companhia do 17º Batalhão de Bombeiros Militar (17º BBM) foram acionadas, na tarde deste domingo (6), para resgatar a vítima que ficou aparentemente desacordada no local.

Segundo informações divulgas pelo Corpo de Bombeiros, o ataque ocorreu por volta das 13h, quando um grupo de jovens foi surpreendido por um enxame. Dois deles conseguiram escapar mergulhando no rio, mas um deles acabou sendo atingido e permaneceu caído às margens do local, ainda sob ataque.

Diante da gravidade da situação, os bombeiros também acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) para prestar o suporte médico necessário, e ambas as equipes se deslocaram juntas até o local da ocorrência.

Após buscas em uma área de difícil acesso, o jovem foi localizado com vida, porém bastante debilitado. Ele estava caído às margens do rio, ainda com sinais do ataque. Os bombeiros utilizaram um barco e trajes específicos para ocorrências com abelhas, o que garantiu a segurança da guarnição durante o resgate.

A vítima recebeu os primeiros socorros ainda no local e, em seguida, foi encaminhada pelo SAMU à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para avaliação médica.


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Trump ameaça Brics, fertilizantes ‘viram o jogo’ e dólar em queda



O mercado de soja teve uma semana intensa, marcada por fatores diversos que movimentaram as cotações e colocaram os produtores em estado de atenção. Durante o encontro dos Brics, Donald Trump reacendeu tensões ao fazer declarações explosivas que colocaram o bloco no centro do debate internacional.

Nos Estados Unidos, o clima favorável e o bom desenvolvimento das lavouras mantiveram os preços futuros da soja sob controle na Bolsa de Chicago. Apesar de alguns momentos de alta, os estoques acima do esperado, conforme relatório do USDA, exerceram pressão e limitaram o avanço das cotações.

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Por outro lado, a expectativa de retomada das compras chinesas nos Estados Unidos ajudou a impulsionar os preços no meio da semana. O movimento foi bem recebido pelo mercado, que interpretou a volta do gigante asiático como sinal positivo para a demanda global.

No Brasil, o câmbio também virou protagonista. O dólar recuou ao menor patamar desde agosto de 2024, fechando a semana cotado a R$ 5,42 após queda de 1,09%. Esse movimento pressionou os preços internos da soja, mesmo com a valorização em Chicago. O contrato de soja para julho de 2025 encerrou a US$ 10,56 por bushel, com alta expressiva de 2,72% na semana. Já o contrato para março de 2026 subiu para US$ 10,76 por bushel, com valorização de 2,18%. No mercado físico brasileiro, o cenário foi misto: enquanto algumas regiões registraram alta, outras terminaram a semana em queda.

Outro fator que chamou atenção foi a reviravolta nos preços dos fertilizantes. Após o cessar-fogo entre Irã e Israel, as cotações internacionais despencaram, revertendo grande parte das altas anteriores. Com a queda nos custos de produção, a relação de troca entre grãos e insumos melhorou, o que tende a aliviar a pressão sobre o agricultor. No entanto, esse alívio pode ser baixista para as commodities, já que margens mais favoráveis incentivam a venda, pressionando os preços.

O mercado de biocombustíveis também sentiu os efeitos da calmaria geopolítica. O petróleo devolveu parte dos ganhos recentes, afetando diretamente o óleo de soja devido à sua ligação com o biodiesel. Ainda assim, o clima de instabilidade internacional persiste, e qualquer novo conflito pode voltar a movimentar os contratos futuros com força.

Ameaças de Trump

Para completar o cenário de incertezas, o ex-presidente Donald Trump fez declarações durante o encontro dos Brics. Ele ameaçou aplicar tarifas adicionais de 10% a países que adotem postura considerada “antiamericana”. A fala acendeu o alerta para o Brasil, que mantém laços comerciais importantes com China e Rússia. A retórica protecionista de Trump pode gerar instabilidade cambial e complicar as negociações futuras de soja com esses mercados estratégicos.

O que esperar?

Com tantas variáveis no radar, o produtor brasileiro de soja precisa agir com cautela. O momento exige atenção redobrada para identificar janelas de oportunidade de comercialização, aproveitar picos de preço e, sobretudo, implementar estratégias de proteção como contratos futuros e opções. A volatilidade deve continuar nos próximos dias, e há chances concretas de o mercado devolver parte das altas registradas na última semana. O recado é claro: não dá para descuidar.



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mesmo com avanços na comercialização preços recuam



As melhores condições climáticas favoreceram a retomada dos trabalhos de campo na última semana. A melhora foi registrada em todas as regiões produtoras de mandioca acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea)

Segundo o centro de pesquisas, ainda que boa parte continue priorizando o plantio da safra 2025/26, outros seguem com interesse pela comercialização, visando sobretudo se capitalizar. 

Com ligeiro aumento na demanda industrial, os preços cederam menos que nas semanas anteriores. 

Assim, os levantamentos do Cepea mostram que o valor médio nominal a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 498,53 (R$ 0,8670/grama de amido). O valor representa recuo de 1,9% em relação à semana anterior e de 11% desde o final de abril. 

Ainda, assim, comparando-se a período equivalente do ano passado, a média atual está 2% acima, em termos reais (deflacionamento pelo IGP-DI).

*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo



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