domingo, julho 6, 2025

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Federarroz solicita utilização da taxa da orizicultura para acessar novos mercados consumidores



Entidade envia ofício ao governador Eduardo Leite pedindo uso emergencial da CDO


Foto: Paulo Rossi/Divulgação

A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) encaminhou um ofício ao governador Eduardo Leite solicitando que os recursos arrecadados pela Taxa de Cooperação e Defesa da Orizicultura (CDO) sejam utilizados para viabilizar o escoamento da produção de arroz a mercados consumidores. A proposta é que os valores pagos pelos próprios produtores sejam empregados como instrumento emergencial para apoiar a comercialização em meio à grave crise de liquidez enfrentada pelo setor.

A CDO é uma taxa obrigatória recolhida dos produtores de arroz no Rio Grande do Sul, destinada ao financiamento de atividades de pesquisa e desenvolvimento conduzidas pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). O valor é calculado com base em um percentual sobre o valor da Unidade Padrão Fiscal do Estado (UPF-RS) por saca de 50 quilos de arroz em casca.

O presidente da Federarroz, Alexandre Velho, reforça que o setor enfrenta um cenário crítico, com preços muito abaixo dos custos de produção e severa restrição de liquidez no mercado. “Estamos buscando alternativas para minimizar o impacto dessa conjuntura e apoiar os orizicultores. A taxa CDO é oriunda do próprio setor e, portanto, deve ser revertida em benefício direto ao produtor”, defende.

No documento enviado ao governo estadual, a Federarroz destaca que boa parte dos valores arrecadados pela CDO acaba não sendo utilizada em sua totalidade, seja por falta de projetos ou por limitações operacionais. A entidade entende que, diante do atual colapso de mercado, o uso dos recursos deve ser redirecionado de forma excepcional para apoiar mecanismos de comercialização e escoamento da produção visando atingir novos mercados. “Solicitamos a adoção dos meios legais cabíveis para que o recurso, que já pertence ao setor, seja empregado em ações concretas de escoamento da produção para os mercados consumidores. Essa medida é urgente diante do cenário de preços aviltados e da absoluta ausência de liquidez comercial, que coloca todos os produtores do Estado em situação de prejuízo e ameaça a continuidade da atividade”, pontua Velho.

A Federarroz alerta que, sem a adoção de medidas imediatas, o setor corre o risco de registrar o abandono da atividade por parte de inúmeros produtores, o que agravaria ainda mais a situação econômica e social do Rio Grande do Sul.





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Commodities se recuperam em Chicago



No caso do trigo, o contrato para julho subiu 6,25 centavos



No caso do trigo, o contrato para julho subiu 6,25 centavos
No caso do trigo, o contrato para julho subiu 6,25 centavos – Foto: Canva

Após cinco pregões consecutivos de queda, os contratos futuros de trigo, soja e milho na Bolsa de Chicago (CBOT) começaram o dia 27 de junho em alta, impulsionados por compras de oportunidade dos Fundos e pela valorização do euro frente ao dólar. Segundo dados da TF Agroeconômica, a desvalorização da moeda americana também favorece a competitividade das exportações dos EUA, sobretudo no trigo, em comparação aos embarques europeus.

No caso do trigo, o contrato para julho subiu 6,25 centavos, alcançando US$ 527,25 por bushel. A recuperação é limitada pelo avanço da colheita nos Estados Unidos e pela expectativa de boas safras na União Europeia e no Mar Negro. No Brasil, os preços do trigo seguiram em queda: no Paraná, o indicador Cepea recuou 0,16% no dia (R$ 1.483,63), e no Rio Grande do Sul caiu 0,11% (R$ 1.338,53).

A soja também ensaia recuperação, com o contrato de julho valorizando 4,25 centavos, cotado a US$ 1.027,00/bushel. A força do real frente ao dólar reduz a competitividade das exportações brasileiras e inibe as vendas internas. A possível elevação das tarifas argentinas sobre o complexo soja a partir de julho pode impulsionar ainda mais os preços. No Paraná, a cotação subiu 1,13% (R$ 129,79).

Já o milho subiu 5,50 centavos e chegou a US$ 415,00 por bushel. A valorização cambial afeta os preços internos, com o indicador Cepea recuando 0,68% no dia (R$ 67,58). Mesmo com a colheita da safrinha em andamento e boas condições climáticas nos EUA, a ausência de acordos comerciais com compradores internacionais contribui para a instabilidade.

 





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Nova gestão do COPASEM assume com foco no fortalecimento da sanidade de sementes no Brasil


A nova gestão do Comitê de Patologia de Sementes (COPASEM), vinculado à Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes (ABRATES), inicia seus trabalhos com uma missão clara: fortalecer a sanidade das sementes produzidas no Brasil. Diante de desafios técnicos, estruturais e regulatórios, o comitê aposta na capacitação profissional, na padronização de metodologias e na integração dos diferentes elos do setor.

À frente do comitê estão a coordenadora Norimar D´Ávila Denardin, sócia-diretora e pesquisadora do Centro de Biotecnologia na Agricultura (Cebtecagro), e a vice-coordenadora Carla Corrêa, CEO da CLC AgroCapacitação. Com foco em inovação e articulação técnica, elas conduzirão ações estratégicas que visam à produção de sementes mais sadias e seguras, essenciais para conceder caráter de sustentabilidade à agricultura nacional.

“Precisamos garantir qualidade desde o laboratório até o campo”, afirma Norimar Denardin. Segundo ela, uma das prioridades da nova gestão é criar uma rede de padronização e validação de análises fitopatológicas, envolvendo universidades e instituições de pesquisa públicas e privadas.

Entre os principais gargalos do setor estão a escassez de profissionais especializados, a limitação de recursos em infraestrutura e a falta de metodologias diagnósticas padronizadas. Norimar ressalta ainda que há um grande déficit de laboratórios bem equipados e de pessoal capacitado para operar tecnologias modernas e interpretar resultados complexos, especialmente em regiões afastadas dos grandes centros.

Ela destaca que técnicas avançadas – como as baseadas em biologia molecular, a exemplo da PCR (Reação em Cadeia da Polimerase), eletroforese, sequenciamento de DNA, hibridização, técnicas isotérmicas, como o Lamp (Loop-mediated isothermal amplification) e ELISA – demandam investimentos significativos em equipamentos, reagentes e infraestrutura, o que dificulta sua adoção em larga escala nacional.

Além disso, há escassez de técnicos aptos a operar essas tecnologias e interpretar os resultados com precisão. Esse déficit limita a realização de análises complexas e compromete a resposta à diversidade de patógenos, presente no País. “A diversidade de patógenos exige metodologias sensíveis, rápidas e precisas. No entanto, sua implementação tem enfrentado barreiras técnicas e financeiras, além de capacitação contínua das equipes ativas”, enfatiza.

A vice-coordenadora Carla Corrêa também ressalta a importância de superar resistências à adoção de novas metodologias: “Vamos atuar em parceria com agências de fomento e instituições públicas e privadas para garantir acesso à tecnologia, formação profissional e difusão do conhecimento”, afirma.

No campo prático, o COPASEM pretende apoiar estratégias integradas de controle de patógenos, promovendo o uso adequado de tratamentos químicos, biológicos e físicos, além de incentivar o desenvolvimento de agentes de biocontrole mais eficazes e seguros. Segundo as coordenadoras, essas soluções exigem maior investimento em pesquisa e capacitação técnica por parte dos usuários finais.

Atualmente, o Brasil conta com laboratórios oficiais, como os do LANAGRO, do Ministério da Agricultura e Pecuária, e do Instituto Biológico de São Paulo, além de aproximadamente 190 laboratórios credenciados pelo MAPA até setembro de 2023. “No entanto, nem todos estão ativos ou habilitados para o diagnóstico fitossanitário. Há também laboratórios vinculados a universidades e instituições de pesquisa públicas e privadas, mas o número total ainda é impreciso”, observa Carla.

“A situação evidencia a urgência de incentivos para manutenção e expansão desses serviços essenciais”, reforça Norimar Denardin.

O comitê pretende intensificar o diálogo com órgãos reguladores e entidades representativas, como a Associação Brasileira de Sementes e Mudas (ABRASEM) e as associações estaduais. A estratégia contempla ainda a ampliação da oferta de cursos, workshops e simpósios, além de incentivar a publicação de artigos científicos em periódicos como o Journal of Seed Science e o Informativo ABRATES. “Nosso objetivo é atualizar e disseminar o conhecimento técnico-científico em patologia de sementes, além de conectar o Brasil a experiências internacionais que possam nos fortalecer”, afirma Carla.

A grande meta da nova gestão é consolidar o COPASEM como referência nacional e internacional em sanidade de sementes.

“Superar esses desafios exige um esforço colaborativo entre instituições de pesquisa, órgãos governamentais, setor produtivo e os laboratórios, com investimentos em pesquisa, infraestrutura, capacitação e políticas públicas voltadas à área. O impacto será direto na produtividade agrícola, na segurança alimentar e na competitividade do Brasil no mercado global”, conclui Norimar Denardin.





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produtor colheu 5 sacas a mais de soja mesmo com seca



O mercado de fertilizantes especiais, considerados mais eficientes que os comuns, cresceu 19% em 2024 no Brasil.

Os tratamentos à base de selênio e xisto, por exemplo, ajudam a reter superior quantidade de água no solo, tornando as plantas mais resistentes aos extremos de temperatura. O resultado: mais produtividade e rentabilidade ao produtor.

O CEO da Unity Agro, Leori Hermann, ressalta que esse segmento já vem ganhando corpo nos últimos 20 anos. “O mercado vem em uma crescente de 20% a 30% ao ano em faturamento, o que é bastante expressivo devido à necessidade de melhorar a eficiência do fertilizante porque o produtor precisa colocar o produto certo na hora certa.”

O produtor rural Rogério Faedo, que cultiva soja na Bahia, é testemunha da eficiência desses produtos. “Para mim, realmente teve resultado porque eu peguei uma estiagem de 30 dias e onde eu apliquei o selênio deu um resultado de cinco a seis sacas a mais [por hectare].”

A inauguração da fábrica da Unity Agro em Almirante Tamandaré, no Paraná, 100% dedicada à produção de fertilizantes funcionais, consolida essa nova era da nutrição vegetal no Brasil. A aposta é fazer frente a um dos maiores desafios da agricultura moderna: o estresse climático.



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Brasil poderá deixar até 150 produtos fora da tarifa comum do Mercosul



Os países do Mercosul poderão ampliar em 50 o número de tipos de produtos (expressos em códigos tarifários) fora da tarifa externa comum do bloco. O acordo foi assinado na quinta-feira (26) em Montevidéu, mas só foi divulgado nesta sexta (27).

Com a mudança, o número de itens que Brasil e Argentina poderão incluir na Lista de Exceções à Tarifa Externa Comum (Letec) sobe de 100 para 150 até 2028. No caso do Uruguai, passa de 225 para 275 até 2029. E, no do Paraguai, de 649 para 699 até 2030.

O aumento de tarifas em relação à tarifa externa comum do Mercosul continua a obedecer às regras vigentes. A redução de tarifas para os 50 itens adicionais só poderá ser aplicada em duas situações:

  • Quando as exportações a cada Estado-Parte do Mercosul representarem menos de 20% das exportações totais do código tarifário objeto da medida;
  • Para evitar concentração em setores econômicos, as reduções estão limitadas a 30% dos novos códigos por capítulo da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM).

Do lado do Brasil, a norma foi negociada pelos ministérios das Relações Exteriores e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Em nota, a pasta informou que a decisão melhora a capacidade de reação do Mercosul a distorções comerciais criadas por barreiras ou por práticas não autorizadas pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

“A Letec ampliada representa instrumento adicional à disposição do governo brasileiro para equacionar questões relativas a desvios de comércio, frente às incertezas sobre barreiras comerciais decorrentes do contexto internacional”, disse o secretário executivo do MDIC, Márcio Elias Rosa, em comunicado.

Para entrar em vigor no Brasil, o Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) precisa editar uma resolução.

União aduaneira

Por se tratar de uma união aduaneira, o Mercosul exige que os países-membros apliquem o mesmo Imposto de Importação para os produtos. Isso para garantir que um produto seja importado com a mesma tarifa, independentemente do país do Mercosul. Após a entrada do bem no bloco, ele pode transitar entre os países-membros com alíquota zero.

A união aduaneira tem uma integração mais avançada que a área de livre comércio. Isso porque esse sistema prevê apenas a isenção de tarifas entre os países-membros, sem a harmonização das alíquotas de importação. Dessa forma, um produto pode entrar por um país que cobra a menor tarifa e circular livremente entre os países da área de livre comércio.



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Mato Grosso do Sul recebe Programa para Incremento da Produtividade de Milho


O Brasil é o terceiro maior produtor de milho do mundo, e o Mato Grosso do Sul ocupa a quarta posição entre os estados brasileiros na produção do grão, respondendo por 10% do total nacional, segundo o USDA (sigla em inglês do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Para auxiliar os produtores sul-mato-grossenses na produtividade e rentabilidade das lavouras, a Corteva Agriscience, em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (FAMASUL) e a Associação dos Produtores de soja do Mato Grosso Sul (Aprosoja/MS), lança o “Programa para Incremento da Produtividade de milho no Mato Grosso do Sul”.

A iniciativa surge como uma resposta concreta à estagnação da produtividade do milho no Estado nos últimos anos. O Programa selecionará agricultores para transformarem suas propriedades em áreas modelo. A seleção será feita pela FAMASUL e pela Aprosoja/MS, priorizando produtores de médio e grande porte com perfil inovador. Na ação, a Corteva será responsável pela transferência tecnológica por meio de áreas demonstrativas e conhecimento agronômico.

“O Mato Grosso do Sul é um dos principais polos de produção de grãos no Brasil, mas, na safrinha de milho 2023/24, registrou um dos menores índices de produtividade da última década, reflexo, principalmente, do estresse hídrico que afetou mais de 90% dos municípios sul-mato-grossenses”, explica Anelcindo Souza, Diretor de Marketing de Sementes da Corteva Agriscience para Brasil e Paraguai. “A Corteva é uma empresa de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias em sementes e defensivos químicos e biológicos para auxiliar os agricultores nos desafios diários da lavoura, auxiliando na produtividade e rentabilidade. Com tecnologias de ponta e práticas de manejo avançadas, apoiamos o produtor rural na superação de desafios. Especificamente no Estado, a Corteva conta com uma estação satélite de pesquisa, em Fátima do Sul, que testa inovações em sementes para as características de clima, solo, praga e doenças da região. Essas ferramentas irão integrar o Projeto”.

O desenvolvimento do Programa para Incremento da Produtividade de Milho no Mato Grosso do Sul surgiu após autoridades locais sinalizarem que os produtores do Estado precisavam de apoio e conhecimento sobre novas tecnologias para ampliar a produtividade do milho. “Com isso, a Corteva, em pouco tempo, mobilizou os recursos necessários e atores estratégicos para ajudar produtores da região a alcançarem resultados superiores no curto e médio prazos, pontua Augusto Moraes, Diretor de Relações Institucionais da Corteva Agriscience para a América Latina. “Agora, todo o pacote de tecnologias adaptadas ao clima da região e técnicas de manejo que potencializam o resultado em campo estarão expostas em áreas testes espalhadas pelo Estado. Da mesma forma, nossas equipes de agronomia e pesquisa acompanharão de perto esse processo de transferência tecnológica. Assim, a companhia, ao lado de autoridades e entidades do setor, segue cumprindo seu papel de elevar inovação, integração de tecnologias e produtividade ao campo”, completa.

Aposta em tecnologias elevou a produtividade em 27% acima da média estadual na safrinha 2024

Um dos exemplos de como as inovações da companhia tem auxiliado na produtividade é a Fazenda Boa Vista, dos irmãos Ângelo e Mário Pignataro, em Ponta Porã (MS). Eles utilizam o portfólio integrado da empresa e práticas de manejo avançadas. “Na safrinha 2023, conquistamos uma média na safrinha de milho de 125 sacas por hectares (scs/ha), enquanto a média estadual foi de 100 scs/ha. Já no ciclo posterior, safrinha 2024, com a estiagem, atingimos uma média de 85 scs/ha, 77% acima da média registrada nos municípios de Ponta Porã e Antônio João e 27% acima da média do estado. Já a previsão para a safrinha que está sendo colhida é uma média de 135 scs/ha na propriedade. A média estadual está estimada em 80 scs/ha”, comenta Ângelo.

Mário Pignataro destaca que a produtividade média da propriedade é 27% superior à média estadual, reflexo do uso de sementes adaptadas à região, soluções químicas e biológicas, incluindo o tratamento das sementes, além de manejo eficiente, mesmo em condições climáticas adversas. “Em 2024, que foi marcado pela seca, apostamos pela primeira vez no manejo com o fixador foliar de nitrogênio Utrisha™ N, da Corteva, em 50% da área. A aplicação resultou em ganhos de 10 a 15 sacas por hectare. Percebemos que o produto biológico ajudou a planta a resistir ao pior momento do estresse, resultando em um aumento da produtividade além do esperado. Para esta temporada, que já começou a ser colhida, 100% dos 5 mil hectares da propriedade estão sendo tratados com biológicos, sempre em combinação com químicos”, aponta.

Inovações pesquisadas e desenvolvidas para o Mato Grosso do Sul

Por dia, a Corteva investe globalmente US$ 4 milhões em Pesquisa & Desenvolvimento, com 10 unidades de pesquisa no Brasil. No Mato Grosso do Sul, mantém uma unidade satélite em Fátima do Sul, dedicada a testes com produtos voltados às necessidades locais. “Nos últimos anos, o local contribuiu diretamente para o desenvolvimento de híbridos de milho como o P3310VYHR e o P3322PWU, da Pioneer, marca de sementes da Corteva, que foram cultivados na Fazenda Boa Vista durante a Safrinha 2025. Além dos produtos comerciais, a estação contribui para a base genética dos futuros lançamentos. Sua rede de ensaios contempla testes de campo voltados ao desenvolvimento de parentais gênicos, uma etapa essencial para garantir híbridos ainda mais adaptados ao ambiente regional”, observa Anelcindo Souza.

Os híbridos que passam pelo crivo da estação de Fátima do Sul apresentam características agronômicas que refletem diretamente as demandas dos agricultores do Estado, como alto teto produtivo, o que garante rentabilidade e segurança para investimentos; estabilidade produtiva, mesmo frente às variações ambientais da região; super precocidade, ideal para uma área com inverno rigoroso e risco de geadas; e qualidade de grãos, sanidade foliar e robustez de raiz, assegurando maior performance em campo.





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Confira como o preço da arroba do boi gordo fechou a semana


O mercado físico do boi gordo apresenta queda em seus preços no decorrer da sexta-feira (27).

Segundo o consultor de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, o ambiente de negócios sugere por novas tentativas de compra em patamares mais baixos, diante do avanço da oferta de animais terminados na última semana.

“A expectativa de boa disponibilidade de animais terminados em regime intensivo durante o mês de julho, com boa incidência de animais de parceria (contratos a termo), leva a crer em manutenção das escalas de abate em uma posição de maior conforto”, acredita.

Segundo ele, por outro lado, as exportações em bom nível ainda são o grande elemento de demanda a ser considerado, com resultados expressivos em volume e principalmente em receita.

  • São Paulo: R$ 317,33 — ontem: R$ 319,83
  • Goiás: R$ 297,14 — na quinta: R$ 299,82
  • Minas Gerais: R$ 303,82 — anteriormente: R$ 307,06
  • Mato Grosso do Sul: R$ 315 — ontem: R$ 316,02
  • Mato Grosso: R$ 322,70 — quinta-feira: R$ 322,97

Mercado atacadista

carnecarne
Foto: arquivo Canal Rural

O mercado atacadista encerrou a semana apresentando acomodação em seus preços. Conforme Iglesias, a expectativa é de alguma recuperação dos preços da carne bovina no curto prazo, limitadas pelo padrão de consumo vigente em 2025.

“O baixo poder de compra da população brasileira remete ao consumo de proteínas mais acessíveis, a exemplo da carne de frango, embutidos e ovos. Essa dinâmica é especialmente importante para famílias cuja renda familiar flutua entre um e dois salários-mínimos”, pontuou o analista.

O quarto traseiro permanece precificado a R$ 23 por quilo, o dianteiro ainda é cotado a R$
19 por quilo e a ponta de agulha permanece a R$ 18,50 por quilo.

Câmbio

O dólar comercial encerrou em queda de 0,26%, sendo negociado a R$ 5,4830 para venda e a R$ 5,4810 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,4601 e a máxima de R$ 5,5046. Na semana, a divisa desvalorizou 0,79%.



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Oeste baiano sedia maior evento do segmento no Brasil


Os municípios de Barreiras e Riachão das Neves, no Oeste da Bahia, sediarão, entre os dias 10 e 12 de julho de 2025, a próxima edição do Cacauicultura 4.0, o maior evento técnico e institucional do setor no Brasil. Realizado pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), o encontro deve reunir produtores, pesquisadores, técnicos, investidores e especialistas de todo o país e também do exterior para discutir os caminhos da cacauicultura moderna, com ênfase em tecnologia, inovação e sustentabilidade.

A programação será dividida entre recepção de autoridades, ciclo de palestras técnicas e dia de campo. O evento é um dos reflexos do movimento crescente da produção de cacau no Oeste da Bahia e da liderança do estado no segmento no Brasil.

Com pouco mais de sete anos de introdução no Oeste da Bahia, a cultura do cacau se consolidou como uma das grandes apostas do agro nacional. A região — tradicional produtora de soja, milho e algodão — passou a investir na diversificação da matriz produtiva com o apoio de tecnologias de irrigação, mecanização, rastreabilidade e manejo sustentável.

Cacauicultura 4.0, evento em 2024
Imagem aérea na edição anterior do evento em 2024 | Imagem: Reprodução/YouTube/Schmidt Agrícola

O resultado é promissor: áreas com altas produtividades, que já alcançam entre 150 e 200 arrobas por hectare, e um modelo de produção voltado para qualidade e inovação.

“O cacau está nos mostrando o enorme potencial do Oeste baiano para além dos grãos. Estamos construindo uma nova fronteira agrícola, com ganhos expressivos de produtividade e qualidade. E o melhor: com sustentabilidade, agregação de valor e visão de futuro”, afirma Moisés Schmidt, presidente da Aiba e um dos idealizadores do evento.

A edição de 2025 deve contar com a presença de pesquisadores da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) — a agência de pesquisa de cacau do Brasil —, da Embrapa, do Ministério da Agricultura, de empresas de genética, representantes da indústria do chocolate e instituições de fomento nacionais e internacionais.

Um novo polo de produção em ascensão

A cacauicultura no Cerrado baiano começou em pequena escala, com áreas experimentais em perímetros irrigados, como o de Riacho Grande. A performance inicial surpreendeu os técnicos da Ceplac, que constataram o vigor das plantas mesmo em condições adversas. A partir disso, os investimentos em pesquisa, produção de mudas locais e tecnologia de manejo aceleraram a expansão.

De acordo com a organização do evento, atualmente, além da produtividade elevada, a região oferece vantagens como logística favorável, clima seco com irrigação controlada e ausência de algumas doenças comuns nas regiões tradicionais, como no Sul da Bahia e no Pará.

O modelo local também aposta na mecanização do plantio (com sulcos em vez de covas) e em parcerias com viveiros tecnológicos, que devem garantir, nos próximos anos, milhões de mudas com padrão genético superior.

O Cacauicultura 4.0, em sua quinta edição, reforça esse posicionamento e convida o setor a participar ativamente da construção de uma cadeia mais eficiente, resiliente e próspera.

Programação

•          10 de julho (quarta-feira): Abertura oficial e recepção de autoridades, em Barreiras (BA);

•          11 de julho (quinta-feira): Ciclo de palestras técnicas no Parque Natural Engenheiro Geraldo Rocha, em Barreiras (BA), com temas como melhoramento genético, bioinsumos, irrigação, rastreabilidade e mercado global;

•          12 de julho (sexta-feira): Dia de campo na Fazenda Santa Helena, em Riachão das Neves (BA), com visita a lavouras irrigadas, demonstrações tecnológicas e troca de experiências com especialistas.

As inscrições do Cacauicultura 4.0 estão abertas e podem ser feitas pelo link:  https://cacau.wiesoo.com/


Você também pode participar deixando uma sugestão de pauta. Siga o Canal Rural Bahia no Instagram e nos envie uma mensagem.





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Tensão no Oriente Médio e clima nos EUA pressionam soja em Chicago



Farelo de soja registrou seu menor valor desde 2016




Foto: Pexels

Os preços da soja na Bolsa de Chicago encerraram a semana em queda, influenciados pela trégua no conflito entre Israel e Irã e pelas boas condições climáticas nos Estados Unidos. A cotação do bushel caiu para US$ 10,22 no dia 26 de junho, após alcançar US$ 10,74 durante os primeiros dias da guerra no Oriente Médio.

Segundo informações divulgadas pela Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA), o recuo também foi provocado pelo bom desenvolvimento da safra norte-americana, com 66% das lavouras em condição boa a excelente. O farelo de soja registrou seu menor valor desde 2016, cotado a US$ 270,90 por tonelada curta.

Apesar do bom desempenho nas exportações — com os EUA já tendo embarcado 49,1 milhões de toneladas no ciclo 2024/25 —, a ausência da China nas compras tem gerado apreensão. O gigante asiático vem priorizando soja do Brasil e da Argentina, países mais competitivos devido às tarifas impostas sobre o grão norte-americano.

A expectativa é que o Brasil exporte 15 milhões de toneladas em junho, mantendo sua posição como principal fornecedor global. A competitividade brasileira pode seguir forte, sobretudo enquanto as tarifas contra os EUA estiverem em vigor no mercado chinês.





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