domingo, julho 6, 2025

Agro

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Contrato de quase R$ 300 milhões deve beneficiar agricultura familiar na Bahia



O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o governo do estado da Bahia assinaram um contrato de R$ 299 milhões que serão destinados à agricultura familiar.

A iniciativa faz parte do programa Sertão Vivo, e os recursos deverão beneficiar 75 mil famílias, o que corresponde a cerca de 300 mil pessoas, em 49 municípios.

De acordo com o BNDES, o objetivo é apoiar a adoção de práticas agrícolas resilientes às mudanças climáticas por agricultores familiares do semiárido baiano.

Do total de recursos contratados, R$ 252 milhões serão disponibilizados em forma de empréstimo ao governo estadual, e os R$ 47 milhões restantes serão repassados pelo BNDES, de forma não reembolsável. Para o agricultor familiar, o apoio será 100% não reembolsável.

A assinatura do contrato ocorreu neste sábado (28), em cerimônia em Itiúba (BA), que contou com a presença do governador Jerônimo Rodrigues (PT), da diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, e da representante do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida), Alessandra di Giacomo.

Jovens na agricultura

O monitor da Escola Família Agrícola (EFA) de Monte Santo, Lucas da Silva Santos, foi um dos que discursou na cerimônia. Ele disse que graças aos projetos que chegam na região, ele conseguiu realizar o sonho de estudar e de ter a própria terra.

“É, sim, possível viver no semiárido. Na verdade, viver, não, conviver com ele. A gente tem a ideia que o semiárido é um lugar seco, com solo rachado e com carcaça de animais. Mas eu mostro para vocês que o semiárido é vivo, verde e cheio de abundância”, disse.

A estudante do curso técnico de agropecuária da EFA de Itiúba Anita Andrade da Silva acredita que os recursos poderão ser também uma oportunidade para os jovens. “Ouvimos muito dizer que jovens não querem nada, mas nós queremos. Nós queremos o futuro, queremos transformar, queremos sonhar”, discursou.

Sertão Vivo

A iniciativa Sertão Vivo é uma parceria do BNDES com o Fida, da Organização das Nações Unidas (ONU), que conta também com recursos do Green Climate Fund.

A previsão é que sejam destinados mais de R$ 1,3 bilhão a projetos no semiárido de seis estados do Nordeste: Bahia, Ceará, Pernambuco, Paraíba, Piauí e Sergipe. Parte dos recursos são empréstimos e deverão ser reembolsados, e parte é doação.

Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o programa vai contribuir para transformar a realidade do semiárido da Bahia.

“É uma das prioridades do governo Lula, dar condições para que as famílias que vivem no sertão possam melhorar de vida de forma sustentável e, ao mesmo tempo, estejam preparadas para as mudanças climáticas. O programa atua de forma integrada: combate a pobreza, aumenta a produção de alimentos com tecnologias que se adaptam ao semiárido, recupera sistemas degradados da caatinga e gera resiliência climática. O resultado é mais renda, qualidade de vida e comida na mesa”.

A estimativa, de acordo com o BNDES é beneficiar, no total, cerca de 326 mil famílias (aproximadamente 1,3 milhão de pessoas) em situação de vulnerabilidade.



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Produtores precisam assumir o protagonismo no Pacto do Pantanal, defende ABPO


Participar ativamente da consolidação do Pacto do Pantanal e de políticas públicas como o Programa de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA). Esse foi o apelo do empresário rural e diretor da Associação Pantaneira de Pecuária Orgânica e Sustentável (ABPO), Leonardo Leite de Barros, aos produtores durante o terceiro dia do Pantanal Tech 2025, em Aquidauana, Mato Grosso do Sul.

Ele participou do painel “Valorização da Pecuária Pantaneira”, que reuniu especialistas em rastreabilidade, sustentabilidade e desenvolvimento territorial. Na ocasião, destacou que iniciativas como o PSA podem ser um diferencial de mercado para os produtos do Pantanal, mas que, para isso, é necessário engajamento local e agilidade nas soluções técnicas.

“Nós pantaneiros temos de abraçar os programas, como o Pacto do Pantanal, porque se não fizermos isso, vamos estar jogando fora a oportunidade da nossa vida”, afirmou Barros, que também pontuou o potencial do PSA como ferramenta de marketing. “O PSA vai ser instrumento de valorização do nosso produto. Mas, se não colocarmos isso no rótulo, se não comunicarmos, ninguém vai saber.”

Sustentabilidade adequada à realidade tropical

Leonardo Barros ABPO - produtor PantanalLeonardo Barros ABPO - produtor Pantanal
Foto: Divulgação

Na avaliação do produtor, o avanço do desenvolvimento sustentável no bioma exige medidas práticas e adequadas à realidade tropical. Entre elas, o desenvolvimento de sementes para pastagens nativas, o que permitiria a restauração e o manejo eficiente das áreas produtivas do Pantanal, com menor impacto ambiental.

“No Pampa gaúcho, eles já avançaram nisso. Precisamos fazer o mesmo aqui. Mas a semente tem que estar disponível, e isso ainda não está escalado. Eu sei que está em andamento, mas tem que correr.”

Outro ponto levantado pelo diretor da ABPO foi a ausência de uma metodologia brasileira adaptada ao clima tropical para medir emissões de gases de efeito estufa na pecuária. Ele mencionou iniciativas do pesquisador Urbano Macedo, da Embrapa, como exemplo de estudos aplicados à realidade pantaneira, mas reforçou a urgência de transformar ciência em instrumento de mercado.

“A gente precisa colocar no nosso produto que ele é carbono neutro ou de emissão reduzida. Mas se não existe metodologia tropical reconhecida, vamos continuar ouvindo e sendo medidos por padrões de clima temperado. Cadê a academia?”, questionou.

Barros finalizou sua participação reforçando que, embora elogie os avanços do governo estadual com o lançamento do Pacto do Pantanal e do PSA, a efetividade dessas políticas depende da atuação direta dos produtores rurais e da colaboração com universidades, institutos de pesquisa e entidades do setor.

“Política pública, eu tenho que elogiar. Mas nós precisamos participar ativamente para colocar de pé essa questão do PSA. Se não for com o produtor junto, não vai funcionar.”



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Qualidade do algodão dos EUA recua levemente



EUA semeiam 92% da safra de algodão até 22 de junho




Foto: Divulgação

Segundo o Weekly Weather and Crop Bulletin, divulgado nesta terça-feira (24) pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), até 22 de junho os produtores norte-americanos haviam semeado 92% da safra de algodão para 2025. O índice representa queda de um ponto percentual em relação ao mesmo período do ano passado e de três pontos percentuais abaixo da média dos últimos cinco anos.

O relatório aponta ainda que 26% da safra atingiu o estágio de quadratura, fase anterior à formação das maçãs, o que representa redução de três pontos percentuais em relação a 2024, embora esteja em linha com a média histórica.

No mesmo período, 5% do algodão do país estava em formação de maçãs — um recuo de três pontos percentuais em comparação ao ano anterior e de um ponto abaixo da média dos últimos cinco anos.

A qualidade das lavouras também apresentou leve deterioração. Em 22 de junho, 47% da área plantada foi classificada entre boa e excelente, um ponto percentual abaixo da semana anterior.





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Aves são reintroduzidos à natureza em áreas de usinas de açúcar e álcool



Em janeiro deste ano, 20 papagaios-chauá (Amazona rhodocorytha), aves extintas em Alagoas, começaram a ser reintroduzidos em uma reserva florestal de mil hectares situada em Coruripe, a 86,5 quilômetros de Maceió (AL).

Nos próximos meses, as aves devem ganhar a companhia de outros bichos, como o mutum-de-alagoas, além de jabutis e macucos.

O objetivo da reintrodução dessas espécies é recompor a fauna que existia originalmente na área de Mata Atlântica, pertencente a uma usina de açúcar e álcool, a fim de restaurar a funcionalidade do ecossistema.

“Essa área onde estamos reintroduzindo esses animais possui a maior quantidade de pau-brasil nativo e apresenta dois grandes problemas. O primeiro é o da reconexão florestal, cuja solução leva mais tempo, porque depende de plantar florestas. E o segundo, é manter a floresta de pé e viva, porque ela está colapsando, pois não tem animais dispersores de sementes”, disse Luís Fábio Silveira, vice-diretor do Museu de Zoologia da USP e coordenador do projeto.

Segundo ele, por esses motivos os pesquisadores estão soltando naquela área aves e jabutis criados em cativeiro e que fazem a dispersão das sementes para que a floresta se mantenha em pé, ao mesmo tempo em que iniciam os programas de reconexão dos fragmentos florestais.

Processo de conversão das áreas para as aves

O processo de reivindicação envolveu o Ministério Público, organizações não governamentais (ONGs) e lideranças locais, e demandou uma longa negociação com os proprietários das terras, contou o pesquisador.

A maioria dos fragmentos florestais de Alagoas é propriedade privada, principalmente de usinas de açúcar e álcool, e não são grandes o suficiente para que o poder público os reivindique para transformá-los em reserva pública, como um parque nacional ou reserva biológica.

Diante dessa realidade, a estratégia adotada pelos pesquisadores foi conversar com o Ministério Público (MP) e as ONGs locais para convencer os proprietários das usinas a transformar as áreas indicadas como prioritárias para conservação como Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN).

“Esse tipo de unidade de conservação não é tão restritivo como as federais porque garante a perpetuidade da titularidade da área e, ao mesmo tempo, mantém a floresta de pé, sem desmatamento”, disse Silveira.

Segundo Silveira, muitos proprietários de usinas gostaram da ideia porque permite melhorar seus índices de ESG (Ambiental, Social e Governança). Um obstáculo, contudo, foi a necessidade de os proprietários das usinas pagarem os custos para o registro em cartório dessas áreas como RPPN.

Por meio de conversas com o Ministério Público os pesquisadores conseguiram que os cartórios de Alagoas isentassem as taxas. Por meio do projeto, foi possível criar mais de 5 mil hectares de área de Mata Atlântica protegida.

Envolvimento da comunidade

Uma das espécies protegidas por meio do programa, iniciado em 2018, foi o mutum-de-alagoas. Semelhante a uma galinha, o mutum-de-alagoas é a maior ave terrestre do Nordeste brasileiro, com tamanho similar ao de um peru e peso em torno de 4 a 4,5 quilos. Em razão dessas características, a ave, que se alimenta de frutas e só vive em áreas de floresta, foi muito caçada e, dessa forma, extinta da natureza há 40 anos.

“Não restava nenhuma espécie desse animal na natureza no começo da década de 1990. Só três representantes foram resgatados por um criador particular e decidimos então usá-los para iniciar o projeto”, contou Silveira.

De acordo com Silveira, a ave foi uma das únicas espécies de animal extintas na natureza que retornaram ao seu hábitat no continente americano nas últimas décadas. “Essa foi uma das primeiras iniciativas nas Américas. Outra na região foi a de uma espécie de corvo que ocorre só no Havaí e também havia sido extinto”, comparou.

A reintrodução da espécie causou uma onda de comoção pública, que resultou na criação de blocos carnavalescos e de corridas de rua em homenagem à ave, além de murais espalhados pela cidade e a decretação pelo governo de Alagoas do mutum como a ave símbolo do estado. A mesma comoção tem sido observada em relação à reintrodução do papagaio-chauá.

As aves foram reintroduzidas após serem mantidas por dois anos em um viveiro com 8 metros de altura, no meio da mata, para aclimatação, onde foram submetidas a testes físicos e comportamentais.



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Canola exige replantio em áreas afetadas por chuvas


O avanço da semeadura da canola no Rio Grande do Sul foi interrompido pelas chuvas das últimas semanas, conforme aponta o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado na quinta-feira (26). Embora a maioria dos produtores tenha concluído o plantio nos períodos anteriores, os elevados volumes de precipitação comprometeram a emergência das plantas, principalmente nas áreas semeadas mais recentemente.

No Noroeste do estado, lavouras implantadas de forma precoce apresentam falhas no estande, causadas por emergência irregular e pela ação de pragas em plântulas em fase de estabelecimento. “Essa condição pode comprometer o potencial produtivo das lavouras, mas ainda não é possível mensurar as perdas”, informou a Emater/RS-Ascar.

A projeção da entidade é de que a área cultivada atinja 203.206 hectares, com produtividade estimada em 1.737 quilos por hectare. Em comparação com a safra anterior, isso representa aumento de 37,41% na área plantada e de 22,56% na produtividade.

Na região de Bagé, a estimativa de plantio é de 25.995 hectares, dos quais 78% já foram semeados. No entanto, parte dessa área deverá ser replantada devido aos impactos causados pelas fortes chuvas durante estágios críticos de germinação e emergência. Em Manoel Viana, apesar da conclusão da semeadura nos 7.300 hectares previstos, amplas áreas demandam replantio por conta de enxurradas que arrastaram sementes, fertilizantes e solo.

Na região de Frederico Westphalen, cerca de 65% das lavouras estão em fase vegetativa, e 35% em floração. Em Ijuí, a semeadura foi finalizada, mas as chuvas impediram os tratos culturais. As plantas evoluíram rapidamente para elongação e início da inflorescência, com maior densidade observada nas áreas semeadas entre o fim de maio e o início de junho.

Em Santa Maria, 92% das áreas foram semeadas, com predomínio do desenvolvimento vegetativo. Em Santa Rosa, 97% da área projetada foi semeada; 76% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo e 24% em floração, com alguns cultivos já iniciando o enchimento de grãos.

Na região de Soledade, a semeadura foi concluída, mas as chuvas intensas causaram erosão hídrica, prejudicando a fertilidade do solo em áreas de escoamento superficial.





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Casal carioca transforma grãos de café em produto de excelência


O aroma do café passado na hora se mistura com o som da natureza, criando um clima de sonho realizado e de muitas conquistas que estão por vir. Além disso, o cenário acolhedor de Purilândia, distrito de Porciúncula (RJ), oferece mais do que sossego: proporciona um propósito.

Produtora rural e agrônoma, Ana Regina Rocha Ribeiro Majzoub trocou o agito do Leblon (RJ) pela tranquilidade da roça. Desde então, ela comanda o ‘Café Iranita’ ao lado do marido, Suhail Majzoub, seguindo um negócio familiar que une tradição, inovação e sabor.

O nome da marca carrega raízes afetivas. “Irani era meu avô, e Nita, minha avó. Meu pai juntou os nomes e batizou a propriedade de Iranita. Por isso, ‘Café Iranita’”, conta Ana.

A história começa com seu pai, que, já aposentado, decidiu plantar café em 1995. No entanto, o verdadeiro salto veio anos depois.

De commodity a café especial 

Em 2005, após o falecimento do pai, Ana Regina e Suhail decidiram assumir de vez a propriedade. A partir desse momento, a missão ficou clara: transformar o café da família em um produto diferenciado, capaz de contar uma história em cada xícara.

“Na época, a gente não tinha outra fonte de renda. Por esse motivo, precisávamos viver do café e, para isso, tínhamos que agregar valor”, relembra a produtora.

Assim, iniciou-se uma jornada de aprendizado e investimento. Com apoio técnico e muitos cursos, o casal mudou a forma de produção: passaram a separar os grãos por tipo e maturação, investiram em maquinário moderno e melhoraram os processos de beneficiamento.  

O resultado? Um café mais aromático e muito mais valorizado.

“Antes, tudo era misturado. Agora, conseguimos colher o grão maduro, secar com cuidado, selecionar e torrar com precisão. Dessa forma, garantimos um sabor e uma qualidade superiores”, explica Ana.  

Atualmente, a produção gira em torno de 200 sacas por safra, com foco nos cafés especiais.

Casal do Rio de Janeiro produtores de café Casal do Rio de Janeiro produtores de café
Ana Regina cuida da administração e Suhail fica à frente da produção do ‘Café Iranita’. Foto: Arquivo Pessoal.

Da lavoura ao empacotamento  

Enquanto Suhail cuida do campo, Ana Regina comanda a gestão e o planejamento do negócio. Com essa parceria, o ‘Café Iranita‘ já oferece três tipos de produtos: o café especial, gourmet e o superior — certificados pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC).

Além disso, a vontade de inovar não para. Em breve, o casal vai lançar o Drip Coffee, uma versão prática do café coado na xícara, ideal para quem tem pressa, mas não abre mão da qualidade. “É só abrir, colocar na xícara e despejar água quente”, conta Ana Regina.

Por trás de tantas conquistas, há uma parceria essencial: o Sebrae/RJ.

“O Sebrae foi nosso primeiro parceiro e continua com a gente até hoje. Por meio do SebraeTec, realizamos todas as consultorias”, afirma Ana Regina.

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De Purilândia para o mundo  

Agora, a meta é conquistar o mercado internacional. Ana Regina participa do programa Agro.BR, da ApexBrasil e CNA, que capacita produtores para exportação.  

Entretanto, a ideia não é vender sacas de café cru: o objetivo é exportar o produto final, empacotado e com a marca ‘Café Iranita’ estampada na embalagem. 

Além disso, o casal está envolvido em um projeto que pode colocar a região no mapa dos cafés com Indicação Geográfica com o nome ‘Café do Alto Noroeste do Rio de Janeiro’.  

A proposta, que inclui quatro municípios, já está na fase final de análise para dar entrada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

Dicas de quem vive o café  

Para quem deseja seguir um caminho semelhante, Ana deixa conselhos valiosos: “Antes de tudo, conheça bem o lugar onde vai plantar: clima, solo, altitude. Além disso, escolher a variedade certa é fundamental. E, claro, contar com ajuda técnica é indispensável, principalmente para quem está começando.”





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O que faz uma assessoria pecuária e por que ela é essencial


Organização dos lotes, apoio técnico e vendas: descubra como a assessoria pecuária atua nos bastidores dos leilões e garante o sucesso do evento

Por trás de um leilão de gado, existe uma verdadeira engrenagem em movimento. São muitos os profissionais e processos envolvidos, desde a escolha dos animais até a batida final do martelo. Em meio a essas etapas, a assessoria pecuária cumpre um papel estratégico: ela atua para garantir que tudo funcione com eficiência, valorizando os lotes e conectando criadores e compradores. Entenda por que esse serviço é fundamental para o sucesso dos leilões, e como ele ajuda a transformar cada evento em uma grande vitrine de genética e negócio.

O que faz uma assessoria pecuária?

A assessoria pecuária é uma consultoria especializada que atua em todas as etapas de um leilão de gado, oferecendo suporte técnico e estratégico para garantir que o evento alcance os melhores resultados.

Seu papel vai desde a seleção e organização dos animais que serão ofertados até a divulgação dos lotes, passando também pela produção de catálogos técnicos, orientação à equipe de manejo e, principalmente, pela intermediação de vendas durante o leilão. Trabalhando em parceria com criadores, promotores e agências, a assessoria tem o objetivo de valorizar os animais, facilitar a tomada de decisão dos compradores e assegurar a concretização dos negócios no remate. Conheça cada etapa desse trabalho.

Leia também: FIV ou inseminação artificial? Entenda as diferenças

Etapas do trabalho de assessoria pecuária

Antes do leilão: planejamento e estruturação
Plinio Queiroz visita a chácara Mafra - imagem: Lance RuralPlinio Queiroz visita a chácara Mafra - imagem: Lance Rural
Visita à Chácara Mafra, Uberaba (MG) | Imagem: Lance Rural

O trabalho da assessoria começa muito antes do evento. A equipe visita a propriedade do promotor, define a estrutura do leilão, orienta o manejo e organiza os lotes com base em critérios técnicos e comerciais. É nessa fase que os animais são preparados para o remate.
Principais atividades:

  • Seleção dos animais com maior potencial de venda.
  • Visita técnica à fazenda para conhecer os animais e a estrutura;
  • Definição da quantidade de lotes e sua organização;
  • Orientação à equipe de manejo sobre preparo e escore dos animais;
  • Coleta de dados reprodutivos, genéticos e zootécnicos;
Preparação do material e divulgação
Catálogos de leilão - Imagem Larissa Bezerra Catálogos de leilão - Imagem Larissa Bezerra
Catálogos do 2º Shopping Genética Mato Verde edição Expozebu 90 anos | Imagem: Larissa Bezerra

Com os dados organizados, a assessoria atua em parceria com agências de comunicação para produzir os materiais do leilão, como catálogos e vídeos. Essas informações são fundamentais para promover os animais com precisão e credibilidade.

Principais atividades:

  • Sistematização dos dados coletados na visita técnica;
  • Elaboração de fichas técnicas dos lotes;
  • Envio das informações para produção de catálogos e materiais promocionais;
  • Apoio na criação de conteúdo para redes sociais e mídias especializadas.
Durante o leilão: apoio técnico e comercial
Assessoria pecuária e Guadalupe agropecuária - 90ª Expozebu - Imagem Larissa Bezerra Assessoria pecuária e Guadalupe agropecuária - 90ª Expozebu - Imagem Larissa Bezerra
À esquerda Thiago Trevisi, da Guadalupe Agropecuária e à direita Junior Reis, da Premier Assessoria Pecuária | Imagem: Larissa Bezerra

No dia do leilão, a assessoria assume um papel central. Além dos comentários técnicos, os assessores fazem a ponte entre os promotores e os compradores, orientando escolhas, tirando dúvidas e impulsionando as vendas.

Principais atividades:

  • Acompanhamento do evento do início ao fim;
  • Comentários técnicos ao vivo sobre os lotes;
  • Indicação de animais conforme o interesse dos clientes;
  • Esclarecimento de dúvidas sobre genética e desempenho;
  • Intermediação comercial para fechamento de vendas.

“É no dia do leilão que a assessoria mostra sua força. Somos o elo entre o cliente e o promotor, responsáveis por transformar informação em venda. Nosso principal objetivo é a concretização dos negócios”, afirma Ademir Jovanini, da Premier Assessoria.

Assista aqui o depoimento completo de Ademir Jovanini.

Profissão que move o mercado

Por trás de cada animal valorizado e de cada negócio fechado com sucesso, existe o olhar técnico e estratégico de um assessor. Esses profissionais são responsáveis por transformar dados em confiança, informação em valor e planejamento em resultado.

Mais do que executar tarefas, a assessoria conecta pessoas, traduz necessidades e potencializa o que a pecuária brasileira tem de melhor. É uma atuação que exige conhecimento, sensibilidade comercial e, acima de tudo, paixão pelo que se faz.





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Preço do boi gordo segue estável em São Paulo



Boi China tem queda de R$3,00 no Sul de Goiás




Foto: Divulgação

A análise “Tem Boi na Linha”, da Scot Consultoria, apontou estabilidade nos preços do boi gordo nas praças paulistas nos últimos dias. A oferta de bovinos aumentou e a comercialização de carne no mercado interno demonstrou sinais de desaceleração. Segundo a consultoria, parte dos compradores está fora das compras e pretende aguardar o desempenho das vendas do fim de semana para retomar as negociações.

Apesar do cenário de pressão, os valores não sofreram alterações para todas as categorias. As escalas de abate nas indústrias frigoríficas paulistas seguem atendendo, em média, a nove dias.

No Acre, também não houve variação nas cotações. As escalas estão mais dilatadas, alcançando cerca de 30 dias.

No Sul de Goiás, compradores mantêm escalas confortáveis e parte deles se afastou da aquisição de machos. Com a redução na venda de carnes e a oferta suficiente para atender à demanda atual, os preços sofreram queda: R$ 3,00 por arroba para o “boi China” e R$ 2,00 para as demais categorias. As escalas de abate na região atendem a uma média de sete dias.

No Sul do Tocantins, os preços permaneceram inalterados em comparação ao dia anterior, segundo o levantamento da Scot Consultoria.





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excesso de chuva atrasa colheita da safrinha


A Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema) informou, em análise divulgada nesta quinta-feira (26), que os preços do milho seguem estabilizados no Brasil. A média gaúcha está em R$ 63,41 por saca, enquanto as principais praças locais operam em torno de R$ 61,00. Em outras regiões do país, os valores recuaram, variando entre R$ 40,00 e R$ 64,00, com algumas localidades do Centro-Oeste registrando cotações abaixo de R$ 40,00 por saca.

No cenário de colheita, o avanço da safrinha 2025 segue comprometido pelo excesso de umidade. Segundo a AgRural, até 26 de junho, 13% da área havia sido colhida no Centro-Sul, abaixo dos 34% observados no mesmo período do ano anterior. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta que, até o dia 21, a colheita atingia 10,3% do total nacional, ante 17,5% na média das últimas cinco safras. Os maiores avanços foram registrados no Mato Grosso (27,6%), Tocantins (14,6%), Maranhão (11,4%) e Paraná (8,8%).

No Mato Grosso, dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) indicam que a colheita chegou a 14,1% no início desta semana, bem abaixo dos 37,6% registrados no mesmo período de 2024. A média histórica é de 26,8%.

No Tocantins, o trabalho de campo teve início com boa produtividade. Até 13 de junho, cerca de 2,1% da área havia sido colhida. O estado plantou 440 mil hectares na segunda safra, 7% acima do ciclo anterior, e estima-se uma produção de 2,4 milhões de toneladas, com produtividade média de 90,3 sacas por hectare.

Enquanto a Conab projeta uma produção total de segunda safra em torno de 101 milhões de toneladas, a consultoria Agroconsult estima um volume superior, de até 123,3 milhões. Se esse número se confirmar, a produção total de milho no Brasil em 2025 poderá chegar a 148 a 150 milhões de toneladas.

A grande oferta, no entanto, não encontra contrapartida nas exportações. A Ceema alerta para o risco de forte pressão nos preços devido à lentidão nas vendas externas e aos gargalos logísticos. De acordo com os dados mais recentes, o Brasil exportou apenas 234.682 toneladas de milho nos 14 primeiros dias úteis de junho, o que representa uma queda de 60,6% na média diária em relação a junho de 2024. A projeção para o ciclo comercial 2025/26 é de que o Brasil exporte 48 milhões de toneladas até 31 de janeiro de 2026.





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Chuvas ganham força em alguns estados neste domingo; confira a previsão da Climatempo



Veja como o tempo fica neste domingo (29) em todas as regiões do Brasil, de acordo com a análise dos meteorologistas da Climatempo, e saiba onde vai ter chuva.

Você quer entender como usar o clima a seu favor? Preparamos um e-book exclusivo para ajudar produtores rurais a se antecipar às mudanças do tempo e planejar melhor suas ações. Com base em previsões meteorológicas confiáveis, ele oferece orientações práticas para proteger sua lavoura e otimizar seus resultados.

Como fica o tempo no Sul hoje

A chuva continua forte no norte do Rio Grande do Sul. A Grande Porto Alegre fica em alerta para temporais no decorrer do dia. Os volumes serão significativos no litoral médio e norte gaúcho.

Também há pancadas fortes no oeste de Santa Catarina e no sudoeste do Paraná. A chuva perde força em Curitiba e no norte paranaense.

Como fica o tempo no Sudeste hoje

Pouca chuva vai atingir o Vale do Jequitinhonha, no nordeste de Minas e o leste e o norte do Espírito Santo, pela entrada de umidade que vem do mar.

As demais áreas do Sudeste ficam sem chuva; nas capitais de São Paulo e Rio de Janeiro, o calor retorna à tarde.

Como fica o tempo no Centro-Oeste hoje

Pancadas no sudoeste e sul de Mato Grosso do Sul, com risco de raios e trovoadas – há potencial para temporais em Iguatemi, Dourados e Ponta Porã. O tempo fica firme em Campo Grande.

O dia será ensolarado, quente e seco em Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal.

Como fica o tempo no Nordeste hoje

A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) se aproxima mais da costa leste do região. Com isso, a chuva aumenta no litoral do Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte, com risco de pancadas forte e temporais.

O dia continua abafado na costa leste do Nordeste, desde Salvador até Natal, com pancadas moderadas.

Como fica o tempo no Norte hoje

O tempo continua firme no Acre, sul de Rondônia e do Pará, assim como no Tocantins. Chove forte no Amazonas, Roraima e Amapá, com risco para temporais e ventos fortes.



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