quarta-feira, outubro 29, 2025

Safra

AgroNewsPolítica & AgroSafra

Preços do boi gordo a R$ 350,00 por arroba: especulação ou realidade?


Analistas apontam os fatores que podem impulsionar ou limitar a valorização da arroba no mercado

Logotipo Notícias Agrícolas

A arroba do boi gordo pode encerrar 2025 no patamar dos R$ 350,00? A questão divide analistas e pecuaristas: de um lado, há fundamentos que sustentam a possibilidade de alta, como exportações firmes, menor oferta de fêmeas e sazonalidade de fim de ano; de outro, o câmbio desfavorável, as taxas de confinamento e a forte concorrência das proteínas mais baratas podem frear esse movimento.

O fato é que os contratos futuros na Bolsa Brasileira (B3) estão operando com patamares próximos de R$ 318,00/@ para o mês de dezembro/25, enquanto as cotações no mercado físico se encontram na faixa de R$ 308,71/@, conforme reportou a Agrifatto em seu boletim diário. 

O analista Especialista em Mercados Agrícolas da Terra Investimentos, Geraldo Isoldi relembra que, no anúncio do chamado tarifaço, os compradores reagiram com certo “pânico”, o que pressionou momentaneamente as cotações. Para o analista, esse movimento não tinha fundamento, já que os números atuais das exportações confirmam a solidez da demanda externa. “Na época, a indústria se aproveitou da surpresa do lado vendedor, alongando escalas com contratos a termo e abastecimento de confinamentos próprios”, observa.

Isoldi avalia que as atuais cotações do boi gordo estão subestimadas e que a arroba deve voltar a subir, podendo alcançar patamares próximos de R$ 350,00 até o fim do ano. Segundo ele, existe quase um consenso no mercado de que a valorização virá, mas a grande dúvida está no timing desse movimento.

O último trimestre de 2025 traz perspectivas positivas para o pecuarista, segundo o analista Fernando Henrique Iglesias. Ele destaca que este é o período de maior demanda do ano, com exportações aquecidas e interesse recorde pela carne brasileira no mercado internacional.

“No entanto, o preço da arroba deve encontrar limites neste cenário. O patamar de R$ 350 me parece menos provável, justamente porque, apesar da super demanda, o abate no país vai atingir níveis recordes, refletindo uma superoferta de animais”, explica Iglesias.

Para o produtor, isso significa que, mesmo diante da alta competitividade externa, é possível esperar alguma recuperação nos preços do boi gordo neste último trimestre do ano, mas dentro de um teto moderado entre R$ 330,00 e R$ 340,00 por arroba.

Boi Gordo destaque | Foto: Secretária da Agricultura de SP
Boi Gordo destaque | Foto: Secretária da Agricultura de SP

Para ajudar a entender os fatores que devem seguir no radar do mercado, o Notícias Agrícolas separou tópicos que podem impulsionar ou limitar os preços da arroba neste último trimestre. 

Fatores que podem impulsionar os preços

Demanda externa aquecida:

Em 2025, a China segue como protagonista na demanda pela carne bovina brasileira, consolidando-se como o principal destino das exportações do setor. O apetite do mercado chinês se mantém firme, impulsionado pela recuperação da economia local e pela necessidade de suprir um consumo interno crescente, ainda dependente das importações para atender à população de mais de 1,4 bilhão de pessoas.

Ao mesmo tempo, o Brasil amplia seu alcance internacional com a abertura de novos mercados, como o Vietnã, que vem se destacando como um comprador em ascensão na Ásia. Essa diversificação ajuda a reduzir a dependência da China e reforça a posição do país como um dos principais exportadores globais de proteína animal.

Lorenzo Junqueira, pecuarista e gestor do Agro Bacuri, destaca que o cenário das exportações segue como um fator-chave para o mercado da carne bovina brasileira. Segundo ele, a China, principal cliente do país, continua batendo recordes de importação, e a proximidade do Ano Novo Lunar tende a acelerar ainda mais os embarques.

Além disso, Junqueira ressalta que a abertura de novos mercados internacionais tem ampliado o horizonte para a carne brasileira, oferecendo oportunidades para sustentar a demanda externa mesmo diante de ajustes na oferta doméstica. “O cenário externo segue favorável e deve continuar influenciando positivamente os preços da arroba nos próximos meses”, avalia.

Oferta mais restrita:

Para Ronaty Makuko, analista da Pátria Agronegócios, o movimento de oferta no mercado do boi gordo deve ser influenciado principalmente pela menor disponibilidade de boi magro e pela redução no descarte de fêmeas. Esses dois fatores tendem a atuar como estímulos para uma possível valorização das cotações nos próximos meses.

No entanto, ele pondera que, no curto prazo, o cenário ainda é de estabilidade. “Até outubro, é difícil enxergar grandes movimentos, porque o mercado já está muito bem posicionado nos contratos a termo. Isso limita a possibilidade de ajustes mais expressivos, inclusive para setembro”, destacou.

A análise reforça que a virada de preços deve depender da combinação entre a menor oferta de animais e a resposta da demanda — tanto no mercado interno, com a aproximação do período de maior consumo, quanto no externo, sustentado pelo bom desempenho das exportações.

Segundo Junqueira, apesar dos confinamentos estarem bem abastecidos neste momento, é fundamental observar a reposição e a movimentação da demanda para entender o comportamento futuro dos preços.

De acordo com ele, o mercado registra recordes sucessivos nas exportações de carne bovina, ao mesmo tempo em que a reposição de boi magro nos confinamentos está abaixo de 1 — ou seja, saem mais animais do que entram. Esse fator sinaliza uma escassez de boi magro no mercado.

“Com esse contexto, novembro e dezembro tendem a ser meses de oferta enxuta de boi gordo, justamente no período em que a demanda se aquece, tanto no mercado interno, impulsionada pelo consumo de fim de ano, quanto nas exportações”, destacou Junqueira.

O analista de mercado Ronaty Makuko destacou que a diferença no ritmo de abates entre frigoríficos pequenos e grandes tem marcado o atual cenário da pecuária de corte. Enquanto as indústrias menores operam com escalas bastante curtas, de apenas três a quatro dias, os grandes frigoríficos seguem em situação mais confortável, com programações que variam entre 9 e até 15 dias em alguns estados.

Segundo Makuko, essa discrepância reflete o maior poder de compra e de negociação das grandes plantas, que conseguem assegurar a oferta de animais por mais tempo, em contraste com a pressão enfrentada pelos pequenos. Ele ressalta ainda que, em São Paulo, uma das principais regiões de referência da pecuária, o mercado segue aquecido, o que pode abrir espaço para flertes de valorização no preço da arroba já em dezembro.

O consultor da Aliá Investimentos, João Bosco Bittencourt Júnior  avalia que o mercado do boi gordo deve encerrar 2025 em níveis próximos aos registrados no início do ano. Para que a arroba alcance os R$ 350, ele projeta uma valorização em torno de 8,5% a 10,5% em relação aos preços atuais, que estão entre R$ 315,00 e R$ 320,00. Esse movimento, segundo ele, é compatível com o que historicamente ocorre em períodos de virada de ciclo pecuário.

Bosco reforça que a valorização é possível, mas depende de uma sustentação maior tanto do mercado interno quanto das exportações, que hoje já se mostram bastante aquecidas. “Para que esse boi de R$ 350,00 aconteça, precisamos que a demanda esteja firme dos dois lados”, afirma.

Quanto ao impacto do confinamento sobre os preços, o analista não acredita que a oferta de animais confinados seja um fator limitante para a arroba. Na sua visão, o ponto-chave está no consumo: “A demanda é quem pode limitar o preço. A oferta vai acontecer, mas se o consumo não crescer, o reflexo no valor da arroba será limitado”.

Assim, a expectativa é de que o segundo semestre traga valorização gradual, com boas chances de alcançar o patamar de R$ 350, desde que a demanda acompanhe o ritmo da oferta.

Para Rodrigo Costa, analista da Pine Agronegócios, os números recentes do IBGE chamaram atenção ao evidenciarem mais uma vez o elevado volume de abates no país. Contudo, uma avaliação mais detalhada dos dados mostra que esse movimento tem perdido força gradualmente, especialmente no caso das fêmeas.

Segundo ele, a expectativa de uma virada de ciclo tem levado parte do mercado a interpretar momentos de maior firmeza nos preços como sinal de mudança estrutural no ritmo de descarte. “Na prática, ainda estamos atravessando a saída da safra. Quem se guia apenas pela movimentação de preços pode se frustrar no curto prazo, já que ainda há oferta a ser colocada no mercado, principalmente dos animais do segundo e terceiro giro”, pontua Costa.

Sazonalidade interna:

Para Rodrigo Costa, analista da Pine Agronegócios, a ampla oferta atual não inviabiliza a valorização da arroba em 2025 — pelo contrário, é justamente esse cenário que reforça sua expectativa de preços mais firmes à frente. Segundo ele, o início de um ciclo de corte de juros deve aumentar o poder de compra da população, impulsionando o consumo no mercado interno.

A sazonalidade também deve atuar a favor da carne bovina: o pagamento do 13º salário, as festas de fim de ano e a manutenção de um ritmo firme nas exportações compõem fatores que tendem a sustentar a demanda e abrir espaço para uma recuperação mais consistente das cotações.

Competitividade internacional:

O câmbio segue sendo um dos pontos de maior atenção para o mercado pecuário brasileiro. Para Lorenzo Junqueira, pecuarista e gestor do Agro Bacuri, mesmo diante das oscilações recentes do dólar, a competitividade da carne bovina nacional continua elevada.

Segundo ele, o Brasil ainda conta com a arroba mais barata do mundo, o que garante vantagem no comércio internacional. “Por mais que o dólar esteja em patamares mais baixos, nossa competitividade sobra. A arroba brasileira continua sendo a mais barata”, destacou.

Junqueira acredita, no entanto, que o atual nível da moeda americana não deve se sustentar por muito tempo. Ele projeta uma retomada de alta no câmbio, influenciada pelo aumento dos gastos do governo e pelo risco fiscal. “Não imaginava que o dólar chegaria a esses níveis, mas vejo tendência de alta daqui para frente”, afirmou.

Na visão do pecuarista, mesmo que a moeda siga em patamares mais baixos no curto prazo, o Brasil ainda preserva ampla atratividade no mercado externo, sustentando o fluxo das exportações de carne bovina.

Fatores que podem limitar a alta

Câmbio:

O mercado do boi gordo deve enfrentar limitações na valorização até o final de 2025, aponta o analista Fernando Henrique Iglesias. Segundo ele, a recente movimentação cambial, com o dólar flertando com R$ 5,30, acaba pressionando as exportações brasileiras de commodities, impactando a competitividade da carne no mercado internacional.

“Isto tende a limitar o teto de alta do boi gordo entre R$ 330 e R$ 340 por arroba até o final do ano. O patamar de R$ 350 me parece menos provável”, afirma Iglesias.

Para Felipe Fabbri, analista da Scot Consultoria, o câmbio segue sendo um fator determinante para o mercado da carne bovina. Ele lembra que, entre outubro e dezembro do ano passado, a moeda americana chegou a R$ 6 e se manteve nesse patamar até o início de 2025, sustentando o ritmo das exportações e influenciando a competitividade da carne brasileira.

“Atualmente, o câmbio atingiu sua mínima dos últimos 12 a 15 meses, o que muda o contexto de competitividade em relação ao ano passado. Esse movimento precisa ser considerado na análise das tendências de preço e demanda para os próximos meses”, destaca Fabbri.

De acordo com a visão do Head de Agronegócios e Mercado de Capitais na A7 Capital, Raphael Galo, as possibilidades da arroba atingir novos patamares vem diminuindo muito nos últimos meses, principalmente atrelado ao fator câmbio. 

“Na minha visão se dólar continuar nesse patamar de R$ 5,30 a R$ 5,40 vai ser muito difícil isso acontecer esse ano. Há não ser que a oferta de animais se restrinja muito, principalmente de fêmeas”, informou.  

Confinamentos abastecidos: 

O analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias destaca que o setor pecuário vive uma temporada de confinamento recorde, com cerca de 500 mil cabeças a mais em relação ao ano passado. Esse volume extra de animais tem gerado impactos diretos no mercado do boi gordo.

Segundo Iglesias, a recuperação de preços em setembro deve ser bastante limitada, já que a entrada maciça de animais mantém as escalas de abate confortáveis para a indústria frigorífica. “A incidência de animais de parceria nesta primeira quinzena do mês reforça a pressão sobre o mercado”, explica.

O analista reforça que a superoferta continua sendo o principal limitador para reajustes mais consistentes da arroba no curto prazo.

Geraldo Isoldi, destaca que, após a primeira metade do ano, a indústria se abasteceu dos contratos a termo fechados anteriormente e também de seus próprios confinamentos, alongando as escalas e mantendo o mercado sob pressão. Além disso, a oferta para o segundo semestre tem se mostrado maior do que o esperado meses atrás, impulsionada não apenas por preços atrativos no primeiro semestre e pela baixa do milho, mas também por um ciclo pecuário que parece não ter fim.

Apesar desse cenário, Isoldi aponta que a atual demanda externa, combinada com o consumo doméstico, mesmo que moderado, consegue sustentar os preços acima dos níveis atuais. Na última sexta-feira, 12, o indicador DATAGRO registrou R$ 310,90.

O consultor ressalta que, enquanto a indústria continuar abastecida, seja por contratos ou confinamentos próprios, o mercado seguirá pressionado. No entanto, ele vê um ponto positivo: quanto mais tempo essa situação se prolongar, maior será a necessidade e o apetite da indústria quando retomarem as compras em maior volume.

Concorrência das proteínas:

O mercado de proteínas no Brasil segue marcado pela competitividade entre as carnes, e em 2025 o frango tem se destacado em relação à carne bovina. De acordo com Felipe Fabbri, analista da Scot Consultoria, nos últimos três meses a carne de frango tem se mostrado mais competitiva e a tendência é que esse cenário se mantenha até o final do ano.

No mercado interno, a expectativa é de incremento na demanda, impulsionado por uma melhora do poder de compra da população e por uma procura maior por proteínas de menor custo. No entanto, Fabbri lembra que o cenário de 2024 teve um diferencial importante: a eleição municipal, que trouxe uma injeção adicional de recursos na economia, o que reforçou o consumo no período de fim de ano.

Para este ano, o contexto é diferente. Os preços das carnes concorrentes, especialmente do frango, estão mais estáveis no atacado em comparação ao ano anterior, o que tende a reforçar a atratividade dessa proteína frente à carne bovina nas próximas semanas.

Margens da indústria:

As margens da indústria frigorífica seguem pressionadas em 2025. Segundo Fabbri, o cenário atual aponta para uma margem operacional em torno de 3% a 4%, considerando a arroba do boi gordo negociada a R$ 330,00 nos vencimentos de outubro e novembro e os preços da carne sem osso no atacado estáveis.

O analista destaca que, diferentemente do ano passado, a indústria não encontra tanto espaço para repassar altas no mercado interno. Em 2024, mesmo com a arroba a R$ 350, as margens foram sustentadas pela valorização do dólar em torno de R$ 6, pelo bom desempenho das exportações e pela aceitação do setor em reduzir ganhos no mercado doméstico para garantir maior volume.

Neste ano, no entanto, a conjuntura é distinta. Com o câmbio mais baixo e espaço limitado para reajustes na carne sem osso, a rentabilidade da indústria tende a ser mais restrita. “A margem de 3% a 4% já seria atingida com a arroba a R$ 330 nos preços atuais do atacado em São Paulo. Por isso, enxergamos dificuldade para que o mercado consiga sustentar a arroba a R$ 350,00 até o fim do ano”, avalia Fabbri.

Próximos meses 

A cotação de R$ 350,00 por arroba continua sendo uma incógnita no mercado da pecuária. O setor enfrenta um equilíbrio delicado, com fatores que indicam alta e outros que limitam o crescimento. O valor final só será definido nos próximos meses, e pecuaristas e analistas permanecem atentos na relação entre demanda e oferta para saber se a marca será, de fato, atingida.

Lorenzo Junqueira destaca que a mensagem é clara: é preciso “cadenciar as vendas” para aproveitar ao máximo a valorização esperada nos próximos meses. A perspectiva é de que o mercado continue em alta, e que os pecuaristas fiquem atentos a essa mudança de cenário.





Source link

AgroNewsPolítica & AgroSafra

Parlamentares dos EUA apresentarão projeto de lei bipartidário para eliminar…


Logotipo Reuters

19 de setembro (Reuters) – Os representantes dos EUA Don Bacon e Ro Khanna apresentarão uma legislação bipartidária que isentará produtos de café de quaisquer tarifas, disseram porta-vozes dos legisladores à Reuters na sexta-feira.

O Brasil costumava fornecer um terço de todo o café usado nos EUA, mas os embarques diminuíram desde que uma tarifa de 50% foi imposta às importações brasileiras no final de julho.

“Famílias em toda a América estão sentindo o custo dos preços mais altos do café, que já subiram 21%, e tarifar um produto que não podemos cultivar em larga escala comercial só piora a situação”, disse o legislador republicano Bacon.

Os preços do café torrado nos supermercados dos EUA subiram 20,9% em agosto em relação ao ano anterior, de acordo com dados do Bureau of Labor Statistics.

“Estou ansioso para trabalhar com o deputado Khanna para apresentar este projeto de lei bipartidário e acredito que ele pode ajudar a desencadear um debate mais amplo sobre o Congresso retomar seu papel constitucional na política tarifária”, acrescentou Bacon, uma das poucas vozes republicanas no Congresso que assumiu posições independentes do presidente Donald Trump.

Preços do café arábica, a variedade suave mais usada por redes de café como a Starbucks, abre uma nova abae Dunkin Donuts, subiram cerca de 50% na Intercontinental Exchange em Nova York desde que o governo Trump impôs sua tarifa sobre as importações brasileiras, incluindo café verde.

“Se você toma café todas as manhãs, como não fica bravo com isso?”, disse Khanna, que é democrata, à Reuters, referindo-se ao aumento de preço.

O projeto de lei busca isentar o café de quaisquer tarifas impostas após 19 de janeiro de 2025, incluindo café torrado e descafeinado, bem como cascas de café, películas e substitutos de café que contenham café em qualquer proporção. Um porta-voz de Khanna disse à Reuters que a legislação seria apresentada na sexta-feira. O Washington Post foi o primeiro a noticiar a introdução do projeto de lei.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio





Source link

AgroNewsPolítica & AgroSafra

CNA discute regulamentação da lei de bioinsumos


Grupo de Trabalho da Confederação se reuniu na quinta (18)

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) promoveu, na quinta (18), a reunião do Grupo de Trabalho sobre a regulamentação da Lei de Bioinsumos (nº 15.070/2024) para discutir as contribuições sobre o tema com as federações de agricultura e pecuária estaduais.

Os principais pontos discutidos foram a definição dos casos em que será necessário o acompanhamento de um responsável técnico na produção e como será o cadastro das unidades de multiplicação de bioinsumos para uso próprio, garantindo que seja um processo simplificado para o produtor rural.

Em relação à exigência de responsável técnico, a CNA defende que agrônomos, biólogos, biotecnologistas e engenheiros de bioprocessos, entre outros, possam atuar, desde que habilitados em seus conselhos de classe.

No caso do cadastro de unidades de produção para uso próprio, a entidade propôs que a exigência seja simplificada. Para processos biológicos básicos, como compostagem e silagem, a CNA defende isenção de cadastro.

A assessora técnica Letícia Fonseca afirmou que as considerações do GT vão compor o posicionamento da Confederação que será encaminhado ao Ministério da Agricultura.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio





Source link

AgroNewsPolítica & AgroSafra

STOXX 600 fica estável na semana após decisões de bancos centrais importantes


Logotipo Reuters

Por Johann M Cherian e Tristan Veyet

(Reuters) – O índice pan-europeu STOXX 600 fechou praticamente estável nesta sexta-feira, encerrando uma semana agitada com uma nota positiva, com um humor de mercado que foi amplamente moldado por decisões cruciais de bancos centrais, incluindo o corte amplamente esperado da taxa de juros do Federal Reserve.

O índice pan-europeu STOXX 600 registrou variação negativa de 0,04%, a 554,81 pontos, enquanto permaneceu praticamente estável durante a semana.

O setor de bancos europeus liderou os ganhos do dia, com alta de 1,26%, conforme se recuperou de uma queda nesta semana.

O setor de defesa subiu 0,8%, pairando sobre recordes.

No entanto, os ganhos gerais foram ofuscados pelo setor de mídia, que caiu 2,4%, atingindo o menor nível em mais de duas semanas, prejudicado pelo grupo de publicidade WPP, que fechou em seu patamar mais baixo desde março de 2009.

O setor de energia também pesou, com baixa de 0,8%, pois acompanhou a queda nos preços do petróleo devido a preocupações com o grande volume de oferta.

Mesmo com o Fed cortando os juros em 25 pontos-base pela primeira vez desde dezembro, sua perspectiva de política monetária permaneceu menos “dovish” do que o esperado, apontando para um ritmo moderado de cortes futuros e uma falta de urgência para lançar um ciclo de afrouxamento completo.

Mas o movimento foi suficiente para impulsionar ativos mais arriscados, destacados por uma alta do setor de tecnologia, que se tornou o de melhor desempenho da semana, com alta de 4,9%.

Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,12%, a 9.216,67 pontos.

Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,15%, a 23.639,41 pontos.

Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,01%, a 7.853,59 pontos.

Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,01%, a 42.312,28 pontos.

Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,56%, a 15.260,70 pontos.

Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,29%, a 7.704,09 pontos.





Source link

AgroNewsPolítica & AgroSafra

Comercialização do milho avança devagar e especialistas apontam desafios…


Logotipo Notícias Agrícolas

A comercialização do milho segue em ritmo mais lento neste ano, com analistas apontando que o produtor brasileiro ainda segura boa parte da safra aguardando por melhores preços. Ao mesmo tempo, o mercado enfrenta pressões do câmbio, da oferta e da demanda, que trazem riscos, mas também algumas oportunidades. 

O analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, destaca que a segunda safra de 2025 tem alta produção, mas as vendas estão atrasadas. “A ideia é que a safrinha tenha recolhido 112 milhões de toneladas. Nesse momento nós acreditamos que tem 63 milhões de toneladas negociadas, o que dá mais ou menos 56%. Está atrasado, a média nesse momento de safrinha seria estar negociado pelo produtor pelo menos 60%.” 

Brandalizze acrescenta que ainda restam volumes da safra de verão 2024/25 a serem negociados, o que mantém grande quantidade de milho disponível nas mãos dos produtores. “Ainda tem cerca de 10 milhões de toneladas para serem negociadas. Então, nessa conta, teriam ainda, mais ou menos,  59 milhões de toneladas livres na mão do produtor entre safra e safrinha.” 

Para Roberto Carlos Rafael, da Germinar Corretora, o ritmo de comercialização também é lento em algumas regiões, apesar de Mato Grosso avançar mais nas negociações. “A safrinha já tem algo ao redor de 50% comercializado. Da safrinha de 2026 alguma coisa ao redor de 5 a 6%. Só para você ter uma ideia no Mato Grosso o IMEA fala em 68% comercializado e a safrinha de 2026 eles falam em 15%.” 

Ele destaca ainda a participação das indústrias de etanol no mercado, que compram antecipadamente para garantir o abastecimento antes da chegada da nova safrinha. “Lembrando que esses números agora além da questão de importação nós estamos falando também de negócios realizados pelas empresas de etanol que eles têm o costume de fazer as compras antecipadas. Então eles ficam comprando ao longo desse ano para depois consumir esse milho ali entre fevereiro a maio até a chegada da nova safrinha.” 

Rafael ressalta que os preços seguem pressionados e que só haveria espaço para recuperação em caso de valorização cambial. “Acredito que vamos passar com muito milho aqui no Brasil e isso vai ser uma pressão para segurar os preços. Porém se tiver alguma coisa de alta no câmbio é onde poderíamos ter melhor preço.” Ele também avalia que “a melhor oportunidade do ano já passou” e que o mercado segue lateralizado neste momento. 

A análise é compartilhada por Gilberto Leal, que também chama atenção para os impactos do câmbio na formação das cotações. “O dólar a R$ 5,29 nos como exportadores acaba de certa forma nos prejudicando. O milho aqui nós estamos em uma realidade diferente, né, Carlinha? O eixo da 163 hoje mudou a formação de preço, mudou totalmente o preço do milho, o price, né?” 

Segundo ele, os preços atuais mostram um cenário distinto de 2024, quando o cereal alcançou valores elevados. “Hoje o milho para entrega em dezembro, com pagamento em janeiro, está em torno de R$ 50,00 a R$ 51,00, valores bem abaixo da mesma janela do ano passado. Isso já indica um balanço diferente do milho no Brasil, principalmente no Mato Grosso.” 

Leal avalia que a entrada da nova safra mais cedo pode pressionar ainda mais as cotações no início de 2026. “Com a entrada mais cedo da colheita, teremos uma oferta maior em janeiro. A lei da oferta e demanda não tem conversa: preços tendem a ceder, e a indústria sabe disso.” 

Para o analista, além da abundância de milho no mercado interno, a exportação também encontra dificuldades diante do câmbio atual. “Com dólar a 5,29, o nosso milho que precisa sair um pouquinho para exportação tem dificuldade. Acaba encarecendo ainda mais em termos de matriz de competitividade. O nosso milho segue bem travado na exportação também.” 





Source link

AgroNewsPolítica & AgroSafra

Comissão de Agricultura debate desafios do setor vitivinícola


Vitivinicultura engloba todo o processo de cultivo da uva e a produção de vinho

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados realizará audiência pública na próxima terça-feira (23) para discutir os desafios e as oportunidades do setor vitivinícola no Brasil.

O debate será realizado às 14h30, em plenário a ser definido.

A audiência foi solicitada pelos deputados Rafael Simoes (União-MG) e Afonso Hamm (PP-RS). Segundo os parlamentares, a vitivinicultura é uma das cadeias mais tradicionais do agronegócio nacional, com forte presença na agricultura familiar e papel relevante na geração de emprego, renda e desenvolvimento regional, especialmente na região Sul do país.

Eles apontam algumas dificuldades do setor:

  • falta de políticas específicas;
  • acesso limitado a mercados;
  • exigências regulatórias desproporcionais;
  • alta carga tributária; e
  • ausência de incentivos à comercialização.

Por outro lado, eles destacam que há oportunidades a serem exploradas, como a valorização do produto nacional e a construção de uma política pública integrada de apoio à vitivinicultura.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio

Fonte:

Agência Câmara de Notícias





Source link

AgroNewsPolítica & AgroSafra

Silvicultura se consolida como importante pilar do agronegócio paulista, com…


Segundo o relatório Panorama da Indústria Florestal Paulista, o estado tem 1,29 milhão de hectares com um Valor Bruto da Produção de R$ 4,45 bilhões

A silvicultura, impulsionada principalmente pelas culturas de eucalipto e pinus, se firmou como uma das grandes forças do agronegócio paulista e brasileiro. A produção desses gêneros registrou um crescimento de 31,7% entre 2022 e 2023, evidenciando a relevância do segmento para a economia. Os dados fazem parte do relatório produzido pela Indústria Florestal Paulista (Florestar), e divulgado em setembro de 2025, que traz uma análise completa dos valores econômicos, sociais e ambientais do setor. “Esses resultados reforçam a vocação da área no fornecimento de matéria-prima para a indústria de alta escala. Um exemplo é a produção de resina de pinus. São Paulo é hoje o maior produtor de resina do Brasil, respondendo por 59% do Valor Bruto da Produção (VBP) e da quantidade nacional”, destaca Fernanda Abilio, diretora da Florestar. 

A pesquisa mostra que a cadeia produtiva baseada em eucalipto e pinus alia crescimento econômico, conservação ambiental e qualidade de vida. Atualmente, mais de cinco mil bioprodutos são gerados a partir das florestas plantadas. A celulose, por exemplo, tem aplicações diversas, começando pela fabricação de papel e embalagens; passando pela indústria alimentícia, como estabilizante e substituto de gordura, produção de tripas artificiais para embutidos; e na chamada celulose fluff, base de absorventes femininos e fraldas descartáveis. O pinus, por sua vez, é fonte de madeira para produtos serrados, móveis, construção civil, resinas aplicadas em vernizes, tintas, adesivos, colas e vedantes, entre outros. 

Mais de 12% da área nacional 

O levantamento da Indústria Florestal Paulista (Florestar) aponta que São Paulo é um dos principais estados brasileiros com florestas plantadas, somando 1,29 milhão de hectares, o equivalente a 12,6% da área nacional. O eucalipto predomina com 1 milhão de hectares, seguido por 154 mil hectares de pinus, 124 mil hectares de seringueira e sete mil de outros gêneros. Nos últimos quatro anos, a área cultivada cresceu mais de 68 mil hectares (6%), principalmente em áreas com algum grau de degradação reestabelecendo a produtividade ao solo, sendo 85% em novos plantios de eucalipto. “Essa base industrial é sustentada por uma extensa rede de serviços especializados, como empresas de silvicultura, colheita, transporte de madeira, fornecimento de insumos e suporte técnico”, explica Fernanda. 

As florestas plantadas estão presentes em 76% dos municípios paulistas, com grande concentração em regiões como Avaré, Bauru, Botucatu, Capão Bonito, Itapetininga e Itapeva, que respondem por 46% do total plantado no estado. Além das condições naturais favoráveis, São Paulo se destaca por sua infraestrutura logística, com malhas rodoviária, ferroviária, hidroviária e acesso ao Porto de Santos. “Esse conjunto facilita o escoamento da produção e amplia a competitividade do setor no mercado nacional e internacional”, acrescenta a diretora da Florestar. 

Com movimentação de R$ 4,45 bilhões em Valor Bruto da Produção (14,1% do total brasileiro), o setor florestal paulista é o que mais emprega no país, com mais de 877 mil vagas diretas e indiretas. No comércio exterior, São Paulo também mantém protagonismo: em 2024, foram US$ 3,29 bilhões em exportações. 19,5% do total nacional do setor florestal, um crescimento de 15,9% em relação ao ano anterior. Ao todo, 5,62 milhões de toneladas de produtos florestais foram exportados, com destaque para celulose (52,4%), papel (35,8%) e resina (5,1%). Os principais destinos foram China (33,7%), Estados Unidos (9,8%), Países Baixos (5,3%), Itália (4,7%) e Peru (4,6%). 





Source link

AgroNewsPolítica & AgroSafra

Açúcar fecha semana em queda apesar de recuperação nesta 6ª feira


Logotipo Notícias Agrícolas

Os preços do açúcar encerraram a semana em baixa nas bolsas de Nova Iorque e Londres, acumulando perdas expressivas após uma série de quedas consecutivas. Apesar da recuperação observada nesta sexta-feira (19), o movimento não foi suficiente para reverter o recuo semanal, que superou 2% nos contratos mais negociados em NY e 1% em Londres.

Em Nova Iorque, o outubro/25 avançou 0,08 cent (+0,52%), cotado a 15,46 cents/lbp. O março/26 subiu 0,04 cent (+0,25%), negociado a 16,14 cents/lbp. O maio/26 teve ganho de 0,01 cent (+0,06%), a 15,72 cents/lbp, enquanto o julho/26 recuou 0,02 cent (-0,13%), encerrando a 15,58 cents/lbp.

Em Londres, o dezembro/25 registrou alta de US$ 1,10 (+0,24%), a US$ 455,70 por tonelada. O março/26 subiu US$ 2,80 (+0,63%), cotado a US$ 448,90 por tonelada. O maio/26 também ganhou US$ 2,80 (+0,63%), encerrando a US$ 448,70 por tonelada, enquanto o agosto/26 teve valorização de US$ 2,70 (+0,61%), a US$ 448,50 por tonelada.

Na comparação semanal, os preços ficaram em território negativo. Em Nova Iorque, o outubro/25, que havia fechado a 15,79 cents/lbp na sexta-feira anterior (12), acumulou perda de 2,09%. O março/26 caiu 2,30% frente aos 16,52 cents/lbp da semana passada. O maio/26 recuou 2,54% em relação aos 16,13 cents/lbp, e o julho/26 encerrou com queda de 2,38% frente aos 15,96 cents/lbp anteriores.

Em Londres, o dezembro/25 caiu 1,45% frente aos US$ 462,40 por tonelada registrados na semana anterior. O março/26 perdeu 1,36% em comparação com os US$ 455,10 por tonelada. O maio/26 recuou 1,21% em relação aos US$ 454,20 por tonelada do fechamento passado.

As quedas da semana foram intensificadas após a divulgação do relatório da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), relativo à segunda quinzena de agosto no Centro-Sul do Brasil, que mostrou aumento na produção de açúcar frente ao mesmo período do ano passado. Além disso, o mercado segue pressionado pelas expectativas de incremento das exportações da Índia, o segundo maior produtor global do adoçante.





Source link

AgroNewsPolítica & AgroSafra

Imea registra primeiros números do plantio de soja em Mato Grosso


Logotipo Reuters

SÃO PAULO (Reuters) – O plantio de soja em Mato Grosso, principal produtor brasileiro, teve os primeiros números registrados esta semana, de acordo com levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Até esta sexta-feira, o plantio da safra 2025/26 havia atingido 0,55% da área estimada, versus 0,27% no mesmo período do ano passado para o ciclo 2024/25, segundo o instituto ligado aos produtores.

Neste início, o plantio de soja no Estado está acima da média histórica para o período, de 0,48% da área, segundo o Imea.

A expectativa é que os trabalhos de plantio se desenvolvam nas próximas semanas com as chuvas ficando mais abrangentes. Para a próxima semana, há precipitações volumosas, acima da média, segundo os dados meteorológicos.

(Por Roberto Samora)

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio





Source link

AgroNewsPolítica & AgroSafra

Soja fecha com mais de 1% de queda em Chicago pressionada pela falta de…


Logotipo Notícias Agrícolas

A ligação entre Donald Trump e Xi Jinping aconteceu nesta sexta-feira (19) e, mais uma vez, as conversas não trouxeram qualquer novidade efetiva nas relações entre os dois países. E assim, o pouco que a soja subiu nos últimos dias na Bolsa de Chicago apoiada na esperança de que o cenário sino-americano fosse fortalecido no âmbito do agronegócio, devolveu na sessão desta sexta-feira (19) e terminou o dia com baixas de dois dígitos na Bolsa de Chicago. 

“A ausência de sinais mais claros de um acordo pressiona os preços da soja e provoca a reversão do movimento positivo observado pela manhã nas bolsas americanas, que passaram a operar em baixa”, afirmou a equipe da Agrinvest Commodities. 

Assim, o pregão terminou com os principais vencimentos da soja recuando entre 10,50 e 11,25 pontos, com o novembro voltando aos US$ 10,26; o janeiro a US$ 10,45 e o maio a US$ 10,74 por bushel. Foram perdas de mais de 1% que o mercado foi intensificando ao longo do dia. 

“Fizemos progressos em muitas questões muito importantes, incluindo comércio, fentanil, a necessidade de encerrar a guerra entre a Rússia e a Ucrânia e a aprovação do acordo do TikTok”, escreveu Trump nas mídias sociais. “A ligação foi muito boa, voltaremos a nos falar por telefone, agradecemos a aprovação do TikTok e ambos esperamos nos encontrar na Apec!”, complementou. 

A agência de notícias estatal da China Xinhua informou que “sobre o TikTok, Xi disse que a posição da China é clara: o governo chinês respeita a vontade das empresas e dá as boas-vindas às empresas para que conduzam negociações comerciais com base nas regras de mercado para chegar a uma solução consistente com as leis e regulamentações chinesas, ao mesmo tempo em que equilibra os interesses”.

E assim, o agronegócio segue às margens da discussão entre as duas maiores economias do mundo, com não só o mercado sentindo a pressão em Chicago, como os produtores rurais norte-americanos vivendo uma calamidade financeira diante da ausência das compras de soja americana pela nação asiática. 

O mercado segue confinado em um intervalo já conhecido de preços diante de notícias que já conhece. No radar estão a conclusão da safra dos EUA, o início da safra do Brasil, a demanda da China e o mandato dos combustíveis norte-americanos, o que deixou o óleo de soja também bastante volátil na CBOT nos últimos dias. Nesta sexta, o derivado terminou o dia com mais de 1% de baixa, contribuindo para as baixas do grão. 

MERCADO BRASILEIRO

No Brasil, os produtores estão dividindo suas atenções entre os trabalhos de campo e de comercialização. A soja disponível segue com volume recorde de exportação, mais de 124 milhões de toneladas já negociadas, enquanto na safra 2025/26 os negócios ainda estão atrasados. 

“A grande questão é que a safra nova está lenta (nas vendas). Temos perto de 19% negociado da safra nacional e o normal seria mais de 27% para esta época, em estados como o Mato Grosso, o normal seria mais de 25% para esta época, e está tudo atrasado. E isso é importante o produtor se posicionar para o produtor não correr o risco e chegar na colheita e ter que vender em cima da colheitadeira, em cima da máquina, e pegar um mercado muito ofertado. E isso não é nada favorável para o produtor”, explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.





Source link