quarta-feira, outubro 29, 2025

Política & Agro

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Portos RS apresenta propostas para o futuro do porto da capital do Estado


Na quarta-feira (22/10), Porto Alegre recebeu o evento Porto em Movimento, promovido pela Portos RS, com o objetivo de apresentar e debater as ações de manutenção da hidrovia e os projetos de desenvolvimento para o porto da capital do Estado. O evento contou com a presença de representantes da Portos RS, como o presidente Cristiano Klinger, o diretor de Relações Institucionais, Sandro Oliveira, o diretor de Operações, Bruno Almeida, e o gerente de Estratégia Operacional, Matheus Evangelho. Também foram ao encontro operadores e portuários que acompanharam a apresentação das propostas.

Klinger realizou a abertura do encontro, destacando o impacto das futuras obras e ações no porto, bem como o compromisso da Portos RS com o desenvolvimento sustentável. Ele também enfatizou a necessidade de adaptação às novas demandas do mercado e aos desafios das questões climáticas.

O presidente ressaltou a importância do projeto em andamento para o fortalecimento da infraestrutura e a promoção de novas movimentações no porto. Segundo Klinger, a meta é não apenas melhorar a movimentação das cargas já existentes, mas também atrair novas cargas, aproveitando ao máximo o potencial da hidrovia. 

Expansão e investimentos planejados para o porto 

“A execução dessas obras é essencial para garantir a continuidade e a expansão do porto. Não estamos falando de uma obra qualquer, mas de uma estratégia voltada para o desenvolvimento do complexo portuário, com foco na construção de uma operação mais eficiente e sustentável. Com isso, buscamos não só a modernização operacional, mas também uma maior integração e competitividade do porto da capital do Rio Grande do Sul no cenário internacional”, afirmou Klinger.

O evento contou com a apresentação de Evangelho sobre os investimentos planejados para o porto, que incluem ações de modernização e aprimoramento da eficiência operacional. Em seguida, foi apresentado o estudo elaborado pela empresa EC Projetos, contratada pela Portos RS para desenvolver análises de viabilidade técnica, econômica e ambiental. O estudo, ainda em andamento, apresenta cenários para a modernização do porto, com foco em tornar a operação mais eficiente, competitiva e adaptada aos desafios ambientais atuais e futuros.

O encontro também foi uma oportunidade para um diálogo aberto e construtivo, no qual os participantes puderam debater os cenários propostos, sugerir ajustes e alinhar expectativas, reforçando o compromisso com um futuro sustentável para o porto.

A Portos RS continua focada na melhoria da infraestrutura portuária, buscando soluções inovadoras e eficientes para garantir que o Porto de Porto Alegre se destaque cada vez mais como um dos principais centros de movimentação de cargas do Brasil.

 





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Trigo, soja e milho operam com leves ajustes nos mercados globais



No mercado de soja, os preços registram ajustes positivos


No mercado de soja, os preços registram ajustes positivos
No mercado de soja, os preços registram ajustes positivos – Foto: USDA

O trigo segue em leve alta nos mercados internacionais, impulsionado pela proteção de investidores frente à crescente competitividade dos grãos americanos, embora a valorização do dólar e a abundante oferta global limitem novas altas. Segundo a TF Agroeconômica, a colheita no Hemisfério Sul já começou, e fontes privadas apontam que a Argélia adquiriu 600 mil toneladas no último leilão, superando expectativas, com fornecimento vindo principalmente da Romênia, Bulgária e Ucrânia.

No mercado de soja, os preços registram ajustes positivos em Chicago, com destaque para o retorno da China às compras da América do Sul. A TF Agroeconômica indica que compradores chineses adquiriram soja brasileira e argentina para os próximos meses, reativando expectativas sobre um possível acordo comercial. Enquanto isso, condições climáticas secas no Brasil central e chuvas abundantes na Argentina impactam o andamento da colheita, e a ABIOVE elevou a estimativa de produção nacional para 178,5 milhões de toneladas.

O milho também opera em leve alta, sustentado pela escassez de vendas dos agricultores e pela forte valorização do petróleo. Conforme a TF Agroeconômica, o clima predominantemente seco no Centro-Oeste e a expectativa de uma colheita recorde limitam ganhos expressivos, apesar da demanda firme por ração. Os preços no Brasil acompanham as oscilações do mercado internacional, com leve variação diária nos valores da B3 e do CEPEA.

Em resumo, a combinação de fatores climáticos, negociações internacionais e comportamento dos produtores mantém os mercados agrícolas em ajustes moderados, enquanto operadores observam indicadores de oferta e demanda em constante evolução.

 





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IA revoluciona a indústria do trigo no Brasil



O mercado de panificação no Brasil é o maior do mundo em número de padarias


O mercado de panificação no Brasil é o maior do mundo em número de padarias independentes
O mercado de panificação no Brasil é o maior do mundo em número de padarias independentes – Foto: Agrolink

O uso de inteligência artificial (IA) e automação tem transformado a indústria do trigo no Brasil, destacou a TF Agroeconômica durante o 32º Congresso Internacional da Indústria do trigo, promovido pela Abitrigo no Rio de Janeiro. No painel “Do dado ao valor: IA e automação inovando a indústria do trigo”, especialistas discutiram como dados e tecnologia aumentam eficiência, reduzem perdas e permitem compreender melhor o comportamento do consumidor.

Edson Palorca mostrou aplicações práticas da IA na indústria 4.0, como sistemas automatizados de carregamento, ensacadeiras precisas e sensores de selagem, que trazem ganhos concretos para as plantas fabris. “Hoje já vemos sistemas de carregamento a granel automatizados, aplicação precisa de sacos em ensacadeiras e o uso de sensores para garantir a selagem correta das embalagens. Tudo isso representa ganhos concretos para a indústria”, destacou o o gerente de vendas da Haver & Boecker Latinoamericana.

Érica Briones alertou que a tecnologia vai além do modismo, podendo otimizar vendas, logística e precificação, ampliando a competitividade do setor. “A inteligência artificial é hype, bolha e realidade ao mesmo tempo. Mas, acima de tudo, é uma ferramenta poderosa para ampliar a inteligência humana e criar diferenciais de mercado. A transformação começa nos dados que já temos e nos processos que já estão prontos para evoluir”, explicou a product and strategy advisor na Inovação Ninja.

O mercado de panificação no Brasil é o maior do mundo em número de padarias independentes, com mais de 70 mil estabelecimentos e faturamento anual de USD 5,12 bilhões. Preços de trigo acompanham cotações internacionais e o país reúne condições de autossuficiência, representando oportunidade estratégica para segurança alimentar e descarbonização.

 





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Rastreabilidade garante origem e qualidade dos alimentos


 A rastreabilidade de alimentos ganhou papel estratégico no agronegócio brasileiro e, segundo Fernando Andrei Baccarin, presidente da Abrarastro, representa “um pacto de transparência entre todos os elos da cadeia produtiva”. Em uso crescente nos últimos anos, a ferramenta integra tecnologia, gestão e sustentabilidade para garantir origem, qualidade e segurança dos alimentos.

Como funciona

De acordo com Baccarin, “a rastreabilidade foi desenvolvida para transformar o conceito em uma estrutura de gestão integrada”. O sistema vai além de um simples “registro documental”: conecta campo, indústria, distribuição e varejo em um único ecossistema digital, garantindo transparência, segurança e confiabilidade dos dados ao longo de toda a cadeia produtiva.

A plataforma é composta por três camadas principais:

Coleta de dados na origem — o produtor ou cooperativa insere informações sobre plantio, insumos, colheita e transporte por meio de aplicativo ou painel web.

Processamento e validação — os dados passam por filtros automáticos de consistência e são cruzados com bases oficiais (como notas fiscais eletrônicas, lotes e datas).

Consulta e rastreamento — no ponto de venda ou no mercado externo, o consumidor final pode ler o QR Code e visualizar a linha do tempo completa do produto, “desde a propriedade até a gôndola”. Fiscais também podem acessar as informações para análises químicas ou auditorias.

A tecnologia utiliza banco de dados criptografado e operações via blockchain, o que garante que cada registro seja “imutável e auditável”. Também incorpora IoT (Internet das Coisas), com sensores de temperatura e umidade, além de dashboards interativos com gráficos e indicadores de gestão.

Para o produtor, a ferramenta funciona como um “caderno de campo digital inteligente”, acessível por aplicativo, painel web ou até mesmo via WhatsApp. Baccarin lembra que a exigência normativa conjunta do Ministério da Agricultura e da Anvisa, de 2 de fevereiro de 2018, requer o arquivamento das informações por 18 a 24 meses.

Para distribuidores e varejistas, o sistema assegura controle de qualidade e pode ser utilizado como ferramenta de marketing, destacando a origem segura, as boas práticas e a sustentabilidade. “A segurança alimentar e a sustentabilidade acabam caminhando juntas”, afirma o presidente da Abrarastro.

Benefícios da rastreabilidade 

Transparência ampliada — o uso de QR Codes permite transmitir mais informações sem sobrecarregar rótulos e embalagens.

Competitividade — “os dados coletados alimentam indicadores de desempenho; ajudam a reduzir perdas, otimizar o tempo de colheita e validade, melhorando margens e diminuindo riscos”.

Sustentabilidade — integração com módulos de inventário de emissões, códigos GRI e ODS, úteis a empresas que atuam com mercado de carbono ou selos de neutralidade.

Veracidade e governança — a plataforma é totalmente auditável, com trilhas de verificação que impedem alterações posteriores. “Cada informação inserida representa um compromisso com a verdade; qualquer dado incorreto compromete toda a credibilidade do sistema”, ressalta.

O setor agroalimentar já reconhece que a rastreabilidade deixou de ser uma mera obrigação regulatória para se tornar parte essencial da gestão moderna. Conforme Baccarin, “o agronegócio precisa responder com dados reais sobre a origem, os processos produtivos e os impactos ambientais. Essa transparência constrói credibilidade, agrega valor e permite ao produtor conhecer com precisão seus indicadores de eficiência. É uma ferramenta de gestão estratégica, e não apenas de conformidade legal”.

As exigências dos mercados internacionais e das grandes redes varejistas reforçam essa tendência. Para participar de cadeias sustentáveis e economicamente mais atrativas, é preciso comprovar origem e conformidade ambiental, social e trabalhista. “A rastreabilidade documenta essas informações e demonstra o comprometimento com os critérios ESG e com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”, observa o presidente da Abrarastro.

Apesar dos avanços, Baccarin aponta desafios: “Há uma combinação de fatores — o custo inicial, a falta de cultura digital e a ausência de fiscalização uniforme no país. Parte dos produtores ainda associa a rastreabilidade à burocracia, quando, na verdade, ela representa segurança jurídica e comercial, padroniza o produto e melhora a qualidade”.

Impactos 

Com a linha do tempo completa de cada alimento — “do campo ao consumidor” —, é possível identificar rapidamente desvios de qualidade, uso inadequado de insumos e falhas de armazenamento ou transporte. Baccarin resume: “Esse é o coração da segurança alimentar moderna. Cada lote tem identidade própria e pode ser rastreado com precisão”.

Para o produtor que domina seus dados, a ferramenta proporciona controle, eficiência e competitividade. “As informações coletadas em cada etapa da produção ajudam a planejar safras, reduzir perdas e otimizar o uso de insumos. Quem domina os dados consegue negociar melhor, acessar mercados diferenciados e valorizar o produto”, explica.

E conclui: “A rastreabilidade é mais do que um software — é um pacto de transparência entre todos os elos da cadeia produtiva. A tecnologia garante a integridade das informações, mas o comportamento humano é o que assegura sua veracidade e legitimidade”.





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Mixes de plantas: a revolução sustentável



Os mixes também promovem cobertura vegetal eficiente e adubação verde


Os mixes também promovem cobertura vegetal eficiente e adubação verde
Os mixes também promovem cobertura vegetal eficiente e adubação verde – Foto: Joaquim Bezerra

O uso de mixes de plantas, combinações planejadas de diferentes espécies, vem se consolidando como uma ferramenta essencial para solos mais férteis, produtivos e sustentáveis, com aplicações tanto na agricultura quanto na pecuária. A prática auxilia na recuperação de áreas degradadas, na cobertura vegetal e na produção de forragem de alta qualidade, fortalecendo a sustentabilidade dos sistemas agropecuários.

Entre os principais benefícios está a conservação do solo. Combinar espécies favorece a descompactação das camadas subsuperficiais, aumenta a matéria orgânica e melhora a infiltração e retenção de água. Na produção de forragem, a associação de gramíneas de rápido crescimento com leguminosas de alto valor proteico resulta em pastagens mais nutritivas, digestíveis e produtivas, reduzindo a necessidade de adubação nitrogenada e aumentando a longevidade das áreas cultivadas.

Os mixes também promovem cobertura vegetal eficiente e adubação verde, protegendo o solo contra erosão, controlando plantas daninhas e equilibrando a microbiota. Eles contribuem para o sequestro de carbono e para a manutenção da umidade e da temperatura do solo, reforçando práticas de baixa emissão de carbono e aumentando a resiliência e sustentabilidade dos sistemas agropecuários.

Com a evolução tecnológica, empresas especializadas oferecem mixes industrialmente padronizados, tratados e balanceados, garantindo maior eficiência e assertividade. O portfólio conta com mais de 40 espécies, permitindo combinações adaptadas a diferentes condições de solo, clima e sistemas produtivos. Entre as opções estão SBMix Café, SBMix Cana/Palhada, SBMix Precoce, SBMix Nematoide e SBMix Pastejo, cada uma desenvolvida para atender objetivos específicos de manejo e maximizar benefícios agronômicos.

 





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Sumitomo Biorational Company é criada nos EUA e vai acelerar inovações sustentáveis no agro do Brasil e da América Latina


Nesta segunda, 20/10, em Libertyville, Illinois (EUA), foi anunciada a formação da Sumitomo Biorational Company LLC (SBC) e o Centro Global de Excelência para Inovação em Bioracionais, resultado da integração das empresas Valent BioSciences LLC, MGK e Valent North America LLC, referências mundiais em pesquisa, desenvolvimento e comercialização de reguladores de crescimento e soluções de origem biológica e natural. 

A nova empresa, subsidiária da Sumitomo Chemical, vai assumir a nova nomenclatura a partir de abril de 2026, e marca um avanço estratégico da Sumitomo Chemical em outras geografias, especialmente no Brasil, onde a demanda por soluções e tecnologias com foco em manejo fisiológico, dentre outras, é crescente. “Para nós, significa maior acesso e com mais agilidade a soluções sustentáveis baseadas em reguladores de crescimento, micro-organismos, extratos botânicos e outros insumos de base biológica, alinhados às exigências globais, ao avanço da agricultura de baixo impacto e condições climáticas que temos por aqui”, afirma o CEO da Sumitomo Chemical América Latina, Nairo Piña.

No segmento de BioRacionais, em 2024, o faturamento da Sumitomo Chemical Brasil cresceu 14% em comparação com o ano anterior. “A expectativa é acelerar esse patamar de crescimento pelos próximos anos com a chegada de grandes inovações que estão em desenvolvimento, e que chegarão mais cedo através dessa rede global de inovação”, afirma Piña. 

Mauro Alberton, diretor de Marketing e Desenvolvimento de Negócios Latam, explica que “essa nova organização vem para reforçar o compromisso de ter duas grandes fontes de inovação: nossa matriz no Japão focada em proteção de cultivos; e a Sumitomo Chemical Biorational, nos EUA, especialista em BioRacionais, que vai ampliar nosso pioneirismo e conhecimento em fisiologia de plantas, principalmente, contribuindo em sua estruturação (acima e abaixo do solo), na maior resistência às intempéries climáticas e aumento do potencial produtivo dos principais cultivos, oferecendo novas oportunidades de manejo e melhores ferramentas ao agricultor brasileiro”.

“Essa consolidação vai impulsionar os negócios em países latino-americanos, onde a Sumitomo Chemical já tem atuação, com ampliação da oferta de soluções sustentáveis, colaborando para maior competitividade no setor de BioRacionais, oferecendo mais opções ao produtor e estimulando práticas agrícolas mais eficientes e responsáveis. Também reforça nosso compromisso com a sustentabilidade, a inovação e nosso papel em oferecer um portfólio mais robusto em BioRacionais aos nossos clientes e parceiros, facilitando o acesso deles à essas tecnologias”, destaca Alexandre Pires, diretor das operações da Sumitomo Chemical no Brasil.

Já Luis Henrique Sanfelice Rahmeier, diretor de Pesquisa & Desenvolvimento, Regulatório e Sustentabilidade Latam, comenta que “a criação do Centro Global de Excelência para Inovação em BioRacionais evidencia a importância e o compromisso da Sumitomo Chemical em desenvolver a agricultura regenerativa e as práticas de sustentabilidade pela pesquisa, inovação e conhecimento. Para a nossa operação, o Centro de Excelência trará uma significativa eficiência nos processos, pois seremos capazes de aumentar a captura das necessidades do produtor, desenvolver soluções integradas de nossas tecnologias e contar com todo o conhecimento em soluções BioRacionais, com biológicos, micro-organismos,  extratos naturais, reguladores de crescimento e outros, de maneira mais rápida, eficiente e adequada ao produtor brasileiro”.

O executivo Shinsuke (Shin) Shojima será presidente e CEO da Sumitomo Biorational Company LLC (SBC). Com mais de 35 anos de experiência em uma variedade de cargos executivos seniores em toda a Sumitomo Chemical, Shojima gerenciará as práticas globais de saúde agrícola e ambiental para tecnologias BioRacionais.

 





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Safra 25/26 de algodão terá mais área e menos renda



Estudo da Conab indica redução na produtividade do algodão



Foto: Canva

Segundo análise semanal do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgada nesta segunda-feira (20), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) publicou, em outubro de 2025, a nova estimativa da safra brasileira de algodão 2025/2026. O levantamento marca o início do ciclo com elevação nas projeções de área cultivada.

A expectativa da Conab indica aumento de 2,50% na área de cultivo em relação à temporada anterior, totalizando 2,14 milhões de hectares. Apesar da ampliação da área plantada, a produtividade média do algodão em pluma foi estimada em 125,67 arrobas por hectare, o que representa queda de 3,55% em comparação à safra 2024/2025.

Como consequência da redução na produtividade, a produção nacional de pluma está prevista em 4,03 milhões de toneladas, o que corresponde a uma retração de 1,14% no comparativo entre safras.

De acordo com a Conab, “o recuo previsto inicialmente para o rendimento se dá devido à postura conservadora adotada pela Companhia e às análises climáticas”, mesmo diante do aumento da área cultivada apontado no relatório.





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CRA aprova regras para o registro de terras públicas em faixas de fronteira


A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) aprovou nesta terça-feira (21) o projeto de lei que cria regras para facilitar o registro de terras públicas em faixas de fronteira que tenham sido vendidas ou concedidas (PL 4.497/2024). Do deputado Tião Medeiros (PP-PR), a matéria recebeu parecer favorável na forma do substitutivo apresentado pelo relator, senador Jaime Bagattoli (PL-RO), e segue agora para o Plenário em regime de urgência.

O projeto altera a Lei de Registros Públicos e a que trata da regularização fundiária na faixa de fronteira para, segundo o autor, destravar registros que hoje enfrentam entraves por falta de regras claras, regularizando imóveis e incentivando o desenvolvimento na região.

Para o senador Beto Faro (PT-PA), o substitutivo de Jaime Bagattoli apresenta avanços. Ele disse, no entanto, ainda ver pendências graves no texto. Faro apontou pontos que poderiam ser considerados inconstitucionais, como uma possível regularização por ato declaratório. O senador foi o único a registrar voto contrário ao projeto.

Em resposta, o relator afirmou que atendeu algumas demandas do governo e disse que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) terá cinco anos para confirmar a parte social do uso da terra.

— Esse projeto vai dar muito mais segurança ao produtor, à União e a todos nós — declarou Bagattoli.

Os senadores Jayme Campos (União-MT) e Tereza Cristina (PP-MS) manifestaram apoio ao projeto. Tereza Cristina lembrou ao senador Beto Faro que o texto ainda vai ao Plenário e depois terá de retornar à Câmara dos Deputados, por ter sido modificado no Senado. Assim, alguma modificação poderá ser implementada.

— Nós precisamos caminhar. O projeto é muito razoável e traz segurança jurídica — registrou a senadora.

O senador José Lacerda (PSD-MT) disse que o projeto é importante por atingir 588 municípios e cerca de 11 milhões de habitantes. Ele lembrou que várias leis já tentaram resolver a questão da regularização das terras de fronteira, mas que sempre têm surgido novas demandas.

— Este momento é oportuno para o projeto, para que essa questão seja resolvida de forma definitiva. Senão, daqui a pouco vamos ter mais pedidos de ratificação — disse o senador.  

Segundo a Constituição, as terras devolutas, entendidas como aquelas indispensáveis à preservação ambiental bem como à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares e das vias federais de comunicação, pertencem à União. Os estados são proprietários das terras devolutas que não sejam da União.

Além disso, a Lei das Faixas de Fronteira exige o consentimento do Conselho de Segurança Nacional para a alienação de terras públicas de qualquer ente federativo na faixa de fronteira, o que é dispensado em casos de leis especiais, como a lei que transferiu terras federais para Roraima e Rondônia.

De acordo com o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), as concessões de terras devolutas em faixa de fronteira, feitas pelos estados, autorizam apenas o uso, permanecendo o domínio da União. A outra diretriz é a de que a ratificação do registro dessas terras deve ser feita de modo a comprovar o cumprimento do princípio da função social da propriedade, ou seja, gerar riqueza e emprego, reduzir desigualdades e respeitar o meio ambiente, sob pena de sanções legais.

Para Bagattoli, as experiências legislativas anteriores para ratificação dos registros imobiliários foram desastrosas pela burocracia imposta pelas leis. A burocracia representaria, para o senador, um boicote silencioso aos produtores rurais, com exigências que inviabilizam a ratificação.

“A verdade é que a União, desde o século 19, sabia das ocupações na faixa de fronteira e sempre manteve silêncio. Tratava-se de um silêncio oportunista: a União se beneficiava com a ocupação das faixas de fronteira por conta da proteção da integridade do território nacional, mas queria resguardar a possibilidade de reclamar as terras a qualquer tempo”, destaca.

O novo texto estabelece que são imediatamente ratificados os registros imobiliários de imóveis rurais vendidos ou concedidos pelos estados em terras devolutas da União situadas em faixas de fronteira e outras sem a aprovação do Conselho de Segurança Nacional, incluídos os seus desmembramentos e remembramentos inscritos no registro de imóveis até 23 de outubro de 2015. 

A ratificação iniciará com o requerimento do interessado ao registrador de imóveis, devendo apresentar o Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR), que servirá como prova do cumprimento da função social, sem a necessidade da apresentação de outros documentos.  

O registrador deverá verificar se há algum ato estadual de transmissão na cadeia dominial filiatória do imóvel, ou seja, no histórico completo e cronológico de todas as transmissões de propriedade do imóvel, desde a sua origem até o proprietário atual.

Segundo o projeto, decairá em cinco anos o direito da União para invalidar, apenas por via judicial, a ratificação, contados da data da averbação. A averbação de ratificação deverá ser requerida ao registrador de imóveis no prazo decadencial de 15 anos da entrada em vigor da futura lei. 

Ainda, a ratificação dos registros imobiliários referentes a imóveis com área superior a 2,5 mil hectares ficará condicionada à aprovação do Congresso Nacional no prazo de dois anos do recebimento dos autos, configurando aprovação automática após o fim do período.

Uma vez realizada a averbação da ratificação, o registrador comunicará ao Incra. A partir da comunicação, o órgão terá cinco anos para analisar se o imóvel cumpre ou não a sua função social, podendo declarar ineficaz a ratificação ao publicar o decreto de desapropriação por interesse social. O Incra poderá desapropriar o imóvel que não cumpre a sua função social sem ter de pagar nenhuma indenização. 

De acordo com a Lei de Registros Públicos, para a matrícula do imóvel rural é necessária a sua identificação, que será feita com a indicação do código do imóvel, dos dados constantes do CCIR, da denominação e de suas características, confrontações, localização e área. 

Nos casos de desmembramento, parcelamento ou remembramento de imóveis rurais, a identificação prevista será obtida a partir de memorial descritivo, assinado por profissional habilitado com a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), contendo as coordenadas dos limites dos imóveis rurais, georreferenciadas ao Sistema Geodésico Brasileiro e com a precisão de sua posição a ser fixada pelo Incra. 

O novo texto estabelece que a identificação referida será obrigatória para efetivação do registro, em qualquer situação de transferência de imóvel rural, a partir de 31 de dezembro de 2028. Já para os imóveis rurais cuja somatória das áreas não exceda a quatro módulos fiscais, a obrigatoriedade será´ exigida após quatro anos da publicação de ato normativo do Poder Executivo que regulamenta a isenção de custos financeiros a esses proprietários.

O projeto também estabelece que não será´ exigido o georreferenciamento previamente a atos de registro relativos a: heranças; partilha e a doações de extinção de casamento e união estável; atualização de especialidades subjetiva e objetiva; constrições judiciais, como penhora ou indisponibilidade; instituição, modificação e extinção de garantias reais e atos decorrentes.

As áreas que não se encaixem nos requisitos da ratificação ficarão submetidas às regras de regularização fundiária da Lei 11.952, de 2009.

O presidente da CRA, senador Zequinha Marinho (Podemos-PA), foi quem dirigiu a reunião. Ele informou que o PL 3.100/2023, previsto para ser votado nesta terça, foi retirado de pauta a pedido do relator, senador Pedro Chaves (MDB-GO). O projeto autoriza o uso de recursos dos fundos constitucionais no Programa Nacional de Crédito Fundiário (Terra Brasil) com o objetivo de ampliar o acesso dos agricultores familiares à terra por meio do crédito fundiário.





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Extrativistas têm até final de dezembro para solicitar pagamentos ao Sociobio Mais relativos a 2025


Os extrativistas têm até 60 dias para solicitar à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) os pagamentos relativos ao Sociobio Mais. A partir deste ano, as informações para requerer a subvenção dos produtos extrativos comercializados abaixo do preço mínimo estabelecido devem ser enviadas para a Companhia até o próximo dia 20 de dezembro.

“Os extrativistas devem estar atentos ao novo prazo. Antes era possível enviar as solicitações até o final de fevereiro do ano seguinte. Dentre as mudanças implementadas com o Sociobio Mais, o prazo de envio foi alterado para o final do ano civil de forma a dar mais celeridade, segurança e transparência à ação de apoio aos produtores extrativos”, reforça o gerente de produtos da Sociobiodiversidade da Conab, Fernando Motta.

Para solicitar o benefício, é preciso entregar as notas fiscais comprovando a venda do produto abaixo do preço mínimo estabelecido pelo governo federal. Além disso, os extrativistas devem apresentar, além da nota fiscal comprovando a comercialização, o Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) ativo, e estar em situação regular nos sistemas da Conab. 

As solicitações de pagamentos à Conab quanto à comercialização dos produtos extrativos devem ser realizadas por meio do SociobioNet, um sistema desenvolvido pela estatal no ano passado. Os extrativistas não precisam mais entregar os documentos nas superintendências regionais da estatal. Para os extrativistas utilizarem o SociobioNet será preciso instalar o sistema em um computador. Não é preciso fazer autenticação, ou seja, login. Os dados pessoais serão fornecidos durante o preenchimento do formulário. Vale destacar que, após realizado o download do sistema, o fornecimento dos dados e a inserção de notas poderão ser realizados de maneira off-line. No entanto, a transmissão desses documentos para a Companhia requer conexão com a Internet.

Outra mudança implementada no Sociobio Mais se refere à forma de pagamento que passa a ter um valor fixo para alguns produtos determinados. A partir de  2025, o pirarucu de manejo, a amêndoa de babaçu e borracha natural extrativa terão bônus de pagamento fixo e não mais variável, mesmo que a venda destes produtos ocorra acima do preço mínimo estabelecido pelo governo federal. Assim, o valor fixo de pagamento estabelecido para a borracha é de R$ 3,00 pelo quilo. Já as quebradeiras de coco babaçu e os manejadores de pirarucu que comercializarem seus produtos irão receber R$ 2,50 por quilo vendido da amêndoa e do peixe, respectivamente.

A nova fórmula de cálculo da subvenção para estes produtos tem como objetivo incentivar os produtores a negociar melhor os preços para suas vendas, sem pressões de atravessadores para diminuição de preços de comercialização. Já para os demais produtos, o pagamento a ser recebido pelos extrativistas permanece como a diferença entre o preço mínimo vigente e o valor de venda de produtos extrativos declarados em nota fiscal. Os produtos que terão bônus fixo ou variável, os valores de subvenção e os preços mínimos são estabelecidos anualmente pelos ministérios gestores.

Atualmente, a Conab garante o preço para os dezessete produtos extrativos: açaí, andiroba, babaçu, baru, borracha natural, buriti, cacau, castanha-do-brasil, juçara, macaúba, mangaba, murumuru, pequi, piaçava, pinhão, umbu e pirarucu de manejo. A iniciativa visa ao fortalecimento e ao desenvolvimento socioeconômico dos povos e comunidades tradicionais, à permanência do homem na floresta e à garantia de renda, além de conservação, preservação e uso sustentável dos recursos naturais.

O Sociobio Mais será executado pela Conab, com diretrizes dos ministérios do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), da Agricultura e Pecuária (Mapa), da Fazenda (MF), do Planejamento e Orçamento (MPO) e do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), sendo o MDA o coordenador e gestor orçamentário das ações.





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Sul e Sudeste vão enfrentar forte aumento das temperaturas nos próximos dias


Uma massa de ar polar está atuando no país neste momento, trazendo frio intenso e geadas para o Sul e Sudeste. No entanto, previsões indicam que o calor volta até o final da semana, com um aumento de mais de 10°C nos termômetros.

Nos últimos dias, uma massa de ar frio avançou pelas regiões Sul e Sudeste e fez as temperaturas despencarem. Algumas das menores temperaturas registradas pelas estações do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) nesta terça-feira (21) foram:

Com temperaturas tão baixas, houve ocorrência de geadas pontuais em vários municípios do Sul e do Sudeste ao longo dos últimos dias, especialmente em regiões de maior altitude como serras, montanhas e picos.

No entanto, previsões já indicam uma mudança no tempo até o final da semana.

Embora a massa de ar frio ainda mantenha as baixas temperaturas em grande parte do país ao longo da semana, existe uma tendência de que, gradualmente, as temperaturas voltem a subir. A previsão para São Paulo capital ilustra essa situação:

Isso ocorre porque o ar frio seguirá em direção ao oceano, deixando de atuar no país, e a radiação solar voltará a aquecer o solo, fazendo as temperaturas se elevarem gradualmente ao longo da semana. Já a partir de quarta-feira, geadas se tornam improváveis no Sul, ocorrendo apenas nos pontos mais altos da Serra da Mantiqueira, no Sudeste.

Já no domingo (26), a massa de ar frio terá deixado de atuar na maior parte do país, dando espaço para um aquecimento que voltará a deixar as temperaturas mais altas do que o normal – especialmente na região que compreende Paraná, São Paulo e Minas Gerais, onde o aquecimento será mais pronunciado.

Por enquanto, não há previsão de outra frente fria ou massa de ar frio tão intensa quanto essa avançando pelo país ao longo de Outubro. A tendência é, portanto, que Novembro se torne um mês mais quente do que esse. Ainda assim, vale notar que uma frente fria menos abrangente vai atuar ao longo da última semana de Outubro.

Um novo sistema frontal irá se formar na semana que vem e pode fazer as temperaturas caírem novamente no Sul e no Sudeste do país, inclusive com possibilidade de formação de geadas no Rio Grande do Sul.

Embora as temperaturas possam cair também no Sudeste ao longo da semana que vem, essa frente terá menor abrangência e o frio NÃO será tão intenso quanto o registrado ao longo da semana atual. Até o momento, não há previsão de novas geadas na região Sudeste após esta semana.

De qualquer maneira, não deixe de conferir as atualizações das previsões e nem as previsões específicas para o seu município, que estão disponíveis aqui no portal da Meteored. Assim você evita ser pego de surpresa pelo frio intenso.





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