quinta-feira, outubro 30, 2025

Política & Agro

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Exportações de frutas somam US$ 909 milhões em 2025


Mesmo diante dos desafios enfrentados pelo setor, o terceiro trimestre de 2025 reafirmou a força da fruticultura brasileira. De acordo com dados da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), com base no Comex Stat, as exportações de frutas frescas cresceram 30,2% em valor e 16,3% em volume em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando US$ 323,6 milhões e 290,6 mil toneladas embarcadas no trimestre. No acumulado do ano, as vendas somam US$ 909,8 milhões e 836,9 mil toneladas.

O resultado reflete o trabalho conjunto entre produtores, exportadores e instituições representativas. Mesmo após o anúncio do “tarifaço” americano, que gerou preocupação no início do semestre, o setor reagiu com firmeza. “Em um primeiro momento, foi necessário refletir sobre as alternativas e avaliar os impactos, mas em nenhum momento deixamos de produzir o planejado. O setor continuou negociando, trabalhando e mostrando sua força. Os números alcançados são o reflexo direto desse esforço coletivo, que une produtores, exportadores e instituições em torno de um mesmo propósito: mostrar ao mundo a força e a excelência da fruticultura brasileira”, afirmou o presidente da Abrafrutas, Guilherme Coelho.

Coelho destacou ainda que, além de produzir, o setor sabe negociar e buscar novos mercados. Segundo ele, “o trabalho vai muito além da porteira, envolve planejamento, qualificação, parcerias e uma visão cada vez mais global”.

O desempenho positivo também é atribuído à participação do Brasil em feiras internacionais. Em 2025, o país marcou presença em eventos estratégicos como a Fruit Logistica, na Alemanha, a Fruit Attraction, em São Paulo e Madrid, e a Asia Fruit Logistica, em Hong Kong. Esses encontros reforçaram a imagem do país como fornecedor confiável e sustentável.

De acordo com a diretora de ESG da Abrafrutas, Priscila Nasrallah, o Brasil tem avançado de forma consistente na adoção de certificações socioambientais e de qualidade, o que amplia a confiança dos mercados e consolida o compromisso do setor com critérios ESG. “Temos trabalhado continuamente para fortalecer a imagem do Brasil no exterior, diversificar mercados e abrir novas oportunidades para nossos produtores. Em breve, a Abrafrutas apresentará uma grande novidade, que vai potencializar ainda mais os negócios e a visibilidade do país no comércio internacional de frutas”, afirmou Nasrallah.

Entre as principais frutas embarcadas no período, a manga manteve a liderança, com alta de 3,8% em valor e 36,9% em volume, impulsionada pela demanda da União Europeia e do Reino Unido. O limão teve leve aumento de 0,02% em valor e 7,97% em volume, consolidando sua presença na Europa e no Oriente Médio. O melão registrou alta de 29,77% em volume e 47,01% em valor, favorecido pela estabilidade da oferta nordestina. As exportações de melancia cresceram 97,4% em valor e 64,9% em volume, enquanto as de banana aumentaram 40,8% em valor e 63,8% em volume.





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Brasil fortalece comércio agro com Ásia e Oriente Médio


O governo brasileiro anunciou a abertura de novos mercados para produtos agropecuários. Entre os destaques estão as exportações de castanha-do-Brasil para o Japão, ovos processados para Singapura, heparina purificada suína para a Coreia do Sul, carne de patos, outras aves e carne de coelho para o Egito, além de derivados de ossos bovinos, chifres e cascos para uso industrial na Índia.

Segundo o governo, o Japão, com cerca de 124 milhões de habitantes, importou mais de US$ 3 bilhões em produtos agropecuários brasileiros em 2024. O país asiático tem forte demanda por ingredientes de alta qualidade para panificação e confeitaria, setores em que a castanha-do-Brasil se destaca pelo teor de selênio. “A abertura gera ganhos para produtores e processadores brasileiros, além de ampliar o leque de fornecedores para a indústria japonesa”, informou o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Em Singapura, as autoridades sanitárias autorizaram a entrada de ovos processados do Brasil. Com mais de 6 milhões de habitantes e dependente de importações para suprir mais de 90% do consumo interno, o país demanda produtos padronizados com maior durabilidade e segurança alimentar. “O mercado de hotéis e restaurantes singaBrasil amplia exportações com novos mercados abertospurense exige insumos de qualidade e estabilidade operacional, o que torna o produto brasileiro competitivo”, destacou o Mapa.

A Coreia do Sul também aprovou a importação de heparina purificada suína do Brasil, insumo farmacêutico ativo utilizado em medicamentos anticoagulantes. O país, com população superior a 51 milhões de pessoas, importou quase US$ 3 bilhões em produtos agropecuários brasileiros no último ano, com destaque para soja, açúcar, cereais e farinhas. De acordo com o governo, de janeiro a setembro, 37% das novas aberturas de mercado tiveram como destino o continente asiático.

O Egito, parceiro tradicional do Brasil em proteínas animais, autorizou a importação de carne de patos, outras aves e carne de coelho. As compras egípcias vêm crescendo em razão do reconhecimento da certificação halal e da previsibilidade do fornecimento brasileiro. “A diversificação de produtos reflete a confiança do mercado egípcio na produção nacional”, afirmou o Mapa.

Durante missão oficial do vice-presidente da República à Índia, foi acordada a exportação de derivados de ossos bovinos, chifres e cascos, destinados à produção de gelatina e outros usos industriais, incluindo a indústria têxtil. Segundo o ministério, a medida “fortalece a economia circular e agrega valor ao complexo pecuário brasileiro”.

Com os anúncios, o agronegócio brasileiro alcança 460 novas oportunidades comerciais desde o início de 2023. O governo destacou que os resultados “reforçam a estratégia de diversificação de destinos e de produtos, especialmente aqueles com maior valor agregado”, fruto da parceria entre o Mapa e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).





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Comercialização do milho avança devagar e especialistas apontam desafios…


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A comercialização do milho segue em ritmo mais lento neste ano, com analistas apontando que o produtor brasileiro ainda segura boa parte da safra aguardando por melhores preços. Ao mesmo tempo, o mercado enfrenta pressões do câmbio, da oferta e da demanda, que trazem riscos, mas também algumas oportunidades. 

O analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, destaca que a segunda safra de 2025 tem alta produção, mas as vendas estão atrasadas. “A ideia é que a safrinha tenha recolhido 112 milhões de toneladas. Nesse momento nós acreditamos que tem 63 milhões de toneladas negociadas, o que dá mais ou menos 56%. Está atrasado, a média nesse momento de safrinha seria estar negociado pelo produtor pelo menos 60%.” 

Brandalizze acrescenta que ainda restam volumes da safra de verão 2024/25 a serem negociados, o que mantém grande quantidade de milho disponível nas mãos dos produtores. “Ainda tem cerca de 10 milhões de toneladas para serem negociadas. Então, nessa conta, teriam ainda, mais ou menos,  59 milhões de toneladas livres na mão do produtor entre safra e safrinha.” 

Para Roberto Carlos Rafael, da Germinar Corretora, o ritmo de comercialização também é lento em algumas regiões, apesar de Mato Grosso avançar mais nas negociações. “A safrinha já tem algo ao redor de 50% comercializado. Da safrinha de 2026 alguma coisa ao redor de 5 a 6%. Só para você ter uma ideia no Mato Grosso o IMEA fala em 68% comercializado e a safrinha de 2026 eles falam em 15%.” 

Ele destaca ainda a participação das indústrias de etanol no mercado, que compram antecipadamente para garantir o abastecimento antes da chegada da nova safrinha. “Lembrando que esses números agora além da questão de importação nós estamos falando também de negócios realizados pelas empresas de etanol que eles têm o costume de fazer as compras antecipadas. Então eles ficam comprando ao longo desse ano para depois consumir esse milho ali entre fevereiro a maio até a chegada da nova safrinha.” 

Rafael ressalta que os preços seguem pressionados e que só haveria espaço para recuperação em caso de valorização cambial. “Acredito que vamos passar com muito milho aqui no Brasil e isso vai ser uma pressão para segurar os preços. Porém se tiver alguma coisa de alta no câmbio é onde poderíamos ter melhor preço.” Ele também avalia que “a melhor oportunidade do ano já passou” e que o mercado segue lateralizado neste momento. 

A análise é compartilhada por Gilberto Leal, que também chama atenção para os impactos do câmbio na formação das cotações. “O dólar a R$ 5,29 nos como exportadores acaba de certa forma nos prejudicando. O milho aqui nós estamos em uma realidade diferente, né, Carlinha? O eixo da 163 hoje mudou a formação de preço, mudou totalmente o preço do milho, o price, né?” 

Segundo ele, os preços atuais mostram um cenário distinto de 2024, quando o cereal alcançou valores elevados. “Hoje o milho para entrega em dezembro, com pagamento em janeiro, está em torno de R$ 50,00 a R$ 51,00, valores bem abaixo da mesma janela do ano passado. Isso já indica um balanço diferente do milho no Brasil, principalmente no Mato Grosso.” 

Leal avalia que a entrada da nova safra mais cedo pode pressionar ainda mais as cotações no início de 2026. “Com a entrada mais cedo da colheita, teremos uma oferta maior em janeiro. A lei da oferta e demanda não tem conversa: preços tendem a ceder, e a indústria sabe disso.” 

Para o analista, além da abundância de milho no mercado interno, a exportação também encontra dificuldades diante do câmbio atual. “Com dólar a 5,29, o nosso milho que precisa sair um pouquinho para exportação tem dificuldade. Acaba encarecendo ainda mais em termos de matriz de competitividade. O nosso milho segue bem travado na exportação também.” 





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Bem-estar animal ganha espaço na suinocultura nacional


A suinocultura brasileira mantém posição de destaque mundial tanto em volume de produção quanto em competitividade. Em 2024, o Brasil produziu 5,3 milhões de toneladas de carne suína, com um rebanho de 46,6 milhões de animais abatidos e 2,1 milhões de matrizes ativas. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou que houve aumento de 2,9% em relação ao ano anterior e crescimento de 52,8% nos últimos dez anos, mantendo o país na quarta posição entre os maiores produtores e exportadores desde 2015, atrás apenas de China, União Europeia e Estados Unidos.

A Ásia segue como principal destino da carne suína nacional. Filipinas, China, Hong Kong, Japão e Singapura concentraram 63,8% das exportações — cerca de 775 mil toneladas. Nesse contexto, o investimento em bem-estar animal passou a ser considerado um fator estratégico para o comércio internacional. A Conab destacou que “a crescente exigência dos países importadores torna a adequação das práticas de manejo um diferencial competitivo”.

Na União Europeia, o uso de celas de gestação — estruturas que restringem o movimento de porcas prenhas — é proibido desde 2013, com exceção dos 28 primeiros dias após a inseminação. A prática também foi banida em Noruega, Suécia, Suíça, Reino Unido e Nova Zelândia (com implementação total prevista para 2025), além de 11 estados dos Estados Unidos.

Nesse cenário, a 6ª edição do Observatório Suíno, relatório elaborado pela Alianima, consolida-se como instrumento de monitoramento e avaliação do setor. O documento utiliza questionários distintos para produtores e compradores, como redes de restaurantes e supermercados. Segundo Maria Fernanda Martin, zootecnista e gerente de relações corporativas e bem-estar animal da Alianima, o objetivo do levantamento é “identificar gargalos, reconhecer boas práticas e estimular o avanço contínuo do setor em direção a sistemas mais sustentáveis”. Ela afirmou ainda que “neste ano, observamos um avanço na gestação coletiva por parte da maioria dos fornecedores, assim como nos compromissos públicos com a adoção do sistema cobre e solta para novas instalações”.

O relatório aponta que todos os fornecedores são capazes de fornecer informações sobre a origem da carne suína livre de celas de gestação, o que reforça a rastreabilidade e a viabilidade técnica da cadeia. Com base em dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), os produtores comprometidos representam 62,2% das matrizes ativas alojadas no país.

Entre os principais desafios para ampliar o alojamento em grupo, 89% dos fornecedores citaram o financiamento como maior obstáculo, seguido pela precificação do produto final (78%) e o planejamento das instalações (67%). A zootecnista destacou que o cenário demonstra amadurecimento técnico do setor e maior busca por qualificação.

O sistema “cobre e solta”, que permite maior mobilidade das fêmeas em baias após a cobertura, começa a ser adotado com mais frequência. Apesar das exigências de espaço e manejo mais complexo, empresas já percebem benefícios para a saúde física e mental dos animais. As desvantagens relatadas incluem perdas reprodutivas, brigas, dificuldade em manter o escore corporal, custos de implementação e necessidade de mais espaço. Já as vantagens mais citadas foram bem-estar, saúde e melhor desempenho das matrizes.

As celas de maternidade também foram apontadas como problema de bem-estar, por limitarem o movimento das porcas e impossibilitarem comportamentos naturais, como a construção de ninhos. O relatório mostra que 67% dos fornecedores têm planos para ampliar o espaço das maternidades, um aumento de 29% em relação ao levantamento anterior.

No manejo de leitões, todas as empresas produtoras afirmaram não realizar castração cirúrgica, e 78% já aboliram o desgaste de dentes. No entanto, práticas como o corte de orelhas e caudas ainda persistem. As empresas citam dificuldades em adotar alternativas devido ao custo e à falta de soluções eficazes contra a caudofagia.

“É importante notar que há uma diminuição na intenção das empresas em banir o corte de cauda ao longo dos anos, como mostra a edição deste ano, em que apenas uma empresa, a MBRF, assinalou a resposta positiva. O corte de cauda segue sendo o manejo mais complexo para o banimento por conta da causa multifatorial do problema de mordedura entre os leitões”, explicou Martin. Segundo ela, apesar dos desafios, o interesse crescente do setor é um indicativo positivo de avanço.





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Pequenos negócios podem pedir devolução de tributos sobre exportações


Iniciativa do governo federal voltada a microempreendedores individuais (MEIs), micro e pequenas empresas (MPEs) exportadoras, o Programa Acredita Exportação já está disponível. A partir desta terça-feira (21), os empreendedores podem pedir a compensação ou ressarcimento de até 3% sobre o valor exportado, devolvendo de forma simplificada os tributos pagos ao longo da cadeia produtiva.

A medida representa um avanço na desoneração das exportações e busca aumentar a competitividade das empresas de menor porte no comércio internacional, antecipando efeitos previstos na reforma tributária. O programa é uma parceria entre o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) e o Ministério da Fazenda, com suporte da Receita Federal.

O pedido é feito de forma totalmente digital, pelo site da Receita Federal. O Acredita Exportação beneficia tanto vendas de bens como de serviços.

Para orientar os empreendedores, o Mdic e a Receita realizaram uma live no YouTube, explicando o passo a passo do processo de solicitação e como acessar o sistema de ressarcimento pelo site da Receita Federal.

Sancionado em julho pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Acredita Exportação prevê devolução de até 3% do valor exportado. O crédito pode ser ressarcido em dinheiro ou utilizado para compensar tributos federais — como Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.

O primeiro período de referência será para as exportações realizadas de 1º de agosto a 30 de setembro de 2025. Após o fechamento de cada trimestre, as empresas devem reunir as informações das notas fiscais e calcular o crédito de 3%. Mais detalhes estão disponíveis no guia completo do Acredita Exportação, divulgado pelo Mdic.

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex/MDIC), 11,5 mil MPEs exportaram em 2024, representando 40% do total de empresas exportadoras do país — que somaram 28,8 mil. Juntas, essas pequenas empresas movimentaram US$ 2,6 bilhões em vendas internacionais.

Há dez anos, em 2014, eram pouco mais de 5,3 mil exportadoras de pequeno porte, o que correspondia a 28,6% do total, mostrando o avanço expressivo do setor.

Além do Acredita Exportação, as micro, pequenas e médias empresas podem buscar outros programas de incentivo. Entre as iniciativas estão o Brasil Mais Produtivo, que oferece capacitação e consultorias; o Programa de Financiamento à Exportação (o Proex); o Seguro de Crédito à Exportação, com garantia do Fundo de Garantia à Exportação (SCE/FGE); e o Desenrola Pequenos Negócios, voltado à renegociação de dívidas.





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Participação de fêmeas no abate em Mato Grosso segue elevada



Fêmeas representam 44% dos abates em MT



Foto: Pixabay

Segundo análise semanal do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgada nesta segunda-feira (20), mesmo com a redução no abate de matrizes, a presença de novilhas de corte tem mantido o ritmo elevado de abate de fêmeas em Mato Grosso. Em setembro de 2025, as fêmeas representaram 44,03% do total abatido no estado.

Na comparação com agosto, o volume de fêmeas enviadas aos frigoríficos recuou 4,14%. De acordo com o Imea, “apesar dessa redução mensal, a intensidade do recuo foi menor que a observada no mesmo período do ano passado, quando a queda havia sido de 14,82%”.

No acumulado de 2025, a participação de fêmeas está 6,81 pontos percentuais acima do registrado no mesmo intervalo de 2024, o que, segundo o instituto, indica “uma oferta ainda robusta, especialmente de novilhas terminadas”. Essa elevada participação tem exercido pressão sobre as cotações do boi gordo ao longo do ano.

O Imea avalia que, embora haja expectativa de ajustes positivos nos preços no final do quarto trimestre, “movimentos expressivos de alta no curto prazo não são esperados”, já que o volume de fêmeas terminadas ainda se mantém em patamar elevado.





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Pecuária é chave para reduzir emissões de metano


Enquanto as emissões de metano do Brasil aumentaram 6% entre 2020 e 2023, alcançando 20,8 milhões de toneladas segundo o Observatório do Clima, pesquisadores apontam que a solução está em investir na eficiência produtiva da pecuária. O setor agropecuário, responsável por 75% das emissões do gás, pode reduzir significativamente seu impacto ambiental sem comprometer a produção, adotando práticas que tornem o rebanho mais produtivo e sustentável.

De acordo com estudos da Unesp, o manejo adequado das pastagens e a melhoria da alimentação dos bovinos são caminhos diretos para diminuir as emissões. O professor Ricardo Reis, da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal, explica que quando o boi consome pasto verde e de alta qualidade, emite menos metano e o produtor ainda contribui para o sequestro de carbono no solo.

“O que faz com que o animal produza metano é a digestão da fibra de baixa qualidade do capim no rúmen. Quando o boi come um pasto verde e de qualidade, ele vai emitir menos metano. Ao mesmo tempo, o produtor estoca carbono no solo ao preservar as pastagens. Essa é a forma mais eficiente de mitigação”, diz Reis.

Além disso, a adoção de sistemas integrados de produção, como lavoura-pecuária-floresta, e o uso de suplementação alimentar de qualidade ajudam a maximizar o ganho de peso e diminuir o tempo de abate, reduzindo o número total de cabeças necessárias para manter a produção.

Pesquisadores defendem que o país precisa alinhar as políticas fundiárias e ambientais para refletir corretamente os avanços em produtividade e eficiência. Assim, o Brasil poderia transformar um dos principais focos de emissões em uma oportunidade de liderança climática, conciliando desenvolvimento agropecuário e compromisso ambiental.

“Em razão dessa questão metodológica, todo o esforço do Brasil para reformar suas pastagens, adotar sistemas integrados de produção, melhorar a qualidade nutricional, entre outras tecnologias, não está sendo capturado nas estimativas de emissão, porque elas usam os dados de rebanho oficiais do IBGE, que são imprecisos”, diz o pesquisador.

 





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Agro investe em experiências exclusivas



O impacto econômico desse tipo de iniciativa também é significativo


O impacto econômico desse tipo de iniciativa também é significativo
O impacto econômico desse tipo de iniciativa também é significativo – Foto: Divulgação

O agronegócio brasileiro, além de ser um dos pilares da economia nacional, tem se destacado como um campo fértil para inovação e construção de marca. Segundo artigo de Vanessa Chiarelli Schabbel, diretora executiva da Bop Comunicação Integrada, os eventos proprietários vêm se consolidando como uma ferramenta estratégica para fortalecer a comunicação, gerar negócios e ampliar o impacto econômico do setor.

Diferentemente das feiras tradicionais, esses eventos são concebidos e organizados pelas próprias empresas, que passam a ter total controle sobre a narrativa, os temas, o formato e a experiência oferecida ao público. Essa personalização, afirma Schabbel, permite maior engajamento, fortalecimento da autoridade da marca e criação de conexões duradouras dentro da cadeia produtiva.

O impacto econômico desse tipo de iniciativa também é significativo. A autora cita como exemplo o sucesso da Agrishow 2025, que movimentou R$ 14,6 bilhões em intenções de negócios, e o impacto de R$ 395 milhões da Festa do Peão de Barretos no turismo local. Para ela, os eventos proprietários não apenas fomentam oportunidades comerciais qualificadas, mas também constroem capital relacional e reputacional.

“Mais do que uma tendência, essa prática representa uma evolução na comunicação do agro. Ao criar seus próprios espaços de diálogo, as empresas investem diretamente na inovação, na construção de sua reputação e no fortalecimento de todo o ecossistema do agronegócio. Portanto, adotar eventos proprietários é afirmar-se como agente central no contínuo processo de desenvolvimento econômico e social impulsionado pelo campo brasileiro”, conclui.

 





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Maior feira de máquinas do mundo deve bater recorde



O Brasil mantém presença consolidada com dois pavilhões


O Brasil mantém presença consolidada com dois pavilhões
O Brasil mantém presença consolidada com dois pavilhões – Foto: Divulgação

A Agritechnica 2025, que acontece de 9 a 15 de novembro em Hannover, na Alemanha, promete ser a edição mais internacional da história. Segundo a organizadora DLG (Sociedade Agrícola Alemã), o evento reunirá 37 pavilhões nacionais e regionais, um recorde absoluto, representando 23 países. A novidade fica por conta de cinco estreantes: Austrália, República Tcheca, Hungria, Polônia e Turquia, que se juntam aos mais de 2.700 expositores esperados para esta edição.

O aumento no número de pavilhões confirma o papel da Agritechnica como o principal palco global de negócios do agronegócio. São esperados cerca de 430 mil visitantes de quase 150 países, reforçando o potencial da feira para conectar empresas a novos mercados e parceiros estratégicos. Entre os estreantes, a Austrália ganha destaque com o projeto “Team Australia Mission”, liderado pela Australian Agritech Association, em parceria com o governo de Queensland e a AgriFutures growAG. O pavilhão australiano apresentará tecnologias voltadas à produtividade, sustentabilidade e adaptação climática — áreas em que o país vem se destacando globalmente.

O Brasil mantém presença consolidada com dois pavilhões (nos pavilhões 9 e 15), reforçando o peso da agricultura tropical e das soluções desenvolvidas para grandes culturas. Já os pavilhões do Canadá, França e República Tcheca terão papel de destaque durante o Dia Internacional do Agricultor, em 12 de novembro, com entrada gratuita para produtores desses países e programação especial sobre inovação e desafios produtivos.

Além das inovações tecnológicas, a feira também aposta em experiências culturais. No dia 11 de novembro, acontecem simultaneamente a “Australia Night” e a recepção canadense, encontros voltados ao networking e à integração entre profissionais do agro. Segundo Timo Zipf, gerente de projeto da Agritechnica, os pavilhões nacionais “trazem não apenas tecnologia, mas também o espírito e a identidade de cada país”, transformando Hannover no epicentro global da agricultura moderna.

 





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Ponteiras de alta tecnologia ganham espaço na safra 2025/26



“O design das ponteiras foi projetado para otimizar o fluxo das áreas”


“O design das ponteiras foi projetado para otimizar o fluxo das áreas durante a operação"
“O design das ponteiras foi projetado para otimizar o fluxo das áreas durante a operação” – Foto: Pixabay

Pequenas, mas estratégicas, as ponteiras usadas nas hastes de descompactadores estão no centro das decisões de preparo de solo para a safra 2025/26. Em um cenário de custos operacionais elevados, puxados por combustíveis, peças e manutenção, produtores e fabricantes apostam em modelos de alta durabilidade para reduzir paradas e economizar combustível.

Segundo a Piccin, fabricante de tecnologias agrícolas, a ponteira original da marca apresentou durabilidade até 213% superior em testes comparativos. A maior vida útil se traduz em mais hectares trabalhados por janela de preparo e menor Custo Operacional Efetivo (COE). Além disso, a descompactação eficiente melhora a infiltração de água e o desenvolvimento radicular, preservando a produtividade mesmo em anos secos.

“O design das ponteiras foi projetado para otimizar o fluxo das áreas durante a operação, reduzindo esforços e prolongando o tempo de trabalho contínuo”, afirma Elton Antonio, Head de Engenharia de Produto e Engenharia de Processos da Piccin. 

Com janelas de plantio curtas e clima instável, o investimento em componentes originais de maior desempenho passa a ser visto como estratégia de performance, e não apenas como reposição. No fim, a conta é simples: mais área trabalhada, menor gasto e solo mais produtivo.

“Com regulagem certa, troca de ponteira e faca frontal no tempo correto, o produtor corta custo operacional e protege a sua produtividade, movimento no qual a ponteira original, pela maior durabilidade medida em testes, passa a ser vista como investimento em performance, e não apenas como peça de reposição”, finaliza o especialista da Piccin.

 





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