quinta-feira, outubro 30, 2025

Política & Agro

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aliadas no biocontrole de nematoides



Outros fatores complementares incluem sinalização por quorum sensing


Outros fatores complementares incluem sinalização por quorum sensing
Outros fatores complementares incluem sinalização por quorum sensing – Foto: Nadia Borges

Os nematoides fitoparasitas continuam entre os principais causadores de perdas de produtividade em diversas culturas agrícolas. Segundo Leandro Simões Azevedo Gonçalves, professor da Universidade Estadual de Londrina, o uso de biocontrole se destaca como eixo estratégico no manejo integrado desses patógenos.

Diferentes espécies de Pseudomonas, como P. fluorescens, P. protegens, P. putida e P. chlororaphis, têm demonstrado potencial significativo para controle de nematoides, agindo em múltiplos hospedeiros. O mecanismo de ação dessas bactérias envolve produção de metabólitos secundários que interferem na motilidade, eclosão e sobrevivência dos nematoides, além de compostos voláteis que reforçam o efeito antagonista.

Outros fatores complementares incluem sinalização por quorum sensing, que ativa genes biossintéticos e fortalece a formação de biofilme; competição e colonização da raiz por sideróforos e estruturas de adesão; além da produção de enzimas líticas capazes de degradar ovos e cutículas de nematoides. Essas ações são potencializadas pela indução de resistência sistêmica (ISR), elevando enzimas e proteínas de defesa da planta e fortalecendo barreiras físicas e químicas.

Para transformar os resultados de laboratório em campo no Brasil, três frentes são essenciais: seleção genética de cepas com alta competência rizosférica, escalonamento de bioprocessos para produção de biomassa e metabolitos, e formulações robustas que mantenham viabilidade e liberação eficiente das bactérias. Com estratégias bem estruturadas, Pseudomonas se consolida como uma ferramenta promissora para sistemas agrícolas mais resilientes e sustentáveis, reduzindo a dependência de produtos químicos.

 





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SSP assume protagonismo no mercado de fertilizantes em 2025



No ano passado, os produtores já adquiriam KCl para a safra 2025/26


No ano passado, os produtores já adquiriam KCl para a safra 2025/26
No ano passado, os produtores já adquiriam KCl para a safra 2025/26 – Foto: Divulgação

O mercado de fertilizantes inicia 2025 com mudanças significativas no comportamento dos produtores brasileiros. Segundo Jeferson Souza, analista de inteligência de mercado, o superfosfato simples (SSP) é o destaque do momento, enquanto o Cloreto de potássio (KCl), que dominou 2024, perdeu relevância.

No ano passado, os produtores já adquiriam KCl para a safra 2025/26 com quase um ano de antecedência, atraídos por preços competitivos e relação de troca favorável. Atualmente, porém, a situação se inverteu: poucas operações com cloreto são registradas, enquanto o SSP ganhou força, com volumes expressivos negociados nas últimas quatro semanas e movimentações que chamam atenção no mercado.

De acordo com o especialista, embora a procura pelo KCl tenha diminuído, seus preços seguem estáveis, cerca de US$ 80 por tonelada acima do mesmo período de 2024. Esse aumento impacta diretamente a relação de troca, tornando menos vantajosa a antecipação de compras e fazendo com que os produtores adotem uma postura mais cautelosa na gestão de insumos.

O comportamento observado demonstra uma estratégia conservadora do agricultor, que busca otimizar o manejo e garantir eficiência nas lavouras. Com o SSP assumindo o protagonismo, o mercado seguirá atento às negociações, consolidando o superfosfato simples como o fertilizante mais relevante da temporada, refletindo uma mudança clara no padrão de compras do setor.

A expectativa para o restante de 2025 é que o superfosfato simples continue ditando o ritmo do mercado, enquanto o cloreto de potássio mantém uma demanda mais contida. Essa mudança evidencia a adaptação dos produtores às condições de preços e à relação de troca, reforçando a importância de acompanhamento constante das tendências de fertilizantes para decisões estratégicas mais assertivas.

 





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Safra paulista de trigo deve ultrapassar 400 mil toneladas



Apesar do bom resultado, São Paulo ainda produz menos do que consome


Apesar do bom resultado, São Paulo ainda produz menos do que consome
Apesar do bom resultado, São Paulo ainda produz menos do que consome – Foto: Divulgação

A Câmara Setorial do trigo de São Paulo projeta que a safra 2025 ultrapasse 400 mil toneladas, superando as estimativas iniciais de 350 mil. O avanço é resultado das boas condições climáticas e do progresso genético das cultivares, que garantiram alta produtividade e grãos de qualidade superior.

Segundo o presidente da Câmara, Nelson Montagna, o clima favorável foi decisivo para consolidar uma das melhores safras dos últimos anos. Já o presidente do Sindustrigo, Max Piermartiri, destacou que a combinação entre tecnologia e clima positivo impulsionou o desempenho das lavouras.

“Com base nos dados que temos até o momento, a expectativa é de uma colheita muito próxima das 400 mil toneladas, acima das 350 mil indicadas nas estatísticas preliminares. A projeção é positiva não apenas em volume, mas também em qualidade, que está entre as melhores dos últimos anos”, detalhou.

Apesar do bom resultado, São Paulo ainda produz menos do que consome: a demanda anual é de cerca de 3 milhões de toneladas, enquanto a produção local deve chegar a 400 mil. O estado mantém, assim, forte dependência de importações, reforçando a importância da logística regional para o abastecimento.

“Nessa região, podemos utilizar técnicas como o trigo por sobressemeadura em lavouras de milho, com semeadura a lanço (por máquina ou avião) e até sistemas de inundação. Após a colheita do milho, inicia-se rapidamente a safra do trigo, com um ciclo de aproximadamente 75 dias. O trigo pega carona na cultura anterior e pode gerar rendimentos muito elevados”, conclui.

 





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Venda soja sempre que houver lucro



A TF ressalta que a volatilidade vem tanto de fatores climáticos quanto geopolíticos


A TF ressalta que a volatilidade vem tanto de fatores climáticos quanto geopolíticos
A TF ressalta que a volatilidade vem tanto de fatores climáticos quanto geopolíticos – Foto: Pixabay

De acordo com a TF Agroeconômica, o cenário atual do mercado de soja exige prudência e estratégia dos produtores. A consultoria destaca que, mesmo com boas ofertas para 2026, como R$ 121,00 por saca (10% de lucro) e R$ 131,00 (19,09% de lucro), o momento é de incerteza. Por isso, a principal recomendação é clara: todo lucro é lucro e deve ser aproveitado, ainda que pequeno, evitando riscos de quedas futuras e prejuízos mais à frente.

A TF ressalta que a volatilidade vem tanto de fatores climáticos quanto geopolíticos. A influência das políticas comerciais dos Estados Unidos e da China, somada à possibilidade de uma safra brasileira recorde de 177,5 milhões de toneladas, cria um ambiente de alta imprevisibilidade. Caso o clima prejudique a produção no Brasil, Pequim poderá buscar suprimento nos EUA, mas se as condições se mantiverem favoráveis e houver eventual reaproximação comercial entre Trump e Xi Jinping, os preços podem cair para R$ 100 por saca ou até menos no próximo ano.

Entre os fatores de alta, a TF cita a desaceleração da colheita americana devido às chuvas, produtividade menor que a prevista pelo USDA e os bons números de esmagamento nos Estados Unidos. Já entre os fatores de baixa, pesam a demanda chinesa enfraquecida, o aumento das exportações argentinas e a ampla oferta esperada da soja brasileira. O “pêndulo da balança” entre EUA e China, segundo a consultoria, está justamente na performance da safra do Brasil. Diante disso, a TF Agroeconômica recomenda que o produtor venda parte da produção sempre que houver lucro. “Por isso, quando encontrar lucro, agarre-o firme, venda um pouco”.

 





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Declarações de Trump impulsionam preços da soja em Chicago


A soja encerrou o dia e a semana em alta na Bolsa de Chicago (CBOT), impulsionada por declarações do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre as relações comerciais com a China. Segundo informações da TF Agroeconômica, o mercado reagiu de forma positiva após Trump afirmar que as relações com o país asiático devem melhorar, o que reduziu as tensões comerciais e trouxe otimismo aos investidores.

Os contratos futuros refletiram o movimento de alta: o vencimento de novembro fechou com valorização de 0,87%, cotado a US$ 1.019,50 por bushel, enquanto o contrato de janeiro subiu 0,80%, para US$ 1.036,75. No segmento de derivados, o farelo de soja para dezembro registrou aumento de 1,48%, alcançando US$ 281,0 por tonelada curta, e o óleo de soja avançou 0,51%, cotado a US$ 51,13 por libra-peso.

A melhora nos preços também foi favorecida pela forte demanda dos processadores norte-americanos, com taxas de esmagamento em níveis historicamente altos. Esse cenário tem contribuído para amenizar as preocupações com a menor demanda chinesa e reforçado o equilíbrio interno entre oferta e consumo nos Estados Unidos. Além disso, a ADM, uma das principais tradings globais, ofereceu incentivos para acelerar a entrega de soja a unidades de processamento no país.

Com esses fatores combinados, a soja em Chicago encerrou a semana com ganho acumulado de 1,27%, equivalente a US$ 12,75 por bushel. O farelo de soja registrou valorização semanal de 2,18%, ou US$ 6,0 por tonelada curta, enquanto o óleo de soja avançou 2,32%, somando US$ 1,16 por libra-peso.

 





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mosca-das-frutas exige medidas preventivas no campo



Preço do pêssego chega a R$ 10 nas feiras



Foto: Pixabay

O informativo conjuntural divulgado nesta quinta-feira (9) pela Emater/RS-Ascar aponta avanço nas atividades relacionadas ao cultivo do pêssego no estado. Na região administrativa de Pelotas, o raleio de frutos está na reta final, enquanto ocorre a segunda adubação nitrogenada. A população de mosca-das-frutas segue em crescimento, o que tem levado produtores a adotar medidas preventivas, como o uso de iscas tóxicas e, em alguns casos, de Inseticidas.

Na região de Caxias do Sul, a colheita das variedades PS do Cedo, BRS Kampai e Tropic Prince foi iniciada. Os frutos apresentam calibre médio, coloração esverdeada e acidez, reflexo da baixa exposição ao sol durante o crescimento. “As condições climáticas impactaram diretamente no desenvolvimento e na aparência dos frutos colhidos no início da safra”, indica o boletim.

As perspectivas são positivas para as variedades BRS Fascínio, Charme e Chimarrita, atualmente em fase de repasse de raleio. Algumas frutas provenientes de flores temporonas já iniciam a maturação. As variedades mais cultivadas, PS 10711 e PS 25399, estão em raleio e repasse, com bom número de frutos e sanidade satisfatória.

Os preços do pêssego nas feiras do produtor variam entre R$ 6,00 e R$ 10,00 por quilo. Na Ceasa de Caxias do Sul, o preço médio é de R$ 8,83 por quilo, com qualidade considerada adequada.





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Ciclo do algodão: Da semeadura ao beneficiamento



Após a germinação, a planta entra na fase vegetativa


Após a germinação, a planta entra na fase vegetativa
Após a germinação, a planta entra na fase vegetativa – Foto: India Water Portal

O ciclo de produção do algodão é um processo que exige atenção desde a semeadura até o beneficiamento. Segundo Aurélio Essanjo, engenheiro agrônomo em Angola, o cultivo inicia-se com a semeadura, geralmente em solos bem preparados e férteis, garantindo boas condições para a germinação das sementes. Essa etapa é fundamental para que a planta se desenvolva de forma saudável e uniforme.

Após a germinação, a planta entra na fase vegetativa, período em que desenvolve folhas, ramos e raízes, preparando-se para a fase seguinte. Em seguida, inicia-se a fase reprodutiva, marcada pelo surgimento de botões florais, flores e, posteriormente, a formação dos frutos conhecidos como maçãs de algodão. Dentro dessas maçãs, as fibras se desenvolvem junto com as sementes, tornando-se a matéria-prima para a indústria têxtil.

Quando maduras, as maçãs abrem naturalmente, expondo o algodão pronto para a colheita, que deve ser feita de forma cuidadosa para preservar a qualidade das fibras. Após a colheita, ocorre o beneficiamento, processo em que as fibras são separadas das sementes e preparadas para utilização industrial, garantindo que o algodão chegue ao mercado em condições ideais e com alto padrão de qualidade.

Nesse contexto, o ciclo completo do algodão dura cerca de 120 a 180 dias, variando conforme a variedade cultivada e as condições climáticas. Segundo Essanjo, o manejo adequado em cada etapa é essencial para assegurar produtividade elevada e fibras de qualidade, reforçando a importância de práticas agrícolas corretas durante todo o processo de cultivo.

 





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Lei amplia acesso ao Garantia-Safra para agricultores


O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou na quinta-feira (16) a Lei 15.236, de 2025, que facilita o acesso de agricultores familiares ao Garantia-Safra e torna mais ágil o pagamento do benefício. Publicada no Diário Oficial da União nesta sexta-feira (17), a nova norma reduz exigências, amplia a cobertura do programa e permite novas formas de uso dos recursos para fortalecer a produção no campo.

O texto altera a Lei 10.420, de 2002, e reduz de 50% para 40% o percentual mínimo de perda de safra exigido para o agricultor receber o benefício. A mudança contempla produtores que sofrem com estiagens e enchentes, mas que até agora ficavam de fora por não alcançarem o limite anterior. A medida também tem como objetivo garantir que o auxílio chegue com mais rapidez a famílias afetadas por eventos climáticos extremos. 

A nova lei flexibiliza o pagamento pelo governo, que poderá ser feito em até três parcelas mensais ou em parcela única, quando houver situação de emergência nacional, estado de calamidade pública, pandemia ou epidemia.

A sanção de Lula encerra a tramitação do PL 1.282/2024, do deputado Carlos Veras (PT-PE), que teve como relatora a senadora Augusta Brito (PT-CE). O texto foi aprovado pelo Plenário do Senado em setembro, com o objetivo de tornar o Garantia-Safra mais acessível e eficaz no atendimento a famílias de baixa renda afetadas por perdas de safra.

Outro avanço é a ampliação da área de cobertura do Garantia-Safra. Agricultores familiares de municípios fora da região tradicional da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) poderão aderir ao programa, desde que atendam aos critérios estabelecidos pelo órgão gestor.

A gestão do fundo e das normas operacionais passa a ser de responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.

Além de assegurar renda emergencial a quem perde a produção, a lei permite que parte dos recursos do fundo seja usada em ações voltadas à convivência com o semiárido, ao aumento da capacidade produtiva e à adaptação às mudanças climáticas.

A expectativa é que as novas regras reforcem o apoio à agricultura familiar e contribuam para a sustentabilidade econômica e ambiental das pequenas propriedades rurais.

A sanção encerra a tramitação do PL 1.282/2024, do deputado Carlos Veras (PT-PE), que teve como relatora a senadora Augusta Brito (PT-CE). O texto foi aprovado pelo Plenário em 23 de setembro, com o objetivo de tornar o programa mais acessível e eficaz no atendimento a famílias de baixa renda afetadas por perdas de safra.

 





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Clima seco favorece semeadura do arroz no RS


A semeadura do arroz avançou de forma gradual no estado, acompanhando as variações climáticas regionais, segundo o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (16) pela Emater/RS-Ascar. O período seco das últimas semanas favoreceu a preparação do solo e o plantio nas principais regiões produtoras, especialmente nas áreas previamente niveladas.

Em alguns locais próximos a cursos d’água, o excesso de umidade ainda limita o acesso do maquinário e provoca atrasos no início da semeadura. A implantação das lavouras está entre o início e o meio do período recomendado pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC). A área semeada varia entre 15% e 60%, conforme a região. “A maioria dos cultivos apresenta emergência uniforme, bom vigor inicial e desenvolvimento vegetativo dentro da normalidade”, destaca o informativo.

A expectativa é de redução da área cultivada devido a fatores econômicos e logísticos, principalmente em regiões com concorrência da soja. A estimativa de área é de 920.081 hectares, com produtividade projetada em 8.752 kg/ha.

Na Fronteira Oeste, produtores com maior capacidade operacional intensificaram o plantio. Em Uruguaiana, projeta-se uma redução expressiva da área cultivada, estimada em 71 mil hectares. Em São Borja, o avanço do plantio está limitado a menos de mil hectares devido à umidade do solo. Já em Dom Pedrito, a semeadura está mais adiantada e deve alcançar 36 mil hectares.

Na região de Pelotas, 61% da área estimada já foi semeada, impulsionada pelo clima seco e ensolarado. Em Santa Maria, a semeadura atinge 7% da área prevista e deve avançar com a redução das chuvas. Em Santa Rosa, as dificuldades no preparo do solo provocam atrasos e tendência de redução da área plantada para evitar concorrência com a colheita da soja. Na região de Soledade, 15% da área foi semeada, com parte em sistema pré-germinado e parte em solo seco.

Na comercialização, o preço médio da saca de 60 quilos apresentou recuo de 0,59%, passando de R$ 59,07 para R$ 58,72 na semana, conforme levantamento da Emater/RS-Ascar.





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Silvicultura se consolida como importante pilar do agronegócio paulista, com…


Segundo o relatório Panorama da Indústria Florestal Paulista, o estado tem 1,29 milhão de hectares com um Valor Bruto da Produção de R$ 4,45 bilhões

A silvicultura, impulsionada principalmente pelas culturas de eucalipto e pinus, se firmou como uma das grandes forças do agronegócio paulista e brasileiro. A produção desses gêneros registrou um crescimento de 31,7% entre 2022 e 2023, evidenciando a relevância do segmento para a economia. Os dados fazem parte do relatório produzido pela Indústria Florestal Paulista (Florestar), e divulgado em setembro de 2025, que traz uma análise completa dos valores econômicos, sociais e ambientais do setor. “Esses resultados reforçam a vocação da área no fornecimento de matéria-prima para a indústria de alta escala. Um exemplo é a produção de resina de pinus. São Paulo é hoje o maior produtor de resina do Brasil, respondendo por 59% do Valor Bruto da Produção (VBP) e da quantidade nacional”, destaca Fernanda Abilio, diretora da Florestar. 

A pesquisa mostra que a cadeia produtiva baseada em eucalipto e pinus alia crescimento econômico, conservação ambiental e qualidade de vida. Atualmente, mais de cinco mil bioprodutos são gerados a partir das florestas plantadas. A celulose, por exemplo, tem aplicações diversas, começando pela fabricação de papel e embalagens; passando pela indústria alimentícia, como estabilizante e substituto de gordura, produção de tripas artificiais para embutidos; e na chamada celulose fluff, base de absorventes femininos e fraldas descartáveis. O pinus, por sua vez, é fonte de madeira para produtos serrados, móveis, construção civil, resinas aplicadas em vernizes, tintas, adesivos, colas e vedantes, entre outros. 

Mais de 12% da área nacional 

O levantamento da Indústria Florestal Paulista (Florestar) aponta que São Paulo é um dos principais estados brasileiros com florestas plantadas, somando 1,29 milhão de hectares, o equivalente a 12,6% da área nacional. O eucalipto predomina com 1 milhão de hectares, seguido por 154 mil hectares de pinus, 124 mil hectares de seringueira e sete mil de outros gêneros. Nos últimos quatro anos, a área cultivada cresceu mais de 68 mil hectares (6%), principalmente em áreas com algum grau de degradação reestabelecendo a produtividade ao solo, sendo 85% em novos plantios de eucalipto. “Essa base industrial é sustentada por uma extensa rede de serviços especializados, como empresas de silvicultura, colheita, transporte de madeira, fornecimento de insumos e suporte técnico”, explica Fernanda. 

As florestas plantadas estão presentes em 76% dos municípios paulistas, com grande concentração em regiões como Avaré, Bauru, Botucatu, Capão Bonito, Itapetininga e Itapeva, que respondem por 46% do total plantado no estado. Além das condições naturais favoráveis, São Paulo se destaca por sua infraestrutura logística, com malhas rodoviária, ferroviária, hidroviária e acesso ao Porto de Santos. “Esse conjunto facilita o escoamento da produção e amplia a competitividade do setor no mercado nacional e internacional”, acrescenta a diretora da Florestar. 

Com movimentação de R$ 4,45 bilhões em Valor Bruto da Produção (14,1% do total brasileiro), o setor florestal paulista é o que mais emprega no país, com mais de 877 mil vagas diretas e indiretas. No comércio exterior, São Paulo também mantém protagonismo: em 2024, foram US$ 3,29 bilhões em exportações. 19,5% do total nacional do setor florestal, um crescimento de 15,9% em relação ao ano anterior. Ao todo, 5,62 milhões de toneladas de produtos florestais foram exportados, com destaque para celulose (52,4%), papel (35,8%) e resina (5,1%). Os principais destinos foram China (33,7%), Estados Unidos (9,8%), Países Baixos (5,3%), Itália (4,7%) e Peru (4,6%). 





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