quinta-feira, outubro 30, 2025

Política & Agro

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Lei do frete mínimo eleva custos de transporte do setor de fertilizantes em mais de 35%


Mobilização do setor cobra revisão de critérios da tabela da ANTT e suspensão da cobrança de multas eletrônicas, assim como aprimoramento da Lei 13.703/2018. Sindiadubos discutirá a questão no Simpósio NPK 2025

Prevista para iniciar na última segunda-feira (20), a intensificação da fiscalização eletrônica do Piso Mínimo de Frete, através do MDF-e (Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais) — implantado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) com base na Lei 13.703/2018 — desperta questionamentos por parte do Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas no Estado do Paraná (Sindiadubos). A entidade avalia que a medida elevará os custos de transporte do setor em mais de 35% e defende a revisão de critérios da tabela da ANTT e a suspensão da cobrança de multas eletrônicas. “A nova precificação dos fretes ocasionará distorções não apenas no preço do serviço, mas também no preço dos alimentos, principalmente aqueles que integram a cesta básica”, destaca o engenheiro agrônomo Veríssimo Cubas, gerente executivo do Sindiadubos. 

Cubas destaca que o setor de fertilizantes está mobilizado na defesa pela postergação da cobrança de multas por descumprimento da tabela vigente, que entrou em vigor neste mês, e a revisão dos critérios da tabela de frete mínimo. O Sindiadubos também defende uma adaptação da Lei 13.708/2018 ao real cenário de mercado, de logística e infraestrutura. Pois o texto atual não considera vários temas de mercado, como o próprio frete de retorno, tempo de carga e descarga, tempo útil dos equipamentos de transportes, dentre outros.

A Lei 13.703/2018 entrou em vigor após a greve dos caminhoneiros e a tabela de frete mínimo foi atualizada pela ANTT em junho de 2021. “A fiscalização eletrônica iniciada em outubro deste ano, está causando problemas à indústria de fertilizantes, especialmente em relação ao pagamento de 92% sobre o frete de retorno, o que é impossível para um setor que opera com margens de lucro de 3 a 4%”, aponta Cubas. Por isso, conforme o gerente do Sindiadubos, é necessário alertar a sociedade de que a medida causa um efeito cascata, já que não se trata apenas do preço mínimo de frete do transporte agrícola, mas de todas as atividades econômicas. “O setor de fertilizantes acaba por ser o mais afetado, devido ao nosso volume movimentado e envolve todo um planejamento logístico de levar os insumos do navio para a fábrica e da fábrica para a fazenda”, cita. 

“A tabela do frete mínimo causa distorções, com fretes de curta e média distância, sendo a título de exemplo precificados a R$ 75/ton na tabela, mas custando R$ 180/ton no mercado, enquanto fretes de longa distância estão a R$ 380/ton na tabela e em torno de R$ 250/ton no mercado”, detalha o diretor executivo da Associação de Misturadores do Brasil (AMA Brasil), Antonino Gomes. De acordo com ele, essas discrepâncias, além da exigência do manifesto de frete eletrônico (MDF-e) e as multas aplicadas desde 1º de outubro, criam grande insegurança para as empresas de fertilizantes na contratação de fretes e impactam toda a cadeia produtiva. “A tabela de frete implementada causou desarmonia no livre comércio do setor de alimentos, resultando no encarecimento da produção agrícola e certamente na cesta básica”, pontua.

Segundo o gerente executivo do Sindiadubos, nesse momento é fundamental estabelecer uma discussão entre associações representativas, governo federal e empresas sobre a aplicação desses valores e qual a melhor saída para lidar com a implantação da Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas. Para fomentar as discussões nas esferas dos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo, o Instituto Pensar Agropecuária (IPA), organização composta por 58 entidades representativas agropecuárias, está auxiliando os setores produtivos no contato com o Congresso Nacional. “O Ministério dos Transportes exigiu que fosse cumprida a Lei 13.703/2018 e, com isso, fosse aplicada a nova tabela de frete. Nosso setor apresentou para o IPA, que trabalha junta à Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), um parecer destacando inconsistências sobre os valores e como isso irá inflacionar o mercado”, explica o diretor executivo da AMA.

“Ao levar a discussão para o Congresso, entendemos a importância de discutir medidas para aprimorar os requisitos e aplicabilidade da tabela de frete”, afirma Cubas. Também com esse objetivo, o Sindiadubos realizará uma mesa de discussão sobre o tema na abertura do Simpósio NPK 2025, no próximo dia 30 de outubro. O painel terá a participação do presidente da Fertipar, Alceu Feldman, e dos deputados federais Pedro Lupion e Tião Medeiros, da FPA, para debater os desafios diante dos valores cobrados do setor por conta da tabela de frete mínimo da ANTT.





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Brotações aumentam 21% no cinturão citrícola e exigem atenção ao controle do psilídeos


O levantamento da primeira quinzena de outubro do Alerta Psilídeo mostra um cenário de atenção para os citricultores. As brotações aumentaram 21% no cinturão citrícola em relação à quinzena anterior, passando de 18,0 para 21,8 das plantas. Esse aumento favorece a multiplicação do psilídeo, inseto vetor do greening, a principal doença da citricultura.

A orientação é manter o rigor no controle, especialmente em ações conjuntas e coordenadas. “Esse aumento nas brotações cria um ambiente extremamente favorável para o psilídeo. É essencial que os citricultores intensifiquem o monitoramento e realizem o manejo de forma coordenada e regionalizada, porque o inseto não respeita limites de propriedade. O sucesso do controle depende do engajamento coletivo de todos os produtores”, explica o coordenador do Departamento de Transferência de Tecnologia do Fundecitrus, Ivaldo Sala.

No comparativo anual, o levantamento indica que, de janeiro a outubro de 2025, as capturas de psilídeos foram 32% menores do que no mesmo período de 2024. Ainda assim, ao comparar apenas a primeira quinzena de outubro, o número de insetos capturados foi 28% maior que no mesmo período do ano passado, o que reforça a necessidade de monitoramento constante e ações de controle integradas.

Sobre a ferramenta

O Alerta Psilídeo é uma ferramenta gratuita desenvolvida pelo Fundecitrus para auxiliar os citricultores no manejo regional do greening. É o maior sistema de monitoramento do psilídeo do mundo e uma das principais bases de informação para o controle coletivo e eficiente da doença.

O levantamento da primeira quinzena de outubro do Alerta Psilídeo mostra um cenário de atenção para os citricultores. As brotações aumentaram 21% no cinturão citrícola em relação à quinzena anterior, passando de 18,0 para 21,8 das plantas. Esse aumento favorece a multiplicação do psilídeo, inseto vetor do greening, a principal doença da citricultura.

A orientação é manter o rigor no controle, especialmente em ações conjuntas e coordenadas. “Esse aumento nas brotações cria um ambiente extremamente favorável para o psilídeo. É essencial que os citricultores intensifiquem o monitoramento e realizem o manejo de forma coordenada e regionalizada, porque o inseto não respeita limites de propriedade. O sucesso do controle depende do engajamento coletivo de todos os produtores”, explica o coordenador do Departamento de Transferência de Tecnologia do Fundecitrus, Ivaldo Sala.

No comparativo anual, o levantamento indica que, de janeiro a outubro de 2025, as capturas de psilídeos foram 32% menores do que no mesmo período de 2024. Ainda assim, ao comparar apenas a primeira quinzena de outubro, o número de insetos capturados foi 28% maior que no mesmo período do ano passado, o que reforça a necessidade de monitoramento constante e ações de controle integradas.

Sobre a ferramenta

O Alerta Psilídeo é uma ferramenta gratuita desenvolvida pelo Fundecitrus para auxiliar os citricultores no manejo regional do greening. É o maior sistema de monitoramento do psilídeo do mundo e uma das principais bases de informação para o controle coletivo e eficiente da doença.





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Avalia Psilídeo tem nova atualização em duas regiões paulistas



21ª atualização do Avalia Psilídeo


Foto: Fundecitrus

O Fundecitrus disponibilizou, nesta segunda-feira (20), a 21ª atualização do Avalia Psilídeo, ferramenta que auxilia o citricultor ao fornecer informações sobre a eficácia de inseticidas no controle do psilídeo.

A nova atualização do sistema inclui os dados de três populações do inseto, duas coletadas nas regiões de Casa Branca e uma em Itapetininga. Ao todo, o Avalia Psilídeo já reúne resultados de 107 populações coletadas em diferentes áreas do cinturão citrícola paulista e mineiro, ampliando o conhecimento sobre a resistência do inseto e apoiando o manejo mais eficiente no campo.

 





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Gibis do Fundecitrus são distribuídos na Festa Literária de Piracicaba


Na última semana, foi realizada a 6ª edição da Festa Literária de Piracicaba (Flipira). O evento, que já se consolidou no calendário cultural da cidade, é voltado à literatura, produção literária, leitura e cultura local, com o objetivo de fomentar o hábito da leitura, valorizar autores e obras, promover oficinas, contações de histórias, concursos literários e envolver escolas, instituições culturais e a comunidade em geral.

Nesta edição, o Fundecitrus foi convidado a participar com a distribuição do novo gibi “Uma aventura no pomar”, um material desenvolvido especialmente para o público infantil. A publicação utiliza a tecnologia de realidade aumentada, acessível por meio de um QR-code que direciona para uma experiência interativa, na qual elementos digitais são sobrepostos ao mundo real, tornando a leitura ainda mais atrativa. De maneira acessível, o conteúdo apresenta informações sobre a citricultura e o greening.

A entrega dos gibis foi feita pela professora titular do Departamento de Ciências Biológicas da Esalq/USP Beatriz Appezzato da Glória. A docente explica que a ideia inicial era apresentar parte das atividades do Grupo de Extensão em Morfologia Vegetal (GEMOV), que trabalha com ensino e divulgação científica por meio de uma coleção de frutos e sementes, exibidos com o auxílio de um estereomicroscópio, recurso que desperta a curiosidade e o interesse das crianças. No entanto, ao observar a expressiva participação do público infantojuvenil na Flipira, a professora propôs incluir também a distribuição dos gibis do Fundecitrus. “A feira foi uma oportunidade de dar maior visibilidade às atividades de ensino, pesquisa e extensão realizadas na Esalq e, com foco no projeto CPA Citros, propus também a distribuição dos gibis do Fundecitrus, uma ferramenta lúdica e educativa que apresenta, de forma acessível, temas importantes sobre a citricultura”, destaca.

A professora também reforça a importância de eventos como a Flipira na aproximação entre universidade e sociedade. “Esses encontros inspiram as novas gerações, despertando nelas o gosto pela ciência, pela natureza e pelo conhecimento”, afirma.

O coordenador da Pesquisa de Estimativa de Safra (PES) do Fundecitrus, Guilherme Rodriguez, destaca a importância da presença de um material da instituição na Flipira. “Mais do que informar, o gibi contribui para a conscientização sobre a defesa da citricultura, envolvendo também as crianças nessa missão. A feira promove o encontro entre ciência, educação e criatividade, princípios que estão alinhados com os objetivos do gibi. O Fundecitrus apoia iniciativas literárias como esta por acreditar no poder transformador da leitura”, ressalta.





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Fundecitrus Podcast – Podridão peduncular: uma ameaça aos pomares de citros



O 66º episódio do Fundecitrus Podcast traz orientações


Foto: Fundecitrus

O 66º episódio do Fundecitrus Podcast traz orientações sobre a podridão peduncular, causada pelos fungos Bot, doença que tem avançado nos pomares e preocupa citricultores. A conversa é com o pesquisador do Fundecitrus Geraldo Silva Junior e o pós-doutorando Thiago Carraro, que abordam as causas do aumento dos casos, a relação da doença com o estresse das plantas — seja por períodos prolongados de calor e seca ou pela infecção por greening — e as principais estratégias de manejo.

O 66º episódio do Fundecitrus Podcast traz orientações sobre a podridão peduncular, causada pelos fungos Bot, doença que tem avançado nos pomares e preocupa citricultores. A conversa é com o pesquisador do Fundecitrus Geraldo Silva Junior e o pós-doutorando Thiago Carraro, que abordam as causas do aumento dos casos, a relação da doença com o estresse das plantas — seja por períodos prolongados de calor e seca ou pela infecção por greening — e as principais estratégias de manejo.





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Aveia gaúcha registra produtividade acima do esperado


A colheita da aveia-branca alcança 38% das lavouras gaúchas, com desempenho considerado positivo, segundo o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (23). De acordo com o levantamento, “a qualidade dos grãos e o peso hectolitro estão satisfatórios, dentro do padrão industrial”.

A instituição informa que, embora tenham sido registrados casos pontuais de acamamento em lavouras de maturação avançada e danos localizados por granizo, esses eventos não impactaram de forma significativa a produtividade estadual. As condições climáticas recentes — com dias ensolarados, temperaturas amenas e boa umidade no solo — têm favorecido o desenvolvimento e o enchimento dos grãos.

A produtividade média estadual está estimada em 2.445 quilos por hectare, representando elevação de 8,48% em relação à projeção inicial. A área cultivada atinge 393.252 hectares. Em relação ao estado fitossanitário, “as lavouras apresentam adequado controle de doenças, com baixa incidência de fungos na fase final do ciclo”, conforme destaca a Emater/RS-Ascar.

Na região administrativa de Bagé, as lavouras mostram bom desenvolvimento, beneficiadas pelo clima favorável. A colheita em São Gabriel está praticamente concluída, restando apenas 5% da área cultivada. Já na Campanha, o enchimento de grãos segue dentro do previsto, com início da colheita programado para meados de novembro.

Em Erechim, a cultura encontra-se na fase de formação de grãos, com produtividade média de 2.400 kg/ha. Em Frederico Westphalen, 60% das lavouras já foram colhidas, com média de 2.370 kg/ha. Para uniformizar a maturação, produtores aplicaram glufosinato de amônio. Houve registros isolados de acamamento e granizo.

Na região de Ijuí, 20% das áreas já foram colhidas, e a produtividade varia entre 2.600 e 2.900 kg/ha, dependendo do nível tecnológico aplicado. Em Santa Maria, metade das lavouras está em maturação fisiológica, com 15% colhidas e rendimento médio previsto de 2.161 kg/ha. Em Soledade, 15% das áreas foram colhidas e 50% estão em enchimento de grãos, com bons resultados nas lavouras conduzidas sob manejo adequado.

No mercado, o produto destinado à indústria alimentícia registra preço médio de R$ 57,70 por saca de 60 quilos na região de Ijuí e R$ 66,00 em Frederico Westphalen.





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Clima favorece milho, mas ritmo varia entre regiões


A semeadura do milho no Rio Grande do Sul alcançou 75% da área prevista, segundo o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (23). A instituição informou que o avanço ocorre de forma desigual entre as regiões, em razão das diferentes condições de umidade e temperatura.

Nas principais áreas produtoras, o plantio está praticamente concluído, com lavouras em fases de germinação e desenvolvimento vegetativo. De acordo com o boletim, “a boa disponibilidade hídrica e as temperaturas adequadas têm beneficiado a cultura, exceto em pontos isolados onde a falta de chuvas ou o excesso de umidade impuseram ajustes no calendário de plantio”. Atualmente, 8% das lavouras estão em crescimento vegetativo e 2% em floração, apresentando bom vigor e arquitetura das plantas.

Os trabalhos de adubação de cobertura e controle de plantas daninhas estão em andamento. Segundo a Emater/RS-Ascar, o Manejo Integrado de Pragas (MIP) vem sendo aplicado em diversas regiões, com monitoramento constante da cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis), lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) e vaquinha (Diabrotica speciosa). Intervenções químicas estão sendo realizadas apenas em áreas com maior incidência.

Para a safra 2025/2026, a projeção é de 785.030 hectares cultivados, com produtividade estimada em 7.376 kg/ha.

Na região administrativa de Bagé, a semeadura segue em ritmo moderado, com produtores aguardando o retorno das chuvas para prosseguir. Na Fronteira Oeste, em São Borja, a área estimada é de 22 mil hectares, e as lavouras implantadas em agosto já estão em floração. Em Itaqui e Maçambará, o excesso de umidade e as baixas temperaturas causaram desuniformidade de plantas e falhas na emergência, sem possibilidade de replantio.

Na região de Caxias do Sul, as lavouras apresentam bom desenvolvimento, ainda limitado por temperaturas baixas e geadas. O plantio está concluído em municípios do entorno de Vacaria, enquanto nos Aparados da Serra, como Cambará do Sul e São José dos Ausentes, a semeadura ocorrerá em novembro.

Em Erechim, o desenvolvimento vegetativo é considerado satisfatório, embora tenha havido redução nas doses de fertilizantes por limitações financeiras dos produtores. Em Frederico Westphalen, o crescimento das lavouras se recupera após um início lento, favorecido pela adubação nitrogenada. A região registra ocorrência significativa de cigarrinha e percevejo, exigindo controle químico e monitoramento contínuo.

Na região de Ijuí, 6% da área foi semeada, com lavouras em ótimas condições vegetativas, colmos vigorosos e folhas bem desenvolvidas. A aplicação de fungicidas ocorre nas áreas próximas ao pendoamento. Em Santa Rosa, a semeadura chega a 88%, com lavouras vigorosas e controle eficiente de pragas pelo MIP.

Já em Soledade, o plantio alcança 60%. As lavouras semeadas em agosto iniciam o florescimento, especialmente nas áreas de menor altitude. O desenvolvimento é considerado uniforme, sem registros significativos de pragas.





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Exportações de carne bovina batem recorde em setembro



China impulsiona recorde nas exportações de carne



Foto: Pixabay

As exportações brasileiras de carne bovina atingiram um novo recorde em setembro, segundo o Boletim de Conjuntura Agropecuária divulgado nesta quinta-feira (23) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

De acordo com dados do Cepea, foram exportadas 348 mil toneladas no mês, o maior volume já registrado para o período na série histórica da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). O boletim destaca que “no acumulado do ano, as exportações já estão mais de 15% acima do total registrado em 2024”.

O crescimento foi impulsionado principalmente pela demanda da China e de Hong Kong, que tiveram papel central no avanço das vendas externas. Segundo o Cepea, a preparação para o Ano Novo Chinês, celebrado em fevereiro, tem elevado as compras de carne brasileira nesses mercados.

O documento também aponta que as festas de fim de ano no Brasil devem estimular o consumo interno, o que pode sustentar os preços no último trimestre de 2025. “Com isso, a carne tende a ficar ainda menos acessível para o consumidor brasileiro”, alerta o boletim.





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Clima favorece lavouras de feijão da 1ª safra



Feijão mantém ritmo de plantio e bom potencial produtivo



Foto: Canva

A semeadura do feijão da primeira safra avança no Rio Grande do Sul, acompanhando as variações de clima e solo nas regiões produtoras. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (23) pela Emater/RS-Ascar, o plantio nas áreas de segundo cultivo está próximo da conclusão, enquanto no Sul do Estado o processo ocorre de forma escalonada. Nos Campos de Cima da Serra, a semeadura é tradicionalmente tardia e deve começar em dezembro, após a colheita das lavouras mais precoces.

Segundo o informativo, “a maior parte dos cultivos está em fase de desenvolvimento vegetativo, e nas lavouras mais adiantadas já se observa o início do florescimento”. As condições climáticas recentes, com temperaturas em elevação e precipitações regulares, têm favorecido o crescimento das plantas. O documento destaca ainda que o frio residual e as geadas ocasionaram leve encarquilhamento foliar em algumas áreas, “sem impacto relevante sobre o potencial produtivo”.

O manejo fitossanitário segue de forma preventiva, com monitoramento de insetos e início das aplicações fungicidas nas lavouras em transição para o estágio reprodutivo. Conforme o levantamento, “a qualidade do estande e o vigor vegetativo indicam bom potencial de produtividade até o momento”. A área projetada para a primeira safra é de 26,06 mil hectares, com produtividade média estimada em 1.770 kg/ha.

Na região de Erechim, o plantio ainda não foi concluído devido às chuvas e ao frio no início do período, e deve se concentrar nas áreas de resteva do trigo. Em Ijuí, 3% das áreas já estão em florescimento, e há registro de leve encarquilhamento das folhas em decorrência das baixas temperaturas. A região de Pelotas tem 32% da área semeada, com 98% das lavouras em fase vegetativa e 2% em florescimento.

Em Santa Maria, cerca de 75% da área foi implantada. As temperaturas mais baixas afetaram parte das lavouras em floração, mas sem prejuízos significativos. Já em Soledade, as temperaturas amenas, a boa luminosidade e as chuvas regulares favoreceram o desenvolvimento inicial da cultura. O manejo de cobertura nitrogenada e o uso preventivo de fungicidas seguem em andamento. Nas áreas de menor altitude, onde o plantio começou em agosto, as lavouras precoces já iniciaram o enchimento de grãos. A semeadura atinge 5% da área total prevista.





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Camomila fortalece economia rural no Paraná


Segundo o Boletim de Conjuntura Agropecuária, divulgado na quinta-feira (23) pelos analistas do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), a camomila mantém relevância econômica nos municípios paranaenses onde é cultivada. O levantamento destaca que, embora a cultura represente pequena participação na produção agropecuária total, ela tem papel expressivo nas localidades especializadas.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Paraná respondeu por 79,5% das 391 toneladas produzidas no país em 2017, segundo o último Censo Agropecuário. “O estado foi responsável por 311 toneladas, que geraram R$ 2,2 milhões em Valor Bruto da Produção (VBP), o equivalente a 91,5% do total nacional”, indica o boletim.

Naquele período, o município de Mandirituba, na região metropolitana de Curitiba, liderava o ranking nacional, com 11 estabelecimentos produtores e colheita de 55 toneladas, resultando em R$ 400 mil de VBP.

Os dados mais recentes do Deral mostram que, em 2024, a camomila cultivada em 2,3 mil hectares rendeu 1,1 mil toneladas e R$ 15 milhões em VBP. O Núcleo Regional de Curitiba concentrou 98,7% da produção estadual. “A planta é explorada em 16 dos 399 municípios do Paraná, sendo Mandirituba, São José dos Pinhais e Contenda os principais polos, somando 72,6% da produção”, detalha o documento.

A cultura é destinada tanto ao mercado interno quanto à exportação, classificada na Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) 1211.90.90, que agrupa produtos medicinais sob a categoria “outros”. Segundo o boletim, as atividades de colheita, transporte e secagem da safra 2025 já foram concluídas, e a comercialização segue ao longo do ano, conforme a demanda industrial e de exportação.

O Deral ressalta que um dos principais desafios enfrentados pelos produtores é a dependência de intermediários, o que reduz a margem de lucro. “Grande parte dos agricultores é composta por pequenos produtores, que ainda não dispõem de estrutura própria de beneficiamento”, conclui o informe.

 





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