quinta-feira, outubro 30, 2025

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Comercialização do milho avança devagar e especialistas apontam desafios…


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A comercialização do milho segue em ritmo mais lento neste ano, com analistas apontando que o produtor brasileiro ainda segura boa parte da safra aguardando por melhores preços. Ao mesmo tempo, o mercado enfrenta pressões do câmbio, da oferta e da demanda, que trazem riscos, mas também algumas oportunidades. 

O analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, destaca que a segunda safra de 2025 tem alta produção, mas as vendas estão atrasadas. “A ideia é que a safrinha tenha recolhido 112 milhões de toneladas. Nesse momento nós acreditamos que tem 63 milhões de toneladas negociadas, o que dá mais ou menos 56%. Está atrasado, a média nesse momento de safrinha seria estar negociado pelo produtor pelo menos 60%.” 

Brandalizze acrescenta que ainda restam volumes da safra de verão 2024/25 a serem negociados, o que mantém grande quantidade de milho disponível nas mãos dos produtores. “Ainda tem cerca de 10 milhões de toneladas para serem negociadas. Então, nessa conta, teriam ainda, mais ou menos,  59 milhões de toneladas livres na mão do produtor entre safra e safrinha.” 

Para Roberto Carlos Rafael, da Germinar Corretora, o ritmo de comercialização também é lento em algumas regiões, apesar de Mato Grosso avançar mais nas negociações. “A safrinha já tem algo ao redor de 50% comercializado. Da safrinha de 2026 alguma coisa ao redor de 5 a 6%. Só para você ter uma ideia no Mato Grosso o IMEA fala em 68% comercializado e a safrinha de 2026 eles falam em 15%.” 

Ele destaca ainda a participação das indústrias de etanol no mercado, que compram antecipadamente para garantir o abastecimento antes da chegada da nova safrinha. “Lembrando que esses números agora além da questão de importação nós estamos falando também de negócios realizados pelas empresas de etanol que eles têm o costume de fazer as compras antecipadas. Então eles ficam comprando ao longo desse ano para depois consumir esse milho ali entre fevereiro a maio até a chegada da nova safrinha.” 

Rafael ressalta que os preços seguem pressionados e que só haveria espaço para recuperação em caso de valorização cambial. “Acredito que vamos passar com muito milho aqui no Brasil e isso vai ser uma pressão para segurar os preços. Porém se tiver alguma coisa de alta no câmbio é onde poderíamos ter melhor preço.” Ele também avalia que “a melhor oportunidade do ano já passou” e que o mercado segue lateralizado neste momento. 

A análise é compartilhada por Gilberto Leal, que também chama atenção para os impactos do câmbio na formação das cotações. “O dólar a R$ 5,29 nos como exportadores acaba de certa forma nos prejudicando. O milho aqui nós estamos em uma realidade diferente, né, Carlinha? O eixo da 163 hoje mudou a formação de preço, mudou totalmente o preço do milho, o price, né?” 

Segundo ele, os preços atuais mostram um cenário distinto de 2024, quando o cereal alcançou valores elevados. “Hoje o milho para entrega em dezembro, com pagamento em janeiro, está em torno de R$ 50,00 a R$ 51,00, valores bem abaixo da mesma janela do ano passado. Isso já indica um balanço diferente do milho no Brasil, principalmente no Mato Grosso.” 

Leal avalia que a entrada da nova safra mais cedo pode pressionar ainda mais as cotações no início de 2026. “Com a entrada mais cedo da colheita, teremos uma oferta maior em janeiro. A lei da oferta e demanda não tem conversa: preços tendem a ceder, e a indústria sabe disso.” 

Para o analista, além da abundância de milho no mercado interno, a exportação também encontra dificuldades diante do câmbio atual. “Com dólar a 5,29, o nosso milho que precisa sair um pouquinho para exportação tem dificuldade. Acaba encarecendo ainda mais em termos de matriz de competitividade. O nosso milho segue bem travado na exportação também.” 





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Bem-estar animal ganha espaço na suinocultura nacional


A suinocultura brasileira mantém posição de destaque mundial tanto em volume de produção quanto em competitividade. Em 2024, o Brasil produziu 5,3 milhões de toneladas de carne suína, com um rebanho de 46,6 milhões de animais abatidos e 2,1 milhões de matrizes ativas. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou que houve aumento de 2,9% em relação ao ano anterior e crescimento de 52,8% nos últimos dez anos, mantendo o país na quarta posição entre os maiores produtores e exportadores desde 2015, atrás apenas de China, União Europeia e Estados Unidos.

A Ásia segue como principal destino da carne suína nacional. Filipinas, China, Hong Kong, Japão e Singapura concentraram 63,8% das exportações — cerca de 775 mil toneladas. Nesse contexto, o investimento em bem-estar animal passou a ser considerado um fator estratégico para o comércio internacional. A Conab destacou que “a crescente exigência dos países importadores torna a adequação das práticas de manejo um diferencial competitivo”.

Na União Europeia, o uso de celas de gestação — estruturas que restringem o movimento de porcas prenhas — é proibido desde 2013, com exceção dos 28 primeiros dias após a inseminação. A prática também foi banida em Noruega, Suécia, Suíça, Reino Unido e Nova Zelândia (com implementação total prevista para 2025), além de 11 estados dos Estados Unidos.

Nesse cenário, a 6ª edição do Observatório Suíno, relatório elaborado pela Alianima, consolida-se como instrumento de monitoramento e avaliação do setor. O documento utiliza questionários distintos para produtores e compradores, como redes de restaurantes e supermercados. Segundo Maria Fernanda Martin, zootecnista e gerente de relações corporativas e bem-estar animal da Alianima, o objetivo do levantamento é “identificar gargalos, reconhecer boas práticas e estimular o avanço contínuo do setor em direção a sistemas mais sustentáveis”. Ela afirmou ainda que “neste ano, observamos um avanço na gestação coletiva por parte da maioria dos fornecedores, assim como nos compromissos públicos com a adoção do sistema cobre e solta para novas instalações”.

O relatório aponta que todos os fornecedores são capazes de fornecer informações sobre a origem da carne suína livre de celas de gestação, o que reforça a rastreabilidade e a viabilidade técnica da cadeia. Com base em dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), os produtores comprometidos representam 62,2% das matrizes ativas alojadas no país.

Entre os principais desafios para ampliar o alojamento em grupo, 89% dos fornecedores citaram o financiamento como maior obstáculo, seguido pela precificação do produto final (78%) e o planejamento das instalações (67%). A zootecnista destacou que o cenário demonstra amadurecimento técnico do setor e maior busca por qualificação.

O sistema “cobre e solta”, que permite maior mobilidade das fêmeas em baias após a cobertura, começa a ser adotado com mais frequência. Apesar das exigências de espaço e manejo mais complexo, empresas já percebem benefícios para a saúde física e mental dos animais. As desvantagens relatadas incluem perdas reprodutivas, brigas, dificuldade em manter o escore corporal, custos de implementação e necessidade de mais espaço. Já as vantagens mais citadas foram bem-estar, saúde e melhor desempenho das matrizes.

As celas de maternidade também foram apontadas como problema de bem-estar, por limitarem o movimento das porcas e impossibilitarem comportamentos naturais, como a construção de ninhos. O relatório mostra que 67% dos fornecedores têm planos para ampliar o espaço das maternidades, um aumento de 29% em relação ao levantamento anterior.

No manejo de leitões, todas as empresas produtoras afirmaram não realizar castração cirúrgica, e 78% já aboliram o desgaste de dentes. No entanto, práticas como o corte de orelhas e caudas ainda persistem. As empresas citam dificuldades em adotar alternativas devido ao custo e à falta de soluções eficazes contra a caudofagia.

“É importante notar que há uma diminuição na intenção das empresas em banir o corte de cauda ao longo dos anos, como mostra a edição deste ano, em que apenas uma empresa, a MBRF, assinalou a resposta positiva. O corte de cauda segue sendo o manejo mais complexo para o banimento por conta da causa multifatorial do problema de mordedura entre os leitões”, explicou Martin. Segundo ela, apesar dos desafios, o interesse crescente do setor é um indicativo positivo de avanço.





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Pequenos negócios podem pedir devolução de tributos sobre exportações


Iniciativa do governo federal voltada a microempreendedores individuais (MEIs), micro e pequenas empresas (MPEs) exportadoras, o Programa Acredita Exportação já está disponível. A partir desta terça-feira (21), os empreendedores podem pedir a compensação ou ressarcimento de até 3% sobre o valor exportado, devolvendo de forma simplificada os tributos pagos ao longo da cadeia produtiva.

A medida representa um avanço na desoneração das exportações e busca aumentar a competitividade das empresas de menor porte no comércio internacional, antecipando efeitos previstos na reforma tributária. O programa é uma parceria entre o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) e o Ministério da Fazenda, com suporte da Receita Federal.

O pedido é feito de forma totalmente digital, pelo site da Receita Federal. O Acredita Exportação beneficia tanto vendas de bens como de serviços.

Para orientar os empreendedores, o Mdic e a Receita realizaram uma live no YouTube, explicando o passo a passo do processo de solicitação e como acessar o sistema de ressarcimento pelo site da Receita Federal.

Sancionado em julho pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Acredita Exportação prevê devolução de até 3% do valor exportado. O crédito pode ser ressarcido em dinheiro ou utilizado para compensar tributos federais — como Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.

O primeiro período de referência será para as exportações realizadas de 1º de agosto a 30 de setembro de 2025. Após o fechamento de cada trimestre, as empresas devem reunir as informações das notas fiscais e calcular o crédito de 3%. Mais detalhes estão disponíveis no guia completo do Acredita Exportação, divulgado pelo Mdic.

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex/MDIC), 11,5 mil MPEs exportaram em 2024, representando 40% do total de empresas exportadoras do país — que somaram 28,8 mil. Juntas, essas pequenas empresas movimentaram US$ 2,6 bilhões em vendas internacionais.

Há dez anos, em 2014, eram pouco mais de 5,3 mil exportadoras de pequeno porte, o que correspondia a 28,6% do total, mostrando o avanço expressivo do setor.

Além do Acredita Exportação, as micro, pequenas e médias empresas podem buscar outros programas de incentivo. Entre as iniciativas estão o Brasil Mais Produtivo, que oferece capacitação e consultorias; o Programa de Financiamento à Exportação (o Proex); o Seguro de Crédito à Exportação, com garantia do Fundo de Garantia à Exportação (SCE/FGE); e o Desenrola Pequenos Negócios, voltado à renegociação de dívidas.





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Participação de fêmeas no abate em Mato Grosso segue elevada



Fêmeas representam 44% dos abates em MT



Foto: Pixabay

Segundo análise semanal do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgada nesta segunda-feira (20), mesmo com a redução no abate de matrizes, a presença de novilhas de corte tem mantido o ritmo elevado de abate de fêmeas em Mato Grosso. Em setembro de 2025, as fêmeas representaram 44,03% do total abatido no estado.

Na comparação com agosto, o volume de fêmeas enviadas aos frigoríficos recuou 4,14%. De acordo com o Imea, “apesar dessa redução mensal, a intensidade do recuo foi menor que a observada no mesmo período do ano passado, quando a queda havia sido de 14,82%”.

No acumulado de 2025, a participação de fêmeas está 6,81 pontos percentuais acima do registrado no mesmo intervalo de 2024, o que, segundo o instituto, indica “uma oferta ainda robusta, especialmente de novilhas terminadas”. Essa elevada participação tem exercido pressão sobre as cotações do boi gordo ao longo do ano.

O Imea avalia que, embora haja expectativa de ajustes positivos nos preços no final do quarto trimestre, “movimentos expressivos de alta no curto prazo não são esperados”, já que o volume de fêmeas terminadas ainda se mantém em patamar elevado.





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Pecuária é chave para reduzir emissões de metano


Enquanto as emissões de metano do Brasil aumentaram 6% entre 2020 e 2023, alcançando 20,8 milhões de toneladas segundo o Observatório do Clima, pesquisadores apontam que a solução está em investir na eficiência produtiva da pecuária. O setor agropecuário, responsável por 75% das emissões do gás, pode reduzir significativamente seu impacto ambiental sem comprometer a produção, adotando práticas que tornem o rebanho mais produtivo e sustentável.

De acordo com estudos da Unesp, o manejo adequado das pastagens e a melhoria da alimentação dos bovinos são caminhos diretos para diminuir as emissões. O professor Ricardo Reis, da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal, explica que quando o boi consome pasto verde e de alta qualidade, emite menos metano e o produtor ainda contribui para o sequestro de carbono no solo.

“O que faz com que o animal produza metano é a digestão da fibra de baixa qualidade do capim no rúmen. Quando o boi come um pasto verde e de qualidade, ele vai emitir menos metano. Ao mesmo tempo, o produtor estoca carbono no solo ao preservar as pastagens. Essa é a forma mais eficiente de mitigação”, diz Reis.

Além disso, a adoção de sistemas integrados de produção, como lavoura-pecuária-floresta, e o uso de suplementação alimentar de qualidade ajudam a maximizar o ganho de peso e diminuir o tempo de abate, reduzindo o número total de cabeças necessárias para manter a produção.

Pesquisadores defendem que o país precisa alinhar as políticas fundiárias e ambientais para refletir corretamente os avanços em produtividade e eficiência. Assim, o Brasil poderia transformar um dos principais focos de emissões em uma oportunidade de liderança climática, conciliando desenvolvimento agropecuário e compromisso ambiental.

“Em razão dessa questão metodológica, todo o esforço do Brasil para reformar suas pastagens, adotar sistemas integrados de produção, melhorar a qualidade nutricional, entre outras tecnologias, não está sendo capturado nas estimativas de emissão, porque elas usam os dados de rebanho oficiais do IBGE, que são imprecisos”, diz o pesquisador.

 





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Agro investe em experiências exclusivas



O impacto econômico desse tipo de iniciativa também é significativo


O impacto econômico desse tipo de iniciativa também é significativo
O impacto econômico desse tipo de iniciativa também é significativo – Foto: Divulgação

O agronegócio brasileiro, além de ser um dos pilares da economia nacional, tem se destacado como um campo fértil para inovação e construção de marca. Segundo artigo de Vanessa Chiarelli Schabbel, diretora executiva da Bop Comunicação Integrada, os eventos proprietários vêm se consolidando como uma ferramenta estratégica para fortalecer a comunicação, gerar negócios e ampliar o impacto econômico do setor.

Diferentemente das feiras tradicionais, esses eventos são concebidos e organizados pelas próprias empresas, que passam a ter total controle sobre a narrativa, os temas, o formato e a experiência oferecida ao público. Essa personalização, afirma Schabbel, permite maior engajamento, fortalecimento da autoridade da marca e criação de conexões duradouras dentro da cadeia produtiva.

O impacto econômico desse tipo de iniciativa também é significativo. A autora cita como exemplo o sucesso da Agrishow 2025, que movimentou R$ 14,6 bilhões em intenções de negócios, e o impacto de R$ 395 milhões da Festa do Peão de Barretos no turismo local. Para ela, os eventos proprietários não apenas fomentam oportunidades comerciais qualificadas, mas também constroem capital relacional e reputacional.

“Mais do que uma tendência, essa prática representa uma evolução na comunicação do agro. Ao criar seus próprios espaços de diálogo, as empresas investem diretamente na inovação, na construção de sua reputação e no fortalecimento de todo o ecossistema do agronegócio. Portanto, adotar eventos proprietários é afirmar-se como agente central no contínuo processo de desenvolvimento econômico e social impulsionado pelo campo brasileiro”, conclui.

 





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Maior feira de máquinas do mundo deve bater recorde



O Brasil mantém presença consolidada com dois pavilhões


O Brasil mantém presença consolidada com dois pavilhões
O Brasil mantém presença consolidada com dois pavilhões – Foto: Divulgação

A Agritechnica 2025, que acontece de 9 a 15 de novembro em Hannover, na Alemanha, promete ser a edição mais internacional da história. Segundo a organizadora DLG (Sociedade Agrícola Alemã), o evento reunirá 37 pavilhões nacionais e regionais, um recorde absoluto, representando 23 países. A novidade fica por conta de cinco estreantes: Austrália, República Tcheca, Hungria, Polônia e Turquia, que se juntam aos mais de 2.700 expositores esperados para esta edição.

O aumento no número de pavilhões confirma o papel da Agritechnica como o principal palco global de negócios do agronegócio. São esperados cerca de 430 mil visitantes de quase 150 países, reforçando o potencial da feira para conectar empresas a novos mercados e parceiros estratégicos. Entre os estreantes, a Austrália ganha destaque com o projeto “Team Australia Mission”, liderado pela Australian Agritech Association, em parceria com o governo de Queensland e a AgriFutures growAG. O pavilhão australiano apresentará tecnologias voltadas à produtividade, sustentabilidade e adaptação climática — áreas em que o país vem se destacando globalmente.

O Brasil mantém presença consolidada com dois pavilhões (nos pavilhões 9 e 15), reforçando o peso da agricultura tropical e das soluções desenvolvidas para grandes culturas. Já os pavilhões do Canadá, França e República Tcheca terão papel de destaque durante o Dia Internacional do Agricultor, em 12 de novembro, com entrada gratuita para produtores desses países e programação especial sobre inovação e desafios produtivos.

Além das inovações tecnológicas, a feira também aposta em experiências culturais. No dia 11 de novembro, acontecem simultaneamente a “Australia Night” e a recepção canadense, encontros voltados ao networking e à integração entre profissionais do agro. Segundo Timo Zipf, gerente de projeto da Agritechnica, os pavilhões nacionais “trazem não apenas tecnologia, mas também o espírito e a identidade de cada país”, transformando Hannover no epicentro global da agricultura moderna.

 





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Ponteiras de alta tecnologia ganham espaço na safra 2025/26



“O design das ponteiras foi projetado para otimizar o fluxo das áreas”


“O design das ponteiras foi projetado para otimizar o fluxo das áreas durante a operação"
“O design das ponteiras foi projetado para otimizar o fluxo das áreas durante a operação” – Foto: Pixabay

Pequenas, mas estratégicas, as ponteiras usadas nas hastes de descompactadores estão no centro das decisões de preparo de solo para a safra 2025/26. Em um cenário de custos operacionais elevados, puxados por combustíveis, peças e manutenção, produtores e fabricantes apostam em modelos de alta durabilidade para reduzir paradas e economizar combustível.

Segundo a Piccin, fabricante de tecnologias agrícolas, a ponteira original da marca apresentou durabilidade até 213% superior em testes comparativos. A maior vida útil se traduz em mais hectares trabalhados por janela de preparo e menor Custo Operacional Efetivo (COE). Além disso, a descompactação eficiente melhora a infiltração de água e o desenvolvimento radicular, preservando a produtividade mesmo em anos secos.

“O design das ponteiras foi projetado para otimizar o fluxo das áreas durante a operação, reduzindo esforços e prolongando o tempo de trabalho contínuo”, afirma Elton Antonio, Head de Engenharia de Produto e Engenharia de Processos da Piccin. 

Com janelas de plantio curtas e clima instável, o investimento em componentes originais de maior desempenho passa a ser visto como estratégia de performance, e não apenas como reposição. No fim, a conta é simples: mais área trabalhada, menor gasto e solo mais produtivo.

“Com regulagem certa, troca de ponteira e faca frontal no tempo correto, o produtor corta custo operacional e protege a sua produtividade, movimento no qual a ponteira original, pela maior durabilidade medida em testes, passa a ser vista como investimento em performance, e não apenas como peça de reposição”, finaliza o especialista da Piccin.

 





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Açúcar recua 2,2% na semana e etanol mantém estabilidade



O movimento reflete ajustes nas posições dos fundos


O movimento reflete ajustes nas posições dos fundos
O movimento reflete ajustes nas posições dos fundos – Foto: Pixabay

O mercado de açúcar encerrou a última semana em baixa, interrompendo a sequência de recuperação observada no início de outubro. De acordo com a StoneX, o contrato de março/26 fechou a sexta-feira (10) em US¢ 16,10/lb, o que representa uma queda semanal de 2,2%. A commodity operou majoritariamente em desvalorização, com exceção da segunda-feira, quando houve uma breve consolidação dos ganhos registrados na virada do mês.

De acordo com as informações da StoneX, o movimento reflete ajustes nas posições dos fundos e a expectativa de aumento na oferta global, especialmente com o avanço da safra asiática. Além disso, a valorização do dólar frente a moedas de países exportadores tende a pressionar os preços internacionais, enquanto o mercado físico segue com liquidez moderada.

No segmento de etanol hidratado, o preço no mercado spot paulista se manteve próximo de R$ 3,31 por litro, mostrando estabilidade após o recuo registrado no início de outubro. Segundo a StoneX, o valor permanece abaixo dos R$ 3,40/L observados em setembro, em um cenário de maior competitividade e maior oferta de cana-de-açúcar na safra do Centro-Sul. Grandes players voltaram a atuar de forma mais ativa no mercado, aproveitando margens mais ajustadas e boas condições de moagem.

A expectativa é de que os preços do etanol sigam próximos ao atual patamar nas próximas semanas, enquanto o mercado do açúcar tende a acompanhar o comportamento das cotações internacionais e os desdobramentos da safra no hemisfério Norte. As informações foram divulgadas pela consultoria nesta semana.

 





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Adapar reforça ações contra raiva em rebanhos do Paraná


A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) atua diariamente no controle, acompanhamento de casos e planejamento das ações contra a raiva no Paraná. Isso envolve vigilância em campo e trabalho técnico dos departamentos que monitoram ocorrências e orientam as equipes regionais. Entre as ações mais características está a revisão de abrigos de morcegos hematófagos, principal transmissor do vírus da raiva. Cavernas, furnas, bueiros, construções abandonadas ou até troncos de árvores são locais utilizados pelos morcegos para abrigar suas colônias. A revisão do número de abrigos é essencial para o controle da doença e exige ações de campo constantes realizadas pelos fiscais e assistentes da Adapar.

De acordo com a Divisão de Raiva dos Herbívoros da Agência, o Paraná possui mais de mil abrigos de morcegos cadastrados, sendo 951 considerados ativos, ou seja, locais onde há presença confirmada de morcegos hematófagos. “A Adapar faz isso de forma rotineira, com revisão uma vez por ano ou a cada dois anos em algumas situações. O importante é manter o controle atualizado e acompanhar essas populações”, explica a chefe da Divisão de Raiva, Elzira Pierre.

Essas ações são realizadas muitas vezes em áreas de mata, grutas ou propriedades rurais de difícil acesso. Munidos de equipamentos de segurança, lanternas e instrumentos específicos, os fiscais e assistentes de fiscalização da Adapar entram nos abrigos para observar a presença dos morcegos, estimar o tamanho das colônias e registrar informações sobre a espécie e o comportamento dos animais.

Esse levantamento técnico é essencial para identificar mudanças na dinâmica populacional e definir se há necessidade de intervenção. É importante destacar que somente a espécie Desmodus rotundus (morcego hematófago) pode ser manejada e tratada. As demais espécies são protegidas por lei e não devem ser capturadas.

PASTA VAMPIRICÍDA – Mas o trabalho da Adapar não se limita ao monitoramento. Quando há indícios da presença da doença, a resposta precisa ser imediata. Em caso de notificações de casos suspeitos de raiva, a Adapar atua prontamente, direcionando equipes para as propriedades. “Se estão ocorrendo focos na região e há um aumento expressivo da população de morcegos, é feita a captura e o tratamento com a pasta vampiricida. Essa resposta rápida é essencial para conter a disseminação da doença”, explica Elzira Pierre.

A pasta vampiricida é aplicada de forma controlada sobre o dorso de alguns morcegos capturados. Ao retornarem à colônia, eles transmitem o produto aos demais por meio do hábito de se lamberem, o que interrompe o ciclo de infecção.

As notificações podem ocorrer tanto pela presença de morcegos em propriedades rurais quanto por animais de produção com sintomas compatíveis com a raiva. Por isso, o olhar atento do produtor é fundamental para o funcionamento do sistema de vigilância, que depende diretamente das notificações feitas ao serviço oficial.

A partir dessas informações, a Adapar define as ações prioritárias de campo, com o objetivo de proteger os rebanhos e evitar prejuízos aos produtores. “O produtor notifica em caso de ataques na propriedade, e a gente investiga se existe um abrigo por perto de morcegos hematófagos”, explica Márcio de Andrade, assistente de Fiscalização da Adapar do Escritório Regional de Cascavel, que atua diretamente na revisão dos abrigos.

PREVENÇÃO E VACINAÇÃO – Além do controle de abrigos, a Adapar também atua de forma constante na orientação sobre a vacinação dos animais de produção. A imunização é a principal forma de prevenção.

O preço da vacina, que varia de R$ 2,00 a R$ 3,00 por dose, é acessível e pode ser adquirida nas casas veterinárias. Os animais que forem vacinados pela primeira vez devem ser revacinados entre 21 e 30 dias após a dose inicial. Depois disso, a vacinação passa a ser anual, garantindo a proteção contínua contra a raiva. Para 30 municípios da região Oeste, a vacinação é obrigatória.

“A medida mais importante é a vacinação dos animais contra a raiva. É somente através da imunização que conseguimos efetivamente controlar a doença”, reforça a veterinária Luíza Coutinho Costa, fiscal de Defesa Agropecuária da Adapar.

Para reforçar a vacinação preventiva e esclarecer informações de forma educativa para apoiar os produtores, a agência realizou no início do mês uma mobilização que percorreu municípios do Oeste do Paraná conscientizando produtores, estudantes e profissionais sobre a doença.

DIAGNÓSTICO E MONITORAMENTO LABORATORIAL – O diagnóstico da raiva no Estado é realizado pelo Laboratório de Diagnóstico Marcos Enrietti, da própria Adapar, responsável pelos exames que confirmam ou não os casos e apoiam as ações de campo. O laboratório mantém comunicação direta com os departamentos de epidemiologia animal e com as secretarias municipais e estaduais da Saúde, garantindo o monitoramento conjunto dos casos e o alerta rápido para possíveis riscos zoonóticos.

“No laboratório, as amostras são testadas inicialmente para raiva, e os primeiros resultados saem em até 48 horas. Isso é essencial para as ações de defesa sanitária e de saúde pública”, explica Rubens Chaguri de Oliveira, chefe do Departamento de Laboratórios da Adapar. “Caso as amostras sejam negativas, elas seguem ainda para uma série de diferenciais, para que possamos compreender o que causou a morte do animal e identificar outras doenças com sintomas neurológicos semelhantes”.

DOENÇA – A raiva é uma zoonose que representa risco tanto para os rebanhos quanto para as pessoas. Transmitida principalmente por morcegos hematófagos, a doença causa prejuízos econômicos aos produtores e ameaça à saúde humana, já que não há cura após o surgimento dos sintomas.

A Adapar reforça que casos suspeitos devem ser notificados imediatamente, pois atua de forma preventiva e técnica em prol da sanidade dos rebanhos e da segurança da população rural. Também é importante evitar o contato direto com morcegos e com a saliva de animais que apresentem sinais neurológicos, como dificuldade de locomoção, salivação excessiva ou comportamento agressivo. Em situações assim, a recomendação é manter distância e comunicar imediatamente a Adapar.





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