quinta-feira, outubro 30, 2025

Política & Agro

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Açúcar recua 2,2% na semana e etanol mantém estabilidade



O movimento reflete ajustes nas posições dos fundos


O movimento reflete ajustes nas posições dos fundos
O movimento reflete ajustes nas posições dos fundos – Foto: Pixabay

O mercado de açúcar encerrou a última semana em baixa, interrompendo a sequência de recuperação observada no início de outubro. De acordo com a StoneX, o contrato de março/26 fechou a sexta-feira (10) em US¢ 16,10/lb, o que representa uma queda semanal de 2,2%. A commodity operou majoritariamente em desvalorização, com exceção da segunda-feira, quando houve uma breve consolidação dos ganhos registrados na virada do mês.

De acordo com as informações da StoneX, o movimento reflete ajustes nas posições dos fundos e a expectativa de aumento na oferta global, especialmente com o avanço da safra asiática. Além disso, a valorização do dólar frente a moedas de países exportadores tende a pressionar os preços internacionais, enquanto o mercado físico segue com liquidez moderada.

No segmento de etanol hidratado, o preço no mercado spot paulista se manteve próximo de R$ 3,31 por litro, mostrando estabilidade após o recuo registrado no início de outubro. Segundo a StoneX, o valor permanece abaixo dos R$ 3,40/L observados em setembro, em um cenário de maior competitividade e maior oferta de cana-de-açúcar na safra do Centro-Sul. Grandes players voltaram a atuar de forma mais ativa no mercado, aproveitando margens mais ajustadas e boas condições de moagem.

A expectativa é de que os preços do etanol sigam próximos ao atual patamar nas próximas semanas, enquanto o mercado do açúcar tende a acompanhar o comportamento das cotações internacionais e os desdobramentos da safra no hemisfério Norte. As informações foram divulgadas pela consultoria nesta semana.

 





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Adapar reforça ações contra raiva em rebanhos do Paraná


A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) atua diariamente no controle, acompanhamento de casos e planejamento das ações contra a raiva no Paraná. Isso envolve vigilância em campo e trabalho técnico dos departamentos que monitoram ocorrências e orientam as equipes regionais. Entre as ações mais características está a revisão de abrigos de morcegos hematófagos, principal transmissor do vírus da raiva. Cavernas, furnas, bueiros, construções abandonadas ou até troncos de árvores são locais utilizados pelos morcegos para abrigar suas colônias. A revisão do número de abrigos é essencial para o controle da doença e exige ações de campo constantes realizadas pelos fiscais e assistentes da Adapar.

De acordo com a Divisão de Raiva dos Herbívoros da Agência, o Paraná possui mais de mil abrigos de morcegos cadastrados, sendo 951 considerados ativos, ou seja, locais onde há presença confirmada de morcegos hematófagos. “A Adapar faz isso de forma rotineira, com revisão uma vez por ano ou a cada dois anos em algumas situações. O importante é manter o controle atualizado e acompanhar essas populações”, explica a chefe da Divisão de Raiva, Elzira Pierre.

Essas ações são realizadas muitas vezes em áreas de mata, grutas ou propriedades rurais de difícil acesso. Munidos de equipamentos de segurança, lanternas e instrumentos específicos, os fiscais e assistentes de fiscalização da Adapar entram nos abrigos para observar a presença dos morcegos, estimar o tamanho das colônias e registrar informações sobre a espécie e o comportamento dos animais.

Esse levantamento técnico é essencial para identificar mudanças na dinâmica populacional e definir se há necessidade de intervenção. É importante destacar que somente a espécie Desmodus rotundus (morcego hematófago) pode ser manejada e tratada. As demais espécies são protegidas por lei e não devem ser capturadas.

PASTA VAMPIRICÍDA – Mas o trabalho da Adapar não se limita ao monitoramento. Quando há indícios da presença da doença, a resposta precisa ser imediata. Em caso de notificações de casos suspeitos de raiva, a Adapar atua prontamente, direcionando equipes para as propriedades. “Se estão ocorrendo focos na região e há um aumento expressivo da população de morcegos, é feita a captura e o tratamento com a pasta vampiricida. Essa resposta rápida é essencial para conter a disseminação da doença”, explica Elzira Pierre.

A pasta vampiricida é aplicada de forma controlada sobre o dorso de alguns morcegos capturados. Ao retornarem à colônia, eles transmitem o produto aos demais por meio do hábito de se lamberem, o que interrompe o ciclo de infecção.

As notificações podem ocorrer tanto pela presença de morcegos em propriedades rurais quanto por animais de produção com sintomas compatíveis com a raiva. Por isso, o olhar atento do produtor é fundamental para o funcionamento do sistema de vigilância, que depende diretamente das notificações feitas ao serviço oficial.

A partir dessas informações, a Adapar define as ações prioritárias de campo, com o objetivo de proteger os rebanhos e evitar prejuízos aos produtores. “O produtor notifica em caso de ataques na propriedade, e a gente investiga se existe um abrigo por perto de morcegos hematófagos”, explica Márcio de Andrade, assistente de Fiscalização da Adapar do Escritório Regional de Cascavel, que atua diretamente na revisão dos abrigos.

PREVENÇÃO E VACINAÇÃO – Além do controle de abrigos, a Adapar também atua de forma constante na orientação sobre a vacinação dos animais de produção. A imunização é a principal forma de prevenção.

O preço da vacina, que varia de R$ 2,00 a R$ 3,00 por dose, é acessível e pode ser adquirida nas casas veterinárias. Os animais que forem vacinados pela primeira vez devem ser revacinados entre 21 e 30 dias após a dose inicial. Depois disso, a vacinação passa a ser anual, garantindo a proteção contínua contra a raiva. Para 30 municípios da região Oeste, a vacinação é obrigatória.

“A medida mais importante é a vacinação dos animais contra a raiva. É somente através da imunização que conseguimos efetivamente controlar a doença”, reforça a veterinária Luíza Coutinho Costa, fiscal de Defesa Agropecuária da Adapar.

Para reforçar a vacinação preventiva e esclarecer informações de forma educativa para apoiar os produtores, a agência realizou no início do mês uma mobilização que percorreu municípios do Oeste do Paraná conscientizando produtores, estudantes e profissionais sobre a doença.

DIAGNÓSTICO E MONITORAMENTO LABORATORIAL – O diagnóstico da raiva no Estado é realizado pelo Laboratório de Diagnóstico Marcos Enrietti, da própria Adapar, responsável pelos exames que confirmam ou não os casos e apoiam as ações de campo. O laboratório mantém comunicação direta com os departamentos de epidemiologia animal e com as secretarias municipais e estaduais da Saúde, garantindo o monitoramento conjunto dos casos e o alerta rápido para possíveis riscos zoonóticos.

“No laboratório, as amostras são testadas inicialmente para raiva, e os primeiros resultados saem em até 48 horas. Isso é essencial para as ações de defesa sanitária e de saúde pública”, explica Rubens Chaguri de Oliveira, chefe do Departamento de Laboratórios da Adapar. “Caso as amostras sejam negativas, elas seguem ainda para uma série de diferenciais, para que possamos compreender o que causou a morte do animal e identificar outras doenças com sintomas neurológicos semelhantes”.

DOENÇA – A raiva é uma zoonose que representa risco tanto para os rebanhos quanto para as pessoas. Transmitida principalmente por morcegos hematófagos, a doença causa prejuízos econômicos aos produtores e ameaça à saúde humana, já que não há cura após o surgimento dos sintomas.

A Adapar reforça que casos suspeitos devem ser notificados imediatamente, pois atua de forma preventiva e técnica em prol da sanidade dos rebanhos e da segurança da população rural. Também é importante evitar o contato direto com morcegos e com a saliva de animais que apresentem sinais neurológicos, como dificuldade de locomoção, salivação excessiva ou comportamento agressivo. Em situações assim, a recomendação é manter distância e comunicar imediatamente a Adapar.





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Inovação e produtividade com sustentabilidade são focos da Acadian no Conexão Abisolo


A Acadian Sea Beyond participará do Conexão Abisolo, evento que reúne o Fórum de Fertilizantes de Matriz Orgânica e o Simpósio de Biofertilizantes, nos dias 22 e 23 de outubro, em Campinas (SP). A presença reforça a estratégia da empresa de fortalecer relacionamentos, fomentar negócios e apresentar inovações tecnológicas a um público altamente qualificado.

Segundo Bruno Carloto, gerente de marketing estratégico da Acadian no Brasil e Paraguai, estar na Conexão Abisolo é uma oportunidade para mostrar as tecnologias desenvolvidas a partir de Ascophyllum nodosum, alga marinha reconhecida por seus benefícios como bioestimulante para a agricultura. Ele destaca que, neste ano, a empresa intensifica campanha de comunicação, que valoriza o papel do extrato de Ascophyllum nodosum na bioestimulação das plantas, contribuindo para ganhos de produtividade e maior sustentabilidade.

Durante o evento, a empresa também apresentará a segunda edição da revista Sea Beyond Tech, dedicada ao tema Produtividade & Sustentabilidade. A publicação reúne cases de aumento de rendimento em diferentes cultivos e países da América Latina, demonstrando os resultados concretos alcançados com o uso dos extratos de alga marinha da Acadian.

No Brasil, a Acadian atua principalmente ao segmento B2B, com destaque para a parceria estratégica com a Koppert, que amplia o alcance e a eficácia das soluções no campo. Além disso, a companhia mantém forte presença junto ao mercado de formuladores de fertilizantes. “Os eventos promovidos pela Abisolo são essenciais para consolidar parcerias, reforçar nosso compromisso com o setor e identificar novas oportunidades de negócios”, afirma Carloto.

A alga marinha Ascophyllum nodosum é exclusiva das águas frias do Atlântico Norte e cresce em zonas entre marés, onde enfrenta condições extremas. A cada ciclo, a planta suporta a imersão em água salgada durante a maré alta e a desidratação na maré baixa, além de variações de temperatura que vão de 38°C no verão a -22°C no inverno. Essa adaptação a ambientes desafiadores levou ao desenvolvimento de compostos bioativos capazes de conferir alta resistência a estresses ambientais.

Essas características únicas são a base dos extratos produzidos pela Acadian, que desempenham papel fundamental na saúde do solo e das culturas, consolidando a empresa como referência em soluções inovadoras para uma agricultura mais eficiente e sustentável.





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RS projeta alta de 57% na produção de soja



Tempo seco favorece preparo do solo para soja



Foto: Canva

De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (9), o plantio de soja no Rio Grande do Sul ainda é incipiente, mesmo com a abertura do período recomendado pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC). O ritmo da semeadura está condicionado à priorização de outras culturas, como milho e arroz, ao adiamento intencional para evitar períodos de menor precipitação e às restrições de crédito enfrentadas pelos produtores.

As condições climáticas, marcadas por tempo seco, favoreceram o preparo do solo e a dessecação das coberturas vegetais. O cenário tem permitido que os produtores organizem maquinário e logística para iniciar efetivamente a semeadura nos próximos dias. Pequenas áreas já foram implantadas na Fronteira Oeste, Missões, Noroeste e Região Central, com emergência normal e vigor inicial adequado.

Os dados preliminares para a safra 2025/2026 indicam recuperação produtiva, com produtividade média estimada em 3.180 kg/ha e manutenção da área cultivada em 6.742.236 hectares, uma variação negativa de 0,80%. A produção prevista é de 21.440.133 toneladas, representando aumento de 57,14% em relação ao ciclo anterior. A ligeira redução da área plantada decorre das cotações abaixo da média histórica e dos custos elevados dos seguros agrícolas.

Na safra 2024/2025, a cultura registrou forte frustração, principalmente na Metade Oeste do Estado, com produtividade média de 2.009 kg/ha em 6.796.916 hectares cultivados, totalizando 13.643.936 toneladas produzidas.





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Milho mantém ritmo e área de cultivo cresce em Santa Catarina



Clima estável impulsiona safra de milho no Estado



Foto: Agrolink

De acordo com dados do 1º Levantamento da Safra de Grãos 2025/26 da Companhia Nacional de Abastecimento, divulgado nesta terça-feira (14), a cultura do milho em Santa Catarina apresenta evolução dentro do esperado, com bom desenvolvimento das lavouras em razão das condições climáticas estáveis. O cenário tem sido marcado por chuvas regulares e de boa intensidade, sem grandes registros de pragas ou doenças.

Na região dos planaltos e serra, o desenvolvimento fenológico segue o padrão esperado. No meio-oeste, a semeadura começou no início de setembro e avançou rapidamente, atingindo cerca de 65% da área estimada até o fim do mês. Segundo o levantamento, “nota-se um leve aumento de área em relação à safra passada, motivado, entre outros, pelo ótimo resultado produtivo obtido anteriormente”.

As lavouras mais adiantadas já receberam cobertura de adubação nitrogenada, aproveitando a umidade adequada do solo. As demais estão em fase de emergência, com crescimento favorecido pela variação térmica dos últimos dias.

No extremo-oeste, há variação nos estágios fenológicos devido ao escalonamento do plantio. Parte dos produtores já concluiu a semeadura, enquanto outros aguardam para ampliar a área cultivada. Assim como nas demais regiões, as condições climáticas têm favorecido o desenvolvimento das plantas e a realização de tratos culturais, incluindo aplicação de herbicidas e fertilizantes. A manutenção da umidade do solo tem contribuído para a germinação, emergência, estabelecimento adequado das plantas e desenvolvimento vegetativo inicial.





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Plantio de soja avança de forma lenta e mercado projeta oportunidades com foco na China


Segundo análise da Grão Direto, o plantio da soja no Brasil está abaixo da média histórica dos últimos cinco anos. De acordo com o boletim da Conab, até o momento, 11,1% da área prevista foi semeada. Atrasos foram registrados em importantes estados produtores: o Mato Grosso enfrenta escassez de chuvas e o Rio Grande do Sul, excesso de umidade. Em contrapartida, regiões com áreas irrigadas, como Goiás, Minas Gerais e São Paulo, têm apresentado melhores condições. No Norte e Nordeste, Tocantins e Pará registram avanço devido à melhora na umidade do solo. Nos Estados Unidos, a colheita de soja avança com ritmo acelerado, alcançando cerca de 30% da área projetada, apoiada pelo clima mais seco e quente.

Segundo o USDA, 62% das lavouras norte-americanas são classificadas como boas ou excelentes, indicando bom potencial produtivo.

Apesar desse cenário de oferta elevada, o contrato da soja para agosto de 2025 na Bolsa de Chicago encerrou a semana em alta de 1,39%, cotado a US$ 10,21 por bushel. Já o contrato para março de 2026 caiu 1,33%, fechando a US$ 10,38 por bushel. O dólar teve desvalorização de 1,64% na semana, encerrando a R$ 5,41. No mercado físico brasileiro, os preços mostraram tendência de valorização, sustentados pelos prêmios portuários ainda elevados.

No campo político e comercial, representantes de Brasil e Estados Unidos se reuniram para discutir o impacto das tarifas sobre produtos agrícolas, mas sem decisões concretas até o momento. A paralisação do governo norte-americano continua gerando incerteza ao limitar a divulgação de dados sobre as safras.

Ainda segundo informações da Grão Direto, o mercado monitora com atenção a situação da China. As margens de esmagamento seguem positivas e as indústrias operam com alta capacidade. No entanto, os estoques se acumularam em ritmo recorde, excedendo a capacidade logística dos portos. Esse excesso, segundo a Grão Direto, é temporário. A expectativa é que, nas próximas semanas, a China volte a intensificar as compras para recompor estoques, favorecendo o Brasil, seu principal fornecedor.

Contudo, essa tendência está atrelada à continuidade da ausência dos EUA no mercado chinês. Um eventual acordo comercial entre os dois países poderia pressionar os prêmios de exportação brasileiros.





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PF encontra maconha em carga de agrotóxicos



Apreensão ocorreu neste domingo (19)



Foto: Divulgação

A Polícia Federal apreendeu neste domingo (19/10) mais de 3,5 toneladas de maconha transportadas em um caminhão na cidade de Pacaembu, no interior de São Paulo. A droga estava camuflada entre embalagens de agrotóxicos, estratégia que dificultava sua detecção e levantava suspeitas sobre o uso de rotas rurais para o tráfico.

Segundo informações da Polícia Federal, a apreensão ocorreu durante uma operação de rotina na região. A carga chamou atenção dos agentes pela combinação incomum entre o volume de embalagens e a rota utilizada. Após a abordagem e vistoria do veículo, os agentes encontraram os fardos do entorpecente ocultos entre os produtos agroquímicos.

O motorista do caminhão foi detido no local e conduzido à Delegacia da Polícia Federal em Presidente Prudente, onde foi autuado em flagrante pelo crime de tráfico de drogas. Até o momento, não foram divulgadas informações sobre a origem e o destino da droga.

A Polícia Federal segue investigando o caso para identificar outros envolvidos na logística do carregamento. Uma das linhas de apuração considera a possível utilização de estruturas do agronegócio para encobrir o transporte ilícito, dada a tentativa de disfarce com embalagens de agrotóxicos.

O volume apreendido representa um dos maiores já registrados este ano na região, com impacto direto no escoamento de entorpecentes para centros urbanos.

 





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La Niña deve reduzir chuvas no Sul em dezembro


Os volumes de chuva na região Sul do Brasil devem ficar abaixo da média nos próximos meses, segundo avaliação da Ampere Consultoria. A La Niña, recentemente declarada pela agência norte-americana NOAA, tende a ser de fraca intensidade, com impactos mais perceptíveis a partir de meados de novembro.

Embora dezembro deva registrar déficit de precipitação, outros fatores atmosféricos podem amenizar o cenário. As chuvas serão menos frequentes, mas ainda devem ocorrer de forma pontual, influenciadas por diferentes mecanismos climáticos que modulam o regime pluviométrico da região. “A previsão é que os déficits de chuva se intensifiquem nos estados do Sul em dezembro. De qualquer forma, outras condições meteorológicas poderão provocar chuvas pontuais relativamente fortes, ou seja, a chuva será menos frequente, como é comum em anos de La Niña, mas não vai sumir totalmente”, afirma a agrometeorologista da Ampere Consultoria, Amanda Balbino.

A consultoria aponta diferenças regionais: no oeste do Paraná, próximo a Cascavel, as precipitações devem se manter próximas à média histórica em novembro, superando os 100 mm. Já no meio-oeste gaúcho, em áreas como Cruz Alta e São Luiz Gonzaga, as chuvas podem ficar até 80 mm abaixo do normal, afetando o desenvolvimento da soja. Na Argentina, as condições também devem variar entre médias e ligeiramente abaixo da média, com déficit mais acentuado em dezembro.

Apesar do alerta, a Ampere observa que o fenômeno ainda não está completamente instalado. O resfriamento atual do Pacífico está em -0,42 °C, enquanto o critério para confirmação da La Niña é de -0,5 °C por pelo menos três meses consecutivos. “De maneira geral, os produtores do Sul devem ficar muito atentos ao risco de períodos de estiagens, tempo seco e quente, que podem coincidir com os estágios mais sensíveis do desenvolvimento da soja”, conclui Amanda.

 





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Chuvas afetam trigo e girassol argentinos



Em relação ao girassol, 35% dos 2,7 milhões de hectares projetados já foram plantados


Em relação ao girassol, 35% dos 2,7 milhões de hectares projetados já foram plantados
Em relação ao girassol, 35% dos 2,7 milhões de hectares projetados já foram plantados – Foto: Divulgação

O plantio de milho na Argentina segue em ritmo acelerado, com 25,6% da área nacional já semeada, segundo dados da Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA). A entidade destaca que esse percentual representa um avanço de 7,9 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado, configurando o segundo maior progresso das últimas dez safras. 

As províncias de Entre Ríos e o Centro-Norte de Santa Fe se destacam pelo cumprimento dos planos de semeadura antecipada, enquanto regiões do norte de Buenos Aires e sul de Santa Fe, antes afetadas por excesso de chuvas, registram melhora no ritmo das operações. Já o centro e o oeste de Buenos Aires ainda enfrentam dificuldades, e parte das áreas pode ser redirecionada para o plantio tardio caso a semeadura não avance até meados de outubro.

Em relação ao girassol, 35% dos 2,7 milhões de hectares projetados já foram plantados, após avanço semanal de 2,7 pontos percentuais. As chuvas no sul do país seguem dificultando o acesso aos campos e atrasando o calendário de plantio, enquanto as regiões centrais e do norte mantêm desempenho bem acima da média dos últimos cinco anos. Do total já semeado, 77,3% das lavouras estão em condição hídrica adequada ou ótima, e 100% apresentam estado vegetativo de normal a excelente.

No caso do trigo, embora 96,4% das lavouras estejam em condição normal a excelente, a alta umidade elevou em 6 pontos percentuais a área com excesso hídrico. O cenário tem favorecido o surgimento de pragas como chinches e orugas, além de doenças fúngicas, principalmente no sul do país. Mesmo assim, cerca de 90,7% das plantações já superaram o estágio de encanamento e avançam para floração e enchimento de grãos. Se o clima se mantiver estável, a safra argentina poderá alcançar bom potencial produtivo.





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Aquicultura tem mapeamento aprimorado com vistoria em campo


A aquicultura brasileira está ganhando um retrato mais preciso e abrangente. Quatro equipes da Embrapa Territorial percorreram, entre os dias 6 e 10 de outubro, cerca de 3.483 km nos estados do Acre, Alagoas, Sergipe, Minas Gerais e Rio Grande do Sul para confirmar, em campo, a presença de atividade aquícola em pontos previamente identificados por sensoriamento remoto. O objetivo é refinar os dados do mapeamento da aquicultura brasileira em viveiros escavados, cuja cobertura foi ampliada de 513 para 1.442 municípios. 

A ação é apoiada pelo Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) e permitirá identificar onde se concentram os empreendimentos aquícolas no País, desde produções de pequena até larga escala, subsidiando políticas públicas para o setor. Além da validação dos pontos de produção, as equipes também coletaram dados sobre estrutura produtiva, manejo, regularização do uso da água e principais desafios enfrentados pelos produtores. 

A escolha dos estados levou em conta a diversidade regional da aquicultura no Brasil. Uma equipe foi direcionada para cada região do País, considerando a logística facilitada pela proximidade com unidades da Embrapa que prestaram apoio institucional com empréstimos de veículos para a expedição, chamada de “Rally da Aquicultura”. Os mais de 100 viveiros visitados foram selecionados com base na localização (municípios que integram o G75 estadual, ou seja, aqueles responsáveis por 75% da produção aquícola em cada estado) e nos diferentes graus de certeza da existência de atividade aquícola, abrangendo pontos considerados como confirmados, duvidosos e altamente incertos. 

Cada localidade mostrou cenários bastante distintos e evidenciaram quão complexa é a aquicultura brasileira.

Para a chefe-adjunta de Pesquisa da Embrapa Territorial, Lucíola Magalhães, coordenadora do estudo, os dados confirmados revelam uma atividade altamente heterogênea, que varia não apenas por tipo de tanque ou espécie cultivada, mas também por questões econômicas, climáticas, estruturais e culturais. Há desde pequenos tanques artesanais usados para recreação, autoconsumo e comércio local, até propriedades com infraestrutura sofisticada.

Magalhães ressalta que o mapeamento da aquicultura no Brasil vai além de uma tarefa técnica de reconhecimento territorial via imagens de satélite. “Ao contrário, trata-se de uma jornada profunda de entendimento sobre o País, seus contrastes e as realidades locais que moldam, e, muitas vezes, dificultam a produção aquícola nacional. É um Brasil de múltiplas realidades”, afirmou.

Fernanda de Paula, secretária Nacional de Aquicultura do MPA, considera que o aprimoramento do mapeamento da aquicultura brasileira em viveiros escavados, com a verificação direta em campo, representa um avanço crucial para obter dados mais precisos e confiáveis sobre o setor, suas potencialidades e desafios, permitindo a formulação de políticas públicas mais eficazes e direcionadas à sustentabilidade e ao desenvolvimento dos produtores.

Minas Gerais

O analista Marcelo Fonseca e o bolsista Lucas Antunes visitaram propriedades em quatro municípios de Minas Gerais: Esmeraldas, Caeté, Funilândia e Jequitibá. Nas localidades percorridas, constataram que a aquicultura ainda está longe de se consolidar como uma atividade econômica estruturada. A grande maioria dos tanques é de pequena escala, voltada ao lazer ou autoconsumo, com uso esporádico ou mesmo completamente abandonada. Mesmo os pontos previamente mapeados como potenciais unidades produtivas estavam, atualmente, desativados.

Segundo o levantamento da Embrapa, os principais fatores que levaram à desativação das unidades foram questões climáticas, insegurança e frustração com o retorno financeiro. Um dos casos mais emblemáticos é o de um produtor que investiu cerca de R$ 10 milhões em uma estrutura completa, com tanques, frigorífico e câmara fria – atualmente, tudo está paralisado. Ele apontou a falta de apoio institucional e de mão de obra qualificada como principais entraves. 

Outro produtor relatou ter abandonado os tanques após furtos de peixes. A ausência de assistência técnica contínua também foi mencionada por diversos produtores como um fator determinante para a desistência da atividade.

A equipe da Embrapa também encontrou situações inusitadas, como um tanque construído para batismo religioso e propriedades de lazer com estruturas sofisticadas, incluindo chalés e capela, mas cujos tanques atualmente são utilizados apenas para recreação ou para a dessedentação animal. 

Nordeste  

Em Alagoas e Sergipe, o cenário foi positivo, com aquicultura tecnicamente organizada, com forte integração ao mercado. Lucíola Magalhães e o bolsista José Galdino percorreram 656 km para visitar 27 áreas aquícolas, onde a atividade foi confirmada em quase todos os pontos. A  maioria dos tanques estava ativa e voltada para a produção de peixes, como tilápia, tambaqui e xira (curimatã-pacu), além de camarão.

Nas regiões visitadas, houve contrastes. No entorno de Arapiraca predominava a produção de camarão de água salgada, o vanammei (Litopenaeus vannamei). Já na região de Propriá e margens do São Francisco, a produção em tanques escavados era mais diversificada, combinando camarão vanammei, peixes e arroz e, em uma única propriedade, camarão da Malásia – uma espécie de água doce e com boa aceitação no mercado de Sergipe, segundo o produtor. Na região de Pacatuba e Brejo Grande, a equipe encontrou produção de peixe, camarão e arroz, em tanques escavados, e peixes em lagoas naturais voltadas ao autoconsumo ou comércio local. 

A presença integrada de arroz e camarão chamou a atenção da equipe. “Foi interessante entender que os tanques escavados para a produção de camarão também são usados para produção de arroz, especialmente na época das chuvas, quando a salinidade das águas diminui. Alguns produtores decidem fazer esse uso alternativo do tanque aproveitando, também, as oportunidades de mercado. Isso nos dá uma nova visão da região e que tem impacto no método de classificação das imagens, permitindo melhorias no processo de identificação desse uso múltiplo da infraestrutura”, destacou Magalhães. 

A comercialização também se mostrou bem estruturada, com escoamento para o Ceasa de Maceió, mercados em Sergipe e outros centros urbanos da região. A maioria dos produtores relatou boa condução da atividade, sem grandes dificuldades. Os que enfrentam entraves destacaram questões como acesso ao crédito rural, assistência técnica e licenciamento ambiental. Também foram relatadas dificuldades pontuais na comercialização, acesso à água (dependência da chuva ou desativação de um dos ramais dos canais de irrigação do São Francisco), falta de energia elétrica e estradas.

Apoio Institucional

Magalhães também destaca a parceria com o IBGE para o sucesso do Rally da Aquicultura. As instituições são parceiras na geração de dados sobre a atividade para apoiar os trabalhos do próximo censo agropecuário. A troca de dados e informações permitiu uma primeira validação em gabinete dos dados, o que foi útil na seleção das áreas a serem visitadas em campo.   Além disso, as equipes contaram com o apoio da Embrapa Alimentos e Territórios, Embrapa Acre, Embrapa Milho e Sorgo e Embrapa Trigo, que forneceram carros para a expedição.

Mapeamento da Aquicultura

A primeira versão do levantamento identificou baterias de viveiros nos municípios que respondiam por, aproximadamente, 75% da produção de cada estado do País. A área de estudo abrangeu 930 mil km2 em 513 municípios. Esse grupo correspondia aos municípios responsáveis por 75% da produção em cada estado (G75) em 2016 de acordo com os dados da Pesquisa Pecuária Municipal (PPM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Agora, com apoio do MPA, a Embrapa Territorial está atualizando e ampliando o mapeamento. A área total e o número de municípios mapeados mais do que dobrou: passou para 2,2 milhões de km2 investigados em 1.096 municípios. Estes foram selecionados a partir de três critérios: municípios do G75 de cada estado em 2022; os que estavam no G75 em 2016; e o G75 estadual das lâminas d’água destinadas para aquicultura, conforme o Censo Agropecuário de 2017. A equipe também mapeou todos os municípios da Zona Costeira do Brasil, adicionando ao trabalho novos 346 municípios em uma área adicional investigada de 337.051 km².





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