quinta-feira, outubro 30, 2025

Política & Agro

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Inovação e produtividade com sustentabilidade são focos da Acadian no Conexão Abisolo


A Acadian Sea Beyond participará do Conexão Abisolo, evento que reúne o Fórum de Fertilizantes de Matriz Orgânica e o Simpósio de Biofertilizantes, nos dias 22 e 23 de outubro, em Campinas (SP). A presença reforça a estratégia da empresa de fortalecer relacionamentos, fomentar negócios e apresentar inovações tecnológicas a um público altamente qualificado.

Segundo Bruno Carloto, gerente de marketing estratégico da Acadian no Brasil e Paraguai, estar na Conexão Abisolo é uma oportunidade para mostrar as tecnologias desenvolvidas a partir de Ascophyllum nodosum, alga marinha reconhecida por seus benefícios como bioestimulante para a agricultura. Ele destaca que, neste ano, a empresa intensifica campanha de comunicação, que valoriza o papel do extrato de Ascophyllum nodosum na bioestimulação das plantas, contribuindo para ganhos de produtividade e maior sustentabilidade.

Durante o evento, a empresa também apresentará a segunda edição da revista Sea Beyond Tech, dedicada ao tema Produtividade & Sustentabilidade. A publicação reúne cases de aumento de rendimento em diferentes cultivos e países da América Latina, demonstrando os resultados concretos alcançados com o uso dos extratos de alga marinha da Acadian.

No Brasil, a Acadian atua principalmente ao segmento B2B, com destaque para a parceria estratégica com a Koppert, que amplia o alcance e a eficácia das soluções no campo. Além disso, a companhia mantém forte presença junto ao mercado de formuladores de fertilizantes. “Os eventos promovidos pela Abisolo são essenciais para consolidar parcerias, reforçar nosso compromisso com o setor e identificar novas oportunidades de negócios”, afirma Carloto.

A alga marinha Ascophyllum nodosum é exclusiva das águas frias do Atlântico Norte e cresce em zonas entre marés, onde enfrenta condições extremas. A cada ciclo, a planta suporta a imersão em água salgada durante a maré alta e a desidratação na maré baixa, além de variações de temperatura que vão de 38°C no verão a -22°C no inverno. Essa adaptação a ambientes desafiadores levou ao desenvolvimento de compostos bioativos capazes de conferir alta resistência a estresses ambientais.

Essas características únicas são a base dos extratos produzidos pela Acadian, que desempenham papel fundamental na saúde do solo e das culturas, consolidando a empresa como referência em soluções inovadoras para uma agricultura mais eficiente e sustentável.





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RS projeta alta de 57% na produção de soja



Tempo seco favorece preparo do solo para soja



Foto: Canva

De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (9), o plantio de soja no Rio Grande do Sul ainda é incipiente, mesmo com a abertura do período recomendado pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC). O ritmo da semeadura está condicionado à priorização de outras culturas, como milho e arroz, ao adiamento intencional para evitar períodos de menor precipitação e às restrições de crédito enfrentadas pelos produtores.

As condições climáticas, marcadas por tempo seco, favoreceram o preparo do solo e a dessecação das coberturas vegetais. O cenário tem permitido que os produtores organizem maquinário e logística para iniciar efetivamente a semeadura nos próximos dias. Pequenas áreas já foram implantadas na Fronteira Oeste, Missões, Noroeste e Região Central, com emergência normal e vigor inicial adequado.

Os dados preliminares para a safra 2025/2026 indicam recuperação produtiva, com produtividade média estimada em 3.180 kg/ha e manutenção da área cultivada em 6.742.236 hectares, uma variação negativa de 0,80%. A produção prevista é de 21.440.133 toneladas, representando aumento de 57,14% em relação ao ciclo anterior. A ligeira redução da área plantada decorre das cotações abaixo da média histórica e dos custos elevados dos seguros agrícolas.

Na safra 2024/2025, a cultura registrou forte frustração, principalmente na Metade Oeste do Estado, com produtividade média de 2.009 kg/ha em 6.796.916 hectares cultivados, totalizando 13.643.936 toneladas produzidas.





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Milho mantém ritmo e área de cultivo cresce em Santa Catarina



Clima estável impulsiona safra de milho no Estado



Foto: Agrolink

De acordo com dados do 1º Levantamento da Safra de Grãos 2025/26 da Companhia Nacional de Abastecimento, divulgado nesta terça-feira (14), a cultura do milho em Santa Catarina apresenta evolução dentro do esperado, com bom desenvolvimento das lavouras em razão das condições climáticas estáveis. O cenário tem sido marcado por chuvas regulares e de boa intensidade, sem grandes registros de pragas ou doenças.

Na região dos planaltos e serra, o desenvolvimento fenológico segue o padrão esperado. No meio-oeste, a semeadura começou no início de setembro e avançou rapidamente, atingindo cerca de 65% da área estimada até o fim do mês. Segundo o levantamento, “nota-se um leve aumento de área em relação à safra passada, motivado, entre outros, pelo ótimo resultado produtivo obtido anteriormente”.

As lavouras mais adiantadas já receberam cobertura de adubação nitrogenada, aproveitando a umidade adequada do solo. As demais estão em fase de emergência, com crescimento favorecido pela variação térmica dos últimos dias.

No extremo-oeste, há variação nos estágios fenológicos devido ao escalonamento do plantio. Parte dos produtores já concluiu a semeadura, enquanto outros aguardam para ampliar a área cultivada. Assim como nas demais regiões, as condições climáticas têm favorecido o desenvolvimento das plantas e a realização de tratos culturais, incluindo aplicação de herbicidas e fertilizantes. A manutenção da umidade do solo tem contribuído para a germinação, emergência, estabelecimento adequado das plantas e desenvolvimento vegetativo inicial.





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Plantio de soja avança de forma lenta e mercado projeta oportunidades com foco na China


Segundo análise da Grão Direto, o plantio da soja no Brasil está abaixo da média histórica dos últimos cinco anos. De acordo com o boletim da Conab, até o momento, 11,1% da área prevista foi semeada. Atrasos foram registrados em importantes estados produtores: o Mato Grosso enfrenta escassez de chuvas e o Rio Grande do Sul, excesso de umidade. Em contrapartida, regiões com áreas irrigadas, como Goiás, Minas Gerais e São Paulo, têm apresentado melhores condições. No Norte e Nordeste, Tocantins e Pará registram avanço devido à melhora na umidade do solo. Nos Estados Unidos, a colheita de soja avança com ritmo acelerado, alcançando cerca de 30% da área projetada, apoiada pelo clima mais seco e quente.

Segundo o USDA, 62% das lavouras norte-americanas são classificadas como boas ou excelentes, indicando bom potencial produtivo.

Apesar desse cenário de oferta elevada, o contrato da soja para agosto de 2025 na Bolsa de Chicago encerrou a semana em alta de 1,39%, cotado a US$ 10,21 por bushel. Já o contrato para março de 2026 caiu 1,33%, fechando a US$ 10,38 por bushel. O dólar teve desvalorização de 1,64% na semana, encerrando a R$ 5,41. No mercado físico brasileiro, os preços mostraram tendência de valorização, sustentados pelos prêmios portuários ainda elevados.

No campo político e comercial, representantes de Brasil e Estados Unidos se reuniram para discutir o impacto das tarifas sobre produtos agrícolas, mas sem decisões concretas até o momento. A paralisação do governo norte-americano continua gerando incerteza ao limitar a divulgação de dados sobre as safras.

Ainda segundo informações da Grão Direto, o mercado monitora com atenção a situação da China. As margens de esmagamento seguem positivas e as indústrias operam com alta capacidade. No entanto, os estoques se acumularam em ritmo recorde, excedendo a capacidade logística dos portos. Esse excesso, segundo a Grão Direto, é temporário. A expectativa é que, nas próximas semanas, a China volte a intensificar as compras para recompor estoques, favorecendo o Brasil, seu principal fornecedor.

Contudo, essa tendência está atrelada à continuidade da ausência dos EUA no mercado chinês. Um eventual acordo comercial entre os dois países poderia pressionar os prêmios de exportação brasileiros.





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PF encontra maconha em carga de agrotóxicos



Apreensão ocorreu neste domingo (19)



Foto: Divulgação

A Polícia Federal apreendeu neste domingo (19/10) mais de 3,5 toneladas de maconha transportadas em um caminhão na cidade de Pacaembu, no interior de São Paulo. A droga estava camuflada entre embalagens de agrotóxicos, estratégia que dificultava sua detecção e levantava suspeitas sobre o uso de rotas rurais para o tráfico.

Segundo informações da Polícia Federal, a apreensão ocorreu durante uma operação de rotina na região. A carga chamou atenção dos agentes pela combinação incomum entre o volume de embalagens e a rota utilizada. Após a abordagem e vistoria do veículo, os agentes encontraram os fardos do entorpecente ocultos entre os produtos agroquímicos.

O motorista do caminhão foi detido no local e conduzido à Delegacia da Polícia Federal em Presidente Prudente, onde foi autuado em flagrante pelo crime de tráfico de drogas. Até o momento, não foram divulgadas informações sobre a origem e o destino da droga.

A Polícia Federal segue investigando o caso para identificar outros envolvidos na logística do carregamento. Uma das linhas de apuração considera a possível utilização de estruturas do agronegócio para encobrir o transporte ilícito, dada a tentativa de disfarce com embalagens de agrotóxicos.

O volume apreendido representa um dos maiores já registrados este ano na região, com impacto direto no escoamento de entorpecentes para centros urbanos.

 





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La Niña deve reduzir chuvas no Sul em dezembro


Os volumes de chuva na região Sul do Brasil devem ficar abaixo da média nos próximos meses, segundo avaliação da Ampere Consultoria. A La Niña, recentemente declarada pela agência norte-americana NOAA, tende a ser de fraca intensidade, com impactos mais perceptíveis a partir de meados de novembro.

Embora dezembro deva registrar déficit de precipitação, outros fatores atmosféricos podem amenizar o cenário. As chuvas serão menos frequentes, mas ainda devem ocorrer de forma pontual, influenciadas por diferentes mecanismos climáticos que modulam o regime pluviométrico da região. “A previsão é que os déficits de chuva se intensifiquem nos estados do Sul em dezembro. De qualquer forma, outras condições meteorológicas poderão provocar chuvas pontuais relativamente fortes, ou seja, a chuva será menos frequente, como é comum em anos de La Niña, mas não vai sumir totalmente”, afirma a agrometeorologista da Ampere Consultoria, Amanda Balbino.

A consultoria aponta diferenças regionais: no oeste do Paraná, próximo a Cascavel, as precipitações devem se manter próximas à média histórica em novembro, superando os 100 mm. Já no meio-oeste gaúcho, em áreas como Cruz Alta e São Luiz Gonzaga, as chuvas podem ficar até 80 mm abaixo do normal, afetando o desenvolvimento da soja. Na Argentina, as condições também devem variar entre médias e ligeiramente abaixo da média, com déficit mais acentuado em dezembro.

Apesar do alerta, a Ampere observa que o fenômeno ainda não está completamente instalado. O resfriamento atual do Pacífico está em -0,42 °C, enquanto o critério para confirmação da La Niña é de -0,5 °C por pelo menos três meses consecutivos. “De maneira geral, os produtores do Sul devem ficar muito atentos ao risco de períodos de estiagens, tempo seco e quente, que podem coincidir com os estágios mais sensíveis do desenvolvimento da soja”, conclui Amanda.

 





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Chuvas afetam trigo e girassol argentinos



Em relação ao girassol, 35% dos 2,7 milhões de hectares projetados já foram plantados


Em relação ao girassol, 35% dos 2,7 milhões de hectares projetados já foram plantados
Em relação ao girassol, 35% dos 2,7 milhões de hectares projetados já foram plantados – Foto: Divulgação

O plantio de milho na Argentina segue em ritmo acelerado, com 25,6% da área nacional já semeada, segundo dados da Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA). A entidade destaca que esse percentual representa um avanço de 7,9 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado, configurando o segundo maior progresso das últimas dez safras. 

As províncias de Entre Ríos e o Centro-Norte de Santa Fe se destacam pelo cumprimento dos planos de semeadura antecipada, enquanto regiões do norte de Buenos Aires e sul de Santa Fe, antes afetadas por excesso de chuvas, registram melhora no ritmo das operações. Já o centro e o oeste de Buenos Aires ainda enfrentam dificuldades, e parte das áreas pode ser redirecionada para o plantio tardio caso a semeadura não avance até meados de outubro.

Em relação ao girassol, 35% dos 2,7 milhões de hectares projetados já foram plantados, após avanço semanal de 2,7 pontos percentuais. As chuvas no sul do país seguem dificultando o acesso aos campos e atrasando o calendário de plantio, enquanto as regiões centrais e do norte mantêm desempenho bem acima da média dos últimos cinco anos. Do total já semeado, 77,3% das lavouras estão em condição hídrica adequada ou ótima, e 100% apresentam estado vegetativo de normal a excelente.

No caso do trigo, embora 96,4% das lavouras estejam em condição normal a excelente, a alta umidade elevou em 6 pontos percentuais a área com excesso hídrico. O cenário tem favorecido o surgimento de pragas como chinches e orugas, além de doenças fúngicas, principalmente no sul do país. Mesmo assim, cerca de 90,7% das plantações já superaram o estágio de encanamento e avançam para floração e enchimento de grãos. Se o clima se mantiver estável, a safra argentina poderá alcançar bom potencial produtivo.





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Aquicultura tem mapeamento aprimorado com vistoria em campo


A aquicultura brasileira está ganhando um retrato mais preciso e abrangente. Quatro equipes da Embrapa Territorial percorreram, entre os dias 6 e 10 de outubro, cerca de 3.483 km nos estados do Acre, Alagoas, Sergipe, Minas Gerais e Rio Grande do Sul para confirmar, em campo, a presença de atividade aquícola em pontos previamente identificados por sensoriamento remoto. O objetivo é refinar os dados do mapeamento da aquicultura brasileira em viveiros escavados, cuja cobertura foi ampliada de 513 para 1.442 municípios. 

A ação é apoiada pelo Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) e permitirá identificar onde se concentram os empreendimentos aquícolas no País, desde produções de pequena até larga escala, subsidiando políticas públicas para o setor. Além da validação dos pontos de produção, as equipes também coletaram dados sobre estrutura produtiva, manejo, regularização do uso da água e principais desafios enfrentados pelos produtores. 

A escolha dos estados levou em conta a diversidade regional da aquicultura no Brasil. Uma equipe foi direcionada para cada região do País, considerando a logística facilitada pela proximidade com unidades da Embrapa que prestaram apoio institucional com empréstimos de veículos para a expedição, chamada de “Rally da Aquicultura”. Os mais de 100 viveiros visitados foram selecionados com base na localização (municípios que integram o G75 estadual, ou seja, aqueles responsáveis por 75% da produção aquícola em cada estado) e nos diferentes graus de certeza da existência de atividade aquícola, abrangendo pontos considerados como confirmados, duvidosos e altamente incertos. 

Cada localidade mostrou cenários bastante distintos e evidenciaram quão complexa é a aquicultura brasileira.

Para a chefe-adjunta de Pesquisa da Embrapa Territorial, Lucíola Magalhães, coordenadora do estudo, os dados confirmados revelam uma atividade altamente heterogênea, que varia não apenas por tipo de tanque ou espécie cultivada, mas também por questões econômicas, climáticas, estruturais e culturais. Há desde pequenos tanques artesanais usados para recreação, autoconsumo e comércio local, até propriedades com infraestrutura sofisticada.

Magalhães ressalta que o mapeamento da aquicultura no Brasil vai além de uma tarefa técnica de reconhecimento territorial via imagens de satélite. “Ao contrário, trata-se de uma jornada profunda de entendimento sobre o País, seus contrastes e as realidades locais que moldam, e, muitas vezes, dificultam a produção aquícola nacional. É um Brasil de múltiplas realidades”, afirmou.

Fernanda de Paula, secretária Nacional de Aquicultura do MPA, considera que o aprimoramento do mapeamento da aquicultura brasileira em viveiros escavados, com a verificação direta em campo, representa um avanço crucial para obter dados mais precisos e confiáveis sobre o setor, suas potencialidades e desafios, permitindo a formulação de políticas públicas mais eficazes e direcionadas à sustentabilidade e ao desenvolvimento dos produtores.

Minas Gerais

O analista Marcelo Fonseca e o bolsista Lucas Antunes visitaram propriedades em quatro municípios de Minas Gerais: Esmeraldas, Caeté, Funilândia e Jequitibá. Nas localidades percorridas, constataram que a aquicultura ainda está longe de se consolidar como uma atividade econômica estruturada. A grande maioria dos tanques é de pequena escala, voltada ao lazer ou autoconsumo, com uso esporádico ou mesmo completamente abandonada. Mesmo os pontos previamente mapeados como potenciais unidades produtivas estavam, atualmente, desativados.

Segundo o levantamento da Embrapa, os principais fatores que levaram à desativação das unidades foram questões climáticas, insegurança e frustração com o retorno financeiro. Um dos casos mais emblemáticos é o de um produtor que investiu cerca de R$ 10 milhões em uma estrutura completa, com tanques, frigorífico e câmara fria – atualmente, tudo está paralisado. Ele apontou a falta de apoio institucional e de mão de obra qualificada como principais entraves. 

Outro produtor relatou ter abandonado os tanques após furtos de peixes. A ausência de assistência técnica contínua também foi mencionada por diversos produtores como um fator determinante para a desistência da atividade.

A equipe da Embrapa também encontrou situações inusitadas, como um tanque construído para batismo religioso e propriedades de lazer com estruturas sofisticadas, incluindo chalés e capela, mas cujos tanques atualmente são utilizados apenas para recreação ou para a dessedentação animal. 

Nordeste  

Em Alagoas e Sergipe, o cenário foi positivo, com aquicultura tecnicamente organizada, com forte integração ao mercado. Lucíola Magalhães e o bolsista José Galdino percorreram 656 km para visitar 27 áreas aquícolas, onde a atividade foi confirmada em quase todos os pontos. A  maioria dos tanques estava ativa e voltada para a produção de peixes, como tilápia, tambaqui e xira (curimatã-pacu), além de camarão.

Nas regiões visitadas, houve contrastes. No entorno de Arapiraca predominava a produção de camarão de água salgada, o vanammei (Litopenaeus vannamei). Já na região de Propriá e margens do São Francisco, a produção em tanques escavados era mais diversificada, combinando camarão vanammei, peixes e arroz e, em uma única propriedade, camarão da Malásia – uma espécie de água doce e com boa aceitação no mercado de Sergipe, segundo o produtor. Na região de Pacatuba e Brejo Grande, a equipe encontrou produção de peixe, camarão e arroz, em tanques escavados, e peixes em lagoas naturais voltadas ao autoconsumo ou comércio local. 

A presença integrada de arroz e camarão chamou a atenção da equipe. “Foi interessante entender que os tanques escavados para a produção de camarão também são usados para produção de arroz, especialmente na época das chuvas, quando a salinidade das águas diminui. Alguns produtores decidem fazer esse uso alternativo do tanque aproveitando, também, as oportunidades de mercado. Isso nos dá uma nova visão da região e que tem impacto no método de classificação das imagens, permitindo melhorias no processo de identificação desse uso múltiplo da infraestrutura”, destacou Magalhães. 

A comercialização também se mostrou bem estruturada, com escoamento para o Ceasa de Maceió, mercados em Sergipe e outros centros urbanos da região. A maioria dos produtores relatou boa condução da atividade, sem grandes dificuldades. Os que enfrentam entraves destacaram questões como acesso ao crédito rural, assistência técnica e licenciamento ambiental. Também foram relatadas dificuldades pontuais na comercialização, acesso à água (dependência da chuva ou desativação de um dos ramais dos canais de irrigação do São Francisco), falta de energia elétrica e estradas.

Apoio Institucional

Magalhães também destaca a parceria com o IBGE para o sucesso do Rally da Aquicultura. As instituições são parceiras na geração de dados sobre a atividade para apoiar os trabalhos do próximo censo agropecuário. A troca de dados e informações permitiu uma primeira validação em gabinete dos dados, o que foi útil na seleção das áreas a serem visitadas em campo.   Além disso, as equipes contaram com o apoio da Embrapa Alimentos e Territórios, Embrapa Acre, Embrapa Milho e Sorgo e Embrapa Trigo, que forneceram carros para a expedição.

Mapeamento da Aquicultura

A primeira versão do levantamento identificou baterias de viveiros nos municípios que respondiam por, aproximadamente, 75% da produção de cada estado do País. A área de estudo abrangeu 930 mil km2 em 513 municípios. Esse grupo correspondia aos municípios responsáveis por 75% da produção em cada estado (G75) em 2016 de acordo com os dados da Pesquisa Pecuária Municipal (PPM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Agora, com apoio do MPA, a Embrapa Territorial está atualizando e ampliando o mapeamento. A área total e o número de municípios mapeados mais do que dobrou: passou para 2,2 milhões de km2 investigados em 1.096 municípios. Estes foram selecionados a partir de três critérios: municípios do G75 de cada estado em 2022; os que estavam no G75 em 2016; e o G75 estadual das lâminas d’água destinadas para aquicultura, conforme o Censo Agropecuário de 2017. A equipe também mapeou todos os municípios da Zona Costeira do Brasil, adicionando ao trabalho novos 346 municípios em uma área adicional investigada de 337.051 km².





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Boi China mantém preço após alta anterior



Preço das fêmeas sobe no mercado do boi em SP



Foto: Canva

De acordo com a análise divulgada nesta segunda-feira (20) pelo informativo “Scot Consultoria”, a semana começou com elevação nos preços das fêmeas no mercado do boi gordo em São Paulo. Parte dos frigoríficos ficou fora das compras, e os que participaram do mercado ofereceram valores mais altos para vacas e novilhas.

A escala de abate foi estimada em média para nove dias. A cotação do boi gordo permaneceu estável, enquanto a da vaca subiu R$ 3,00 por arroba e a da novilha aumentou R$ 2,00 por arroba. Já o “boi China” manteve o preço após a alta registrada no fechamento da semana anterior.

Na região Sudeste de Rondônia, o mercado permaneceu aquecido, com aumento nas cotações, exceto para a novilha, que ficou estável. O preço do boi gordo subiu R$ 2,00 por arroba e o da vaca teve alta de R$ 3,00 por arroba. A arroba do “boi China” registrou elevação de R$ 1,00.

No atacado da carne com osso, após recuperação nas vendas no início de outubro, a demanda no varejo perdeu intensidade com o avanço do mês. Com a redução dos pedidos, algumas categorias mantiveram os preços, como a carcaça casada do boi capão, que ficou estável. A carcaça casada do boi inteiro teve alta de 0,5% (R$ 0,10/kg), enquanto entre as fêmeas a alta foi de 1,3% (R$ 0,25/kg).

No mercado de carnes alternativas, a cotação do frango médio caiu 3,2% (R$ 0,25/kg), e a do suíno especial recuou 0,8% (R$ 0,10/kg).





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Clima favorece florada e produção de citros


De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (9) pela Emater/RS-Ascar, as condições climáticas registradas nas principais regiões produtoras favoreceram o desenvolvimento das lavouras e a realização de tratos culturais nos pomares de citros no estado.

Na região administrativa de Caxias do Sul, as chuvas e as temperaturas amenas permitiram a aplicação de Fungicidas na floração e de produtos de rotina para manutenção da sanidade das plantas, além do monitoramento para controle da mosca-das-frutas. A floração intensa indica boas perspectivas de produção. A colheita está concentrada nas variedades de laranja Monte Parnaso e Valência, e alguns produtores optam por estender a colheita até novembro ou armazenar a fruta para buscar melhores preços. A laranja de mesa (Umbigo) varia entre R$ 2,00 e R$ 2,70/kg, enquanto a destinada à indústria é comercializada a R$ 0,65/kg. A bergamota Montenegrina também segue em colheita, com oferta elevada e preço de R$ 40,00 por caixa de 22 kg em Cotiporã.

Em Passo Fundo, os trabalhos de implantação de novos pomares estão sendo finalizados, e a colheita de laranja segue em andamento. O preço pago pelas indústrias varia de R$ 0,60 a R$ 0,70/kg. No Vale do Caí, região de Lajeado, a colheita da bergamota Montenegrina chega a 95% da safra. O valor da caixa de 25 kg varia conforme a qualidade da fruta, partindo de R$ 30,00 e podendo alcançar R$ 75,00.

A colheita da bergamota Murcott também avança, com 55% da safra colhida em Pareci Novo e 90% em Harmonia. Os preços variam de R$ 60,00 a R$ 85,00 por caixa de 25 kg, conforme a qualidade e o local. A laranja Valência, variedade mais cultivada na região, tem colheita avançada em Bom Princípio e São José do Hortêncio, com preços entre R$ 20,00 e R$ 40,00 para fruta de mesa e entre R$ 10,00 e R$ 15,00 para produto destinado à indústria.

A laranja de umbigo Monte Parnaso tem 60% da colheita concluída em São José do Hortêncio, com preços entre R$ 50,00 e R$ 60,00 por caixa de 25 kg. Já a lima ácida Tahiti mantém preços elevados devido à baixa oferta, variando entre R$ 85,00 e R$ 110,00 por caixa de 25 kg nas principais localidades produtoras, como Bom Princípio, Harmonia e São Sebastião do Caí.

A floração intensa, aliada às condições ambientais favoráveis, indica expectativa de uma próxima safra com bom pegamento de frutos. Os citricultores seguem realizando tratamentos fitossanitários para controle de podridão floral, conhecida como estrelinha.





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