segunda-feira, outubro 27, 2025

Política & Agro

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Preços de frete para grãos registram queda em setembro


Os preços do transporte de grãos apresentaram redução em importantes rotas do país em setembro, acompanhando o encerramento do escoamento das principais safras. A tendência foi observada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em estados como Goiás e Mato Grosso do Sul, além do Distrito Federal e Minas Gerais. As informações constam no Boletim Logístico de outubro, divulgado nesta sexta-feira (24).

Em Goiás, a Conab destacou que “a queda nos valores acompanha o comportamento sazonal histórico do estado”, já que o período é marcado por menor demanda de transporte. No Distrito Federal, além da desaceleração da movimentação de grãos após o término da colheita da segunda safra de milho, fatores como custos operacionais e preços de combustíveis também influenciaram a redução das tarifas.

No Mato Grosso do Sul, a estatal apontou “arrefecimento gradual da demanda por caminhões de curta distância”, mesmo com o mercado interno ainda ativo. Segundo o boletim, o escoamento do milho de segunda safra, encerrado na segunda quinzena do mês, contribuiu para o recuo dos preços.

Em contrapartida, as rotas de escoamento da Bahia e do Mato Grosso apresentaram variações conforme a região produtora. Em Luís Eduardo Magalhães (BA), os preços permaneceram estáveis devido ao equilíbrio entre oferta e demanda de transporte de grãos e fibras. Já em Paripiranga, houve alta motivada pelo aumento na demanda de milho destinado a Vitória (ES), Recife (PE) e Feira de Santana (BA). Na região de Irecê, a Conab registrou queda nas cotações com o fim da safra e a consequente redução da procura pelo serviço.

No Mato Grosso, o mercado de fretes rodoviários manteve comportamento lateral, sem tendência clara de alta ou baixa. “Algumas rotas apresentaram aumento moderado, enquanto outras tiveram declínio”, informou o boletim. No Piauí, os valores ficaram próximos da estabilidade, com movimentações regulares de grãos, embora com menor aquecimento em comparação aos meses anteriores.

Já nos estados do Maranhão, Paraná e São Paulo, os preços de frete agrícola subiram em setembro. No Maranhão, o aumento médio foi de 5%, impulsionado pela demanda de transporte de milho para uma biorrefinaria de etanol em Balsas, além de granjas e indústrias do Nordeste. No Paraná, a procura por fretes foi superior à de agosto, o que elevou os preços em quase todas as praças, exceto em Ponta Grossa. Em São Paulo, a alta foi atribuída à maior demanda internacional por produtos brasileiros, influenciada por tensões comerciais entre Estados Unidos e China, que alteraram fluxos logísticos globais.

O boletim indica que as exportações de milho somaram 23,3 milhões de toneladas em setembro, levemente abaixo das 24,3 milhões registradas no mesmo período de 2024. Os portos do Arco Norte responderam por 42,5% do volume escoado, seguidos por Santos (30,7%), Paranaguá (11,7%) e São Francisco do Sul (9,5%).

Já as exportações de soja em grãos entre janeiro e setembro de 2025 alcançaram 89,5 milhões de toneladas, ante 93,8 milhões no mesmo período do ano anterior. Pelos portos do Arco Norte passaram 37,5% das exportações nacionais, enquanto Santos respondeu por 34,2%, Paranaguá por 12,9% e São Francisco do Sul por 5,2%.





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CNA discute regulamentação da lei de bioinsumos


Grupo de Trabalho da Confederação se reuniu na quinta (18)

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) promoveu, na quinta (18), a reunião do Grupo de Trabalho sobre a regulamentação da Lei de Bioinsumos (nº 15.070/2024) para discutir as contribuições sobre o tema com as federações de agricultura e pecuária estaduais.

Os principais pontos discutidos foram a definição dos casos em que será necessário o acompanhamento de um responsável técnico na produção e como será o cadastro das unidades de multiplicação de bioinsumos para uso próprio, garantindo que seja um processo simplificado para o produtor rural.

Em relação à exigência de responsável técnico, a CNA defende que agrônomos, biólogos, biotecnologistas e engenheiros de bioprocessos, entre outros, possam atuar, desde que habilitados em seus conselhos de classe.

No caso do cadastro de unidades de produção para uso próprio, a entidade propôs que a exigência seja simplificada. Para processos biológicos básicos, como compostagem e silagem, a CNA defende isenção de cadastro.

A assessora técnica Letícia Fonseca afirmou que as considerações do GT vão compor o posicionamento da Confederação que será encaminhado ao Ministério da Agricultura.

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Mercado do boi gordo segue firme e vaca tem alta em São Paulo


De acordo com a análise divulgada nesta sexta-feira (24) pela Scot Consultoria, no informativo “Tem Boi na Linha”, o mercado do boi gordo manteve-se firme durante a quarta semana de outubro, sustentado por uma oferta ajustada e por um bom escoamento da carne bovina. Apesar de uma leve desaceleração em relação à primeira quinzena do mês, o desempenho apresentou melhora significativa quando comparado a setembro.

Entre segunda e quinta-feira, a cotação do boi gordo registrou alta de R$ 4,00 por arroba, enquanto o “boi China” teve aumento de R$ 4,00/@ e a novilha de R$ 1,00/@. Nesta sexta-feira, o mercado abriu com valorização de R$ 2,00/@ para a vaca, enquanto as demais categorias permaneceram estáveis na comparação diária.

Segundo a Scot Consultoria, o cenário de curto prazo aponta para preços firmes. “Os agentes do mercado relatam maior dificuldade em encontrar boiadas, além de a retomada das chuvas favorecer a retenção dos animais e o início das programações de estação de monta”, destacou o boletim.

Em Goiás, a consultoria observou redução na oferta de boiadas, o que resultou em elevação das cotações nos últimos dias. O ritmo de escoamento da carne, contudo, diminuiu, equilibrando a relação entre oferta e demanda. “Frigoríficos com parcerias mantiveram suas referências, enquanto aqueles que buscavam boiadas no mercado acabaram ofertando um pouco mais”, informou a análise. Compradores do Sul do país também adquiriram lotes goianos, o que contribuiu para a sustentação dos preços.

Na região de Goiânia, os preços permaneceram inalterados em relação ao dia anterior. Já na região Sul do estado, houve alta de R$ 3,00/@ para a vaca e de R$ 2,00/@ para a novilha, enquanto o boi gordo manteve estabilidade.





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Banco do Nordeste destina R$ 360 mi para energia renovável



Os financiamentos serão direcionados a empresas privadas


Os financiamentos serão direcionados a empresas privadas
Os financiamentos serão direcionados a empresas privadas – Foto: Pixabay

O Banco do Nordeste (BNB) anunciou que terá, a partir de 2026, cerca de R$ 360 milhões para financiar projetos de transmissão e distribuição de energia proveniente de fontes renováveis na região Nordeste. Os recursos vêm do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do programa de Integração de Energias Renováveis dos Fundos de Investimentos Climáticos (CIF-REI), totalizando US$ 67 milhões, com o objetivo de ampliar a integração de energias limpas ao sistema elétrico regional.

Segundo o presidente do BNB, Wanger Alencar, a iniciativa busca fortalecer a confiabilidade e a eficiência do fornecimento de energia, estimulando a modernização das redes elétricas. Os recursos permitirão financiamento de tecnologias como baterias, hidrogênio verde, redes inteligentes e automação, essenciais para a estabilidade da matriz energética.

“Queremos expandir a capacidade de transmissão e distribuição das redes elétricas na Região, que é grande geradora de energia limpa. Ao estimular o uso de tecnologias de modernização da rede, esperamos aumentar a flexibilidade do sistema elétrico brasileiro”, comenta.

Os financiamentos serão direcionados a empresas privadas, contemplando aquisição de maquinário, equipamentos e sistemas associados à geração, transmissão e armazenamento de energia renovável, promovendo digitalização e automação do setor.

O programa, chamado Programa de Integração de Energias Renováveis do Nordeste (CIF-REI/NE), está alinhado aos objetivos estratégicos do Brasil para o desenvolvimento sustentável do setor elétrico e complementa iniciativas anteriores do BNB, como o Prodepro, reforçando o papel do banco como catalisador de investimentos sustentáveis na região.

 





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Conexão Abisolo mostra evolução da matriz orgânica na agricultura brasileira


Por Flávia Macedo 

A cidade de Campinas (SP) recebeu a primeira edição do Conexão Abisolo, evento promovido pela Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo). Reunindo lideranças do setor, pesquisadores e representantes da indústria, o encontro apresentou os cenários, econômico e científico, dos insumos agrícolas em um momento em que a agricultura brasileira busca integrar produtividade, sustentabilidade e inovação.

Entre os destaques técnicos, o professor e pesquisador da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Unesp (Unesp/FCA), Thiago Assis Rodrigues Nogueira, apresentou resultados de pesquisas sobre o uso de fertilizantes orgânicos compostos à base de lodo de esgoto, destacando o potencial desse insumo em fechar o ciclo entre saneamento e agricultura.

“Esse é um cenário desafiador, porque embora o material seja rico em nutrientes e matéria orgânica, ainda há resistência e pouca estrutura técnica nas empresas de saneamento para utilizá-lo adequadamente na agricultura”, explicou Thiago. “É um produto de alto valor agronômico, que poderia ajudar o país a reduzir a dependência de fertilizantes minerais importados. Mas o caminho envolve capacitação, regulamentação e conscientização sobre o valor real desses compostos”.

Segundo o pesquisador, o uso agrícola de fertilizantes à base de lodo de esgoto já ocorre em algumas regiões, especialmente em áreas próximas a estações de tratamento. “Hoje já existem produtos registrados no Ministério da Agricultura de 3% a 15% de lodo na composição, utilizados em culturas como milho e café. 

Um dos principais entraves é a aceitação pública. O termo “esgoto” ainda causa resistência. “É importante destacar que esse material é extremamente nobre e rico em nutrientes e matéria orgânica, elementos essenciais para o cultivo em solos tropicais, como os do Brasil. O que precisamos é desmistificar o uso desses resíduos, especialmente em um momento em que o país precisa reduzir sua dependência nas importações de fertilizantes minerais”.

Além das palestras e debates, o evento Conexão Abisolo contou com uma área de exposição repleta de novidades tecnológicas, que vão desde fabricantes de máquinas e equipamentos de aplicação, até novas indústrias voltadas ao modelo B2B, mostrando a força e a diversidade do setor de bioinsumos.

Entre os visitantes, o associado da Abisolo e sócio-fundador da Global Biotecnologia, Altamiro Alvernaz, veio de Minas Gerais especialmente para acompanhar de perto as inovações apresentadas.

“É um ambiente de troca e aprendizado, onde conseguimos alinhar o que está sendo pesquisado nas universidades com o que as empresas estão colocando no mercado. Esse tipo de integração é o que faz o setor crescer de forma sustentável e sólida”, destaca.

Fundada com base em estudos sobre o equilíbrio entre ambiente e microrganismos, a Global Biotecnologia desenvolveu a Tecnologia do Consórcio Probiótico (TCP), que atua na sinergia entre bactérias e fungos benéficos para promover o crescimento vegetal e o aproveitamento de nutrientes. 

“Nosso foco é entender como a convivência entre esses microrganismos pode melhorar a eficiência fisiológica e a produtividade das plantas. É um trabalho que vem sendo validado em diferentes culturas e regiões e que reforça a importância da biotecnologia como ferramenta prática para aumentar a produtividade e reduzir o impacto ambiental da agricultura”, completou Alvernaz.

Outro destaque da feira foi a Black Bio, que apresentou um produto inédito no mercado: uma matriz orgânica natural, sem misturas, que atua como condicionador de solo, melhorando a estrutura e estimulando a microbiota.

Drumon Pinheiro Filho, diretor comercial da empresa, explicou que o diferencial do produto está na origem e na estabilidade. “A Black Bio é uma matriz orgânica formada naturalmente há milhões de anos. Por ser um material estabilizado, tem alta capacidade de reter nutrientes e água, o que favorece o vigor e a sanidade das plantas. Além disso, serve como abrigo e alimento para os micro-organismos, o que cria um ambiente de solo mais equilibrado e produtivo.”

Ele ressaltou ainda o papel ambiental do produto. “Toda matriz orgânica contém carbono, e no caso da Black Bio essa reposição ocorre de forma natural, sem emissão adicional de gases. Ao incorporar o produto ao solo, o produtor está devolvendo carbono e melhorando a estrutura física e biológica da área”, conclui.

Além das soluções voltadas ao campo, o evento também abriu espaço para inovações na área de gestão e tecnologia. De olho nas mudanças tributárias que entram em vigor a partir de janeiro de 2026, a Agrotis apresentou um software de gestão atualizado com as novas regras fiscais, automatizando cálculos e adequações para evitar multas.

“Nossa equipe já está adequando o sistema às mudanças que se estendem até 2033. A ideia é garantir que, a partir de 1º de janeiro de 2026, todas as notas fiscais sejam emitidas de forma automática e em conformidade com a legislação, sem impacto na operação do cliente, ressalta André Túlio, gerente comercial da empresa.





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Biofertilizantes e biotecnologia ampliam fronteiras da agricultura regenerativa


Por Flávia Macedo 

Um dos temas mais relevantes debatidos durante o Conexão Abisolo, que contemplou o II Fórum de Fertilizantes de Matriz Orgânica e o III Simpósio de Biofertilizantes, realizados em Campinas (SP), foi a eficácia dos biofertilizantes na redução de estresses das plantas e no aumento da produtividade agrícola. As macroalgas — especialmente as do gênero Ascophyllum nodosum — foram apresentadas como grandes aliadas da agricultura regenerativa, contribuindo tanto para o crescimento vegetal quanto para a sustentabilidade dos sistemas produtivos.

O professor Carlos Alexandre Crusciol, da Unesp/FCA, destacou em sua apresentação o papel desta macroalga marrom no desenvolvimento de culturas como cana-de-açúcar e milho. Segundo ele, o extrato de Ascophyllum Nodosum contém compostos bioativos que ativam rotas metabólicas específicas dentro da planta, tornando-a mais tolerante a doenças e a condições adversas como seca, geada e alta radiação solar.

“Esses extratos funcionam como um estimulante natural, ajudando a planta a se defender melhor contra pragas e enfermidades, sem substituir o uso de fungicidas e inseticidas”, explicou Crusciol. “Além disso, promovem o equilíbrio hormonal, aumentam a formação de raízes e reduzem a temperatura da folha, fazendo com que a planta utilize a água de forma mais eficiente. Isso se traduz em maior estabilidade produtiva e, muitas vezes, em ganhos expressivos de produtividade mesmo em condições de estresse”.

No setor privado, o uso dessas substâncias também tem avançado. O gerente de marketing estratégico da Acadian no Brasil e Paraguai, Bruno Carloto, explicou que a empresa canadense é pioneira na utilização do extrato de Ascophyllum Nodosum em bioestimulantes agrícolas.

“A Acadian está há mais de 20 anos no Brasil com resultados consistentes que comprovam a eficácia dos extratos de algas em diferentes culturas”, destacou Carloto. “Nosso produto contém um complexo de bioativos que atua no metabolismo da planta, estimulando processos enzimáticos e hormonais. O resultado é o desenvolvimento de mais raízes, maior crescimento da parte aérea e, consequentemente, aumento de produtividade”.

Segundo ele, o uso das macroalgas tem se mostrado vantajoso não apenas em termos de desempenho agronômico, mas também de resiliência. “As plantas tratadas apresentam menor fitotoxicidade e suportam melhor situações de estresse por temperatura e falta de água. É uma tecnologia consolidada, utilizada em soja, cana-de-açúcar, milho, algodão, trigo, arroz e até em culturas de frutas, como uva e abacate. E o potencial de expansão no Brasil é enorme — podemos dobrar o mercado de bioestimulação nos próximos cinco anos”.

Além das macroalgas, as microalgas também ganharam espaço nos debates. O professor e pesquisador da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Átila Mógor, apresentou a palestra “Microalgas na agricultura: obtenção de aminoácidos e metabólitos de nitrogênio”, trazendo uma visão atualizada sobre o uso desses microrganismos como fontes biotecnológicas de compostos bioativos.

Em sua fala, Mógor destacou que as microalgas, tradicionalmente utilizadas nas áreas de alimentação, cosmética e saúde humana, despontam agora como insumos promissores na agricultura. Cultivadas em biorreatores, elas fornecem aminoácidos, poliaminas e outros compostos que atuam em processos de crescimento e adaptação ao estresse das plantas. 

Os biofertilizantes à base de extratos vegetais também foram apresentados durante o evento pela professora e doutora em Bioquímica e Biotecnologia da UFPR, Roberta Paulert. A pesquisadora ressaltou que esses produtos contêm princípios ativos orgânicos capazes de atuar direta ou indiretamente nas plantas, promovendo melhorias no crescimento, na resistência e na produtividade.

“Os extratos vegetais têm mostrado bioatividades importantes em diversas culturas, como milho, soja, trigo, tomate e alface”, explicou Roberta. “Eles melhoram o perfil nutricional e ajudam as plantas a lidar com condições adversas, como seca e variações de temperatura. Ainda são poucos os produtos no mercado que utilizam exclusivamente extratos vegetais, mas os resultados de pesquisa mostram um potencial enorme para ampliar o uso e aumentar a eficiência fisiológica das plantas”, ressalta.

No campo do controle biológico de pragas e doenças, o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, Wagner Bettiol, destacou que os agentes biológicos vão além da simples ação de combate — eles também promovem o crescimento vegetal e aliviam o estresse das plantas.

“Os microrganismos aplicados no controle de pragas, como os do gênero Bacillus e Trichoderma, têm mostrado resultados muito positivos”, disse Bettiol. “Eles estimulam a produção de aminoácidos e enzimas que fortalecem a planta contra o calor, a salinidade e a falta de água. Em ensaios com cana-de-açúcar e milho, observamos ganhos médios de até 15% na produtividade, mesmo sem presença significativa de doenças. Ou seja, eles atuam como uma espécie de bioestimulante natural”, afirma.

Já o pesquisador da Embrapa Instrumentação, Ladislau Martin Neto, trouxe à pauta a relação entre matéria orgânica do solo e créditos de carbono. Segundo ele, cerca de 50% da composição da matéria orgânica é carbono — o que faz do solo o terceiro maior reservatório desse elemento no planeta, superando, inclusive, a biomassa das florestas.

Ele destaca que quando falamos em carbono, estamos também falando de matéria orgânica do solo. “Quimicamente, cerca de 60% da matéria orgânica é carbono. Ou seja, ele já está naturalmente presente em todas as propriedades rurais”.

O próximo passo é consolidar o sistema de Medição, Relato e Verificação (MRV), para garantir rastreabilidade e credibilidade, e permitir que projetos de crédito de carbono sejam estruturados de forma consistente.

Premiação de Trabalhos | Conexão Abisolo 2025

A terceira edição do Simpósio de Biofertilizantes, realizada durante o Conexão Abisolo 2025, premiou quatro pesquisas em duas categorias: Mérito Acadêmico e Mérito Inovação. Foram 57 trabalhos inscritos, abordando temas como algas, aminoácidos, substâncias húmicas e extratos vegetais. Os vencedores foram selecionados por um Comitê Científico e receberam R$ 5 mil cada, como reconhecimento às contribuições que impulsionam o desenvolvimento tecnológico da agricultura brasileira.

Prêmio Mérito Acadêmico

 • Categoria Biofertilizantes – Isolamento de frações ativas da parede celular da microalga Chlamydomonas reinhardtii

Autores: Elisa Teófilo Ferreira e Paulo Mazzafera

• Categoria Fertilizantes de Matriz Orgânica – Fontes e épocas de aplicação de fertilizantes especiais na cultura do cafeeiro

Autores: Adailton Agostinho Barbosa Freitas, Raquel Pinheiro da Mota, Reginaldo de Camargo, Igor Cruvinel Pena, Isabela Oliveira Queiroz e João Joaquim Assis Rezende

Prêmio Mérito Inovação

 • Categoria Biofertilizantes – Extrato de Ascophyllum nodosum como estratégia para reduzir o custo metabólico induzido pelo Protioconazol na soja

Autores: Bruno Moço Tessarolli, Samir Geraigire Filho, Mayara Cristina Malvas Nicolau, João William Bossolani, José Roberto Portugal e Carlos Alexandre Costa Crusciol

• Categoria Fertilizantes de Matriz Orgânica – Potássio no sistema solo-planta após adubação com composto orgânico à base de macrófitas aquáticas

Autores: Paulo Sergio Costa Trindade, André Luiz de Freitas Espinoza, André Luís Pirotello, João Lucas Barbosa, Thiago Assis Rodrigues Nogueira e Tiago Tezotto





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Lei do frete mínimo eleva custos de transporte do setor de fertilizantes em mais de 35%


Mobilização do setor cobra revisão de critérios da tabela da ANTT e suspensão da cobrança de multas eletrônicas, assim como aprimoramento da Lei 13.703/2018. Sindiadubos discutirá a questão no Simpósio NPK 2025

Prevista para iniciar na última segunda-feira (20), a intensificação da fiscalização eletrônica do Piso Mínimo de Frete, através do MDF-e (Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais) — implantado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) com base na Lei 13.703/2018 — desperta questionamentos por parte do Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas no Estado do Paraná (Sindiadubos). A entidade avalia que a medida elevará os custos de transporte do setor em mais de 35% e defende a revisão de critérios da tabela da ANTT e a suspensão da cobrança de multas eletrônicas. “A nova precificação dos fretes ocasionará distorções não apenas no preço do serviço, mas também no preço dos alimentos, principalmente aqueles que integram a cesta básica”, destaca o engenheiro agrônomo Veríssimo Cubas, gerente executivo do Sindiadubos. 

Cubas destaca que o setor de fertilizantes está mobilizado na defesa pela postergação da cobrança de multas por descumprimento da tabela vigente, que entrou em vigor neste mês, e a revisão dos critérios da tabela de frete mínimo. O Sindiadubos também defende uma adaptação da Lei 13.708/2018 ao real cenário de mercado, de logística e infraestrutura. Pois o texto atual não considera vários temas de mercado, como o próprio frete de retorno, tempo de carga e descarga, tempo útil dos equipamentos de transportes, dentre outros.

A Lei 13.703/2018 entrou em vigor após a greve dos caminhoneiros e a tabela de frete mínimo foi atualizada pela ANTT em junho de 2021. “A fiscalização eletrônica iniciada em outubro deste ano, está causando problemas à indústria de fertilizantes, especialmente em relação ao pagamento de 92% sobre o frete de retorno, o que é impossível para um setor que opera com margens de lucro de 3 a 4%”, aponta Cubas. Por isso, conforme o gerente do Sindiadubos, é necessário alertar a sociedade de que a medida causa um efeito cascata, já que não se trata apenas do preço mínimo de frete do transporte agrícola, mas de todas as atividades econômicas. “O setor de fertilizantes acaba por ser o mais afetado, devido ao nosso volume movimentado e envolve todo um planejamento logístico de levar os insumos do navio para a fábrica e da fábrica para a fazenda”, cita. 

“A tabela do frete mínimo causa distorções, com fretes de curta e média distância, sendo a título de exemplo precificados a R$ 75/ton na tabela, mas custando R$ 180/ton no mercado, enquanto fretes de longa distância estão a R$ 380/ton na tabela e em torno de R$ 250/ton no mercado”, detalha o diretor executivo da Associação de Misturadores do Brasil (AMA Brasil), Antonino Gomes. De acordo com ele, essas discrepâncias, além da exigência do manifesto de frete eletrônico (MDF-e) e as multas aplicadas desde 1º de outubro, criam grande insegurança para as empresas de fertilizantes na contratação de fretes e impactam toda a cadeia produtiva. “A tabela de frete implementada causou desarmonia no livre comércio do setor de alimentos, resultando no encarecimento da produção agrícola e certamente na cesta básica”, pontua.

Segundo o gerente executivo do Sindiadubos, nesse momento é fundamental estabelecer uma discussão entre associações representativas, governo federal e empresas sobre a aplicação desses valores e qual a melhor saída para lidar com a implantação da Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas. Para fomentar as discussões nas esferas dos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo, o Instituto Pensar Agropecuária (IPA), organização composta por 58 entidades representativas agropecuárias, está auxiliando os setores produtivos no contato com o Congresso Nacional. “O Ministério dos Transportes exigiu que fosse cumprida a Lei 13.703/2018 e, com isso, fosse aplicada a nova tabela de frete. Nosso setor apresentou para o IPA, que trabalha junta à Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), um parecer destacando inconsistências sobre os valores e como isso irá inflacionar o mercado”, explica o diretor executivo da AMA.

“Ao levar a discussão para o Congresso, entendemos a importância de discutir medidas para aprimorar os requisitos e aplicabilidade da tabela de frete”, afirma Cubas. Também com esse objetivo, o Sindiadubos realizará uma mesa de discussão sobre o tema na abertura do Simpósio NPK 2025, no próximo dia 30 de outubro. O painel terá a participação do presidente da Fertipar, Alceu Feldman, e dos deputados federais Pedro Lupion e Tião Medeiros, da FPA, para debater os desafios diante dos valores cobrados do setor por conta da tabela de frete mínimo da ANTT.





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Brotações aumentam 21% no cinturão citrícola e exigem atenção ao controle do psilídeos


O levantamento da primeira quinzena de outubro do Alerta Psilídeo mostra um cenário de atenção para os citricultores. As brotações aumentaram 21% no cinturão citrícola em relação à quinzena anterior, passando de 18,0 para 21,8 das plantas. Esse aumento favorece a multiplicação do psilídeo, inseto vetor do greening, a principal doença da citricultura.

A orientação é manter o rigor no controle, especialmente em ações conjuntas e coordenadas. “Esse aumento nas brotações cria um ambiente extremamente favorável para o psilídeo. É essencial que os citricultores intensifiquem o monitoramento e realizem o manejo de forma coordenada e regionalizada, porque o inseto não respeita limites de propriedade. O sucesso do controle depende do engajamento coletivo de todos os produtores”, explica o coordenador do Departamento de Transferência de Tecnologia do Fundecitrus, Ivaldo Sala.

No comparativo anual, o levantamento indica que, de janeiro a outubro de 2025, as capturas de psilídeos foram 32% menores do que no mesmo período de 2024. Ainda assim, ao comparar apenas a primeira quinzena de outubro, o número de insetos capturados foi 28% maior que no mesmo período do ano passado, o que reforça a necessidade de monitoramento constante e ações de controle integradas.

Sobre a ferramenta

O Alerta Psilídeo é uma ferramenta gratuita desenvolvida pelo Fundecitrus para auxiliar os citricultores no manejo regional do greening. É o maior sistema de monitoramento do psilídeo do mundo e uma das principais bases de informação para o controle coletivo e eficiente da doença.

O levantamento da primeira quinzena de outubro do Alerta Psilídeo mostra um cenário de atenção para os citricultores. As brotações aumentaram 21% no cinturão citrícola em relação à quinzena anterior, passando de 18,0 para 21,8 das plantas. Esse aumento favorece a multiplicação do psilídeo, inseto vetor do greening, a principal doença da citricultura.

A orientação é manter o rigor no controle, especialmente em ações conjuntas e coordenadas. “Esse aumento nas brotações cria um ambiente extremamente favorável para o psilídeo. É essencial que os citricultores intensifiquem o monitoramento e realizem o manejo de forma coordenada e regionalizada, porque o inseto não respeita limites de propriedade. O sucesso do controle depende do engajamento coletivo de todos os produtores”, explica o coordenador do Departamento de Transferência de Tecnologia do Fundecitrus, Ivaldo Sala.

No comparativo anual, o levantamento indica que, de janeiro a outubro de 2025, as capturas de psilídeos foram 32% menores do que no mesmo período de 2024. Ainda assim, ao comparar apenas a primeira quinzena de outubro, o número de insetos capturados foi 28% maior que no mesmo período do ano passado, o que reforça a necessidade de monitoramento constante e ações de controle integradas.

Sobre a ferramenta

O Alerta Psilídeo é uma ferramenta gratuita desenvolvida pelo Fundecitrus para auxiliar os citricultores no manejo regional do greening. É o maior sistema de monitoramento do psilídeo do mundo e uma das principais bases de informação para o controle coletivo e eficiente da doença.





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Avalia Psilídeo tem nova atualização em duas regiões paulistas



21ª atualização do Avalia Psilídeo


Foto: Fundecitrus

O Fundecitrus disponibilizou, nesta segunda-feira (20), a 21ª atualização do Avalia Psilídeo, ferramenta que auxilia o citricultor ao fornecer informações sobre a eficácia de inseticidas no controle do psilídeo.

A nova atualização do sistema inclui os dados de três populações do inseto, duas coletadas nas regiões de Casa Branca e uma em Itapetininga. Ao todo, o Avalia Psilídeo já reúne resultados de 107 populações coletadas em diferentes áreas do cinturão citrícola paulista e mineiro, ampliando o conhecimento sobre a resistência do inseto e apoiando o manejo mais eficiente no campo.

 





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Gibis do Fundecitrus são distribuídos na Festa Literária de Piracicaba


Na última semana, foi realizada a 6ª edição da Festa Literária de Piracicaba (Flipira). O evento, que já se consolidou no calendário cultural da cidade, é voltado à literatura, produção literária, leitura e cultura local, com o objetivo de fomentar o hábito da leitura, valorizar autores e obras, promover oficinas, contações de histórias, concursos literários e envolver escolas, instituições culturais e a comunidade em geral.

Nesta edição, o Fundecitrus foi convidado a participar com a distribuição do novo gibi “Uma aventura no pomar”, um material desenvolvido especialmente para o público infantil. A publicação utiliza a tecnologia de realidade aumentada, acessível por meio de um QR-code que direciona para uma experiência interativa, na qual elementos digitais são sobrepostos ao mundo real, tornando a leitura ainda mais atrativa. De maneira acessível, o conteúdo apresenta informações sobre a citricultura e o greening.

A entrega dos gibis foi feita pela professora titular do Departamento de Ciências Biológicas da Esalq/USP Beatriz Appezzato da Glória. A docente explica que a ideia inicial era apresentar parte das atividades do Grupo de Extensão em Morfologia Vegetal (GEMOV), que trabalha com ensino e divulgação científica por meio de uma coleção de frutos e sementes, exibidos com o auxílio de um estereomicroscópio, recurso que desperta a curiosidade e o interesse das crianças. No entanto, ao observar a expressiva participação do público infantojuvenil na Flipira, a professora propôs incluir também a distribuição dos gibis do Fundecitrus. “A feira foi uma oportunidade de dar maior visibilidade às atividades de ensino, pesquisa e extensão realizadas na Esalq e, com foco no projeto CPA Citros, propus também a distribuição dos gibis do Fundecitrus, uma ferramenta lúdica e educativa que apresenta, de forma acessível, temas importantes sobre a citricultura”, destaca.

A professora também reforça a importância de eventos como a Flipira na aproximação entre universidade e sociedade. “Esses encontros inspiram as novas gerações, despertando nelas o gosto pela ciência, pela natureza e pelo conhecimento”, afirma.

O coordenador da Pesquisa de Estimativa de Safra (PES) do Fundecitrus, Guilherme Rodriguez, destaca a importância da presença de um material da instituição na Flipira. “Mais do que informar, o gibi contribui para a conscientização sobre a defesa da citricultura, envolvendo também as crianças nessa missão. A feira promove o encontro entre ciência, educação e criatividade, princípios que estão alinhados com os objetivos do gibi. O Fundecitrus apoia iniciativas literárias como esta por acreditar no poder transformador da leitura”, ressalta.





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