quarta-feira, outubro 29, 2025

News

News

Tarifaço de Trump contra o Brasil é uma das maiores injustiças da história


O episódio das tarifas impostas pelos Estados Unidos ao Brasil começa a revelar uma das maiores injustiças comerciais da história recente. A justificativa utilizada pelo governo Trump, baseada no International Emergency Economic Powers Act (IEEPA), foi agora considerada inconstitucional pela Justiça americana.

O presidente não tinha autoridade legal para impor tarifas de até 50% a um parceiro comercial, sob a alegação genérica de “ameaça à segurança nacional”. A decisão, tem valor educativo, pois mostra como a política comercial pode se transformar em instrumento de retaliação política, violando o próprio Estado de Direito americano.

Ao invocar o IEEPA, de 1977, Trump tentou justificar tarifas emergenciais sobre importações do Brasil, alegando “ameaça incomum e extraordinária à economia americana”. O problema é que, conforme apontou a U.S. Court of International Trade, o estatuto não autoriza tarifas amplas por decreto presidencial. Ele se aplica apenas a embargos específicos de segurança nacional, não a disputas comerciais.

Decisão judicial e o impacto para o Brasil

Na prática, o governo criou uma “emergência imaginária” para aplicar sanções unilaterais. O Congresso americano, por sua vez, não delegou esse poder. Juridicamente, a medida foi além dos poderes, ou seja, fora das competências legais do Executivo.

O tema chegou ao Senado dos EUA, que aprovou resolução bipartidária pedindo o fim das tarifas contra o Brasil. A medida, porém, ainda enfrenta resistência na Câmara dos Representantes, dominada por aliados de Trump. Mesmo assim, o recado é claro: há consenso jurídico de que a punição não se sustenta.

Associated Press e o Washington Post destacaram que os tribunais americanos já reconheceram o abuso de poder. Em outras palavras: a retaliação comercial imposta ao Brasil não foi apenas injusta — foi ilegal.

O mais irônico é que, no momento em que as tarifas foram aplicadas, o Brasil tinha déficit comercial com os Estados Unidos. Ou seja, importava mais produtos americanos do que exportava. Não havia, portanto, ameaça real à economia norte-americana, apenas uma leitura distorcida e politizada do comércio bilateral.

Para o agronegócio brasileiro, as perdas foram significativas. Carnes, café, açúcar e etanol sofreram tarifas de até 50%, reduzindo exportações e pressionando margens num momento de crédito caro e juros altos. O país foi penalizado por produzir e competir, dentro das regras do mercado global.

A decisão americana expõe que as tarifas impostas ao Brasil não tinham base legal nem moral. Foram o reflexo de um populismo econômico disfarçado de patriotismo comercial. Agora, ao reconhecer o erro, os próprios EUA dão uma lição valiosa: nenhuma grande potência pode se dar ao luxo de violar as regras que diz defender.

Miguel DaoudMiguel Daoud

*Miguel Daoud é comentarista de Economia e Política do Canal Rural


Canal Rural não se responsabiliza pelas opiniões e conceitos emitidos nos textos desta sessão, sendo os conteúdos de inteira responsabilidade de seus autores. A empresa se reserva o direito de fazer ajustes no texto para adequação às normas de publicação.



Source link

News

Câmara aprova pena de até 15 anos para quem adulterar bebidas



A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (28), um projeto de lei que prevê pena de cinco a quinze anos de prisão para quem alterar bebidas, alimentos ou suplementos e causar a morte do consumidor. A proposta também endurece as punições em casos de lesão grave, como a cegueira provocada por metanol, e classifica essas práticas como crimes hediondos.

O texto aprovado é um substitutivo do deputado Kiko Celeguim (PT-SP) ao Projeto de Lei 2307/07, que agora segue para o Senado Federal. O relator destacou que a medida busca responder aos recentes casos de intoxicação por metanol, que resultaram em 15 mortes no país.

“Quem adultera produtos destinados ao consumo demonstra total desprezo pela vida e pela saúde das pessoas”, afirmou Celeguim.

Penas e novas regras

A pena para adulterações que tornam o produto nocivo à saúde continua sendo de quatro a oito anos de reclusão, podendo ser aumentada se houver agravantes. O texto também cria um novo tipo penal para quem produzir ou armazenar insumos e maquinários usados em falsificações, com as mesmas penalidades.

Nos casos de reincidência ou quando o crime for cometido por quem atua no setor de alimentos e bebidas, a pena será aplicada em dobro. Além disso, quem for condenado por conduta dolosa poderá ser proibido de exercer atividades comerciais relacionadas ao ramo.

O projeto reduz ainda a pena para falsificação de cosméticos e saneantes, que passa de 10 a 15 anos para 4 a 8 anos, equiparando à punição aplicada a bebidas e alimentos.

Rastreabilidade e impacto ambiental

O texto altera a Política Nacional de Resíduos Sólidos para incluir garrafas de vidro não retornáveis no sistema de logística reversa — ou seja, empresas deverão garantir o recolhimento e a destinação adequada desses materiais.

O relator também propôs a criação de um sistema nacional de rastreamento de bebidas alcoólicas e outros produtos sensíveis, sob coordenação do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Segundo ele, a medida visa fortalecer a fiscalização e combater o mercado ilegal.

“A fragmentação da fiscalização favorece a atividade ilícita”, justificou Celeguim.

Alterações no setor de combustíveis

O projeto amplia as penas para crimes relacionados a combustíveis, diante de indícios de uso de metanol de postos em bebidas falsificadas. A punição passa de detenção de um a cinco anos para reclusão de dois a cinco anos.

Os postos de combustíveis também deverão informar de forma visível a origem dos produtos vendidos. Caso comercializem combustíveis de diferentes fornecedores, fica proibido o uso da marca de uma única distribuidora, a fim de evitar confusão ou indução ao erro do consumidor.



Source link

News

Senado dos EUA aprova medida que suspende tarifas de Trump sobre o Brasil



O Senado dos Estados Unidos aprovou, por 52 votos a 48, uma medida que bloqueia a decisão do presidente Donald Trump de impor tarifas sobre produtos brasileiros. A proposta foi apoiada por todos os democratas e por cinco senadores republicanos, em uma das votações mais apertadas desde o início do atual mandato presidencial.

Tarifa sobre produtos brasileiros

A medida, apresentada pelo senador democrata Tim Kaine, busca revogar a aplicação de tarifas impostas por Trump com base em uma lei que concede poderes emergenciais. O texto ainda precisa ser analisado pela Câmara dos Representantes, onde líderes republicanos adotaram regras que dificultam votações sobre esse tipo de contestação até março do próximo ano.

Além do Brasil, o Senado deve avaliar, ainda nesta semana, resoluções semelhantes para suspender tarifas de até 35% sobre produtos canadenses e entre 10% e 50% sobre importações de outros países. As decisões fazem parte de uma reação do Congresso à política comercial da Casa Branca, considerada por parte dos legisladores como excessivamente intervencionista.

Resistência dentro do próprio partido

A votação ocorreu após um encontro fechado entre o vice-presidente JD Vance e senadores republicanos. Durante a reunião, parlamentares de estados agrícolas manifestaram preocupação com as medidas de comércio exterior e com a possibilidade de ampliação das importações de carne bovina da Argentina, o que, segundo eles, pode afetar os produtores locais.

Entre os críticos das tarifas está o senador Rand Paul, um dos coautores da resolução. Ele argumentou que Trump estaria extrapolando suas atribuições ao impor tarifas de forma unilateral, sem aval do Congresso. “As tarifas estão baseadas em uma emergência fabricada”, afirmou Paul.

A disputa sobre o alcance dos poderes presidenciais no comércio exterior deve continuar nos próximos meses. A Suprema Corte norte-americana deve analisar em breve se as tarifas impostas por Trump violam a autoridade legislativa sobre a política tributária e comercial dos Estados Unidos.



Source link

News

chuva atinge quase todo o Brasil nesta quarta-feira



A quarta-feira (29) será marcada por tempo instável em grande parte do país, segundo a Climatempo. Um cavado meteorológico e o avanço de frentes frias continuam alimentando áreas de instabilidade, especialmente nas regiões Sul e Sudeste.

Enquanto isso, o Centro-Oeste ainda sente os efeitos da umidade vinda do Sul, e o Norte mantém o padrão de pancadas fortes. Já no Nordeste, a umidade do mar ainda provoca chuva no litoral, mas o interior segue com tempo firme e seco.

Confira a região do tempo completa para todo o Brasil:

Sul

No Rio Grande do Sul, a chuva segue presente na metade norte e leste do estado, com potencial para cair com até forte intensidade, além de persistir mais durante o dia, no norte, vales, serra, nordeste e litoral norte. Nas missões e região central, a condição é apenas para chuviscos. No litoral norte gaúcho, chove forte e há expectativa de volumes mais elevados.

Em Santa Catarina e no Paraná, ainda haverá condições para chuva mais forte — e persistente – ao longo do dia, muito embora já não haja expectativa para temporais. Ainda assim, os volumes podem ser mais elevados em alguns pontos. As temperaturas seguem mais baixas na maior parte da região, no entanto, o tempo continua mais abafado no norte paranaense. Próximo à costa de toda a região, o mar deve permanecer agitado.

Sudeste

A formação de uma nova área de baixa pressão e uma frente fria associada à ela deverá reforçar as instabilidades sobre São Paulo, Rio de Janeiro, centro-sul e oeste de Minas Gerais. As pancadas de chuva ganham força no final da manhã e devem seguir presentes no decorrer das horas, variando entre moderada a pontual forte intensidade – acompanhada por raios e rajadas de vento.

Em São Paulo e no Rio de Janeiro, podem ocorrer temporais localizados, com volumes mais expressivos. Em Minas Gerais, o calor continua presente, assim como a sensação de abafamento. A metade norte segue com maior predomínio de tempo firme e até mesmo no noroeste mineiro, a tarde será marcada pelo alerta de baixa umidade do ar. No Rio de Janeiro, os termômetros já não sobem tanto assim. Algumas pancadas de chuva podem ocorrer sobre o sul do Espírito Santo a partir do período da tarde.

Centro-Oeste

Na região, ainda haverá influência do fluxo de umidade associado à formação dessa nova frente fria, e as instabilidades ainda marcam presença no Mato Grosso do Sul, boa parte de Mato Grosso e no sul de Goiás. Nessas regiões, ainda haverá potencial para chuva forte ou até mesmo temporais localizados.

Em Mato Grosso do Sul, a circulação de ventos do quadrante sul deve manter as temperaturas mais amenas, enquanto no Mato Grosso, o tempo continua abafado. Na maior parte de Goiás e no Distrito Federal, o predomínio continua sendo de tempo firme, com calor intenso e alerta para baixa umidade do ar durante as horas mais quentes do dia.

Nordeste

A circulação de umidade marítima deve continuar alimentando a formação de nuvens carregadas e a ocorrência de pancadas de chuva isoladas sobre a costa leste da região. A chuva segue mais presente no litoral da Bahia, Alagoas e Pernambuco, mas não há expectativa de chuva forte.

No interior nordestino, o predomínio ainda será de tempo firme, com padrão de ar mais seco e com calor mais intenso no decorrer das horas. Na parte da tarde, o alerta para baixa umidade do ar permanece presente, com índices que podem variar entre níveis de atenção e até mesmo de alerta.

Norte

O dia segue sem muitas alterações e a chuva segue presente no Amazonas, Acre, Rondônia, sul de Roraima e sudoeste do Pará. Ao longo do dia, haverá condições para pancadas de chuva com moderada a forte intensidade, acompanhadas de rajadas de vento – não sendo descartados também eventuais temporais isolados.

No restante do Pará, de Roraima, no Amapá e no Tocantins, o padrão de tempo segue mais aberto, com calor e variações de nebulosidade no decorrer das horas.

Você quer entender como usar o clima a seu favor? Preparamos um e-book exclusivo para ajudar produtores rurais a se antecipar às mudanças do tempo e planejar melhor suas ações. Com base em previsões meteorológicas confiáveis, ele oferece orientações práticas para proteger sua lavoura e otimizar seus resultados.



Source link

AgroNewsPolítica & Agro

Demanda por etanol impulsiona alta do milho



Mato Grosso registra aumento de 0,81% no milho



Foto: Agrolink

Segundo a análise semanal do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgada na segunda-feira (27), o preço do milho no contrato corrente da CME Group registrou alta de 1,70% entre os dias 20 e 24 de outubro, encerrando a média em US$ 4,24 por bushel. De acordo com o instituto, a valorização foi impulsionada pelo aumento da demanda interna dos Estados Unidos para a produção de etanol, aliado ao fortalecimento da procura no mercado externo.

O Imea destacou ainda que o atraso na colheita do milho norte-americano, provocado pelo alto volume de chuvas na região do cinturão do milho, reduziu a oferta imediata do grão e contribuiu para a sustentação dos preços no mercado internacional.

Em Mato Grosso, o preço do milho também apresentou valorização de 0,81% na última semana, fechando a média em R$ 46,29 por saca. O instituto informou que o movimento foi resultado da estratégia dos produtores de reter os estoques, diminuindo a oferta no mercado interno na expectativa de valores mais atrativos nas próximas semanas.

Segundo o Imea, o atual cenário do mercado de milho no estado tende a manter um viés de alta, sustentado pela demanda firme e pela oferta limitada.





Source link

News

Saiba tudo o que mexe com a economia e o mercado hoje com especialista do PicPay


No morning call de hoje, a economista-chefe do PicPay, Ariane Benedito, comenta que os mercados aguardam a decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), com expectativa de corte de 25 pontos-base nos juros dos EUA.

Bolsas de NY renovaram recordes, impulsionadas pelo setor de tecnologia e parceria da Nvidia.

O dólar caiu globalmente, fechando a R$ 5,35 por aqui, e o Ibovespa atingiu novo recorde com a alta do minério de ferro.

Hoje, foco na coletiva de Powell, Relatório da Dívida Pública e Fluxo Cambial.

Ouça o Diário Econômico, o podcast do PicPay que traz tudo que você precisa saber sobre economia para começar o seu dia, com base nas principais notícias que impactam o mercado financeiro.

Para mais conteúdos de mercado financeiro, acesse: Bom Dia Mercado!

Ariane Benedito, apresentadora do podcast Diário Econômico
Foto: divulgação



Source link

AgroNewsPolítica & Agro

Queda em Nova York impacta algodão de Mato Grosso



Cotações internacionais reduzem paridade do algodão



Foto: Canva

Segundo a análise semanal do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgada na segunda-feira (27), as paridades de exportação do algodão em Mato Grosso mantêm tendência de baixa nos últimos meses. O instituto informou que a queda nas cotações da pluma na bolsa de Nova York, somada à desvalorização do dólar, tem pressionado os preços das paridades.

Entre os dias 20 e 24 de outubro, a média semanal da paridade para julho de 2026 foi de R$ 122,82 por arroba, enquanto a de dezembro de 2025 ficou em R$ 110,05 por arroba. Segundo o Imea, esses valores representam quedas de 10,97% e 11,72%, respectivamente, em comparação ao mesmo período de julho de 2025.

De acordo com o instituto, a manutenção das paridades em níveis mais baixos indica um cenário de menor competitividade para o algodão produzido no estado, o que pode impactar a margem do produtor e o ritmo de comercialização. O Imea destacou ainda que “esse cenário reacende o ponto de atenção para as estratégias que estão sendo traçadas, visando mitigar riscos para a rentabilidade.”





Source link

AgroNewsPolítica & Agro

Estudo prevê risco de falta d’água no Brasil até 2050


O Brasil pode enfrentar risco de desabastecimento de água até 2050 devido às mudanças climáticas e à ineficiência na distribuição do recurso, segundo projeção do Instituto Trata Brasil.

De acordo com a Agência Brasil, na média das cidades brasileiras, haveria uma restrição de 3,4% na disponibilidade de água ao longo do ano, o que equivaleria a cerca de 12 dias de racionamento anual. Nas regiões mais secas do Nordeste e do Centro-Oeste, a escassez poderia ultrapassar 30 dias.

O estudo Demanda Futura por Água em 2050: Desafios da Eficiência e das Mudanças Climáticas foi divulgado nesta terça-feira (28) pelo Instituto Trata Brasil, em parceria com a consultoria Ex Ante. Segundo a Agência Brasil, o levantamento projetou cenários de demanda de água nas residências brasileiras até 2050, identificando as principais variáveis que influenciam o consumo futuro.

Com base em um crescimento médio do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,7% ao ano e no atual índice de perdas, a pesquisa aponta que a demanda por água tratada em 2050 deverá ser 59,3% maior do que a produção registrada em 2023. O aumento da temperatura também foi identificado como fator de pressão sobre o consumo.

Segundo o estudo, a temperatura máxima média do país deve subir cerca de 1°C em comparação com os níveis de 2023, enquanto a mínima pode ter elevação de 0,47°C. A projeção indica ainda uma tendência de redução no número de dias chuvosos e de precipitações mais intensas.

Essas condições climáticas, conforme destacou a Agência Brasil, devem agravar a aridez de diversas regiões, ampliando o semiárido brasileiro e elevando o risco de desertificação em novas áreas.

O Instituto Trata Brasil destacou que o país enfrenta grandes desafios para garantir o abastecimento de água nas próximas décadas, conforme o divulgado pela Agência Brasil. Para a presidente executiva do instituto, Luana Pretto, “os dados apresentados reforçam a tendência de aumento no consumo de água, vindos com a maior oferta dos serviços, a expansão demográfica e o crescimento da economia. As tendências climáticas indicam restrição de oferta de água de 3,4% na média do ano por escassez de recursos hídricos em nossos mananciais”, disse em nota.

Pretto também ressaltou a necessidade de ações imediatas para evitar a escassez. Segundo ela, “onde já enfrentamos escassez, como em partes do Nordeste e Centro-Oeste, a falta de água pode se prolongar por mais de 30 dias, o que traz impactos severos na saúde e na qualidade de vida das pessoas. É fundamental agir agora para promover eficiência, e preparar o país para enfrentar os desafios que as mudanças climáticas trarão nos próximos anos”.





Source link

AgroNewsPolítica & Agro

Mercado interno de milho segue lento no Brasil


O etanol de milho consolida seu avanço no setor bioenergético brasileiro, com custo 24% inferior ao da cana-de-açúcar — R$ 1,94 por litro contra R$ 2,54 por litro, segundo o BTG Pactual. De acordo com análise da Grão Direto, divulgada nesta segunda-feira (27), essa vantagem competitiva deve impulsionar a produção, que deve atingir 10,2 bilhões de litros na safra 2025/26, representando quase 30% de toda a produção nacional.

Enquanto isso, as usinas de cana-de-açúcar reduziram em 12% a oferta de etanol, priorizando o açúcar, que voltou a apresentar melhor rentabilidade no mercado internacional. Mesmo com o recuo recente da gasolina, o etanol hidratado permanece valorizado em Ribeirão Preto, principal polo produtor do país.

As margens das usinas de etanol de milho seguem acima de R$ 1 por litro, impulsionadas pela venda do DDG — subproduto que representa cerca de 25% da receita total. O desempenho confirma uma demanda consolidada pelo cereal brasileiro, reforçando a tendência de expansão dessa matriz no setor energético.

No mercado internacional, o milho negociado na Bolsa de Chicago (CBOT) segue sem novos dados da CFTC em razão da paralisação do governo dos Estados Unidos. O setor acompanha o avanço do plantio na Argentina, que atingiu 34%, segundo a Bolsa de Buenos Aires, 4% acima da semana anterior e uma semana adiantado em relação a 2023. Desde o fim de setembro, o contrato de milho para dezembro de 2025 acumula alta de US$ 0,07 por bushel. Nos últimos 15 anos, o desempenho entre outubro e novembro foi positivo em seis anos, negativo em oito e estável em um.

No Brasil, o mercado interno do milho segue lento, com negociações pontuais. Compradores mantêm postura cautelosa, realizando apenas aquisições imediatas, enquanto produtores permanecem resistentes em vender, aguardando melhores condições de preço.





Source link

AgroNewsPolítica & Agro

MT registra alta no índice de desmama em 2025



Estratégias reprodutivas elevam desmama no estado



Foto: Divulgação

O índice bruto de desmama em Mato Grosso registrou aumento de 1,22 ponto percentual em relação a 2024, alcançando 65,58%, conforme análise semanal do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgada na segunda-feira (27). O indicador mede a proporção de animais desmamados em relação às vacas expostas à reprodução.

Segundo o Imea, o intenso descarte de fêmeas nos últimos dois anos resultou na redução do rebanho de matrizes, o que impactou o número de bezerros disponíveis. Como consequência, o rebanho de bezerros apresentou queda de 4,27% em comparação ao ano anterior.

Os bezerros contabilizados neste levantamento foram produzidos durante a estação de monta de 2023, considerando o período de gestação e desmame. Ainda assim, o desempenho produtivo melhorou devido à adoção de novas estratégias reprodutivas.

O instituto destacou que o uso de técnicas como a inseminação artificial e o aprimoramento da nutrição animal contribuíram para o aumento do índice de desmama. “Mesmo com a redução no rebanho de bezerros em relação ao ano passado, foi possível obter um melhor desempenho produtivo no comparativo anual”, avaliou o Imea.





Source link